Até Que Você Seja Minha escrita por raggedy man


Capítulo 11
Beijo na Neve


Notas iniciais do capítulo

Olá! Recebi mais uma recomendação! Muito obrigada Ana. Esse capítulo é pra você.
Espero que gostem :)



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Sirius Narrando

Desde meu beijo com Lizzie, as coisas ficaram estranhas entre nós. Falávamos-nos quase nunca e nos evitávamos sempre que podíamos. Mas ai chegou o aniversário dela, que ninguém sabia, e voltamos a nos aproximar aos poucos, mas ainda era um pouco esquisito.

No meio de novembro a neve veio o que dificultou os treinos de quadribol. Uma coisa é treinar na neve. Outra é treinar com a neve caindo nos seus olhos. Quem gostou foi Lizzie. Ela parecia se divertir na neve só de olhar para ela. Pelo menos ela se animava um pouco.

O próximo jogo, Sonserina x Corvinal, seria amanha. James nos encheu o saco falando que devíamos ir, para conhecer as jogadas e nos prepararmos. Mas, fala sério. Quem quer acordar cedo numa manhã fria pra ver um jogo que não é nem seu?

De qualquer forma, estávamos no Salão Comunal conversando. James havia, sem surpresa nenhuma, arranjado uma detenção com Lily. Nós suspeitávamos que fora de propósito, mas ele afirma que não. A porta do Salão Comunal abriu e Lizzie e Lily entraram conversando. Lily parecia nervosa. Acho que ela descobriu que James havia tomado detenção, pois quando o olhou, veio em nossa direção.

– Potter! – Disse parando em sua frente. – Qual é o seu problema?

– O que? – Disse se fazendo de desentendido.

– O que? O que?! Você explodiu as masmorras com bombas de bosta. Olhe sua idade! Você tem 16 anos, quase um adulto, e ainda continua fazendo essas brincadeirinhas de crianças.

– Lily... – Começou sério. As palavras da ruiva o atingiram em cheio.

– Evans, pra você, Potter. E vê se cresce um pouco. – E subiu para o quarto. Pontas suspirou.

– Ela me odeia. – Liz sentou ao meu lado.

– Não ligue muito. Ela está brava por que a menstruação dela veio adiantada e...

Tampei sua boca antes que continuasse.

– Lizzie, aqui vai uma curiosidade sobre garotos que você não sabia. – Comecei. – Nós, homens – Ela lançou um olhar divertido. – Quieta. Nós, homens, não falamos ou queremos ouvir sobre essa palavra que começa com “m”. É nojento saber que isso acontece com as mulheres. Entendido? – Ela concordou e soltei sua boca.

– Mas, enfim, devido ela estar menstruada,vocês não devem irrita-la de jeito nenhum. Entendido, James? – Fiz uma careta, mas ele sorriu e concordou. Obviamente não iria cumpri-la. – Mas estamos esquecendo o real motivo da conversa. – Disse olhando para Aluado.

Ele levantou os olhos do livro e olhou para ela confuso.

– E seria...?

– O que está acontecendo entre você e Ammy? – Aluado ficou sem cor. Estava realmente surpreso. Não esperava por essa pergunta. Na verdade, ninguém esperava.

– Bem... Nada. Por quê? Ela disse alguma coisa? – Perguntou.

– Não. Mas o que ela deveria falar? – Disse sorrindo. Ela tinha um sorriso bem bonito.

– Nada. Olhe, Lily voltou. – Lizzie tentou falar mais alguma coisa, mas se calou ao ver o olhar de Lily.

– Aconteceu alguma coisa, Lily? – Perguntou preocupada. Lily não disse nada, só entregou uma carta. Vi que era do Hospital St. Mungus. Ela abriu e leu silenciosamente. Alguns minutos depois, derrubou a carta com um olhar cheio de dor.

– Agatha morreu hoje de manha. Eu não tenho mais ninguém. – Murmurou. Antes que qualquer um de nós pudesse falar ou fazer alguma coisa, ela se levantou. – Eu vou andar um pouco. Por favor, me deixem ficar sozinha ok? – Concordamos silenciosamente e a observamos sair pelo retrato da Mulher Gorda.

Ammy Narrando.

Estava na biblioteca lendo um livro quando Remo chegou. De inicio, não percebi sua chegada, mas quando senti seus braços abraçarem minha cintura, fechei o livro e o olhei. Seu rosto estava sério e cansado.

– Aconteceu alguma coisa? – Pergunto. – Você está tão sério...

– Não aconteceu nada comigo. – Disse me acalmando. – Mas Liz recebeu uma carta hoje. Aquela senhora que a levamos para ver em seu aniversário, morreu hoje cedo.

Suspirei. Coitada da Liz. Era a última coisa que precisava.

– Onde ela está? Vou conversar com ela e... – Ele negou com a cabeça.

– Ela saiu e pediu para ficar sozinha. Eu até entendo. Ela não tinha mais ninguém que se importasse com ela.

– Isso não é verdade. – Falo olhando em seus olhos. – Ela tem a gente. Nós nos importamos com ela.

Ele sorriu levemente. Eu adorava seu sorriso. Sempre um lado da boca subia antes do outro. Eu achava extremamente sexy, mas nunca dissera nada.

