Até Que Você Seja Minha escrita por raggedy man


Capítulo 21
Feliz Aniversário, Lily!


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora para postar.
Como já sabem, estou no cursinho e escrevendo uma outra fic, então as vezes fica dificil ter inspiração para as duas ao mesmo tempo.
Espero que gostem desse capítulo e atendendo á pedidos há momentos Jily aqui!
Beijos.



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Fugir de Sirius não era fácil. Com o mapa do maroto, ele sabia onde eu estava todo o momento do dia, quando tudo que eu queria fazer era fugir dele.

Depois da minha revelação, não esperei ver qual seria sua reação, pois subi direto para meu dormitório. Pelo menos minha dignidade estava salva, certo? Certo?

De qualquer forma, várias semanas haviam se passado sem que eu me encontrasse com ele. Eu tomava café da manha mais cedo e sempre sentava com Alice nas aulas, que finalmente tinha resolvido ir. Falando nela, toda a escola já sabia o que havia acontecido com os dois e praticamente todos odiavam Frank. James havia me dito que ele andava realmente bem quieto e mesmo tentando puxar conversa, ele apenas queria ficar sozinho.

Bem, eu não posso dizer que estava sentindo pena dele.

Quase um mês depois que terminaram, Alice saiu do quarto. Ela foi ás aulas, foi á biblioteca e em todas as refeições, apesar dos olhares direcionados á ela.

Claro que a Lily ameaçou a azarar se ela não fizesse isso, mas o importante é que ela tenha saído.

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Hoje era o aniversário de Lily. Não iria ter nenhuma festa, ela me fez jurar que não iria planejar nada e eu prometi. Falei o mesmo para os meninos e eles concordaram, não querendo que Lily ficasse mais brava do que já estava.

Eu e as meninas acordamos cedo para desejar um feliz aniversário para ela, que ainda dormia. Resolvemos fazer isso da maneira mais pacifica e respeitosa possível. Jogando água nela.

– Ela vai ficar tão brava. – Disse Ammy sorrindo animada. – Vai ser tão legal.

Rimos e abrimos a cortina em volta de sua cama. Lily dormia com o rosto enterrado no travesseiro e parecia que estava tendo um sonho muito bom. Não me surpreenderia se o James sem camisa estivesse nele.

Alice apontou a varinha para ela.

Aguamenti.

Um jorro de água saiu da ponta da varinha e molhou Lily inteira, junto com a sua cama. A ruiva pulou assustada olhando para os lados até se tocar do que havia acontecido. Ela nos encarou, tirando seus cabelos de seu rosto.

– Eu vou matar vocês três.

Nós não nos movemos. Ficamos encarando assustadas o rosto dela. Ela percebeu nossa expressão e ficou séria.

– O que? O que aconteceu? – Perguntou olhando para cada uma de nós. – Qual é o problema?

– Lily... Tem algo errado com você. – Falei pegando o espelho em cima da cama de Alice e entregando para ela. Ela se olhou e se assustou um pouco. Seu rosto estava mais pálido que o comum e sua boca, normalmente vermelha, estava muito branca. A única coisa que tinha cor em seu rosto e, depois notei, em seu corpo, eram inúmeras pequenas bolinhas.

– Saiam. – Não nos movemos, apenas continuamos a olhando um pouco assustada. – Vão! Isso é contagioso! – Ela começou a coçar seu braço levemente. Saímos rapidamente do quarto, fechando a porta. Antes, pude a ouvir gritar. – E chamem o Remo!

James Potter

– Você acha que ela vai me azarar se eu for dar parabéns para ela? – Perguntei olhando para Remo que arrumava sua cama, como fazia toda a manha. Não vejo o por que. Vamos dormir mais tarde mesmo.

– Não. Mas ela vai te azarar se você fizer um escândalo dando parabéns para ela. – Suspirei sentando em minha cama. Lily realmente havia parado de falar comigo desde que voltamos da minha casa. As únicas palavras que saiam de sua boca em minha direção eram “Potter, passe o sal, por favor?” ou então algo necessário. As últimas semanas foram uma tortura.

Ouvi uma batida desesperada na porta e logo fui abri-la. Liz, Alice e Ammy entraram ainda de pijamas, parecendo que viram um fantasma.

– Bom dia. – Cumprimentei. – Está tudo bem?

