Juventude em Crise escrita por Queen Of Darkness


Capítulo 26
Não Tem Como Acreditar




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Sophie abrira vagarosamente os olhos. Sua vista estava um pouco embaçada, por isso a principio não entendeu muita coisa só sabia que estava com uma intensa vontade de vomitar.

 

- Você está bem? - perguntou uma voz masculina.

 

Ela se ajeitou no sofá e depois esforçou sua vista, então, percebeu que Lucas a olhava.

 

- Onde eu estou?

- No meu flat. - respondeu Lucas.

 

Sophie olhou para um lado e percebeu que raios solares incidiam pela janela.

 

- Que horas são?

- Nove horas. - disse Lucas.

- Nove horas?! - questionou Sophie abismada. - Mas o que é que eu estou fazendo aqui?

- Você desmaiou ontem à noite e só veio acordar agora.

Ela olhou para o lado pensativa e contou:

- É... Eu me lembro um pouco...

- O que foi que deu em você?

- Eu não sei. - comentou Sophie se levantando. - Eu fiquei um pouco enjoada...

 

Lucas também se levantara e perguntara se poderia fazer alguma coisa para ajudá-la ou se queria carona, a garota mexeu as sobracelhas em uma expressão de desconfiança e indagou:

 

- Por que está me tratando bem?! Nunca foi delicado comigo...

- Eu só fiquei preocupado. - confessou ele.

 

Sophie sorriu.

 

- Até parece. - continuou ela enquanto pegava o seu celular que estava em cima do sofá. - É melhor eu ir logo... Antes que alguém descubra que eu dormir aqui...

 

Lucas deu um sorriso de satisfação.

 

- O que foi? - perguntou Sophie.

- Não nada. - respondeu ele indo até a porta para abri-la.

 

Sophie saiu do apartamento um pouco apressada, mas de vez em quando diminuía a velocidade dos passos, por estar ainda um pouco enjoada. Ela entrou no elevador e foi até o térreo, de lá saiu do prédio e pegou o primeiro táxi que viu passar pela rua.

Quando o mesmo estacionou à frente da casa dela, Sophie saiu e pediu que o homem esperasse, pois ela iria pegar o dinheiro. Não demorou muito para que voltasse com o dinheiro e o entregasse ao taxista, então, novamente ela entrara na casa, quando assim fez foi direto para a cozinha. A cozinha se encontrava vazia, exceto pela presença de Sabrina.

 

- Oi. - falou a mulher desanimada pra garota.

 

Sophie achou que não era o melhor momento para as duas conversarem, por que ainda continuava zonza; mas mesmo assim não poderia desperdiçar a oportunidade.

 

- Sabrina... - começou a garota. - É... Que...

 

Sabrina agora tirara os olhos da revista para olhá-la.

 

- É que eu queria te pedir desculpas pelo que aconteceu no outro dia. - Enfim falou Sophie. - Eu acabei descontando em você a rivalidade que eu tenho com a Bia...

- Eu imaginava. - confessou Sabrina. - Aliás, o Fred era namorado da Beatriz.

- Pois é. - concordou Sophie. - Então, você me perdoa?

- Claro Sophie. - disse Sabrina.

- Obrigada. - agradeceu a garota, depois a mesma fora até um bule que estavam sobre a mesa e colocara um pouco de chá forte numa xícara; bebeu tudo com a esperança de ficar melhor.

- Você está bem? - perguntou Sabrina.

- Estou. - respondeu Sophie e em seguida saiu do local, atravessou a sala de jantar e subiu as escadas. Indo até o seu quarto, onde pôde tomar um banho relaxante. Demorou uns vinte minutos, até que ouvisse batidas na porta. Sophie se aproximou e a abriu.

- Onde foi que você dormiu Sophie? - interrogou Rafael entrando no quarto.

- É... - a garota não teve coragem de responder, por que sabia que o irmão não ia gostar nada em descobrir que havia dormido na casa de Lucas.

- Nós ficamos preocupados. - interrompeu Rafael. - E o Fred já veio aqui atrás de você... Ele falou que vocês ficaram de sair...

 

Sophie bateu com a mão na testa.

 

- Ah esqueci. - lamentou Sophie. - Eu fiquei de ir à praia com ele.

- Ele está muito chateado. - concluiu Rafael enquanto a irmã abria a porta.

- Eu vou lá falar com ele. - disse Sophie saindo do quarto.

 

Ela desceu as escadas e foi até o escritório, onde pegou a chave de seu carro. Depois saiu da casa e entrou no seu automóvel. Passados alguns minutos ela dirigiu até um estacionamento subterrâneo e de lá pegou o elevador para o nono andar, então, fez o habitual trajeto para a porta de número 94. Sophie tocou a campainha e Fred atendera. Ela deu um beijinho no rosto dele e entrou no apartamento; Fred fechara a porta com um pouco de força.

 

- Desculpa, por eu ter esquecido da praia. - pediu Sophie se aproximando dele e percebeu que o mesmo estava muito zangado. - Ah... Fred desculpa... No próximo domingo a gente vai.

 

Sophie já ia o beijando, quando ele segurara o braço dela com força e a tirara de perto dele. Sophie não entendeu muito o porquê daquilo, então perguntou:

 

- O que foi?

- Como você é cara-de-pau garota. - retorquiu Fred olhando para ela com desprezo.

- Fred... Por que você está me tratando assim? - voltou a perguntar Sophie.

 

Ele se afastou dela revoltado e falou:

 

- Já que você quer que eu refresque sua memória, então eu digo... Aliás, eu pergunto... Onde é que você passou essa noite?

