Até Que Você Seja Minha escrita por raggedy man


Capítulo 5
Os Testes




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Lily Narrando.

Cheguei ao Salão Comunal antes que qualquer um e sentei em frente à lareira. Abri um livro que carregava e comecei a ler, mas não durou muito, porque Potter foi o próximo a chegar e sentou ao meu lado.

– Olá, ruivinha. – Me cumprimentou. Resolvi ignorar. Algum dia ele teria que aprender a me chamar de Evans, e ai sim eu responderia. – Ruivinha?

Mais silencio.

– Lily? – Tentou de novo.

Ignorei. Tentei recomeçar a linha que parei, mas não consegui.

– Evans? – Olhei para seu rosto. – Oi.

– Olá, Potter. – Cumprimentei, e tentei voltar a ler meu livro.

– Então... Teve um bom dia? – Suspirei. Fechei o livro. Não leria hoje.

– Sim, Potter. E você?

– Mais ou menos. – Resolvi não perguntar o porquê. Quem sabe assim ele desistia de conversar. Depois de um tempo, sem eu ter dito nenhuma palavra, ele suspirou e começou a brincar com o pomo de ouro que ele havia roubado uns anos atrás.

Mais ou menos dez minutos depois, Sirius, Remo e Ammy chegaram conversando. Eles sentaram perto de mim e de Potter, e todos começaram a conversar. Tudo estava indo bem, até que Potter disse:

– Não, Almofadinhas, o hino começa com “Hogwarts, Hogwarts, ó querida, Hogwarts, venha nos ensinar.”. - Disse se referindo ao hino de Hogwarts.

– Errado. – Disse interrompendo a discussão dos dois. – É: “Hogwarts, Hogwarts, ó querida, Hogwarts, ensina-nos.”.

– Sinto muito, ruivinha, mas não. O que eu disse é o certo.

– Prove. – O desafiei.

– O que eu ganho se estiver certo? – Perguntou.

– O que você quer? – Ele provavelmente vai querer alguma lição para copiar.

– Um beijo.

Olhei para ele incrédulo. Eu não ia beija-lo. Mas, por outro lado, eu tenho certeza que eu estava certa. Seria um ótimo motivo para eu pedir que ele pare de me chamar de Evans e me convidar para sair.

– Ótimo. Se eu acertar, você nunca mais me chama para sair e só me chama de Evans. – Ele sorriu.

– Feito. – Apertamos as mãos. Ele abriu sua mochila e pegou seu livro de Historia da Magia. Procurou a pagina certa, até que recitou para mim o que estava escrito.

– “Hogwarts, Hogwarts, ó querida, Hogwarts, venha nos ensinar.”. – E me mostrou que ele realmente estava certo.

O que? Como eu poderia ter errado? Eu me lembro de perfeitamente de ter decorado a musica no meu primeiro ano. Olhei para ele e vi que estava sorrindo. Aposta era aposta.

Cheguei perto dele e ele me beijou. Abri passagem para corresponder o beijo. Acabei me surpreendendo. Seu beijo era macio e confortável. E agora sei por que as garotas correm atrás dele. Seu beijo era realmente muito bom e viciante. Queria passar o dia todo beijando-o. Mas ai eu voltei para a vida real e interrompi o beijo. James sorria de orelha a orelha.

– Parabéns Potter. – Disse irritada. – Agora que conseguiu o que queria me deixe em paz. – E subi para o meu quarto.

Porque me sentia mal com isso?

Liz Narrando

Lily subiu para o quarto irritada. Olhei para os quatro olhando a ruiva subir as escadas.

– Mas que diabos aconteceu? – Perguntei. James me contou sobre a aposta. Bati em seu ombro. – Mas qual é o seu problema?

– O que eu fiz agora?

– Bem, você se diz tão apaixonado por ela, então porque não espera até ela querer te beijar? Por que ganhar um beijo dela agora, que te acha que só a quer como um desafio?

Ele ficou calado por um momento até sua ficha cair. Suspirou e tentou subir a escada do dormitório das garotas, mas eu o impedi.

– Você só vai piorar a situação. Eu vou você fica. – E subi para nosso quarto. Entrei e estava vazio, então deduzi que Lily estava no banheiro. Bati na porta levemente. – Lily?

– Que é? – Resmungou.

– Me deixe entrar. – Não ouve resposta, então bati mais uma vez. Dessa vez ela me abriu. Seus olhos estavam vermelhos. Ela havia chorado de novo. Entrei e tranquei a porta. Sentei ao seu lado no chão.

– Eu devo mesmo estar enlouquecendo. – Resmungou. – Estou chorando por causa da droga do Potter. Qual é o meu problema? – A abracei.

– Lily, não tem problema nenhum. Foi só um beijo, não tem nada demais nisso.

– É claro que tem! Ele é o Potter... Foi fácil demais. Ele... – Ela suspirou. – Ele conseguiu o que queria, e eu estava determinada a não deixar que isso acontecesse. E o pior de tudo é que... que...

– Que... – Continuei.

– Eu gostei. – Falou baixo. Sorri. – Não, não sorria.

– Lily, me diga uma coisa. Você gostaria que ele te beijasse de novo? – Ela me olhou. – Juro que isso não sai daqui.

– Bem... Liz, eu não posso... – A encarei. – Ok... Talvez eu gostaria que ele me beijasse de novo. – Abri um sorriso, mas ela continuou. – Mas isso não vai acontecer, porque agora ele vai largar do meu pé, já que conseguiu o que queria.