– Não. – Respondeu Liz olhando para o Aluado. – Remo, tem alguma coisa errada com a Lily.

Ele levantou o olhar.

– O que aconteceu? Ela está bem? Aconteceu alguma coisa com ela? – Perguntei preocupado. Mas parecia que eu não existia, Liz só olhava para Remo.

– Ela... Eu não sei explicar. Ela está toda pálida, mais que o normal e cheia de bolinhas vermelhas pelo corpo. E está se coçando. Ela disse que era infeccioso e mandou te chamar. Você sabe o que é?

– É só catapora. – Eu disse, fazendo-as finalmente olhar para mim. – É uma doença trouxa. Não é nada grave, mas se você nunca teve, pode pegar. - Todos então me olharam com descrença, até Aluado. Dei de ombros. – O que? Eu já tive.

– Como que você teve uma doença trouxa se você nunca pisou o pé em um local com trouxas? – Perguntou Alice desconfiada.

– Minha mãe é um auror. Em uma missão tinha crianças doentes e ela pegou catapora. Consequentemente, eu também peguei.

– E como que faz isso passar?

– Não faz. Passa sozinho. – Respondeu Remo sentado em sua cama. – Imagino que nenhuma de vocês tenha pegado isso já. – Todas negaram. – Então vão ter que arranjar um lugar para dormir até ela melhorar. Lily não pode sair daquele quarto sem infectar Hogwarts inteira. Eu posso falar com Madame Pomfrey, mas acho que ela vai a fazer ficar no quarto.

– Eu fico com ela. – Disse subitamente. Todos os presentes olharam para mim. – Eu sei que ela está me odiando no momento, mas alguém tem que dar comida, água e impedir que ela se coce. E como eu sou o único que já teve...

– Tudo bem. – Disse Liz sentando-se em minha cama. – Você vai ter que dormir lá e não sair até ela melhorar. Eu levo a comida até a porta do quarto e você pega. Mas não pode sair de lá também.

Apenas sorri em resposta.

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Com a certeza que ela iria jogar um abajur ou a coisa mais perigosa que conseguisse alcançar, entrei no quarto de Lily. Sempre fiquei impressionado como funcionava aquele quarto. As quatro camas estavam sempre arrumadas, o chão sempre limpo e nenhuma bagunça aparente. Nunca conseguiria imaginar o meu quarto desse jeito. Não comigo, Sirius, Peter e Frank dormindo nele. Remo, eu tinha certeza, usava algum tipo de magia para sua cama ficar tão arrumada. Era impossível que ele tivesse a força de vontade de acordar mais cedo apenas para deixar suas coisas arrumadas.

Lily estava deitada em sua cama, olhando para o teto e coçando seu braço. Devo ter entrado sem fazer nenhum barulho, por que ela não me olhou até eu chegar perto de sua cama.

– Potter! – Ela se assustou, puxando seu lençol para se cobrir mais. – O que faz aqui? Eu estou doente! Você pode ficar... Isso ai é comida? – Perguntou olhando para uma cesta em minha mão.

– Feliz aniversário, Evans. – Sorri colocando a cesta em sua cama e retirando a comida que estava nela.

– O que faz aqui? – Perguntou pegando um pedaço de bolo para comer.

– As meninas disseram que está doente. Eu já tive isso ai e vim tomar conta de você. – Ela me olhou com descrença. – Remo disse que não pode sair para a Ala Hospitalar sem infectar todo mundo e ele nunca teve isso.

– Eu não preciso de babá.

– Precisa de alguém que te impeça de coçar. – Disse tirando sua mão de seu braço. – E também de alguém que pegue sua comida.

O quarto ficou em silêncio por um longo período. Ela começou a comer o café da manha que eu havia trago e não ousava me olhar. Não pressionei também, apenas sentei em uma das camas e comecei a brincar com meu pomo de ouro.

Liz Parker

Droga, droga, droga.

Eu estava atrasada. Muito atrasada.

Diferente de Alice e Ammy, que só tinham aula às dez horas, eu estava correndo pelos corredores do terceiro andar, desesperada para chegar á minha aula de DCADT.

Eu sabia que o professor não me deixaria entrar, estando vinte minutos atrasada, mas não custava tentar, certo? Estava quase chegando á ultima porta do corredor, quando fui puxada para dentro do armário de vassouras.

