Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 17
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Notas iniciais do capítulo

Hey peoples ;D
Eai? Como será que Marshall vai se adaptar á sua nova vida fora do hospital, sem lembranças de nada? E quanto a Fionna? Estão ansiosos? Heuhehue
What time is it? It's drama time! ok, parei --'



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POV Marceline

Quando Fionna me ligou dizendo que Marshall recebeu alta, fui voando ao hospital, chegando lá encontrei ele de muleta na entrada, olhando pro nada, sentindo o vento gelado da chuva. Há quanto tempo eu não o via de pé! Era até estranho.

– Ah, maninho! – Eu disse o abraçando como se ele fosse uma criança pequena

– Marcy! – Ele me apertou contra ele – Finalmente um rosto por familiar aqui, eu estou perdido! Não sei nem o que eu estou fazendo aqui.

– Cadê Fionna? – Eu perguntei tentando olhar através de seu ombro, já que ele era um pouco mais alto que eu, em busca dela lá dentro.

– Quem? – Ele disse me afastando

– A Fionna – Eu repeti

– Que Fionna? – Ele me perguntou confuso

– Como assim que Fionna? – Agora quem estava confusa era eu – Ta ficando bobo, menino?

– Eu que estou bobo? Todo mundo ta agindo feito doido hoje – Ele disse – Teve até uma minazinha pagando de louca agora pouco.

– Enfim, você deve estar meio confuso com isso tudo, precisa descansar – Eu disse pondo uma toquinha nele, porque estava frio (Modo mãe protetora ON) – Vamos pra casa, mais tarde eu ligo pra ela.

– Pra ela quem? – Ele perguntou

– Pra Fionna, meu filho! – Eu disse dando um tapa na testa dele.

Fomos de moto até em casa, ele parecia nem reconhecer a cidade, ria sozinho, observava as luzes, prédios e pessoas, como se fosse tudo muito novo. Eu entendo, ele ficou muito tempo no hospital e ainda deram óxido nitroso, que demorava um pouco pra passar o efeito completamente.

Chegando em casa, a primeira coisa que ele fez foi jogar a mochila no chão e abraçar minha mãe, ela é bem pequenininha e ele é alto, aquilo foi muito fofinho.

– Meu menininho! – Ela disse o abraçando, sua cabeça dava no peito dele – Eu senti tanto a sua falta.

– Eu também mãe – Ele disse beijando sua testa – Mas a pequenininha aqui é você – Ele riu

– Nunca mais me assuste desse jeito! Ouviu, mocinho? – Ela disse o apertanto

– Desculpa mãe, eu sei que dou trabalho as vezes

– As vezes? – Eu ri pegando a mochila dele do chão – De vez em sempre, né pentelho.

– Não vou te soltar nunca mais – Ela disse o apertando mais ainda

– Ta me sufocando mãe – Ele disse rindo.

Ela ignorou seu comentário e continuou apertando, como se fosse uma criança com seu ursinho.

– Sério mãe, não to conseguindo respirar – Ele já não estava rindo mais

– É amor demais – Eu ri, saindo da sala.

POV Fionna

Fiquei por um tempo parada no corredor do hospital, me recusando a aceitar o que acabara de ocorrer ali. Não era uma brincadeira, se fosse, ele já teria voltado. Seria mesmo possível?

Fui falar com Dr Darwin que já estava encerrando seu plantão, questionei se seria possível que Marshall tivesse perdido a memória recente.

– Aparentemente não, está tudo ok – Ele me respondeu já arrumando suas coisas para ir em bora – Fizemos todos os testes psicológicos, e sua saúde mental está perfeita.

– Mas, ele não se lembrou de mim hoje, me tratou como uma estranha! – Eu falei o seguindo enquanto ele saía pela porta.

– Isso é estranho – Ele disse andando ao meu lado.

– Mas é possível?

– Sim, é possível, afinal ele levou várias pancadas na cabeça no dia do ocorrido.

– Nem me lembre desse dia – Eu senti um arrepio

– Bom, os testes não acusaram nenhum problema – Ele parou na entrada do hospital, ficamos frente á frente

– Então qual é o problema?

– Ele ainda está um pouco atordoado, é muita coisa pra um dia só

– Não acho que isso o faria se esquecer de mim – Eu afirmei relutante

– Deixe o rapaz descansar, sim? – Ele disse meio que se despedindo – Talvez amanhã ele retome a realidade. Passar bem.

– Ajudou bastante – Eu disse sardônica, falei baixo, mas acho que ainda assim ele escutou.

Sei que era perigoso andar na rua de madrugada, mesmo que fosse na área nobre da cidade, mas não me importei, fui andando mesmo. Cheguei em casa silenciosamente, na ponta dos pés para que ninguém me escutasse entrando. As luzes estavam todas apagadas, todos estavam dormindo em seus quartos, menos Cake, que dormia sentada no sofá, de roupão e braços cruzados, provavelmente estava me esperando e caiu no sono. Eu com certeza iria escutar um sermão dela amanhã, mas não me importava, esse era o menor dos problemas no momento.

