Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 18
The Marshall's Mistake


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, bom dia.
"Segundamente" eu gostaria de agradecer á fofa da Misakinha por recomendar a fic :3
Eai gente? Estão ansiosos para saber se o Marshall finalmente se lembrou da pobre da Fionna?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/475772/chapter/18

POV Fionna

– Como você sabe meu nome? – Eu perguntei esperançosa de que ele houvesse se lembrado

– A garota de cabelo roxo me disse

– Ah, claro. – Eu voltei os olhos para o meu livro, decepcionada – A Caroço.

– Sim, tem alguém sentado ai? – Ele perguntou já jogando a mochila

– Você está vendo alguém sentado aqui? – Eu ergui o cenho

Ele deu uma rizada gostosa e se sentou ao meu lado

– Posso me sentar aqui então?

– Agora que você já sentou né? – Eu respondi voltando os olhos para o meu livro.

– Você é sempre tão séria assim... – Ele disse largado na carteira – coelhinha?

Cara, como eu tinha raiva desse apelido que todo mundo insistia em por em mim!

– Meu nome não é coelhinha – Eu disse voltando os olhos pra ele – É Fionna, como você mesmo disse.

– Não quer que eu te chame assim? – Ele insistiu

– Não, porque esse é não é meu nome. Me chame apenas de Fionna.

– Tudo bem, não te chamo mais assim... – Ele disse abrindo um sorriso – coelhinha!

– Você acha legal ficar azucrinando estranhos, Sr. Marshall Lee?

– Você não me é estranha, acho que eu já devo ter te visto por ai – Ele disse abrindo a mochila – Mas como você sabe meu nome?

– Eu sei muito mais sobre você do que imagina... – Eu disse entrando no joguinho dele – vampirinho.

Ele sacou qual era a minha e eu saquei qual era a dele, então, a conversa simplesmente fluiu, como se já nos conhecêssemos intimamente. Na verdade nos conhecíamos, mas só ele não sabia disso. Depois nos sentamos lá no fundo, no lugar de sempre dele, parece que tem doce ou sei-lá-o-que naquele lugar que ele sempre acaba sentando lá.

Conversa vai, conversa vem, chegamos ao ponto ao qual eu adiava: Sua ida trágica ao hospital, que não lhe custou sua vida, mas sim todas as suas lembranças de mim.

– ... e então agora eu estou aqui – Ele concluiu a história na qual eu sabia até mais do que ele.

– Nossa cara, que loucura – Eu disse tentando me fingir surpresa – Então você não se lembra de algumas coisas, né...

– Não, minha irmã me explicou, mas eu não entendi direito, além do mais eu estava meio grogue ontem, foi tudo muito confuso.

– Então você não se lembra de mim? – Eu fui direto ao ponto.

– Eu deveria? – Ele perguntou

– Sim, deveria. – Eu respondi nervosa, mas a culpa nem era dele.

– De onde eu te conheço? – Ele disse curioso

– Se lembra daquela garota louca que você disse que estava ontem no hospital? – Eu falei apontando pra minha cara – Pois é.

Ele ficou pasmo.

– Nossa, era você mesmo! – Ele disse perplexo – “cê tava” doidona ontem, hein “fia” – Ele disse rindo – Conseguiu encontrar seu namorado?

– Será que você não vê? – Eu disse – Não é possível que você seja tão tonto! Ligue os fatos! Eu é que estou louca? Tem certeza?

Eu apontei para a mesa dele, onde o trecho de música que ele mesmo tinha escrito antes permanecia:

“If our love is tragedy is why are you my remedy”

– If our love is insanity is why are you my clarity – Eu completei – Você não se lembra? Andrew’s Street? Gumball? Luzes do Universo? Nada do que você me disse? Nada do que você viveu até agora?

Ele arregalou os olhos, como se o passado voltasse a vida, como se aquilo tivesse dado um tranco em seu cérebro e thuf! I remember you! Ele deu um sorriso incrédulo que me confortou e fez descer o nó que estava em minha garganta, não fazia ideia do que se passava em sua cabeça, mas, em um impulso o abracei e simplesmente soube que o antigo Marshall estava de volta.

