The tears of a broken heart escrita por Ayane
Notas iniciais do capítulo
Aqui está mais um capítulo! Está quase a acabar, por isso continuem a ler :3
A viagem estava a ser longa, por isso, por breves momentos permiti-me algum descanso. Fechei os olhos e sonhei.
Estava a passear pela praia sozinha. Estava a andar à algum tempo quando ouvi alguém gritar o meu nome. Virei-me e vi uma sombra a correr na minha direção… era o Nuno! Corri em direção a ele abraçando-o quando o alcancei. Finalmente, finalmente estava junto do meu amor. Segurei o rosto dele para tentar beijá-lo, mas quando levantei o rosto não era ele quem me segurava, mas sim o meu suposto noivo. Sorriu de forma maléfica e sussurrou ao meu ouvido: “Nunca serás dele.”.
Acordei com um sobressalto. Tinha sido apenas um sonho. Estava ligeiramente suada não só por causa do sonho mas também porque estava a ficar bastante quente no carro.
– Hum, desculpe. Ainda falta muito? – perguntei ao motorista que ainda não me tinha dito mais nada desde o início da viagem.
– Não menina, só mais uns minutos. Já deve ser capaz de ver a casa da sua janela.
– A casa? – curiosa olhei pela janela.
Sem dúvida que ele tinha conduzido depressa. Conseguia ver a grande praia ao longo da costa e uma pequena casa no meio de uma vegetação. Era a casa de férias de uma tia minha que mal conhecia, mas que era muito ligada à minha mãe. Mãe … As lágrimas voltaram a ameaçar aparecer novamente, mas limpei o rosto. Não era altura para chorar. Tinha de decidir o que fazer a seguir.
Assim que o motorista parou o carro junto à casa, abriu-me a porta e ajudou-me a descer do carro.
– Menina, não posso fazer mais nada por si lamento. – podia ver que ele estava a ser sincero pois o rosto estava cheio de mágoa.
Toquei-lhe no rosto de forma gentil e tentei sorrir.
– Já fez muito. Fico-lhe eternamente agradecida.
Ele segurou na minha mão e depositou-lhe um pequeno beijo.
– Seja feliz menina.
– Serei. – ele entrou no carro e arrancou a toda a velocidade.
Dirigi-me à entrada da casa. A porta estava trancada. Procurei na mala por uma chave, mas antes de a conseguir encontrar a porta abriu-se.
Olhei para cima com medo e terror. Será que me tinham descoberto? O rosto que vi fez com que as lágrimas que tinha retido no carro aparecessem com força, pois o rosto que estava diante de mim, era o rosto do meu tão desejado amado: era o rosto do Nuno!
– Nuno! – gritei e saltei-lhe logo para os braços, sem conseguir parar de chorar.
– Ana! – ele apertou-me com força nos braços. – Ana, ana, ana, ana! – ele repetia constantemente o meu nome como se fosse uma reza.
– Estou aqui. Oh como tive saudades tuas!
– Eu também meu amor. Anda, vamos entrar depressa.
Ele puxou-me para dentro e trancou a porta, voltando a abraçar-me. Depositou inúmeros beijos ao longo do meu rosto demorando a chegar aos meus lábios, mas quando os alcançou, foi como se uma tempestade se depara-se sobre nós. Toda a saudade, preocupação e dor rebentaram transportando-nos aos dois para um mundo só nosso.
Deixamo-nos consumir por aquela tempestade, saboreando cada momento como se fosse o último.
Quando começou a anoitecer, estávamos os dois juntos agarrados um ao outro num dos quartos.
– Nem imaginas como senti a tua falta. – o Nuno não parava de me abraçar, como se tivesse medo que fosse desaparecer novamente. – Pensava que nunca mais te ia ter nos braços.
– Eu também. Todas as noites só pensava em estar outra vez contigo. Amo-te tanto. – beijei-o profundamente. Como sabia bem estar nos braços de quem se ama.
Falamos durante a noite toda. Ele contou-me que a minha mãe o tinha contatado e lhe tinha contado tudo o que se estava a passar. Arranjou-lhe boleia para aquela casa antes mesmo de ter falado comigo. Ela pediu para ele me dizer que sempre me amará e que quer que eu seja feliz.
Abracei o meu amado enquanto chorava, imaginando o que poderia acontecer à minha mãe quando o meu pai descobrisse tudo.
Passado algum tempo levantamo-nos e tomamos banho. Ele não tinha trazido nenhuma roupa para mim pois tinha sido avisado muito em cima da hora, por isso vesti-me com a mesma roupa.
– Assim que amanhecer vai aparecer um carro que nos vai levar ao aeroporto. Podes vestir o meu casaco para não se notar tanto que é um vestido de casamento. E mal cheguemos ao nosso destino, quero que te livres dele.
– Oh, não te preocupes que não o quero para nada. – Dei-lhe um beijo rápido nos lábios e comecei a preparar umas sandes. – O único vestido de noiva que vou usar vai ser o do nosso casamento. – pisquei-lhe o olho enquanto sorria.
– “O nosso casamento”. Soa mesmo bem não soa? – sorriu. Sim, sem dúvida que soa bem.
Juntos acabamos de fazer as sandes e fomos para sala comê-las. Eu estava esfomeada. Assim que acabamos de comer ouvimos o barulho de um carro a aproximar-se.
– Deve ser ele. – disse o Nuno apertando-me a mão. – Vou confirmar, tu ficas aqui.
– Tem cuidado. – o medo voltou a apertar-me o peito.
– Vai correr tudo bem, não te preocupes. – sorriu para mim e soltou a minha mão suavemente.
Ele foi abrir a porta devagar. Sim, claro que vai correr tudo bem. Afinal de contas, o que poderia correr mal?
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Espero que tenham gostado. Em breve vou colocar o resto.
Kiss ;)