Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 15
Sweet Revenge


Notas iniciais do capítulo

Enfim, uma das partes mais esperadas por vocês, leitores: a vingança contra Gumball!
Atenção: Esse capítulo terá partes de tortura, mas mesmo que você não curta, eu recomendo que leia, pois esse capítulo é importante.
Como prometido, caprichei mesmo ;D Então, divirtam-se com o sofrimento daquele maldito (Quanto ódio, gent --')



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POV Fionna

Gumball veio em minha direção com um sorriso no rosto, como se nada houvesse acontecido.

– Coelhinha! – Ele disse abrindo os braços – Sentiu saudades?

– Sai daqui, seu escroto! – Eu disse com nojo dele – Como ainda consegue olhar na minha cara depois de tudo o que aconteceu?

– Como assim, Fionna? – Ele disse rindo – Não entendi.

– Como você consegue ser tão sínico? – Eu disse serrando os cílios

– Eu? Sínico? – Ele disse com cara de quem não estava entendendo

– Você não vai ficar impune, seu rato! Você vai pagar por isso

– Isso o que?

–Você sabe muito bem – Eu disse me virando

Ele pegou forte no meu braço e sussurrou no meu ouvido

– Olha bem o que você vai fazer hein coelhinha. Meça bem as suas palavras se você tem amor a sua vida e a vida do seu namoradinho, fiquei sabendo que dessa vez ele escapou da morte, mas quem sabe na próxima...

– Você não seria capaz disso – Eu senti um frio na espinha

– Será mesmo? – Ele sorriu – Fica esperta.

Ele saiu andando em direção aos amigos dele, Finn e Flame, os mesmos que estavam lá naquele dia infeliz. Eu fiquei lá no meio do pátio imóvel, sem reação, será que ele nunca vai nos deixar em paz? E como eu faria justiça se eu nem tinha como provar que foi ele?

(Quebra de tempo – Pensamento de Fionna ON)

Era uma tortura ter que suportar todo santo dia Gumball olhando pra mim e agindo como se nada houvesse acontecido. Era uma tortura suportar a Caroço que provocando e irritando todo dia, espalhando veneno e mentiras sobre mim pelas costas. Era uma tortura meu pai sendo cada vez mais severo e minha mãe se importando comigo cada vez menos. Uma tortura ver Marceline cada dia mais acabada e exausta de tanto ficar no hospital, que já virara praticamente a casa dela. Mas, o pior de tudo era suportar Marshall em coma enquanto tudo isso acontecia.

Um mês depois

Já se passaram um mês desde que aquilo aconteceu, Junho já havia acabado e minhas férias de Julho começaram. Jurei a mim mesma que nesse tempo eu iria me dedicar única e exclusivamente na prisão de Gumball e seus amigos (sem que meus pais desconfiassem). Tentativa falha, lógico, não tinha como esconder isso deles, mais cedo ou mais tarde descobririam, já que o caso chegou á mídia e tomou repercussão em todos os jornais locais.

Porém a reação deles foi bem melhor do que eu imaginava, já que Cake inventou que Marshall pertencia á uma família rica no Japão e estava fazendo intercâmbio aqui. A reação deles foi tipo “Ele é rico? Ah, então tudo bem” Absurdo né? Pois é, mas eles acreditaram.

A mídia ajudou a levar o caso ao tribunal, com a ajuda de Cake, contratei um advogado para começar a trabalhar no caso sobre o crime na rua Andrew’s Street em que Marshall havia sido brutalmente ferido a ponto de estar na UTI até hoje.

Depois de muitas audiências no tribunal, foi dado o veredito: 5 anos de prisão por tentativa de homicídio.

Como eu provei que foram eles? Digamos que as câmeras do circuito da rua viradas para o beco em que tudo aconteceu tenham me ajudado a encerrar o caso.

Mas é obvio que Marceline não ia deixar barato o que aconteceu, prisão não era o suficiente pra ela. Se tinha uma coisa que ela tinha sede era de vingança, então planejou tudo milimétricamente. Irei lhes contar o que ela fez:

Antes de sua prisão, Marceline seguiu Gumball discretamente para qualquer lugar que ele fosse, anotou todos os lugares que ele frequentava e toda sua rotina que era a mesma em todos os dias úteis: Escola, Casa, Metrô, Curso, Metrô, Supermercado, Casa. Fumava maconha com os amigos depois das 23:40 (quem diria, hein?)

Ela escolheu sexta-feira, um dia antes do veredito final pra aplicar tudo o que ela planejou fria e calculista. Chamou Jake, que manjava mais do que ele nessas coisas de crime. Ele tinha seus contatos e a ajudou a executar então o que ela planejava cheia de ódio desde o ocorrido.