Então desta vez ele retribuiu meu abraço, me apertando contra ele, eu suspirei aliviada, fechei os olhos e senti seu cheiro.

– Eu senti tanto a sua falta – Eu disse apertando os olhos

– Eu sei, me desculpa por eu ser um completo idiota – Ele disse me soltando um pouco – Mas, se eu disser uma coisa você jura que não vai ficar muito puta da vida comigo? – Ele disse ainda me abraçando.

– Nada do que você disser vai conseguir de deixar brava agora – Eu respondi sorrindo ainda com os olhos fechados, sentindo seu cheiro – Só por você ter se lembrado de mim, tudo valeu a pena.

– Então... – Ele riu nervoso – Era zoeira.

Meu sorriso se transformou em uma expressão que raiva, como assim “era zoeira”?

– Como é que é? – Eu perguntei incrédula empurrando ele de mim – Eu não acreditando nisso.

– Calma Fionna, foi só uma brincadeira – Ele disse sorrindo – Own, que fofinha, até parece que tá brava de verdade!

– Brincadeira? Brincadeira? – Eu disse quase gritando – Isso não é brincadeira que se faça, seu palhaço, seu retardado, seu imbecil! – Eu disse vermelha de raiva dando um tapa a cada adjetivo.

– Nossa amor, relaxa, pra que tudo isso? – Ele disse como se tudo aquilo fosse super normal.

– Pra que tudo isso? Você não faz idéia de o quanto eu chorei naquele hospital, do quanto eu sofri por você! isso não é brincadeira que se faça!

– Cara, até parece que alguém morreu, credo

– Você quase morreu ali! Tu não tem noção da gravidade disso? Pra você a vida é uma brincadeira não é? Você não leva nada a sério!

– Você que é séria demais, mano, não é o fim do mundo não, pra que tudo isso?

– Como você pode fazer isso? Não acredito que você seja tão infantil assim

– Ta bom, chega Fionna, já entendi, foi mal – Ele disse levantando os braços como se eu estivesse armada – Eu to bem agora, tá vendo?

– Mas eu não! eu estou péssima, mas é claro que você está pouco se fodendo pra isso né, só se preocupa com você mesmo e suas brincadeiras estúpidas.

– Isso não é verdade – Ele disse sério como se eu tivesse feito uma grave acusação contra ele – Enquanto eu estava lá no chão, na Andrew's Street eu não estava nem ai pra mim, estava preocupado com você, mesmo morrendo eu não esqueci de você.

– Não é o que parece agora, você pouco se importou se eu ia conseguir dormir ou comer depois daquela cena que você fez no hospital

– Para com isso, vai – Ele disse tentando fugir da discussão – Eu estava meio tonto ontem, por causa do óxido nitroso, você sabia disso

– E o que me diz de hoje? Você ainda estava inalando óxido? Acho que não. Continuou com a sua brincadeira idiota, fez esse teatro todo, e pra que? Pra me ver sofrer? Já se divertiu o bastante?

– Ta bom, ta bom, eu já pedi desculpas, não pedi?

– Desculpas não vão anular isso o que fez – Eu disse me levantando da cadeira – Babaca, não acredito que eu me preocupei com você.

– Fionna volta aqui, deixa de ser boba – Ele disse pegando no meu braço

– Deixa ela ir Marshall – Caroço se intrometeu na conversa – Se ela não quer tem quem queira

Ele ignorou o comentário dela e foi atrás de mim

– Fionna, para de palhaçada!

– O único palhaço aqui é você – Eu disse andando mais rápido

– Qual é, você não sabe brincar? – Ele disse aumentando o passo também

– Me deixa em paz – Eu bati a porta do banheiro feminino na cara dele.

Ele ficou batendo na porta por um tempo, mas depois foi em bora, finalmente.

