As Aventuras do Pequeno Eryk escrita por Neryk


Capítulo 49
48 – Seja Forte


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁ! Estou feliz que finalmente vou postar o cap no domingo haha. Mas tudo bem. Acabei de escrever e revisar, então eu garanto que está bem caprichado só pra vcs!

Muito obrigado Nana por ter comentado no cap anterior. Me ajudou muito para conferir esse capítulo. Espero que esteja bom ^_^

E então vamos que vamos!

Tenham uma Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/475173/chapter/49

Quando Eryk assistia a luta de seu mestre contra o empresário dos funkeiros, parecia que o garoto estava assistindo a uma partida de futebol de tão animado e envolvido que estava.

Porém, quando Henrique foi derrotado, a preocupação cresceu no garoto. Mas Eryk tinha que permanecer forte. Não só pelos seus amigos, como pelo Henriqueél também.

Já que ele foi que mandou Eryk ser forte.

– E... Está bem. Qual é o plano?- Pergunta Eryk agora prestando atenção.

– Eu vou distraí-lo enquanto você arruma algumas coisas do circo para lhe ajudar a detê-los. E se caso eu for pego, não pare para me salvar. Salve seus amigos primeiro. – Explicava Henriqueél.

– Mas... O senhor é meu amigo também. – Protesta Eryk com medo de algo de ruim acontecer com seu mestre.

– Não se preocupe comigo. Eles não irão conseguir me pegar. Eu mesmo vou fingir ser capturado para que esqueçam de você. Eu serei o foco principal deles. E quando eles acharem que venceram ao me capturar, é aí que você entra. Eu só te peço uma coisa, Eryk...

– “Seja forte...” – Repetiu Eryk como um sussurro, enquanto corria para a sala de materiais mágicos que precisava.

Assim que entrou lá, correu para um baú cheio de coisas mágicas que seriam úteis para o garoto.

– Hm... vejamos... Incinerador de Maldade. Não. Desamarrador de Cordas Mágico. Não. Gaiola que Aumenta de Tamanho. Não.

Mas o garoto jogava cada um desses fora.

– Aff. Não estou achando. E a policia que não vem até agora? Cadê? – Se perguntava Eryk.

Enquanto isso, na sede da Polícia Civil...

– Ei Sambão! Já tem meia hora que recebemos uma denunciar de um sequestro no bar-hotel na frente do Parque de Riso-sei-lá-o-que. Você já mandou uma unidade ir conferir lá? – Pergunta um oficial sentado em uma mesa cheia de papeis enquanto segurava um telefone próximo de sua orelha.

– Hã? A-ah sim... Já mandei faz tempo. – Respondeu outro oficial chamado Sambão.

– Ah tá, só pra checar. Ah alô? – Dizia o oficial voltando ao telefonema.

– Iiiiih rapaz. Esqueci de enviar essa viatura. Deixa eu ver se ainda tem alguma circulando lá perto logo para não levar bronca da chefia. – Dizia o Sambão baixinho para ele enquanto pegava seu celular do bolso agoniado para ligar para alguém.

De volta ao Circo, o empresário roubava algumas coisas do local antes de partir.

– Ótimo, temos tudo. Vocês três, peguem esses garotos aí e vamo embora! – Ordenava o Empresário enquanto ia até Henriqueél jogado no chão.

– Mas e aquele gordinho? E se ele tiver ido chamar a policia? – Pergunta Zizão um pouco preocupado.

– Até ele chegar com a policia vamos estar bem longe. Anda! Vamos logo se não...

O Empresário para de falar quando sente uma movimentação atrás da arquibancada.

– O que foi chefe? – Pergunta Gat.

– Silencio. Tem mais alguém... Se espalhem e descubram quem é. – Ordenou o empresário e os três funkeiros sacam seus instrumentos atrás do garoto.

– Quem vocês acham que é? –Pergunta Junior para os seus amigos.

– Dâ-âh, é claro que é o Eryk. Quem mais viria ajudar? – Responde Jessy como se fosse obvio.

– Quietos, pivetes! Se for mais algum amiguinho de vocês, ele vai se arrepender de ter se metido conosco! – Ameaçou o empresário, fazendo os quatro engolirem em seco.

– Boa sorte, Eryk. – Murmurou Luane.

