Alguns dias se passaram. É chegado um dos dias mais importantes de Jessy.

O dia do desafio

– Muito bem. Meta do dia: Criar um presente para seu primo com tudo o que tiver ao seu despor. – Falou a pequena gênio enquanto se concentrava mentalmente no que estava prestes a fazer.

A garota coloca um monte de bugigangas em cima da mesa. E assim que faz uma montanha delas, seus olhos se enchem de energia. Como lentes superdesenvolvidas vindo diretamente de seu olho ocular.

E com esses olhos, a garota analisa a mesa cheia de coisas...

Até finalmente ter uma ideia!

– Sim borá!

A garota pega algumas das peças que se encontravam lá, e montava uma por uma.

– Preciso de energia. – Jessy então pega uma caixa elétrica que ninguém sabia a respeito. E com ela, descarrega uma imensa quantidade de eletricidade em um pedaço do objeto, que ainda não estava pronto.

– E ai Jessy! Vamos brincar?

– ERYK?! – A garota se espanta ao vê-lo. Logo fica nervosa e imediatamente tenta esconder sua, provável, ultima invenção do primo.

– S-sim... O que foi?

– N-não, nada! O que você queria? – Perguntou Jessy tentando conter seu nervosismo.

– Quem? Eu? Ah... É, eu vim te chamar para brincar com o pessoal. Você topa? – Pergunta Eryk ansioso pela resposta da prima.

– Ai Eryk, agora não dá! Deixa para uma outra hora, sim? – Mesmo Jessy querendo muito ir, ela recusa. Deixando Eryk bravinho com ela.

– Poxa! Por que toda vez que eu venho te convidar para algo você recusa? – Pergunta Eryk chateado por não poder brincar com sua prima.

– É por que você sempre me chama quando eu estou ocupada! – Respondeu querendo que ele vá logo embora.

– Mais também! Você passa a maior parte do tempo aqui dentro! Você só sai quando é uma treta! – Falou Eryk ainda chateado. Jessy queria responde-lo novamente, mas resolveu respira fundo para continuar com a conversa.

– Eu prometo que quanto eu acabar aqui eu vou sair, tá bem?

A vontade de Eryk era de puxar Jessy para fora de lá, mas como não queria fazer birra com a prima, teve que aceitar.

– Tá bom! – Mesmo inconformado, Eryk vai embora do local, fazendo Jessy soltar um suspiro alto e aliviado por ele ter ido embora.

– Bem! De volta ao trabalho! – Falou a menina botando a mão na massa.

Enquanto isso...

– Alô? – Atendeu o telefone um senhor que aparentava ser forte, porém, já com idade para ser pai. – Sério? ... Poxa... Não! Claro, claro! Sim, sim! Tá, tchau – O homem desliga o telefone e logo após suspira cansado.

– O que foi querido? – Pergunta uma senhora, dona de casa, enquanto lavava um copo, junto com as louças na pia.

– Era da escola dela. – Falou o homem chateado.

– Nossa... Então ela vai ter que voltar?

– Sim.

– Vai ser difícil para ela deixar de se apegar a aquele lugar.

– É... Vai ser difícil mesmo.

Enquanto isso...

– Haha você não me pega! – Provocava Luane, enquanto corria de Eryk. Os dois brincavam de pega-pega na causada da rua. E estavam se divertindo muito.

– Heh! Você vai ver! – Dizia Eryk, tentando alcança-la.

Enquanto os dois corriam, uma loja de televisores que as duas crianças passaram, anunciava algo.

– Daqui a alguns dias, ocorrerá uma feira de ciências em Ananindeua no Icuí... – Eryk freia ao ouvir o nome do bairro de sua prima. Para saber do que se tratava, o garoto resolver ver o anuncio.

– O que foi Eryk? – Pergunta Luane se aproximando de Eryk, parando com a brincadeira.

– Parece que vai ter uma feira de ciências lá onde a Jessy mora. – Explicou.

– Ué? Mas a Jessy não mora na sua casa?

– Não. Ela só tá lá para me fazer companhia enquanto a escola dela está em reforma... Eu acho.