Eu não sabia o que eu sentia naquele momento, se era raiva, ódio ou fúria, era os três juntos multiplicados por 1000. Como ele pode ser tão dissimulado assim? Ele me viu sofrendo daquele jeito e não se importou em continuar com a brincadeira idiota dele, inconsequente e infantil, é isso o que ele era. Se ponha na minha situação, você tem ideia de o quanto eu estava furiosa? E afinal, eu não tinha razão pra estar assim?

POV Marshall

Confesso que no começo foi engraçado (pra mim) ver ela agindo como se nós fossemos estranhos, mas depois eu comecei a ver tristeza no olhar dela e decidi parar com aquilo e contar logo. Péssima ideia, ela ficou vermelha de nervoso, me xingou de tudo o que era possível e foi embora. Eu não esperava que a reação dela fosse essa, mas agora que eu parei pra pensar vi o quão eu fui idiota em fazer aquilo. A coitada estava esse tempo todo comigo, sofrendo que nem uma condenada pra eu retribuir assim, desse jeito? Ela nunca vai me perdoar por isso, eu sou um infantil mesmo.

Depois de bater na porta do banheiro umas quinhentas vezes sem sucesso de reconciliação (claro né) Decidi que já era hora de parar, ela não ia abrir de jeito nenhum, então eu voltei pra sala, Caroço estava no lugar de Fionna e acenou pra mim quando eu entrei na classe, ela não desiste mesmo.

– Eai marsh? – Quem deu essa intimidade á ela? – Cadê a fi?

– Não é da sua conta – Eu não queria ser grosseiro com ela, mas na hora eu estava de cabeça quente

– Credo, só queria ajudar

– Desculpe – Eu respondi me acalmando – É uma longa história, é complicado

– Eu tenho todo tempo do mundo – Ela disse se encostando-se em mim.

– Não obrigada – Eu disse afastando ela – Eu tenho que resolver isso sozinho.

– Cheio dos mistérios né? – Ela disse puxando a blusa pra baixo pra deixar o decote evidente – Adoro homens misteriosos.

O que se responde em uma hora dessas? Você pode me chamar de gay mas, mesmo com uma garota gostosona sarrando e se insinuando pra mim, eu não estava nem aí pra ela. Sério mesmo, eu estava preocupado com a Fionna.

– Não esquenta com ela não – Ela interrompeu meus pensamentos – Se eu fosse você esquecia ela, é um caso perdido. Sabe, a Fionna é minha amiga (mentiroosa) mas eu tenho que admitir que ela não é a garota certa pra você

– Ah, e quem seria a garota certa? Você? – Eu disse debochando

– Quem sabe né, se você me der uma chance – Droga, se insinuando de novo, será que ela não se toca?

– Não, eu estou bem com ela – Eu a recusei – Só estamos passando por um problema.

– Já percebeu que ela só te causou problemas até agora?

– Tem pessoas que valem a pena, o que eu estou passando é detalhe, eu a amo e é isso que importa.

– Que fofo, queria ter um namorado assim

– Não é se esfregando em qualquer um que você vai conseguir – Eu respondi a chamando sutilmente de piranha.

– A Fionna não sabe o que está perdendo, você é um dos poucos que valem a pena, hoje em dia ninguém presta.

– E você é uma delas – Eu respondi me levantando e pegando minha mochila, era hora do intervalo – Dê valor a você mesma garota, quem sabe um dia você arrume alguém que preste.

– Se eu não prestasse ninguém me queria – Ela disse se gabando por ser a mais rodada da escola (grande coisa)

– Não é que todo mundo te queira minha filha, você é “o que tem pra hoje”. Todo mundo quer o filé, mas o pessoal se contenta com o pão de alho, enquanto “não tá tendo”. Você quer mesmo ser a porra do pão de alho? E ainda acha bonito isso?

Ela nem me respondeu, sai da sala e fui em busca de Fionna, talvez ela já tenha saído do banheiro, eu pensei. Ela estava sentada em um dos bancos da praça de alimentação, então quando ela me viu saiu andando em direção á secretaria e sumiu em meio a tanta gente. Depois disso, eu não a vi mais.