– Ei! Eu acho que ouvir alguma coisa. – Chamou Pal indo para uma parte da arquibancada. Gat e Zizão foram ajudar o funkeiro a conferir.

– Hehehehehe...

– O que foi isso? – Pergunta Pal.

– Zizão, foi você? – Gat também pergunta se confundido.

– E por um acaso eu tenho uma risada ruim dessa? – Retruca Zizão.

– Ei, seus bestões! Eu estou aqui!

Provoca Eryk aparecendo para os três funkeiros.

– Tá ali! ATRÁS DELE!

Com a ordem de Zizão, os três ativam seus instrumentos como loucos. Gat balança seu sabre-microfone. Pal libera correntes elétricas, enquanto Zizão disparava sem parar.

– TOMA ESSA, GAROOOTO! – Berrou Gat.

– TE FERRA, MOLEKUE!!! – Gritou Zizão.

– VAI UM LEITÃO TORRADO AE? – Zombou Pal.

E assim que todos acabaram de atacar, eles avistam um boneco de feno todo arrasado.

– Droga! Não era ele. – Reclama Gat.

– Vamos nos separar logo e achar esse pirralho! – Falou Zizão e assim fizeram.

– Não pode ser o Eryk. – Comentou Jessy.

– Por quê? – Pergunta Junior.

– Porque tá calmo demais. E o Eryk é muito barulhento. – Responde a morena.

De repente vários sons agitados foram ouvidos pelo circo inteiro. Latas caindo no chão, pancadas nas paredes, sinos tocando, alguém tropeçando, e até um miado de um gatinho assustado.

– Falei cedo demais. É, é o Eryk. – Confirmou Jessy.

– O barulho veio por aqui! Vão! – Ordenou Zizão agora no lado de fora do circo onde estava cheio de caixotes e baús largados. Os três se separam procurando pelo garoto.

– Droga! Só preciso de mais uma coisa para me livrar deles. Onde tá aquele negócio que o senhor mágico falou? – Dizia Eryk escondido atrás de um dos caixotes no lado de fora do circo. Estava praticamente escuro lá, mas a luz da lua trazia uma boa iluminação.

Assim que Eryk avista um caixote, ele não perde tempo. Ele abre o objeto e seus olhos brilham por ter encontrado o que tanto procurava.

– Bora garotinho... APAREÇA! – Gritava Pal apontando seu teclado para todos os lados possíveis, atento para não receber um ataque surpresa.

– Eu estou bem aqui, seu funkeiro de araque!

Dizia Eryk aparecendo para o funkeiro.

– Ahá! Te achei... fica paradinho ae, moleke! – Falou Pal apontando seu teclado para atingir Eryk com seus raios elétricos.

– Hm... eu acho melhor não.

Eryk puxa uma ENORME cartola.

E a manusear como se estivesse segurando uma bazuca.

– Hã? – Pal ficou paralisado e confuso com aquela cena.

– SEGURA ESSAAA!!!!!!

E Eryk dispara várias cenouras de cores diferentes como balas em Pal. Até cobri-lo com uma montanha de cenouras, inclusive uma fica na sua boca.

– Beleza! Quem é o próximo? – Se pergunta Eryk largando a bazuca.

– Ae! Te achei, moleke! – Comemora Gat aparecendo atrás de Eryk.

– DAAAAH, SUJOU! – Eryk desvia do sabre de Gat se jogando em um dos caixotes. A Funkeira corre atrás e procura pelo garoto. Mas toda vez que Eryk deixava a cabeça de fora, a funkeira o atacava, mas não o acertava.

– Que saco! Fique quieto! – Falou Gat continuado com os ataques.

– Opa! Errou. Opa! Errou de novo. OPA! Errou também! – Brincava Eryk aparecendo em caixa em caixa.

– Olha aqui, garoto! Eu estou ficando sem paciência já! É melhor aparecer agora, se não...

– Tá, eu tô aqui.

– AAAAH QUE SUSTO! – Berra Gat caído de costas no meio dos caixotes após Eryk aparecer ao lado dela.

– Seu microfone é perigoso. Eu prefiro o meu. Quer ver?

Eryk corre até ficar no lado dela e mostra o Falante, o mesmo microfone vivo de circo de Henriqueél que virou amiguinho de Eryk.