Olhei para a pessoa que me puxou para dentro. Sirius Black. Eu teria gritado com ele, por me impedir de chegar á minha aula, mas congelei. Fiquei fugindo dele quase o mês inteiro e agora ele estava ali, parado na minha frente, me olhando com a cara mais séria que eu já havia visto.

– Sirius... Eu preciso ir, eu já estou atrasada e... – Disse tentando abrir a porta, mas ele ficou na frente, impedindo que eu saísse.

– Por que você está me evitando? – Perguntou.

– Sirius, eu realmente preciso ir...

– Parker. – Ele falou duro, me fazendo olhar para seus olhos pela primeira vez. – Responda a pergunta.

– Você realmente não sabe o porquê eu estou te evitando, Black? – Perguntei um pouco alterada soltando meu material no chão. – Eu disse que estava apaixonada por você. Você ficou parado sem nenhuma reação e eu saí de lá, antes que você começasse a rir da minha cara.

Ele me olhou como se eu tivesse dito a coisa mais absurda da face da terra.

– Rir? Lizzie...

– Eu fiz papel de idiota e nunca deveria ter dito o que disse...

Eu não pude terminar o que estava falando, por que ele me beijou. Suas mãos foram para minha cintura e, antes que eu conseguisse pensar direito, as minhas foram para o seu cabelo. Havia urgência em seu beijo e ele cada vez me puxava para mais perto dele. Quando percebi, eu estava sentada em cima de umas caixas empilhadas no canto e desatando o nó da gravata de Sirius. Suas mãos estavam acariciando minha perna e sua língua em um ponto especifica do meu pescoço. Não pude evitar soltar um gemido, o incentivando a continuar com mais fervor.

Comecei a desabotoar sua camisa e ele a subir sua mão, antes sobre a minha coxa, mas fomos interrompidos bruscamente quando a porta abriu.

– Mas o que vocês pensam que estão fazendo?!

Separamos-nos e olhamos para Filtch, o zelador, e Madame Nora, sua gata. Rapidamente nos ajeitamos e eu evitei olhar para seu rosto.

Cara, nós estávamos ferrados.

James Potter

– Está se sentindo melhor? – Perguntei limpando sua boca. Lily havia começado a ficar com febre e a vomitar há meia hora e só havia parado agora. Sua pele estava ainda mais pálida e ela estava fraca.

– Talvez um pouco. – Disse bem baixo. – Agora que não tem nada para expelir do meu estomago. – Sorri. – Como pode aguentar ficar aqui comigo?

– Você não está tão ruim. Sirius é dez vezes pior quando está de ressaca.

Ela fez uma careta, dando um meio sorriso. Ouvi um barulho na porta e me lembrei de que já era hora do almoço. Levantei de sua cama e a abri. Havia outra cesta e vários presentes na porta. Coloquei tudo para dentro rapidamente e fechei a porta.

– Almoço. – Anunciei colocando as coisas em cima da cama, agora arrumada, de Liz. Retirei as meias presas á sua mão, que a impediam de coçar tanto seu corpo.

– Nem pensar, presentes primeiro. – Ela pareceu mais animada a ver a enorme quantidade de embrulhos. Revirei os olhos e comecei a entregá-los falando quem havia dado. O presente das meninas fora previsível, roupas e livros. Os marotos haviam sido mais criativos dando tinteiro, penas novas e uma coleção de livros infantis bruxos, dado por Remo.

– E de quem é esse embrulho verde? – Perguntou apontando para um que eu havia esquecido no canto da cama. O alcancei e li o cartão.

Lily, ouvi por ai que está doente. Espero que não seja nada grave e que melhore logo. Também ouvi que Potter está com você. Cuidado. Ele não é confiável e pode se aproveitar enquanto estiver dormindo. Feliz aniversário. Com amor, Sev. – Li alto. Ela hesitou um minuto antes de pegar. Ela abriu o pacote (eu teria jogado fora) e tirou uma boneca pequena e muito mal feita de dentro.

– Hm... Lily? – A chamei depois de ficar um bom tempo encarando a boneca. Ela pareceu acordar e me olhou. – Tudo bem?

