Até Que Você Seja Minha escrita por raggedy man


Capítulo 10
A Festa de Slughorn


Notas iniciais do capítulo

Olá. Eu recebi uma recomendação uns dias atrás e tudo que eu tenho a dizer é: OBRIGADA!
Anna, essa capítulo é dedicado á você.
Ps: leiam as notas finais.
Espero que gostem!



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Lily narrando

Depois do aniversário da Liz, tudo acabou voltando ao normal. Sirius e ela voltaram a se falar, ainda com um pouco de estranheza, mas ainda se provocavam. Ammy e Remo começaram a ficar realmente muito próximos um do outro, tanto que agora eles saíam andando por Hogwarts por horas e voltavam tarde, dizendo que estavam conversando. Sei.

James voltou a ser chato. Agora ele era Potter de novo. Uns dias atrás, entrei na sala de feitiços e o peguei beijando duas garotas. Foi a coisa mais ridícula que eu havia o visto fazer. Sai apressadamente e ele me seguiu pelo corredor.

– Lily, o que você viu...

– Foi a coisa mais nojenta do mundo.

– Bem, do meu ponto de vista... – O encarei. – Me deixe explicar...

– Explicar o que? Você não é meu namorado. Você não é meu amigo. E não me deve satisfações. Então pare de me seguir e volte para o que você tem que fazer.

E sai andando. Que desaforo. Não posso mais entrar em uma sala de aula sem me deparar com ele se agarrando com não uma, mas duas meninas?

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Dias depois, eu estava na aula de poções fazendo par com a Liz. Ammy estava doente e resolveu ficar no quarto dormindo, então ao invés de fazer par com Sirius, Liz sentou ao meu lado.

– Bom dia alunos! – Cumprimentou o meu professor favorito em toda escola. Professor Slughorn. Muitos pensariam que Minerva é a minha professora preferida. E é. Ela é uma ótima bruxa e uma pessoa magnífica. Mas eu achava o professor de poções mais divertido. – Hoje iremos aprender a poção Amortentia. Quem pode me dizer o que ela faz? – Alguns alunos levantaram a mão, inclusive eu. – Senhorita Evans.

– Bem, a Amortentia, também conhecida como Poção do Amor, é facilmente reconhecida pelo brilho perolado, pela fumaça que solta e pelo seu cheiro que varia de pessoa pra pessoa de acordo com o que mais a atrai. É considerada uma poção perigosa pois faz a pessoa que a bebe fazer loucura pelo amor obsessivo.

– Muito bem, Srta. Evans! 50 pontos para a Grifinória! – Ele voltou a falar da poção quando James entrou apressado na sala. Todos pararam o que estavam fazendo e olharam para ele.

– Desculpe pela demorada, professor. Eu tive uns... Problemas.

– Não tem problema. Mas Sr. Potter, já que nos deu a honra de sua presença, sabe me dizer que poção é essa? – Perguntou apontando para a Poção do Amor. James deu uma olhada e negou com a cabeça. – Ótimo! Venha cá e diga que cheiro sente.

James achou estranho. Mas foi do mesmo jeito. Chegou perto da poção e sentiu seu aroma. Um segundo depois disse:

– Bem, eu sinto o cheiro de lírios, morango e o perfume preferido da Lily.

O que?

A sala toda olhou para mim, inclusive Potter e o professor. Senti meu rosto esquentar. Liz sorria para mim.

– Ok, muito bem, senhor Potter, o senhor já demonstrou o que essa poção faz, por favor, vá para seu lugar. – Disse o professor um pouco encabulado por mim. Ele voltou a dar sua aula normalmente, enquanto James se sentava bem longe de mim, graças a Merlin.

– Então... – Começou Liz falando baixo. – Interessante, não?

– Ele sabia o que era. Falou aquilo pra me provocar de novo. – Respondi um pouco incerta.

– Lily, ele não sabia. Dava pra ver na cara dele que ele não sabia o que estava cheirando. Você só não quer admitir que ele gosta de você.

– Eu duvido. – Falei voltando a escrever. Ela não disse mais nada até o fim da aula acabar. Antes de sair, Slughorn me chamou para sua festa e eu aceitei.

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Depois da aula de Poções, tivemos mais duas aulas e finalmente foi a hora do almoço. Estava sozinha na mesa, uma vez que Liz foi para o quarto pegar alguma coisa, Ammy e Remo estavam em um dos seus “passeios como amigos”, o que devce significar que Ammy se sentia melhor, e eu não fazia ideia onde os marotos se meteram.

Acabei almoçando sozinha, o que não foi ruim, mas eu senti falta dos meninos me fazendo rir. Fui andando para a próxima aula, Trato das Criaturas Mágicas, sozinha quando alguém me puxou. E não era um alguém agradável. Era Severo Snape.

– O que quer comigo, Snape? – Pergunto me soltando de suas mãos.

– Quero ter certeza que você não ta caindo nas cantadas do Potter. A de hoje foi extremamente ridícula.

– E o que isso te importa? Que eu me lembre, eu só sou uma sangue-ruim e você não tem nada a ver com a minha vida. Agora me deixe em paz.

– Mas Lily... – Não o deixei terminar, virei às costas para ele e sai andando. Meu dia estava realmente horrível. Potter me humilhando, Snape me perturbando... Mas que saco!

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– Então, o que vocês fazem nessas festas? – Perguntou Liz terminando de se arrumar.

– Eu nunca fui convidada e eu agradeço Mérlin todos os dias da minha vida. – Disse Ammy deitada. Aparentemente ela tinha febre e agora já havia melhorado, mas ainda se sentia fraca. Deve ter sido por causa de seu passeio.

