As Aventuras do Pequeno Eryk escrita por Neryk


Capítulo 48
47 – Magia Vs Tecnologia


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoal! É, eu sei, falei que ia postar nesse domingo que passou, mas é que eu achei que poderia escrever mais de um cap pra essa e para minha outra fanfic, mas realmente não deu e por isso estou postando agora.

E muito bem então. Tenham uma ótima semana e uma Boa Leitura!



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– Calma, Eryk. Eu te prometo. Eu... Nós dois vamos salvar seus amigos. – Henriqueél quase ia dizer “eu vou salva-los”, mas tinha esquecido por um minuto que Eryk estava tão disposto a salva-los quanto ele.

– E... Está bem. Qual é o plano?

Enquanto Henriqueél explicava o plano para Eryk, os funkeiros e seu empresário ficavam de olho ao redor, enquanto Junior e os outros continuavam amarrados.

– Que saco, mano...! Olha a roubada que nós nos metemos. E o pior de tudo é que o Jeová é o único de nós quatro que tem uma chance de sair com a sua super força, mas os caras tão de olho. – Se queixava Junior para ele mesmo.

– Droga. Se pelo menos fossem correntes... – Dizia Jessy se cambaleando com as cordas que amarravam seus pulsos.

– Jeová. Tem certeza que não consegue se livrar? – Pergunta Luane.

– Conseguir eu consigo, mas mesmo assim um de nós sairia ferido. E eu não tô nem um pouco afim de arriscar. – Explicou Jeová serrando seu punho devido a estar de mãos atadas, literalmente.

– Ei! Podem parando com o falatório ae. – Zizão chamou a atenção dos quatro ao longe.

Vendo a situação em que estão, Luane fecha os olhos e se concentra ficando em total foco.

Ela rebola um pouco como leves movimentos de dança. Com isso, uma pequena e tremula fita amarela surgia aos poucos indo em direção até a corda para se desamarrá-la.

Junior olha para Luane e abre um bocão, quase falando algo.

– Quieto, bestão...! – Jessy falou baixo o suficiente para que o moreno escutasse. Ela falou com um tom de voz como se estivesse suplicando para o garoto não fazer besteira e estragar a fuga. Junior fecha o bico na hora, quase fazendo exatamente o que Jessy achava que ele ia fazer.

Luane precisava de total concentração para fazer isso. Até que ela se lembra da sensação de estar se balançando no trapézio. E não adiantava se a loira se liberta-se e os outros não. Isso só ia repetir o que Jeová disse anteriormente. Alguém ia sair ferido e nenhum deles queria isso.

Com isso em mente, ela consegue multiplicar sua fita amarela para quatro fitas, enquanto uma percorria para a corda de Luane para desamarrar, enquanto as outras três percorriam para as cordas de Jessy, Junior e Jeová.

– Boa...! – Jeová sussurra e se mexe um pouco comemorando a fuga antes da hora. Jessy faz menção com o rosto para o garoto se calar também para não melar com tudo.

– VAMOS, HENRIQUE! Não tenho a noite toda. Se não aparecer em 2 minutos, eu vou torrar cada um desses pirralhos! – Ameaçou o empresário para o vento.

– Mamãe... – Geme Junior apavorado. Graças a ameaça as fitas de Luane paralisam, quase desaparecendo.

– Por favor, por favor, por favor...! – Repetia Luane mentalmente para que suas fitas não desaparecessem.

Elas piscam por vários segundos, ameaçando desaparecer. Mas o desejo de Luane era tanto que ela consegue fazer as piscadas pararem e retornarem a percorrer pelas cordas, bem devagar.

Luane está indo bem, mas se um deles nos pegarem, estaremos fritos. Precisamos de uma distração que prenda a atenção de todos os funkeiros, inclusive o empresário deles. Mas o que...? – Pensava Jessy.

– Tudo bem. Você venceu.

Andando até ficar no centro do palco do circo, Henriqueél aparece para se entregar.

– Cadê aquele garoto? O gordinho lá? – Pergunta o empresário.

– Não sei. Ele deve ter saído e chamado a policia. Se eu fosse você, eu soltaria as crianças e me rendia. Pouparia o trabalho dos policiais. – Falou o mago.

– Me render? Nããããão meu caro... Não é assim que a banda toca. Sabe? Você roubou nosso espaço de show, um de seus garotos destruiu nosso local de reunião dos esquemas e quer que fique assim mesmo...? – Dizia o empresário com um tom de sarcasmo.

– Então como é que vai ser? – Pergunta Henrique.

– ZIZÃO!