– Ah... Ela tinha mencionado sobre isso pra mim antes.

– Vamos lá falar pra ela sobre a feira? – Pergunta Eryk animado, imaginando a cara que sua prima fará.

– Vamos! – Falou Luane empolgada também. Logo os dois correm até a casa de Eryk para contar sobre a novidade para a garota gênio.

Algum tempo depois...

– Ai pessoal! Ele tá vindo! – Alertou Junior, fazendo um monte de pessoas se recostarem em um certo canto do local e apagarem as luzes da casa.

Quando Eryk entra no local junto de Luane, os dois estranham a escuridão.

– Ai Eryk eu to com medo! – Admitiu Luane se abrasando em Eryk.

– K-quero dizer, calma Luane! Perae que eu só preciso ligar aqui e... – Eryk não esperava que seria agarrado pela Luane, e devido a isso fica um pouco vermelho. Com dificuldade, Eryk tenta achar o interruptor para acender as luzes, até conseguir acendê-las.

– SURPRESA!!! – A luz do local mostrava todos os conhecidos mais próximos de Eryk. Com um bolo sobre a mesa, esperando pelo aniversariante.

Eryk fica feliz da vida pela surpresa que sua família preparou para ele. Luane também fica maravilhada com a decoração do local, que estava muito bela. Cheia de enfeites e letras, tudo muito bonito. Dando um ar vivo ao local.

– Puxa... Eu nem me lembrava de que hoje era o meu aniversario! – Admitiu Eryk

Todos os convidados foram receber o garoto. Eryk recebia os abraços e parabéns de todos os presentes naquele local. E não só os amigos de Eryk que estavam lá, como também Diego e Zero estavam presentes também.

– Até vocês estão aqui? – Pergunta Eryk ao vê-los.

– Não vai se animando não. Só estou aqui por causa do bolo. – Advertiu Diego.

– E eu nem por isso estaria aqui. Foi por causa do Jeová que fez a minha mãe me obrigar a vir. O que eu não faço para não ficar de castigo! – Reclamou Zero inconformado.

– Obrigado pelos parabéns também. – Falou Eryk debochadamente alegre.

– Eryk! – Chama Jessy.

– Oi? O que foi?

– Meus parabéns primo! – Falou Jessy enquanto entregava uma caixa toda embrulhada para Eryk.

– OBA! Hehe o que será? – Dizia Eryk balançando a caixa e procurando saber se consegue adivinhar.

– Abre! – Incentiva sua prima. Eryk não perde tempo ao abrir o presente que acaba de ganhar.

– UOU! Nossa! Que legal! Bacana! – Dizia Eryk alegre pelo presente de Jessy – O que é isso?

– Ai... – Jessy quase capota para o lado ao ver a pequena duvida que Eryk teve. – Isso é um compartimento para você colocar quantas baladeiras você quiser. – Explicou.

– Tá,mas... Por que tá brilhando? – Pergunta Eryk confuso.

– Hehe isso você só saberá quando você usa-la. – Respondeu enquanto imaginava Eryk usando aquilo. Não podia esperar chegar a hora para ver.

– Mesmo... Que pena. Tá, eu vou falar pra ela. Tá. Obrigada. – Dizia a mãe de Eryk enquanto desligava o telefone e indo dar uma noticia triste para sua sobrinha.

– Ei Eryk! Você não vai conta aquilo para a Jessy não? – Lembrava Luane animada.

– Ah é mesmo! Você ficou sabendo Jessy? – Pergunta Eryk assim que lembrou do que tinha para dizer.

– Não. O quê? – Perguntou a garota confusa.

– Crianças... – Interrompeu a mãe de Eryk, chateada.

– O que foi mãe?

– Eu tenho uma péssima noticia pra você Jessy.

– P-pra mim?

– Sim. Seus pais me ligaram dizendo que sua escola foi reformada.

– O que...

– Infelizmente você vai ter que voltar.

– Mas... – Fala Eryk, logo mirando seu olhar para Jessy. Os dois se olhavam já sentindo saudades.

Continua...