Lily apenas concordou e deixou a boneca junto com os outros presentes. Ficamos em silêncio por um tempo até eu me lembrar do almoço. Comecei a tirar o que estava dentro e sorri aliviado ao ver que as meninas havia mandando uma sopa e não algo tão pesado como foi o café da manha. Havia também um sanduiche para mim. Quanta consideração.

– As meninas te enviaram sopa. – Disse. – Parece ser de frango. Quer comer agora ou deixa para depois?

Olhei para ela e vi que seu rosto estava ficando verde novamente. Peguei o balde ao lado de sua cama e coloquei entre suas pernas, segurando seu cabelo. Não demorou muito antes que ela vomitasse novamente. Ao terminar, ela levantou o rosto, vermelho de vergonha e limpei sua boca novamente.

– Acho que um banho lhe faria bem. Pode abaixar a febre.

– Tudo bem.

Peguei-a no colo e fui para o banheiro. Lembra quando eu disse que o quarto não era bagunçado? Bem, o motivo era por que o banheiro era. Não com roupas, mas com maquiagens e escovas e tudo que mulher usa. Levantei a sobrancelha ao ver um sutiã pendurado no espelho com um bilhete: “Lily, pare de deixar suas roupas intimas jogadas por ai como se o Potter fosse seguir uma trilha delas até você. Com amor, Alice.”.

Ao perceber, ela arrancou os dois e jogou para o outro lado do banheiro. Coloquei-a sentada no tampo do vaso e comecei a encher a banheira.

– Eu vou sair para você tomar banho. Se precisar de alguma coisa... Só grite. – Ela concordou e eu saí do cômodo fechando a porta.

Não deveria ter passado nem cinco minutos e ela me chamou. Entrei novamente e a vi encolhida na banheira, abraçando suas pernas.

– Eu não acho que consigo fazer isso sozinha. – Murmurou não me olhando.

– Hm... Você quer que eu procure alguém para te ajudar? Alguém que já tenha pegado...

– Pode me ajudar?

Concordei e me agachei ao lado da banheira e comecei a ajudá-la a se ensaboar, evitando olhar demais para o seu corpo. Não era fácil. Ela era muito pequena e todo lugar que eu olhava, ela estava pelada. Fiz a maior parte do trabalho olhando para a parede.

– São os meus olhos ou James Potter está corando?

Olhei para ela incrédulo. Ela estava rindo de mim. Levantei a sobrancelha olhando para seu rosto. Ela parecia melhor, com um pouco mais de cor, mas nada superava o fato dela estar rindo de mim.

– Evans!

– Eu vou contar para o Sirius.

Revirei os olhos e terminei de dar banho nela. Ela se enrolou em uma toalha e fomos para o quarto. Olhei então para o guarda roupa.

– Onde estão suas roupas?

– Primeira porta. Mas pegue o blusão pendurado e meu pijama, na ultima gaveta.

Peguei seu pijama e sua roupa intima, entregando para ela se vestir. Comecei então a mexer em suas blusas penduradas até achar o blusão que ela tanto queria. O meu blusão. Peguei-o e entreguei a ela.

– Isso é meu.

– Eu sei... Você me emprestou na primeira vez que dormi lá. Esqueci-me de devolver. – Disse vestindo e deitando novamente na cama. Peguei uma coberta e a coloquei nela e sentei ao seu lado. Ficamos em silêncio por um tempo.

– Potter?

– Hm?

– Obrigada. – Agradeceu me olhando nos olhos. Um pequeno sorriso nasceu em sua boca.

– Por nada, Evans.

– Mais uma coisa. – Disse segurando minha mão. – O que você acha de sermos amigos?

Antes que eu pudesse responder, uma coruja parou na janela de Lily e começou a bicar o vidro. Relutante, soltei sua mão e peguei o embrulho que vinha preso em sua pata.

– De quem é? – Perguntou.

– Meus pais. Tem um bilhete junto.

– Leia para mim.

Abri a carta, que era um tanto quanto grande e comecei a lê0la.

Querida Lily,

Feliz aniversário minha querida! Espero que aproveite com muito prazer sua maioridade bruxa. Nada do que poder fazer magia fora da escola, certo?

Agora, eu espero que não se ofenda. É costume dar um relógio de ouro para bruxos ao completarem seus 17 anos. Como seus pais são trouxas, presumo que não tenha tal tradição, e não pude me conter, então comprei um para você. Espero com todo o meu coração que goste.