Subi e tomei um banho, mas não consegui dormir, daqui a algumas horas eu teria que ir pra escola e não sei como vão ser as coisas com o Marshall me tratando como uma estranha. Ainda era difícil acreditar e pior ainda de aceitar o fato.

5:40 me arrumei e sai mais cedo, antes que todo mundo acordasse e me fizesse milhões de perguntas. Chegando lá o portão ainda estava fechado, ia demorar uns 10 minutos antes que ele abrisse então decidi ir á um barzinho que ficava perto da escola, comer alguma coisa, já que estava esse tempo todo sem ingerir nada.

Chegando lá, encontrei um amigo que eu não via a algum tempo, um querido que tinha me ajudado muito até então

– Jake? – Eu perguntei surpresa

– Fionna! - Ele me saudou com um abraço – Quanto tempo menina, você sumiu desde a ultima audiência!

– Pois é né, a vida segue – Eu disse coçando a nuca, pelo menos ele lembrava de mim – Mas fala ai, o que você tá fazendo aqui, cara? – Eu perguntei me sentando em um daqueles bancos altos que ficavam na frente do balcão de mármore

– Eu trabalho aqui agora, moça – Ele respondeu passando pro outro lado do balcão – O que você faz aqui?

– Eu estudo aqui na CATS (Escola Britânica)

– Sério? Que mundo pequeno. – Ele disse enquanto pegava um bloco de notas – E então, o que vai ser?

– Uh, um suco de laranja, por favor

– Mais alguma coisa, coelhinha? – Será que todo mundo vai me chamar assim?

– Sim, só – Eu disse consentindo com a cabeça – Então, como conseguiu trabalho aqui?

– Sabe, atendente pub não é uma vaga muito concorrida – Ele falou rindo – Estavam precisando de um novo, então eu vim, ué.

– Que bom, então pretende retomar sua vida? – Eu disse interessada

– Sim, crime nunca mais – Eu afirmou confiante – Até conheci uma garota, você acredita?

Eu ergui as sobrancelhas em sinal de surpresa, bebendo o suco

– Íris o nome dela, ela é meio hipster, mas é gente boa.

– Ah que ótimo – Eu consenti limpando o “bigodinho” de suco que se formou

– E o Marshall, como está? – Ele quis saber

– Voltou pra casa ontem – Eu falei cabisbaixa

– E você não devia estar feliz com isso? – Ele disse com expressão confusa

– Estaria melhor se ele ao menos lembrasse que eu sou – Disse bebendo mais um gole – Ou quem eu costumava ser pra ele.

– Poxa “véi”, que “malz” – Ele disse tentando me consolar - Mas qualquer coisa estamos ai, pode contar comigo

– Obrigada, cara – Sorri e pus a mão em seu ombro.

Jake era um amigo que eu podia contar, eu confiava nele, apesar de o conhecer a pouco tempo. Minhas relações recentes estavam valendo mais do que algumas de vários anos.

– Agora eu tenho que ir, o portão já deve ter abrido – Eu disse pegando minha mochila do chão.

– Certo, estude hein mocinha – Ele disse rindo – Se não você acaba virando atendente de lanchonete – Me encantava seu jeito de zoar consigo mesmo.

– Sim, claro – Eu ri também pondo a mochila nas costas – Você vai estar aqui na saída?

– Claro, você sai meio dia né?

– Depende do humor do professor – Eu respondi abrindo a porta – A gente se vê então.

Ele deu um sorriso fofo, como só ele conseguia fazer, acenou e voltou a limpar o balcão. Me deixava feliz em ver que tudo estava dando certo pra ele, mas, em compensação, pra mim...

Cheguei no portão da escola e vi Marshall descendo da moto de Marceline e vindo em direção ao portão, apertei o passo e entrei antes que ele me visse, subi as escadas e me sentei em uma carteira vaga no canto esquerdo da sala, já que na frente eu não me sentava mais por causa da Caroço, muito menos no fundo junto com Marshall, já que eu tinha virado uma completa ninguém pra ele.

Meu coração até acelerou quando ele entrou na sala, Caroço foi na direção dele dar as “boas-vindas” do jeito piranha dela. Ele parecia estar um tanto desconfortável com ela se insinuando pra ele, a coisa piorou quando as outras amiguinhas da Carol foram dar as “boas-vindas” também, parecia um bando de formigas rodeando um doce. Mas, pra minha surpresa, ele deu um “chega pra lá” nelas e veio em minha direção. Eu estava nervosa, meu coração acelerado e minha pernas estavam moles, não sei exatamente por que.

– Hey, Fionna? – Ele disse com a voz rouca.

– Como você sabe meu nome? – Eu perguntei esperançosa de que ele houvesse se lembrado


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Notas finais do capítulo

Eai ai galero? Será que ele finalmente se lembrou dela ou a escritora malvada vai prolongar o sofrimento da coitada? heuhehue Palpites? Sugestões? Críticas? O que acharam? Comentem!
Ps: Ainda estou na espera dos leitores fantasmas
Pss: Eu não mordo, viu?