Tentei argumentar com ela, mas não adiantou. Ajudei a disfarçar que estava chorando e fomos dormir.


Na manha seguinte, era sábado. Acordei cedo, mais cedo que todas as outras garotas. Vesti-me rapidamente e fui para o quarto dos meninos. Todos estavam dormindo, que surpresa. Fui até a cama do Sirius e tentei acorda-lo. Não consegui, já que tudo que ele ficava resmungando era algo sobre quadribol.

– Sirius, se acordar te dou um beijo. – E ele acordou. Revirei os olhos. – Bom dia princesa.

– Por que ta me acordando as... – E olhou no relógio. – Sete da manha num sábado?

– Eu preciso de um treinador pro Quadribol.

– Não.

– Sirius!

– Por que eu te ajudaria a treinar e correr risco de perder a aposta? – Perguntou. Sorri.

– Segundo você, nada que eu fizesse iria me ajudar a entrar no time. Mas eu entendo, se você não quer, acho que vou pedir ajuda para outra pessoa. – Comecei a me afastar, mas logo ele levantou.

– Ta, mas só vamos treinar até o almoço. – Concordei. Fomos para o campo de quadribol, que estava vazio. Sirius me ensinou pra que serve cada tipo de bola, o que eu teria que fazer e foi treinando comigo. Ele tentava facilitar tudo para mim sem que eu percebesse, o que não funcionou. Depois de brigar pela quinta vez, ele desistiu e foi levando mais a sério o treino.

Dando meio dia, paramos o treino completamente e ambos estávamos suados. Tentei não ficar reparando que a camisa branca de Sirius grudava em sua barriga, mas era praticamente impossível. Pelo menos ele não percebeu que eu estava olhando. Sentamos no campo e tomamos uma garrafa de água cada.

– E ai, como eu to? – Perguntei.

– Nada mal. Joga melhor que os lufanos, com certeza, mas não sei se está a nível Grifinoria.

– Você vai ver que estou quando passar no teste. – Sorri. – Acho melhor voltarmos. Ta começando a ficar cada vez mais quente e eu to com fome. – Sirius concordou e fomos no vestiário guardar as vassouras.

Subimos para o Salão Principal conversando e rindo de várias historias. Demoramos um pouco para chegar já que toda hora uma garota parava o Sirius para marcar um encontro ou para conversar. Já estava ficando irritando depois de uma menina da Corvinal ter ficado dando em cima dele.

– Por Merlin, não se cansa de ter tanta atenção? – Ele deu de ombros.

– Pra falar a verdade, não. Estou acostumado. Mas elas ficaram parando toda hora por sua causa.

– Minha? – Estranhei. – Por que?

– Normalmente quando to em um encontro com uma garota ou em geral andando com uma, as meninas vem puxar assunto para atrapalhar.

– Essa é a coisa mais... Eu não tenho nem palavras. – Disse. Imagina quando esse garoto finalmente tiver uma namorada? Chegamos até o Salão Principal e sentamos junto com o pessoal para almoçarmos.

– Vocês podiam ter ido tomar um banho primeiro. – Reclamou Lily.

– A fome tava maior que a necessidade. – Disse comendo. Não tomei café e tudo que consumi foi água, então sim, o banho podia esperar.


Alguns dias depois, chegou o dia do teste. Sirius e eu acordávamos antes das aulas e treinávamos até a hora de irmos para a aula. É claro que se dependesse dele, teríamos matado muitas aulas, mas o fiz ir em todas.

Estava sendo bem legal passar um tempo sozinha com o Sirius. Conversamos mais abertamente que antes e sobre tudo. Ele até disse que talvez eu até seria uma boa artilheira da Grifinoria. Discordei dele. Não seria uma boa artilheira.

Eu seria a melhor artilheira que a Grifinoria já teve.

– Muito bem, pessoal. – Começou James. Estávamos no campo de Quadribol e realmente eu era a única menina. Havia mais quatro pessoas tentando. Marcus Schin, um garoto do 7º ano, Kylie Mraz do terceiro, John Rae e Jason Wayne. É claro que Sirius e Frank iriam fazer o teste, mas segundo Remo, ninguém nunca ia melhor que eles. Eu e Marcus queríamos ser artilheiros e o resto batedores. Mas só tinha uma vaga para artilheiro e duas para batedores. Eu realmente estava nervosa. – Frank é o goleiro. Todos vocês, até o Sirius, irão jogar e tentar fazer gols. Depois os artilheiros, – Olhou para nós. – irão jogar sozinhos e tentar roubar a bola um do outro. Quem se sair melhor ficará com a vaga. Os batedores vão fazer o mesmo, mas em dupla. Sirius e John são um par e Kylie e Jason são outra.

Subimos na vassoura e começamos a jogar. Schin ficava na minha cola tentando me derrubar da vassoura, mas eu era mais rápida e desviava, fazendo às vezes perder o controle a vassoura. Jogamos por uns dez minutos enquanto James fazia várias anotações.

Depois, foram as avaliações individuais dos artilheiros.

Estávamos jogando, com balaços tentando nos acertar o tempo todo, tentando roubar a goles um do outro. Eu por ser menor, conseguia ser mais rápida que Schin, mas ele não ficava tão para trás. Uma hora, ele ficou tão irritado que desceu e pegou um taco da mão de Sirius e rebateu a primeira bola que veio em sua direção.

O problema é que essa bola veio em mim.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Não esqueçam de comentar :)



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