– Eu quis dizer – Continuou. – que era o mais próximo de família que ela tinha. A não ser que comece a ver o pai do Sirius como um pai pra ela.

Fiz uma careta e ele me deu um beijo na testa.

– Eu gosto que se importe com as pessoas. – Sorri levemente. – Mas acho que estamos ficando muito óbvios. – Desmanchei o sorriso rapidamente.

Um tempinho atrás estava sozinha na biblioteca lendo um livro superinteressante sobre Criaturas Mágicas. Quando levantei para ir embora, percebi que havia me perdido. Não estava em uma das mesas e sim no chão entre duas prateleiras. Fui andando pela biblioteca, mas não achava a saída. Quando de repente, ouço um barulho e vejo que não estava sozinha. Remo também estava lá. Ficamos em um silencio constrangedor até que achássemos a porta e saíssemos de lá. Mas de uma hora para a outra, começamos a conversar sobre livros e sobre nossos amigos. Quando chegamos ao Salão Comunal, nos despedimos, mas não nos movemos do lugar. Ficamos nos olhando por um tempo. Até que ele me beijou.

– Por que diz isso? – Pergunto.

– Liz veio com um monte de perguntas sobre o que anda acontecendo com nós dois, que andamos juntos mais do que antes. Não soube o que responder. Não queremos que eles descubram.

Suspirei. Nós. Não ele, mas nós. Ele não queria contar para ninguém, por motivos que não quis me dizer. Eu disse que não teria problema, mas começava lentamente me arrepender. Eu gostava de Remo, mas era difícil ver todos os dias minhas melhores amigas e mentir para elas.

Ele percebeu meu olhar e acariciou meu cabelo.

Não dissemos mais nada por um tempo.

Sirius Narrando.

Já havia passado quatro horas desde que Lizzie saiu para ir andar sozinha. Estava preocupado. Sabia, por experiência própria, que pessoas tristes ou com raiva, tendiam a fazer coisas estúpidas. Eu mesmo já fizera várias.

Não aguentando mais, peguei o mapa do maroto e comecei a procurá-la por Hogwarts. Biblioteca, nada. Quarto, nada. Banheiros, nada. Nenhum corredor ela estava. Mas por onde ela andava?

Até que vi. Pisquei duas vezes para ver se estava lendo o nome certo. Ela estava no meio dos jardins. No meio da neve. Sozinha.

Mas qual era o problema dela? Estava muito frio para ela ficar lá todo esse tempo.

Larguei o mapa e fui procurá-la. Sai do castelo, que estava realmente lotado, e comecei a procura-la pelos jardins. Seria impossível achar alguém. Mesmo não tendo mais nenhuma pessoa lá fora, a neve cobria tudo. Era um dos dias mais frios que ocorrera em anos. Se Lizzie fosse loira, como Ammy, procurá-la seria uma missão impossível. Mas como tinha cabelos pretos como a noite, consegui avistá-la sentada perto do lago. Ela era realmente louca. Fui a sua direção, mas parei um pouco longe dela, sem que me visse.

Ela estava com a mesma roupa que saíra da Sala Comunal. Porém, estava com uma touca azul escuro e branco. Seus olhos estavam vermelhos, provavelmente de chorar e suas bochechas estavam um pouco rosadas, devido ao frio. Ela olhava para o lago sem piscar. Tinha um olhar distante.

Aproximei-me dela e sentei ao seu lado. Ela se assustou levemente e me olhou.

– Eu disse... – Começou.

– Eu sei o que você disse. – A interrompi. – Mas você ta aqui fora há quatro horas e isso certamente não vai te fazer bem.

– Eu não ligo. – Disse olhando de volta para o lago. – Por que está aqui?

– Fiquei preocupado. Você saiu sem falar pra onde ia. Te procurei em todo o castelo. Então eu me perguntei: “Aonde alguém não iria?”. E vim aqui pra fora. E achei você.

O silencio se estendeu por alguns minutos.

– Sinto muito por ela. – Falei. Ela olhou para mim e seus olhos voltavam a se encher de lagrimas. A abracei. Ela escondeu seu rosto em meu ombro e começou a chorar.

– Não é justo! – Disse de repente. – Eu perco meus pais e Agatha no mesmo ano. Eu estou sozinha agora. Não deveria acontecer tão rápido. Era para o meu pai me levar até o altar no meu casamento. Para minha mãe estar segurando minha mão quando eu tivesse meu filho. Era pra eles morrerem velhos. Não agora. Não quando eu preciso deles!

Seus olhos mostrava uma dor enorme. Ela me olhava como se esperasse que eu fosse buscar os pais dela e os trouxessem de volta. Mas não era possível.

– Eu sei, Lizzie. E eu tenho certeza que se pudessem, estariam aqui. – Beijei sua testa. – E você não ta sozinha. Você tem a gente. Eu, James, Remo, Frank, Alice, Lily e Ammy. Você tem um monte de gente ainda. – Ela sorriu fraco. – Vamos entrar ok? Tomar um chocolate quente e comer alguma coisa. Pode ser?

Ela concordou e levantamos. Fomos andando em direção ao castelo quando vimos.

Remo Lupin beijando uma garota.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Não se esqueçam de comentar (ou de até recomendar).