Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 16
Remember Me




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POV Marceline

Fionna foi ao quarto de Marshall enquanto eu esperava na sala de espera, e voltou antes do que eu esperava, ela costuma passar mais tempo lá. Quando vi que ela estava chorando meu coração já começou a bater mais forte, o medo prenominava dentro de mim. Ela chegou e me abraçou, estava sorrindo

– O marsh, marcy... – Ela dizia eufórica

– O que tem ele?

– Ele acordou! – Ela disse rindo, chorando e gritando um pouco, talvez muito.

A felicidade me enchia por completo naquele momento, eu a abracei como se não houvesse amanhã e quando vi meus olhos já estavam tão cheios de lágrimas quanto os dela.

Fomos até o quarto dele, mas os médicos não permitiram nossa entrada, estavam fazendo diagnósticos pelo visto, então ficamos olhando da porta, ele olhava pra mim fixamente com cara “o que está acontecendo?”

Deixamos a poeira abaixar, quando tudo estava mais calmo, Darwin veio falar com a gente

– Ele se recuperou mais devagar do que nós esperávamos – Dizia ele – Mas parece que agora ele finalmente “despertou”. Está em plena consciência, fazendo várias perguntas, está meio atordoado ainda, confuso, mas passa bem.

– Ah, graças a Deus – Fionna disse abraçando o médico, coisa que ela nunca fez antes.

– Ele já pode receber alta? – Eu perguntei com esperanças que ele fosse logo pra casa

– Ainda não, vai ficar em observação por um tempo – Ele disse constrangido, se recompondo do abraço de urso da Fionna – Veremos quando ele poderá ir pra casa, coisa que não vai demorar muito, talvez daqui a algumas horas até, ele já possa regressar pra casa – Ele disse confiante

– Eu vou ligar pra Cake – Fionna disse já desbloqueando o celular

– Vê se ela consegue falar com a minha mãe - Eu disse já aproveitando a ligação – Obrigada, Dr – Eu disse me virando pra ele, apertando sua mão.

Ele confirmou com a cabeça e desceu corredor abaixo. Não nos deixaram ver Marshall depois disso, mas o dia foi uma correria só quando a noite caiu. Ao fim do expediente de Harvey, ela chegou eufórica no hospital, junto com Cake, que não conseguia segurar o sorriso. Ela deixou uma mochila com algumas coisas do Marshall, caso ele recebesse alta, teria algo pra vestir e voltar pra casa.

Somente Fionna passou a noite no hospital, dessa vez, esperando por notícias, Cake tinha TCC da faculdade pra fazer e eu e minha mãe tínhamos que arrumar as coisas de Marshall lá em casa.

POV Marshall

Depois de acordado, os médicos começaram a fazer uns diagnósticos, mas nenhum me explicava nada, teve até um que me deu um gás esquisito que me deixou rindo sem causa aparente, meio abobado (óxido nitroso). Eles também faziam perguntas idiotas do tipo:

– Você se lembra do seu nome? – Dizia o cara com uma plaqueta na mão

– Claro que eu me lembro – Eu respondia como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Marshall Lee Abadeer.

– Certo, sua idade? – Ele dizia enquanto escrevia

– Trinta e dois – Eu respondi brincando, mas ele me olhou sério – Aff, Dezoito – Eu respondi então – Sabe nem brincar.

– Não é hora pra brincadeiras, Sr. Abadeer, você tem noção do porquê está aqui?

– Sei lá, cara – Eu disse rindo - Acho que eu ralei o joelho

– Idade mental? – Ele perguntou me chamando de infantil provavelmente

– O que é isso? – Eu disse me fingindo de sonso – É quanto tempo você passa chupando bala de menta?

– Ora, por favor! – Ele disse irritado

– Por favor digo eu, moço – Eu disse segurando o riso – Eu só quero ir pra casa, tá?