– Não são tão ruins assim. Tem boa comida e conversamos bastante... O problema é que tem muitos Sonserinos. – Disse terminando de me arrumar. – Mas você vai se divertir.

– Eu não entendo o porquê eu fui convidada. Não sou rica, não tenho pais, converso a aula inteira com o Sirius...

Ela havia repetido bastante nos últimos dias a frase “não tenho pais”. Segundo ela, isso a fazia lembrar que a vida não era perfeita e que eu e Ammy deveríamos ignorar. Olhei discretamente para Ammy que suspirou.

– Bem, você faz as poções certas para o Sirius. Responde várias questões certas. Seus deveres são ótimos e você tem talento para poções. É um começo. – Disse Ammy se levantando e indo em direção para o banheiro. – Vou tomar um banho, Remo daqui a pouco deve estar subindo. – Concordamos e ela entrou no banheiro.

– Ok, eu sei que eu não to ficando louca, mas é possível que ela e Remo estejam... Sei lá... Namorando? – Perguntou Liz se sentando em sua cama.

– E não nos contou? – Perguntei. – Duvido muito. Ela sempre conta as coisas.

– É... Mas vai ver que ele pediu. Ou se não eles só estão tendo uma amizade colorida.

– Amizade colorida? Não... Nenhum dos dois faria isso. Talvez estejam apenas “se conhecendo”. – Falei fazendo aspas com meus dedos. – E eles nos contarão quando estiverem prontos.

Liz concordou e nós saímos do quarto. Ao descermos, James Potter estava bem arrumado sentado perto da lareira.

– O que faz aqui Potter? Já deveria estar dormindo. – Falei. Ele desviou o olhar dele para a lareira para poder me olhar. Ele ficou sem falar por uns segundos, me deixando extremamente desconfortável.

– Ahn... Bem, eu estava esperando vocês para a festa do Slug.

– Você foi convidado? – Perguntei incrédula. A ultima pessoa que eu pensava que iria estar lá seria ele.

– Por que a surpresa? Eu sempre fui convidado. Mas nunca fui. Aliás, você ta linda, Lily.

Senti meu rosto ficar quente. Droga, Potter.

– Bem, é melhor irmos Liz... – Olhei para o lado e ela havia saído. Eu não acredito. Filha da mãe.

– E sobramos nós. – Disse. – Vamos?

Suspirei e sai com James atrás de mim. Andamos em silêncio até chegar á festa. Entramos e logo dei de cara com a ultima pessoa que gostaria de ver: Snape. Ele abriu a boca para falar algo, mas eu agarrei o braço de James e sai andando. Senti seu olhar pesar sobre mim, mas ignorei. Ocupei meu lugar na mesa, que, ironicamente, era entre James e Snape.

Liz Narrando

Ammy tinha toda a razão do mundo. A festa estava muito chata. Havia bastante sonserinos e além de James, Lily e eu, havia mais dois meninos que não eram da Sonserina. Como cheguei antes dos pombinhos, fui ver a organização da mesa e vi que eu estava perto de Lily, mas ela estava longe de James. Troquei os nomes de lugar e fui conversar com o menino da Corvinal que narrou o jogo da Grifinória que, por acaso, sentava ao meu lado. Seu nome era Simon Young.

– Olá Elizabeth. – Disse Lily me fuzilando com os olhos.

– Oi Lily, se divertiu vindo para cá com o James? – Perguntei sorrindo. Ela bufou e antes que falasse alguma coisa, o professor Slughorn chamou a atenção de todos.

– Boa noite alunos! Por favor, sentem-se. – Fomos todos para os nossos lugares. Reparei Lily estática quando viu quem estava ao seu lado. – Tantos alunos novos interessantes por aqui. Como vai, Sr. Aldrin?

Ele foi conversando com cada um. Era realmente irritante ouvir os sonserinos se gabando da fortuna que os pais haviam ganhado ou de quando foram fazer alguma coisa com o ministro da magia. Estava tão entretida mexendo em minha comida, que era bem gostosa, que não ouvi quando ele se dirigiu a mim. Só percebi quando Simon me cutucou.

– Desculpe professor. – Disse. – Não ouvi o que disse.

– Eu perguntei o que os seus pais fazem, querida.

– Meus pais morreram. – Disse. A mesa ficou em silencio.

– Oh... – Disse meio sem jeito. – Bem, eu sinto muito. E eram o que?

– Desculpe, mas não entendi a pergunta. – Disse confusa. Como assim o que os meus pais eram?

– Eles eram mestiços, bruxos, trouxas?

Pisquei. Era isso que ele queria saber? Que tipo de pessoas eles eram? Essa era a pergunta mais ofensiva que eu recebera. Falar de meus pais como se importasse o tipo de sangue deles. Como se eles fossem virar importantes dependendo da minha resposta.

– Isso importa? – Pergunto meio agressiva. – Meus pais eram humanos. E não vejo como saber se eles eram bruxos ou não vai mudar alguma coisa.

– Ah, querida, não me leve a mal. Só gostaria de saber que tipo de bruxa você é.

– Eu sou o tipo de bruxa que não precisa dizer que sangue corre nas minhas veias para me convidarem para festas. O tipo de bruxa que defende o que acredita. O tipo de bruxa que é uma das melhores da classe. O tipo de bruxa que não é obrigada a ficar em um lugar que não deseja. – Disse me levantando. – Com licença senhor, mas vou me retirar. Obrigada pelo convite.

E sai.


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Notas finais do capítulo

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