 

Sophie ficou um pouco nervosa, mas resolveu responder:

 

- Eu... Eu dormir na casa da Daniela...

- Pára de mentir. - mandou Fred quase que gritando. - Deixa de ser cínica... Eu sei muito bem aonde você dormiu e com quem você dormiu...

- Fred... - começou Sophie.

- Você e o Lucas devem ter aproveitado muito a noite, não foi?

 

Sophie ficara pálida rapidamente.

 

- Quem foi que te disse isso?

- Eu liguei pro seu telefone agora de manhã e quem atendeu foi o Lucas e ainda disse que você estava dormindo em sono profundo ao lado dele... Talvez por que a noite tenha sido boa...

- Não fala assim de mim. - mandou Sophie com raiva e enquanto caia algumas lágrimas dos seus olhos. - Eu fui ontem à noite à casa do Lucas pra pegar um CD de um trabalho e... E eu desmaiei, só vim acordou agora.

- Você quer mesmo que eu acredite nessa história?! - indagou Fred com raiva e se aproximando dela.

- Mas é a verdade. - suplicou Sophie.

- Eu sei muito bem o que você foi fazer na casa dele. - retrucou Fred e não pôde dizer mais nada, por que na mesma hora Sophie lhe metera a mão na cara.

 

Fred continuou com o rosto torto por algum tempo, até virar para olhar Sophie fechando a mão direita e colocando a colocando a esquerda no rosto.

 

- Me desculpa, eu não queria ter feito isso... - confessou Sophie chegando perto dele, só que Fred recuara.

- Como é que eu posso ter me enganado tanto com uma pessoa?! - indagou ele com uma voz desprezo.

- Não fala isso, você sabe que eu te amo. - pediu Sophie. - Eu sei que pode parecer que eu te traí... Mas, eu não fiz nada disso. Acredita em mim, por favor.

- Não dá pra acreditar numa pessoa egoísta e errada como você. - retorquiu Fred.

- Não é bem assim...

- E eu acho que você já vem me traindo há muito com o Lucas. - interrompeu Fred. - Aquelas conversinhas...

- Eu já senti na pele o que é traição. - falou Sophie. - E eu nunca faria com que você passasse por tudo que eu passei... Eu sei que é terrível.

- Então, pára de me fazer sofrer e esquece que eu existo. - disse Fred.

- Eu preciso de você. Não faz isso comigo. - suplicou Sophie já sem forças.

- Se precisasse, não teria feito o que fez. - retorquiu Fred.

- Mas você não vê que isso tudo não tem lógica?! - continuou Sophie. - Se eu tivesse mesmo te traído, eu iria dá um mole desse?

 

Fred ficou impaciente, então caminhou até a porta e a abriu.

 

- Sai daqui. - mandou ele.

 

Sophie pensou em não sair, mas viu de que nada adiantaria então ela caminhou e passou por ele sem olhá-lo. Fred na mesma hora fechou a porta com bastante força, agora enfim ele podia chorar e foi o que fez. Fred fora até o sofá e se deitara, não conseguiu evitar, então pensou em todos os momentos felizes que passou com Sophie “o primeiro beijo; a forma com que ela o deixava com ciúmes por beijar o Pedro; quando ela fazia tudo errado e ele brigava tentando a melhorar; o jeito que Sophie desvencilhava das discussões fazendo um jeitinho meigo que ele, Fred, não resistia; sem falar na aventura que eles passaram perdidos na mata e no prazer que ele sentiu por passar a noite toda abraçada com Sophie a beijando e a aquecendo do frio, mas o que ele mais pensava nisso tudo era inconfundivelmente no sorriso de Sophie .” Apesar das várias brigas, eles sempre se deram muito bem e o melhor de tudo sempre riam juntos e adoravam implicar um com outro. Todos até podiam dizer que eles eram completamente diferentes, mas eram essas diferenças que uniam o casal e fazia que no relacionamento deles nunca houvesse tédio. Estava tudo tão perfeito e ele notara algumas mudanças boas em Sophie, como por exemplo, ter defendido a Sheron e também em admitir que estivesse errada (coisa que antes era impossível). “Tudo bem que nós discutíamos muito” pensou Fred. “Mas ela nunca demonstrava que se importava com isso, muito pelo contrário, parecia que até gostava, por que se não ela não teria mudado tanto... E se não estava feliz com o nosso relacionamento, então por que não me contou? Por que se envolveu justamente com o garoto mais imbecil da universidade? O que é que ele tem que eu não tenho?”

 

Fred olhou para os lados tentando esquecer e também abafar a raiva que sentia em seu peito. “Ela não só o beijou como dormiu com ele” Era a frase que não saia de sua cabeça. “Onde foi que eu errei? Eu sempre fui paciente e bom com ela... Mas eu jurava, jurava que ela me amava”. Ele tentou fechar os olhos e logo em seguida seu cachorro pulara no sofá, Fred tentou o evitar, mas o animal foi insistente, então o garoto teve que o acariciar.

 

- Só você me entende, não é Bono?

 

O cachorro latiu, como se tivesse entendendo, só que Fred percebera que não se tratava disso e sim de comida.

 

- Como você é insensível. - retrucou Fred indo até a cozinha colocar comida ao cachorro.

 

Bono comera tudo de uma vez e abanou o rabo para ao dono, Fred se abaixou e voltou a passar a mão no cachorro evitando chorar e para de pensar na nova ex-namorada.

 

- É Bono... - começou Fred. - Agora só somos eu e você.

 


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