História Real escrita por Nathalia S


Capítulo 6
5- Planos


Notas iniciais do capítulo

Olá,
Peço mil desculpas pela demora. Meu notebook estragou e acabei perdendo os capítulos já escritos, tentei escrever de novo, mas eles pareciam muito ruins. Até que saiu esse capítulo haha.
Boa leitura a todos!



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Deborah olhava pela janela sorridente e acenava para seus pais. Eles já haviam voltado de viajem e estava saindo novamente.

Kishan passara os últimos dias focado em conseguir tudo que seria necessário para eles iniciarem a aventura para quebrar a última parte da maldição. O livro que deveria contar as pistas chegaria naquela tarde e, na manhã seguinte, eles partiriam para algum lugar.

Deborah suspirou aliviada quando o carro dos pais sumirem de vista. Os últimos dias haviam sido complicados com a presença deles em casa. Embora Kishan tivesse insistido para ir dormir em um hotel, ele aparecia muito em sua casa para elaborarem os planos e as listas de suprimentos necessários. Não sabiam quantos dias ficariam fora, mas Deborah torcia para que voltassem antes dos pais dela, caso contrário ela teria sérios problemas.

–Buh! - Disse Kishan, surgindo atrás dela e apertando sua cintura.

A garota teve um sobressalto, não esperava que ele chegasse tão cedo em sua casa. Kishan riu do olhar meio assustado da garota e falou:

–Não estava me esperando, Gōrā?

Deborah revirou os olhos, mas sentiu seu rosto esquentar. Não queria admitir, mas adorava quando ele a chamava de ''loirinha'', era meigo, fazia com que ela se sentisse especial.

–Pensei que chegaria mais tarde! - Admitiu a garota, fechando a janela e a cortina. O vento frio que entrava pela mesma não estava muito agradável.

–Já estava a mais de meia hora esperando ali na rua. Não via a hora de seus pais saírem, sem ofensas. Mas eu estou ansioso para a chegada do livro, quero quebrar logo essa maldita maldição.

Deborah riu com o comentário do tigre.

–Acho que você acabou de falar um redundância, senhor!

–Dê um desconto, passei muitos anos sem falar com ninguém, ainda mais em outro idioma.

–Está perdoado.

Kishan sorriu, fazendo com que seus belos olhos dourados refletissem. Deborah achava-o ainda mais belo quando isso acontecia. Seus olhos pareciam derreter e virar ouro por alguns instantes. Acabou dando-lhe um sorriso também, era quase inevitável não fazê-lo.

Os dois haviam se aproximado um pouco nos últimos dias. Não haviam tido mais conversas sentimentais, nem que envolvessem ex-namorados, mas haviam se divertido juntos nos momentos em que a garota ia encontrá-lo na praia praticamente deserta. O frio havia amenizado um pouco, mas já estava retornando com todo seu potencial.

– E então, qual é mesmo nosso plano? - Perguntou ele, ficando sério por um momento. Deborah revirou os olhos.

–Você sabe que quem deveria fazer essa perguntou sou eu. Você deveria ser o responsável pela missão!

–Creio que eu não seja muito bom com responsabilidades. - Rebateu ele.

Deborah achou melhor não contestar, sabia que se o fizesse eles ficariam naquela discussão pelo resto do dia. Se teve algo que a garota aprendeu foi que ambos era possessivos em se tratando de ganhar discussões.

– O plano é simples: Esperaremos o livro chegar para arrumar nossas malas com as roupas necessárias. Creio que o resto a gente já tenha organizado nesses dias que meus pais estiveram em casa.

–Mas devemos conferir! - Insistiu o tigre, fazendo a garota revirar os olhos, novamente.

–Já que você insiste tanto, vamos logo. Pegue a lista que eu confiro se tudo está nas malas.

–Por que não pode ser ao contrário?

–Porque você bagunçaria tudo! - Afirma a jovem, lançando um olhar raivoso que leva Kishan a levantar os braços em sinal de rendição.

Os dois vão até o quarto de hóspedes onde, em baixo da cama, estavam escondendo as malas. A jovem tivera trabalho em impedir que sua mãe limpasse o local. Ela afirmou que o limparia quando eles estivessem viajando, assim teria algo para passar o tempo. Sua mãe não pareceu acreditar muito, mas no fim lhe deu um voto de confiança.

