RAPUNZEL

–Ela deve ter ido tomar um ar.- Falei.

–Então tá.- Disse Anna.

–Volte para o seu noivo. Ele não para de olhar pra cá.- Falei com uma risada.

–Anna realmente está apaixonada.- Olaf se aproximou.

–Olaf, por favor não se aproxime muito de mim.- Falei.

–Alteza.- Olaf se curva.- Você não vai me derreter. A rainha Elsa criou uma nevasca sobre mim, não irei derreter enquanto ela estiver viva.

–Mesmo assim eu tenho medo.- Disse eu.

–Mas eu gosto de abraços bem quentinhos, e como você é a rainha do fogo, eu estava doido para ganhar um abraço seu.- Disse Olaf.

–Oh meu querido.- Me segurei para não chorar.- Eu também quero te dar um abraço.

–Então me abrace Rapunzel!- Gritou ele.- Prometo que não vou derreter.

Eu me aproximo, Olaf é gelado, mas é um frio bom que sinto ao tocá-lo, seus braços de graveto me abraçam com carinho.

–Viu?- Olaf fala no meu ouvido.- Eu não derreti.

–Obrigada Olaf.- Mostro um sorriso.

–De nada princesa.- Ele se curva mas a sua cabeça cai ao se abaixar. – Poderia me ajudar?- Falor a cabeça no chão.

–Claro.- Começo a rir.

ANNA

–Amor, eu te amo tanto.- Falei.

–Eu também.- Kristoff beija as minhas mãos.- Eu te prometo uma coisa: nosso amor será eterno.

–Pra sempre?- Pergunto.

–Pra sempre.- E nos beijamos.

–Não quero atrapalhar o beijo...- Chegou Olaf.- Mas a Elsa sumiu.

–O quê? Como assim sumiu?- Perguntei.

–Ela não está no castelo, todos já estão procurando por ela.- Rapunzel se aproximou.

–Temos que achá-la.- Falo.

–Calma Anna.- Kristoff colocou a mão nos meus ombros.- Tenho certeza de ela está bem.

–Por que ela faz isso? Elsa sabe que eu me preocupo com ela.

–Todas nós nos preocupamos com ela.- Falou Rapunzel.- Ele deve ter ido descansar. Ela não tem nenhum quarto privado?

–O castelo.- Falei.

–Castelo?- Disse Rapunzel.- Eu acabei de dizer que ela não está no castelo.

–-Não nesse castelo.- Falei.- O castelo dela, o que Elsa construiu com as próprias mãos.

–Então vamos.- Disse Olaf.- A rainha está sendo procurada por todos e a preocupação não é pequena.

–Amor?- Olho para Kristoff.

–Vá.- Disse ele.- Eu acalmo as coisas por aqui.

ELSA

Me sinto mais confortável no meu castelo, foi nele que eu aceitei os meus poderes, foi nele que eu me libertei, foi nele que eu percebi que não era um monstro. Fico pensando que agora que sou rainha do inverno, eu não devia morar aqui, é um castelo digno de uma rainha do inverno, Anna construiria o seu próprio castelo com a ajuda da terra, fico imaginando como seria o palácio dela.

–Elsa.- Ouvi uma voz.- Elsa.

– Quem está aí?- Me posicionei para lutar.- Apareça!

–Você não pode me ver.- Disse a voz.- Só poderá me ver quando se tornar a rainha por completo.

– Como assim? Eu ainda não sou a rainha do inverno?- Perguntei confusa.

– Quase. As rainhas das quatro estações devem vivar eternamente, mas para isso, vocês tem que morrer, assim renascerão mais poderosas.

–Morrer?- Gritei.- Eu tenho que morrer?!

–Se acalme.- Disse a voz.- Vocês serão as únicas rainhas das estações, então devem viver para sempre.

–Meus parentes?- Comecei a chorar.- Terei que assistir a morte de todos? Durante toda a eternidade?

–Pra a sua sorte não, eles tem o seu sangue então podem viver eternamente, mas só se quiserem.- Falou a estranha voz.

– Quem é você? Mesmo que eu não possa te ver, diga-me o seu nome.- Falei.

– Meu nome é Jack Frost.