– QUE SUSTO! Sim chefe? – Responde Zizão para seu empresário.

– Traga-me os Pratos. – Ordena.

– Tra-tra... o que? – Pergunta Zizão se enrolando todo.

– MAS QUE SACO ZIZÃO! TRÁZ A PORCARIA DOS PRATOS, AGORA!

– SIIIIIIIIIIM!!! – Correu Zizão com medo de levar outra bronca.

Assim que ele pegou, ele joga os pratos dourado (aquele instrumento usado mais em orquestra que se parece com aqueles pratos de bateria) para o seu empresário, que o segura pelo buraco do centro com apenas um dos dedos de ambas as mãos.

– Já que somos dois patrões do entretenimento alheiro... Vamos fazer um show. Se você for um mágico mesmo, tente me derrotar com seus truques baratos, enquanto eu revido com meus pratos turbinados. – O empresário ditou as regras finalizando com uma batida em seus pratos.

– Você quer me enfrentar? Então, se eu vencer, você liberta todos os garotos e nos deixa em paz. – Impôs Henriqueél dando sua condição.

– Vou aceitar só porque eu sei que vou vencer. E quando isso acabar, vou ficar com seu circo, suas coisas, seu terreno e... seus garotos.

– O que...? – Exclama Henrique arregalando os olhos.

– Isso mesmo que você ouviu. Esses garotos são especiais demais para perderem seu tempo em um lugar podre como esse. Embora esses quatro podem fazer vários show e “serviços” extras para nós, o gordinho pode servir apenas como um limpador de chão.

– Pode crê...! – Falou Pal e todos os três funkeiros se empolgaram.

– Imagine o que essa loirinha pode fazer quando crescer. Vai fazer o maior sucesso. – Falou Gat apontando seu sabre no pescoço de Luane. A loira arreda a cabeça para trás, com medo de aquilo chegar mais perto.

– Se afastem DELA! – Ameaçou Jeová se mexendo para sair.

– Quieto aí, marrento. Se não, não tem futuro pra você. – Ameaçou Zizão fazendo Jeová parar de se mexer, contra a sua vontade.

– Chega de conversa fiada. Vamos começar...! – Declarou o empresário preparado para lutar.

– Eu digo o mesmo. – Falou Henriqueél entrando em posição de combate.

– Haha isso vai ser interessante...! – Disse Zizão indo assistir. Pal e Gat também fazem o mesmo, deixando os quatro sozinhos lá trás.

– Anda logo Luane... – Apresava Junior.

– Já vai, já vai. – Falou Luane retornando de onde parou.

– “Essa é a nossa chance! Enquanto os funkeiros se distraiam com a luta, Luane vai ter tempo de sobra para nos tirar daqui!” – Pensava Jessy agradecendo a distração que tanto precisava.

– Meninos. Prestem atenção nesse confronto. Vou ensinar para vocês como se deve usar magia para o bem. – Falou Henriqueél para seus alunos.

Três dos quatro resolvem prestar atenção, enquanto a luta começava.

O empresário e o Henriqueél se encaravam enquanto andavam em circulo de lado. Ambos emanavam a vontade de vencer um ao outro. O empresário, para acabar com o mago, e Henrique, para salvar os garotos.

– O que tá esperando? – Provoca o empresário esperando o mago dar o primeiro passo. Mas Henrique nada faz. – Muito bem. Se você não vem, EU VOU!

Jogando o prato na direção de Henriqueél como um disco voador, o mago consegue desviar.

– AHÁ! Errou!

Só que o disco, ainda no ar, faz uma curva e atinge o braço de Henriqueél.

– Droga! – Falou Henrique cobrindo o machucado em seu braço, enquanto o disco do empresário retornava para sua mão.

– O que achou disso? Esses pratos são fora do comum. Criados tecnologicamente no submundo, ele faz maravilhas nas mãos certas...!– Se exibia o empresário apontando outro prato na direção de Henriqueél.

– Ah, é? ASTRO-BOLHAS!

Abrindo sua capa mágica, várias bolhas saem dela. Os funkueiros começam a rir, não acreditando no que viam.

– Bolhas? É sério isso?? Veja bem o que eu faço com elas! – O empresário joga seu outro prato para espocar as bolhas.

Mas ele simplesmente rebate como se tivesse batido em uma parede de aço, enquanto sem perceber, as bolhas aumentavam de tamanho aos poucos, até se tornarem gigantescas enquanto se aproximavam.

– O que?! – Exclama o empresário surpreso perante aquilo, enquanto Henrique apenas estala os dedos.