E não se esqueça de nossa ultima conversa, certo? James é um ótimo garoto, um pouco teimoso e imaturo, mas vale a pena namorá-lo. E eu adoraria vê-los juntos, me dando netinhos! Afinal, a tradição dos Potter de se casar com uma mulher ruiva deve continuar, certo?

Com amor,

Sarah e Alan Potter.

Ps: Lily, agora é o Alan escrevendo. Feliz aniversário e desconsidere o último parágrafo. Sarah se empolga demais. Não que eu não queira que você se case com o meu filho e tenha meus netos. Eu quero. Mas vou deixar para você escolher. Sem pressão, mas não há tantas ruivas no mundo como pensa. Só estou dizendo.

Lily segurava o riso enquanto eu ainda processava o mais novo jeito dos meus pais me envergonharem. Peguei a caixinha e entreguei para ela. Ela abriu e retirou um relógio pequeno e delicado, sem muito exagero a não ser uma pedrinha brilhante. Ajudei-a colocar e ela sorriu para mim.

– Seus pais não deveriam ter gasto tanto comigo... Mas agradeça a eles por mim. E peça desculpas por quebrar o coração de sua mãe, avisando que não vou casar com o filho dela. – Concordei e continuei a olhando. Ela então me chamou outra vez. – Você não respondeu minha pergunta.

Sorri em resposta.

– Eu adoraria ser seu amigo, Evans.

– Ótimo. Seja um bom amigo e deite comigo. – Levantei a sobrancelha. – Se eu for vomitar em alguma coisa enquanto estiver dormindo, que seja em você e não na minha cama.

Sem contestar, deitei ao seu lado, a deixando me abraçar e dormir em meus braços.

Liz Parker.

– Um mês de detenção não é tão ruim. – Disse Sirius enquanto andávamos de volta para o Salão Comunal. McGonnagal não havia ficado nem um pouco feliz com o que Filtch nos encontrara fazendo.

Eu ainda estava em silêncio desde que saímos da sala dela. Sirius havia tentado puxar todo tipo de conversa possível, mas eu não respondia. Antes de chegarmos ao quadro da mulher gorda, ele me parou.

– Lizzie.

– Não. Não comece me chamando de Lizzie. – Disse irritada. – Mas que droga que aconteceu naquele armário?

– Bem... Nós nos beijamos por um tempo, você começou a tirar as minhas roupas e fomos pegos.

Encarei-o e ele sorriu. Seus olhos se encontraram com o meu e ele percebeu que eu estava falando sério e parou de sorrir.

– Sirius, seja honesto. Você gosta de mim? Gosta mais que uma amiga?

Ele ficou em silêncio por um tempo.

– Liz, eu gosto de você. Mais que uma amiga. Eu gosto de estar perto de você e de te beijar. Eu adoro te beijar. – Disse sério. – Mas eu não estou apaixonado por você. E nem atrás de algo sério. Eu não estou atrás de relacionamentos. E eu não quero magoar você.

Ri irônica para ele.

– O que te faz pensar que é bom o suficiente para me magoar? – Perguntei. – Eu nunca disse que queria ser sua namorada. Eu só disse que eu gosto de você de uma forma diferente do que agimos.

Um silêncio um pouco constrangedor se deu entre nós por uns momentos. Ele então colocou a mão no bolso e me entregou um pedaço de pergaminho. Olhei confusa para ele, mas peguei o pergaminho.

Eu, Lily Evans, como maior de idade perante a lei bruxa, estou tomando a guarda de Elizabeth Parker até a mesma completar dezessete anos.

Estou ciente de todas as implicações que isso me leva e de todas as cláusulas que vêm como guardiã de uma menor. Há também aprovação do corpo docente de Hogwarts sobre minha decisão. Cartas de Dumbledore e McGonnagal serão enviadas em breve.

Respeitosamente,

Lily Evans.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Eu sei que vocês esperavam os pais de James a adotassem, mas resolvi que seria mais plausível que Lily o fizesse, afinal os Potters não a conhecem tão bem.
Não se esqueçam de comentar!
Ps: posso demorar um pouco para postar, estou tendo uns problemas na família e não vou ficar muito no pc. Espero que entendam.