As Quatro Rainhas escrita por Lady Ice


Capítulo 9
Um Arco e Uma Flecha


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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MERIDA

Mamãe me deixou dormir a manhã toda, quando acordei já era hora do almoço, meu cabelo todo arrepiado, mas eu nem ligava. Coloquei o meu simples vestido verde, peguei o meu arco e fui até o salão. Todos os empregados desejavam um bom dia para mim. Desde o dia em que minha mãe e meus irmãos viraram ursos, tudo mudou no reino, como não me casei eu serei a futura rainha do reino, então minhas responsabilidades só aumentaram, mamãe ainda é rígida comigo, só que menos em comparação a antigamente. Encontrei todos na mesa, o prato de papai estava transbordando, meus irmãos brincavam com a comida e minha mãe tentava fazer eles comerem, tudo em vão. Joguei o meu arco na mesa e me joguei na cadeira.

– Uma futura rainha não coloca suas armas sobre a mesa. –Disse a exemplar Rainha Elinor.

– É só um arco mãe. – Falei.

– Mesmo assim. – Disse ela.

Fui logo enchendo o meu prato: carne, pão, grãos, doces, menos a sobremesa já que eu tinha feito um acordo com os meus irmãos, eles até olharam desconfiados para mim quando eu vi o bolo.

– Que prato gigante é esse Merida? – Disse mamãe com os olhos arregalados. – Fergus!

– O que foi? – Disse papai com uma grande pedaço de carne na boca.- Deixa a menina,ela não tomou café da manhã.

E como sempre mamãe começou o seu discurso sobre o que uma futura rainha deve fazer, meus irmãos caíram no sono, meu pai dormiu com uma coxa de galinha na sua boca e comecei a imaginar como o meu prato parecia uma travesseiro, bem fofinho, macio, confortável...

–MERIDA! – Mamãe gritou. –O seu prato não é um travesseiro.

– Eu sei mãe.

– Já sei, minhas lições são insuportáveis de ouvir. – Mamãe levantou uma sobrancelha.

– Sim...Não...Quer dizer...

– Eu sei que são, ficava do mesmo jeito que você está quando a minha mãe começava a falar nisso. – Eu apenas fiquei olhando para ela. – Pode ir, aproveite o resto do seu dia.

– Obrigada mãe. – Ao andar a cadeira veio junto comigo e percebi que estávamos ligados a uma corda. – Meninos!

Saí correndo como se tivesse me libertado de uma prisão, pulei em cima de Angus e saí com ele para a floresta, acertei minhas flechas nos alvos que tinham colocado nas árvores, Angus pulava sobre qualquer obstáculo que aparecia na frente, tronco, poças, pedras, quem estivesse na floresta podia ouvir os meus gritos de felicidade infinita. Me sentei nas margens de um rio enquanto o sol se mostrava para o reino, era lindo. Tudo estava calmo e em paz, foi quando Angus começou a se agitar.

– Calma garoto.- Passei a minha mão sobre ele. – Calma...

Uma luz mágica apareceu na nossa frente e tinha outras que formavam um caminho.

– Fique aqui Angus.

Segui as luzes que pareciam não ter fim, cada uma sumia quando eu me aproximava, mas eu não entendi o final, a última luz estava num precipício, me aproximei devagar para não cair e toquei na última luz que sumiu no ar. Olhei para todos os lados e não encontrei nada, andei mais um pouco para frente, foi quando tropecei e caí no precipício, fechei os meus olhos e comecei a gritar, posicionei as minhas mãos como se eu fosse me apoiar em algo, pensei que já tinha morrido, quando abri os meus olhos percebi eu estava flutuando no ar, arregalei os meus olhos assustada, coloquei mais impulso nas mãos como se fosse para pular, voltando para a ponta do precipício.

Encarei as minhas mãos por um bom tempo, como eu tinha feito aquilo? O que era aquilo? O que EU era? De repente começou a ventar muito, meu cabelo bagunçava cada vez mais, algo me chamava.

–Merida! Merida!

–Quem está aí? – Posicionei meu arco e minha flecha.

– Não tenha medo.

–Apareça que estiver escondido. – Gritei.

–Não estou me escondendo, você só não me ver, mas me escuta. – Abaixei o meu arco ainda posicionado para atirar.

– Então diga que é você. – Falei.

–Eu sou o vento, cujo dei parte dos meus poderes para você.

– Isso é loucura, vento não fala e eu não tenho poderes de mexer no ar.

– Tem sim, você apenas não sabe. Quando nasceu, estava ventando muito, era uma festa, o elemento ar e o outono comemoravam o seu nascimento .Experimente, faça um movimento com as suas mãos.

Movi a minha mão em círculos e o ar começou a se movimentar de forma circular.

–Isso é incrível, mas por que não falou comigo antes? – Perguntei.

– Estava esperando o tempo certo majestade.

–Majestade? Ainda não sou rainha. – Falei.

–É sim, desde que nasceu. Merida, você é a rainha do outono e do elemento ar. – Caí de joelhos ao ouvir isso.

– Eu? Por que? Existem outros como eu? – Perguntei assustada.

– Se acalme...

–Como posso me acalmar, acabei de descobrir que tenho poderes, que sou uma rainha. – O vento ficou mais forte, muito forte.- O que eu faço agora?

– Procure as outras três rainhas, elas terão as respostas que tanto procura. – Senti que a voz tinha ido embora.

–Espere! – Mas de nada adiantou.

Corri de volta ao rio onde Angus estava me esperando, subi em cima dele e fui para o castelo, todos me cumprimentavam mas eu não queria falar com ninguém, bati a porta do meu quarto e me joguei na cama, não conseguia acreditar, eu sou uma rainha, eu tenho poderes, quem eram as outras? Elas sabem que também tem poderes e são rainhas? O que eu farei se me encontrar com elas? Tantas perguntas que precisam de respostas...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo.



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