As bolhas estouraram como bombas na frente do empresário. O que fez ser jogado para trás, mas com sua queda aparada pelos funkeiros, que ajudam seu chefe a se recompor.

– Seu...! – O empresário revida agora arremessando seus dois pratos na direção do mago. Henriqueél faz aparecer um espelho mágico em sua frente como escudo, que absorve os discos e em seguida jogam de volta, retornando para o seu dono.

O empresário corre para os lados, desviado das ricochetadas de seus pratos. Os funkeiros que assistiam também eram quase atingindo, se não tivessem desviado também.

– Elétrico-Imã! – Criando uma extensão de energia elétrica com seus braços, elas sugam os pratos do empresário como imãs e depois joga para longe.

– Droga! – Exclama o empresário, ficando irritado pelas correntes do mago.

– Você perdeu sua arma. É fim de jogo pra você. – Afirmou Henriqueél com os raios ainda o cercando.

– Hehe... Acha mesmo?

O empresário aperta um botão em seu braço sem ninguém perceber, fazendo com que os discos retornem, atingindo os raios de Henrique, cancelando sua mágica.

– O que? – Exclama Henriqueél surpreso.

– Minha vez? – O empresário arremessa novamente os discos em Henrique, que sobrevoam em volta dele em todas as direções. Criando, assim, uma espécie de barreira, que prendia o mágico.

– Isso não é nada. Agora você me vê...

Henriqueél some sendo engolido pela sua própria capa, a deixando para trás no chão, fazendo com que os discos parem de sobrevoar em sua volta, já que não detectavam nenhuma presença de vida.

– Agora você não me vê. – Completou agora apenas a voz de Henrique sendo ouvida em algum lugar do circo.

– Droga... APAREÇA, SEU CRETINO! CORVARDE!– Ordenou o empresário com raiva enquanto ia buscar seus pratos.

– Estou bem aqui!

Henriqueél aparece no chão e coloca uma cartola negra na cabeça do empresário, que encobre quase todo o seu rosto.

– EEEEEI!! Me tirem DAQUI!!! – A voz abafada do empresário pedia enquanto o homem tentava retirar sua cartola.

– Não adianta. As cartolas Pura-negras são exigentes com seus hospedeiros. Se elas não gostam de alguém, elas simplesmente rejeitam como está acontecendo com você agora. – Explicava Henriqueél.

– Oras seu trapaceiro...! – Falou Zizão ameaçando intrometer assim como os outros dois.

– Não! Não interfiram! – O empresário estende o braço para os três, impedido essa ação.

Para se livrá-la, ele usa seus pratos como facas e corta a cartola aos poucos, até conseguir se livrar dela jogando tudo o que sobrou no chão.

– Chega de brincadeira! Tá na hora de falar sério!

O empresário pula e gira seu corpo, arremessando os discos na direção de Henrique.

O Mágico tenta desvia dos dois, mas tinha alguma coisa diferente.

– Eles só iram parar de flutuar depois que te cortarem em pedacinhos, Henrique! Não importa para onde você vai, eles irão te perseguir ATÉ TE ACHAR!

– Essa não...! – Agora Henriqueél se encontrava com dificuldades. Mesmo jogando uma mesa que tinha ali perto neles, os discos simplesmente desviavam e percorriam em sua direção.

– Está mais do que na hora de acabar com essa festa.

E assim que os discos cercam Henriqueél pelos lados, eles aumentam de tamanho e batem um no outro, acertando o mágico e ferindo seus tímpanos com seu som, caindo nocauteado no chão em câmera lenta.

– Essa é a diferença entre nós dois. Ao contrario da magia imaginária, a tecnologia tem a vantagem por ser uma única coisa que a magia não tem. A tecnologia... É real.

Dizia o empresário, até Henriqueél cair de vez no chão.

– Não... não... HENRIQUEÉÉÉÉÉÉL!!!!!!!!!! – Berrou Jessy preocupada.

– Hehe... agora sim... FINALMENTE ESSE CIRCO É MEEEEEEEEU!!!!!!!!!!! – Gritou o empresário comemorando sua vitória.

Eryk, nas sombras, serra os dentes revoltado com a derrota de Henrique. Mas o garoto não tinha tempo para isso e retorna a fazer o que seu mestre mandou.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ih rapaz. E agora? Como nossos amigos irão fazer para se livrarem disso? Isso e muito mais vocês saberão no próximo cap das Aventuras do Pequeno Eryk!

Muito obrigado por terem lido até aqui!

Fiquem com Deus e Até a Próxima!