Deborah abre a primeira mala, que na verdade era uma bolsa de ginástica bem espaçosa, e começa a conferir os itens.

– Corda? -Pergunta Kishan.

–Sim.

–Gancho? Picareta?

–Sim e sim. Embora eu continue achando desnecessário carregar uma picareta. - Kishan apenas ignora o comentário e continua listando os itens.

– Sinalizador e lanterna?

–Sim e sim, novamente.

– Incensos para Durga?

–Aham.

– Canivete? Fósforos? Kit de primeiros socorros?

–Está tudo aqui! - Confirma a garota.

–Ótimo! Vamos para a próxima bolsa.

Deborah assente abre a outra que encontrasse quase vazia. O espeço que sobrara seria destinado a algumas roupas.

– Cobertor?

–Confere.

– Barras de cereal? Água? Pães? Maçãs?

–Sim, está tudo aqui! - Confirma Deborah, voltando a fechar a mala. - Só quero ver você sobreviver com esses humildes lanches. - Diz a garota rindo. Kishan fecha a expressão e fala:

–Me obrigarei a caçar, você sabe disso!

– Eu sei, mas pode ser que não tenha caça!

–Dai terei que me contentar com farelos! - Diz ele, arrancando outra risada da garota. Era assim que ele se referia a quantia de comida que estavam levando. - Você está rindo? Se eu emagrecer e ficar raquítico a culpa será sua!

Deborah percorre os olhos rapidamente pelo corpo do príncipe. Duvidava que alguma vez na vida ele fosse ficar raquítico. Os belos músculos que apareciam mesmo por cima do moletom eram a prova viva disso.

Quando volta seu olhar para o rosto de Kishan, Deborah percebe que ele lhe fita com um olhar malicioso e mantém uma sobrancelha levantada. Involuntariamente a jovem cora.

–Eu sei que você pode querer guardar a minha imagem antes que eu acabe ficando desnutrido, mas seja mais discreta. Assim fico constrangido!

Deborah acaba dando uma risada irônica e diz:

–Acho que o dia em que você ficar realmente constrangido, o mundo acaba!

–Acho linda a impressão que você tem de mim. - Diz Kishan, sendo irônico.

Antes que Deborah possa rebater o comentário, ambos ouvem uma buzina.

–Acho que nosso livro chegou! - Afirma Deborah, correndo pela casa. Mas Kishan a ultrapassa e diz:

–Sim, tenho certeza, mas eu o pegarei! - E sem dar chance da garota fazer algum comentário, ele sai da casa.

Deborah sente como se os segundos seguintes nunca fossem acabar. Até que o tigre volta a entrar na casa, rasgando a embalagem que guardava a encomenda. O livro era grande, de couro marrom e com algumas letras que Deborah não conseguia traduzir, na capa.

Rapidamente o rapaz começa a folhear as páginas até que encontra o que estava procurando. Deborah se aproxima, ao ver que ele franze a testa.

–O que foi? É um enigma? É muito complicado?

–Não! - Afirma ele, olhando-a meio confuso. - Esse é o problema. Está simples demais. Aqui deixa bem claro onde devemos ir.

–Então imagino que enfrentaremos muitos obstáculos após chegarmos lá!

–Você aprendeu rápido. - Diz ele, com um sorriso, que é retribuído.

–Mas, então, onde iremos? Rio de Janeiro?

–Não! Ao contrário do que imaginamos não está no Cristo Redentor, mas nas profundezas de um lugar chamado ''Cânion Fortaleza''!


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Notas finais do capítulo

Heeey! Voltei! E creio que minha inspiração também. hahaha. Até segunda volto com o próximo (dessa vez é sério!). Só não volto antes porque tenho 3 trabalhos da facul pra fazer (estudar Direito não é fácil hahaha).
Para quem gosta de aventura...ela está prestes a começar.
Aqui, o cânion do Rio Grande do Sul para quem não conhece:http://www.shots360.com.br/wp-content/uploads/2012/06/foto_360_600_400_fortaleza1.jpg
Beijos e comentem u.u *-* haha



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