POV Marceline

Sexta-Feira

O grande dia chegou, finalmente eu iria matar minha sede de vingança com o sangue daquele verme. Malvada demais? Acho que não, nada do que ele não mereça, além do mais não vou matar ele nem nada, pelo menos vou tentar não fazer isso.

Segui ele como discreta como uma ninja, como eu faço sempre. Ele saiu de casa, foi pra escola, meio-dia saiu da escola e voltou pra casa, dormiu por 3 horas, se arrumou e pegou o metrô pra ir pro seu curso de mandarim, passou 4 horas lá, e então ás 19:00 em ponto ele saiu do curso e foi em direção ao metrô, voltar pra casa. Era minha deixa, liguei pro Jake que chamou seus amigos da gangue inimiga de Gumball (ele participava de uma gangue pra quem não sabe) afinal, todos ali tinham motivos pra querer ele debaixo da terra.

– Jake? – Eu disse assim que ele atendeu

– Diga Marcy, tudo pronto? – Ele perguntou com respiração ofegante, como se estivesse correndo

– Sim, ele acabou de sair – Eu respondi baixo – Chama teu pessoal que é agora!

– Eles estão comigo, tá tudo pronto

– Rua Andrew’s Street, no beco atrás do metrô – Desliguei rapidamente e liguei a moto, fui pro lugar marcado, eles já estavam lá, então era só esperar o rosinha aparecer.

Depois de alguns minutos avistei meu alvo descendo a rua sozinho, essa hora da noite as ruas não eram movimentadas. O pessoal do Jake já estava pronto pra agir, quando ele passou por nós, um dos caras pôs um saco na cabeça dele e nós o arrastamos para a viela escura. Rapidamente peguei seus braços e pernas e o prendi em uma grade com uma daquelas algemas que a gente arranja em qualquer sex shop por aí. Agora ele estava imóvel, e eu podia fazer o que eu quisesse a partir dali. Tiramos o saco de sua cabeça, que estava suada de nervoso.

– O que você quer sua maluca? – Ele perguntou apavorado – Eu nem te conheço, sua louca, me solta!

– Não me conhece? – Eu sorri – Talvez você conheça meu irmão, Marshall Lee, que você tentou matar neste exato lugar.

Ele arregalou seus olhos violeta.

– O-oque você pretende fazer? Na-não iria fazer a mesma crueldade que eu fiz, não é? Você se rebaixaria a esse ponto?

– Não, claro que não – Eu respondi irônica – Na verdade eu vim aqui fazer pior.

– Por favor moça – Ele implorou – Me deixa em paz, me deixa sair – Ele dizia se debatendo na grade

– Por favor moça? – Eu gargalhei – “Por favor moça” é o caralho, você sabia muito bem o que estava fazendo – Eu disse me aproximando dele – Agora você vai sentir na pele tudo o que meu irmão sentiu.

– Isso é crueldade, garota, pelo amor de Deus – Ele disse com voz de choro

– Não põe o nome dele dessa tua boca suja – Eu me afastei – Isso não é crueldade, isso é vingança. E eu me chamo Marceline, você vai guardar bem esse nome, eu garanto.

– Chega de conversa, Marcy – Jake disse impaciente – Bora apagar logo esse infeliz

– Eu confiei em você, cara – Gumball disse com ar de reprovação pra ele.

– Confiou em mim? Ah, por favor né? Você me chantageou esse tempo todo! Ameaçou minha filha! Por mim eu te matava agora, só não vou fazer isso em consideração a Marceline

– Só não quero sujar meu nome com o sangue de um rato como esse – Eu disse pegando um pano – Vamo acabar logo com isso – Olhei bem nos olhos de Gumball – Você vai se arrepender amargamente por tudo o que você fez com o Marshall.

Pus uma mordaça em sua boca para que ele não gritasse, e mesmo que gritasse, quem ia escutar? Me aproximei dele e sorri, dei vários chutes certeiros bem no meio de suas pernas, Jake deu alguns golpes seguidos com um soco inglês em seu rosto, que ficou toda ensanguentada, e alguns amigos do Jake ajudaram a bater com porretes de aço, quando ele já estava meio apagado nós o soltamos e ele caiu gemendo e se contorcendo no chão.

– Tá gostando bichinha? – Eu disse enquanto chutava suas costelas com minha bota dura de bico fino – Tá chorando porque?