– Você irá quando fizer todos os testes e parar de bancar o crianção – Ele falou saindo do quarto.

Aquele gás tinha me deixado idiota por um tempo, mas depois o efeito foi passando, chegaram outros médicos também, fizeram testes psicológicos, físicos, tudo o que tinha direito (e até o que não tinham)

Depois de um tempo, quando os caras terminaram todos os testes exaustivos, o Dr. Darwin (que era o único ao qual eu tinha simpatizado) me disse que eu podia ir pra casa.

– Finalmente – Eu falei me levantando da cama.

Tomei um banho lá no hospital mesmo, me observei no espelho e vi que eu estava bem mais magro do que eu me lembro, bem mais pálido que o normal e que eu tinha alguns pontos na testa, costela e um bagulho esquisito no peito, tipo uma perfuração.

Ainda bem que eu estava indo pra casa, talvez Marceline possa me dizer o que está acontecendo.

POV Fionna

Passei a noite inteira no hospital, não consegui pregar os olhos, foi quando lá pelas 3 horas da madrugada, Dr. Darwin veio dar a notícia pela qual eu esperava todo esse tempo:

– Sim, ele já pode voltar pra casa – Ele dizia com ar vitorioso

– Agora mesmo? – Eu perguntei quase explodindo de tanta felicidade

– Sim, agora mesmo - Ele respondeu – Ele já está consciente, pode falar, andar e fazer qualquer outra atividade normalmente, embora esteja meio abobado ainda por causa do gás

Aquele foi um dos melhores dias da minha vida, finalmente eu podia o abraçar, o beijar e dizer o quanto eu sentia sua falta. Liguei pra Marceline para que ela viesse o buscar de moto, ela disse que já estava á caminho.

Depois de alguns minutos Marshall recebeu alta, e foi me encontrar na sala de espera, estava de muleta, arrastando a perna esquerda, não pensei duas vezes eu fui em sua direção, me joguei mesmo. Quase o derrubei o abraçando forte, mas ele não retribuiu meu abraço.

– Calma, garota! – Ele disse surpreso – Quer me derrubar?

– Eu senti tanto a sua falta – Eu disse ainda o apertando

– Eu te conheço? – Ele disse me afastando sutilmente de si.

– Para com brincadeira besta, Marshall – Eu disse um tanto assustada.

– Como você sabe meu nome?

– Como assim “como eu sei seu nome”? – Eu disse torcendo pra aquilo ser mais uma de suas brincadeiras bestas – Você é meu namorado, não se lembra de mim?

– Você deve estar me confundindo com alguém – Ele disse virando as costas pra mim – Cadê a Marceline? – Ele disse falando sozinho

– Você não se lembra de nada? – Eu disse pegando em seu braço

– Me solta menina! – Ele disse tirando minha mão dele – Deixa de ser esquisita.

– Você não se lembra? – Eu disse com um nó na garganta

– Acho que você está um tanto confusa – Ele disse olhando bem pro meu rosto – Não te conheço, já disse.

– Eu que estou confusa? – Eu disse deixando escorrer as lágrimas que eu prendia - Você nem sabe quem você é! Você nem se lembra de quem eu sou!

– Eu sei muito bem quem eu sou, mas já disse que não te conheço, nunca te vi na minha vida – Ele disse pondo a mão em meu ombro, como se estivesse com pena, como se eu fosse doida – Eu só quero ir pra casa, ta bom? Boa sorte na procura do seu namorado – Ele deu as costas e saiu andando em direção a entrada – Tadinha – Murmurava ele.

Não podia acreditar no que eu acabara de ver, ele estava indo em bora mesmo, não era uma brincadeira. Ele realmente tinha se esquecido de mim.


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Notas finais do capítulo

Eita porra '-' Ta tenso o bagulho aqui.
O que acharam do capítulo? Comentem! Sugestões ou críticas?
Isso é tudo pessoal, até domingo ;D