– Mas o que...? – Gat não teve tempo de formular a frase quando Eryk ligou o objeto mágico.

– NO VOLUME MÁXIMO, FALANTE!

E Falante dá uma rajada de grito sonora bem no ouvido de Gat, que acaba ficando surda e com a cabeça toda latejante.

– Ai, minha orelha... – Falou Gat antes de perder a consciência.

– Não foi a orelha, foi o ouvido. A gente escuta com o ouvido enquanto a orelha-AH, quer saber? Vai pra escola pra você aprender. – Ralhou Falante após dar uma de sabichão.

– Obrigado, Falante. – Agradece Eryk educadamente.

– Pra qualquer hora, marujo. – Falante Imita um marinheiro ao fazer um sinal de sentido. Eryk desliga o microfone, até escutar uma voz.

– Muito bem, garoto. Agora você vai se ver comigo...

Falou Zizão, aparecendo atrás de Eryk.

– Oh-ou... – Quando Eryk olha para trás, Zizão dispara nele. Eryk desvia mergulhando nos caixotes e Zizão atira neles sem dó.

– Acho que já ta bom. Espero que o chefe não fique bravo por eu ter furado o botijão. – Comenta Zizão após ter cessado com os tiros, enquanto ia conferir atrás dos caixotes.

Mas se surpreende quando não encontra ninguém lá.

– O QUE?! Pra onde ele foie?! – Exclama Zizão exaltado.

– Ô bestããã-ãão! – Chama Eryk cantarolando.

– O quê que é!? – Responde Zizão virando para o garoto.

– Conheça o meu amiguinho. O Leão Domador!

Apresenta Eryk, montado no Leão Domador. O mesmo que tinha atacado Henriqueél e seus amigos antes de entrarem para o circo, que, nesse momento, serrava os dentes para Zizão.

– Ih... nãonãonãonãonãoNÃÃÃÃÃÃO!!!!!

Foi tudo o que o funkeiro falou, antes de Eryk pular do Leão enquanto a fera avança em cima dele e o jogar para detrás dos caixotes.

Eryk fazia uma careta diferente para cada grito e barulho de roupas rasgadas que escutava. Pelo visto o Leão Domador não estar pegando nem um pouco leve com Zizão.

– Ufa... agora é só tirar os meus amigos de lá e...

– Faltou um, gordinho.

Quando Eryk já ia entrar no circo, o empresário aparece, com seus pratos arrastando o chão até ficar de pé perante o garoto.

– Você foi o único que restou. E usando esses truques baratos para derrubar meus garotos, não foi muito legal de sua parte, moleque. – Falou Zizão ameaçadoramente.

– O que eu usei não foram truques baratos. Foi magia de verdade! – Retruca Eryk.

– Magia? Deixa eu te contar uma noticia velha. “Magia não existe.” Não existiu e nunca vai existir. – Falou o empresário.

– Você viu de frente o senhor mágico fazer magia. Como o senhor ainda não acredita? – Pergunta Eryk.

– Por que eu não acredito? É porque a magia nunca quis ser dominada por mim. – Responde.

– O que?

– Meu nome é Sal Salazar. Filho do grandioso Salazar, o Mágico. – Se apresenta o Empresário.

– Quem é esse? – Pergunta Eryk.

– Salazar foi nada mais, nada menos do que o maior mágico que já existiu. Isto é, até o pai de Henriqueél aparecer. “Compadre Henrique” era o seu nome. Desde que eu me lembro, Henriqueél e eu fomos matriculados na mesma escola para Magos. Mas não importava o que eu fizesse, não importava o que eu visse... Henriqueél sempre esteve em minha frente.

– Espera... Vocês se conhecem? – Pergunta Eryk.

– Sim. Embora eu acho que ele não se lembra de mim. Não o culpo. Afinal, quando a escola viu que eu não conseguia fazer magia, eles literalmente me chutaram para fora de lá. Meu pai era a pessoa mais encantadora que eu conheci. Não me maltratava nem nada. Mas quando ele soube que eu não conseguia nem ao menos retirar um coelho de uma cartola, ele... morreu de decepção.

– Não... – Falou Eryk com pena.

– Eu tinha exatamente a sua idade quando isso aconteceu. Conforme o tempo passava, eu presenciava as mudanças em minha volta. E foi aí que eu me toquei de uma coisa.