Me agachei até ele e tirei sua camiseta, peguei um canivete e rasguei seu peito, bem fundo, escrevendo um “M” nele. M de Marceline, M de Marshall e M de Mãe. Essas eram as pessoas a que eu queria vingar. Joguei um pouco de ácido sulfúrico em cima, o que o fez urrar de dor, peguei em seus cabelos e trouxe sua cabeça até bem perto da minha, fazendo-o olhar em meus olhos castanho-avermelhados

– Essa queloide vai ficar pra sempre com você. Está no exato lugar em que você atirou no meu irmão, do lado esquerdo do peito, bem perto do coração. Eu quero que você lembre quem foi que fez essa cicatriz e pense duas vezes antes de mexer com a minha família, ta escutando, palhaço?

Ele consentiu com a cabeça, sem mais forças pra dizer nada

– Acho bom mesmo – Eu disse desbloqueando o celular – E como eu sou misericordiosa vou ligar pra ambulância e em seguida vou embora. Se você sobreviver até ela chegar, sorte a sua – Eu disse dando as costas.

Jake fez gesto com a mão pros amigos dele, indicando que já era hora de ir, mas antes, teve que ter o gostinho de dar um chute nele também.

– Por mim, você morria agora – Por uma ironia do destino, começou a chover.

Deixamos ele lá, sangrando na chuva, exatamente como meu irmão ficou á um mês atrás. Pois é, a vingança é um prato que se come frio.

POV Fionna

Fiquei satisfeita com a prisão daqueles vermes, e mais feliz ainda por nada ter acontecido com Jake, que de qualquer forma me ajudou a escapar. Ele foi inocentado por falta de provas contra ele, já que ele não estava na cena do crime e por eu ter alegado sua inocência. Caso encerrado e todos viveram felizes para sempre? Infelizmente não, Gumball era só um obstáculo entre vários, um obstáculo que jurou se vingar quando saísse. Você acha que cinco anos são suficientes para manter um verme longe de você? Acho que não, Gumball pertence á uma família rica e logo logo o playboyzinho homicida estaria livre novamente.

Marshall continuava no hospital, em coma, e eu obviamente continuava indo todo santo dia o visitar, já estava começando a perder as esperanças.

28 de Julho

Entrava em seu quarto como eu fazia todas as tardes, me sentava ao seu lado e conversava com ele, para que ele acompanhasse tudo o que estava acontecendo, contava como foi o dia, até lia noticias, e cantava pra ele ás vezes também.

Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei
Eu te estranhei, me debrucei
Sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei, e te arranhei
E me agarrei aos teus cabelos...

Muitas das vezes eu nem conseguia terminar, e já começava a chorar, levava a mão ao rosto e saia da sala, pra tomar um ar. Aquilo estava me corroendo por dentro e por várias vezes pensei em desistir, largar mão de tudo, tudo.

Porém, naquele belo 28 de julho, as coisas mudaram. Enquanto eu cantava baixinho pra ele, quase a ponto de chorar, pra minha surpresa, ele não continuou imóvel como sempre, mas sim, abriu os olhos.

Eu realmente não esperava que isso iria acontecer um dia, eu não sabia o que fazer, só sei que dentro de mim estava uma mistura de sentimentos que eu não sabia distinguir, a única coisa que eu consegui fazer no momento era abrir a boca, mas dela não saia nenhum som, eu tentava dizer algo mas, simplesmente não conseguia, não saia nada.

Depois que me dei conta do que estava acontecendo, num momento de euforia, sai gritando pelos corredores, a procura do Dr. Darwin, ou de Marceline ou de quem quer que seja, a única coisa que importava é que, agora Marshall estava de volta “Ele acordou”.

POV Marshall

Escutava lá no fundo uma voz familiar, que cantava baixinho com uma voz doce. Abri os olhos então, e não consegui distinguir quem estava lá, um borrão era a única coisa que conseguia ver. Meus pensamentos estavam confusos, como se minha consciência estivesse sido “desativada” por um tempo, deixando só o subconsciente trabalhando, como se eu tivesse tomado um porre.

Eu estava meio confuso e tentava assimilar o que estava acontecendo enquanto minha visão ia voltando ao normal, vi médicos entrando e saindo da sala, e minha irmã na porta, parecia chorar de alegria enquanto abraçava uma garota loira que eu não consegui ver o rosto. O que diabos estava acontecendo?


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? A Marcy pegou pesado demais com o Gumball ou ainda é pouco? Enfim, agora ele já está esfolado e preso :P
A música que a Fionna canta pro Marshall é Elis Regina - Atrás da Porta, caso vocês queiram escutar depois. Qual foi a reação de vocês ao saber que ele acordou? *w* Comente ai em baixo! Sugestões ou críticas comente também, leio e respondo todas.
É isso meus amores, beijos e até quinta.