POV Fionna

Eu realmente não estava bem, estava com uma sensação estranha no peito, além de ainda estar muito decepcionada com Marshall. Quando eu o vi no pátio, sabia que ele iria vir até mim, então eu simplesmente sai andando em direção á secretaria e pedi autorização pra ir pra casa, alegando que eu não estava passando bem. Ligaram para os meus pais e me deram um papelzinho pra eu entregar pra mulher da secretaria, dizendo que eu estava dispensada.

Decidi ir ao bar em que Jake estava trabalhando, afinal eu prometi pra ele que iria depois da escola, e também porque eu precisava desabafar com alguém que não estivesse ocupada demais fazendo TCC da faculdade (Cake).

– Eai Jake – Eu disse suspirando com ar de tristeza

– Oi coelhinha, saiu mais cedo da escola? – Ele dizia enquanto limpava o balcão – Aconteceu alguma coisa?

– Sim, várias coisas

– Qual o problema? – Ele parou tudo – Quem eu devo matar? – Ele disse rindo

– É sério, cara, eu to mal

– Foi mal fi, pode falar.

– É o Marshall, sabe.

– Ele de novo? – Ele bufou como se ele fosse a origem de todos os problemas do mundo

– Se lembra que ele não se lembrava de mim?

– Sim, você estava arrasadona aqui hoje de manhã.

– Então, era tudo um teatrinho dele, ele disse que estava “brincando”. Isso é brincadeira que se faça?

– Nossa veio, não acredito, que idiota!

– Ele não sabe o quando eu sofri naquele hospital, o quanto eu chorei por ele, quantas preces eu fiz, o tanto de vezes eu fiquei sem dormir, cara, pra ele fazer isso comigo? – Eu disse com vontade de chorar – Eu não acredito que eu fui tão tonta assim, eu sou muito otária mesmo.

– Não diga isso – Ele deu a volta no balcão e me abraçou, eu cai em lágrimas – Ele é que foi um idiota, vacilou com você

– Tudo dá errado na minha vida, é só decepção, mano – Eu disse o apertando – Tropeço atrás de tropeço, nada dá certo e quando eu acho que melhorou um pouco e vida vai lá e me fode de novo! Que droga!

– Calma, calma, vai passar – Ele me confortava – Eu sei como é difícil pra você, mas tente ver pelo lado bom

– Que lado bom? Não existe lado bom – Eu resmunguei

– Eu estou aqui com você, tudo vai terminar bem

– Só você mesmo, Jake – Eu disse enxugando as lágrimas – Você é como um irmão pra mim

– Sempre vou estar aqui pra você, ouviu? – Ele disse se olhando nos meus olhos – Não importa o que aconteça, eu sempre vou estar aqui pra você, conta comigo sempre, pra o que for.

Eu consenti com a cabeça um pouco assustada com a aproximação do seu rosto ao meu.

– Eu gosto muito de você Fionna, saiba sempre disso. Eu estarei do seu lado aonde quer que você for – Ele se deu conta de o quão perto ele estava e corou, mas não se moveu, continuamos nos encarando do mesmo jeito e nenhum dos dois sabia o que dizer, nem o que fazer. Foi quando o momento foi quebrado por Marshall, que gritou meu nome do lado de fora do bar, vindo em nossa direção. Como ele conseguiu sair da escola? O que ele estava fazendo aqui? Será que ele entendeu errado o que acabara de acontecer?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vish, vai ter treta? O.O Não perca o próximo capítulo!
Rolou um clima ali hein, Marshall vacilão tá perdendo pro Jake, maluco! heuhehue Jake+Fionna, vocês shippam?
E ai, o que acharam? O que vocês fariam no lugar da Fionna: perdoariam o Marshall ou ele tá merecendo uns tapa? Comentem ai! Sugestões ou críticas são muito bem vindas (desde que sejam construtivas, claro)
Beijos, até sábado!