O Empresário, chamado Sal, se aproximava de Eryk aos poucos.

– A magia só existe para aqueles que acreditam. Eu... Não acredito mais na magia.

Eryk pega a carcola-bazuca e atira em Sal, mas as cenouras caem no chão antes de chegar até o homem.

– A tecnologia sim, é real. Ela existe. Ela é material.

Eryk encontra o regador do outro dia e joga uma enorme onde de água em Sal. Mas a onda perde o seu poder e some assim que se aproxima do empresário.

– Ao contrario da magia, que só alguns tem a bênção de obter, a tecnologia pode ser aceitável para qualquer um.

O Leão Domador aparece para atacar o empresário, mas Sal revida lhe acertando um soco forte que o joga para longe, e isso sem parar de andar até Eryk.

Como se a sua descrença profunda pela magia anulasse as mágicas de Eryk.

– Entenda garoto. A magia é para os fracos que não vivem na realidade. A realidade sim conquista tudo! – Dizia Sal agarrando Eryk e o levantando do chão.

– Não... você tá ERRADO!

Eryk se livra de Sal usando sua nobre luz como ataque. Os dois se separam e encaram afastados um do outro.

– Já conheci pessoas mais cruéis do que você. Apesar delas contarem com a magia e a tecnologia, elas acreditavam em seu coração. Enquanto você conta apenas com as coisas materiais! – Falava Eryk, até Sal se irritar e atacá-lo com seus pratos.

– Coração é para os fracos! Veja Henrqueél, por exemplo! Ele acreditou e si mesmo e perdeu! E quando ele acordar, eu terei tomado tudo o que é importante para ele! E nem toda a sua magia poderá trazer de volta!– Berrava Sal continuando a atacar Eryk enquanto o garoto desviava se jogando no chão.

– Ele não estava acreditando só nele mesmo quando foi te enfrentar. Ele estava acreditando em mim e a Deus! – Eryk usa o regador para repelir o ultimo ataque de Sal. Com isso, ele perde um dos pratos, e enfurecido, ele ataca Eryk com o outro, mas o garoto se protege com o regador mágico.

– O que você está dizendo não faz sentido! Está insinuando que Henriqueél perdeu de propósito! Porque?! – Sal consegue amassar o regador e joga Eryk para o meio dos caixotes.

– Por... Porque... Eu não sei. Só o que sei é que ele disse que era eu que tinha que te deter. – Responde Eryk saindo dos caixotes um pouco machucado.

– Eu não entendo... Porque? Porque você? Espera... Eu ouvir falar de um grupo de garotos que tem chamado a atenção da mídia ultimamente por bancar os heróis. E eles têm a mesma idade que a sua... Não. Não pode ser.

– Eu e meus amigos já passamos por muita coisa. Você é só mais um que estamos enfrentando!!!

Eryk puxa duas cartolas e atira várias cenouras em Sal. Diferente de antes, as cenouras dessa vez acerta o empresário, que cai no chão, perdendo seus dois instrumentos musicais.

– Sacou?! – Provoca Eryk após ter vencido o empresário. Com se a sua crença pela magia e a sua forte determinação tivessem superado a sua descrença.

– Entendo... Entendi... Nesse caso...

Ou foi o que ele pensou.

Sal aperta um botão em seu braço, fazendo com que seus pratos, a Guitarra de Zizão, o Microfone de Gat e o Teclado de Pal, flutuassem até seu braço esquerdo, combinando as várias armas em uma só.

Um escudo cortante com um sabre elétrico.

– Corte. Poder. Tiro. Escudo. A Tecnologia é tão real que pode ser o que quiser. Enquanto a magia não muda nada. Continua a mesma porcaria de sempre. Nada inovador e nada original. E como nada, é nada... Nada de magia, e magia não é nada...! – Dizia Sal encarando Eryk, enquanto o garoto engole em seco, mas sem perder seu foco no confronto, repetindo mentalmente as palavras que Henriqueél ditou para ele mesmo.

“Seja Forte, Eryk”

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eita onda.... se só com os pratos ele já era perigoso, imagina agora com todas as armas juntas? O que será daqui pra frente? Fiquem ligados no próximo cap das Aventuras do Pequeno Eryk!

Muito obrigado por terem lido até aqui!

Fiquem com Deus e Até a Próxima!