The tears of a broken heart escrita por Ayane


Capítulo 3
A separação


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e boa leitura



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O tempo foi passando e a química não diminuía, muito pelo contrário. Cada vez nos custava mais estar separados. O tempo que passávamos juntos era cada vez menos para alimentar o desejo e isso estava a deixar-nos loucos.

– Porque não assumimos a nossa relação? – perguntou-me ele quando estávamos agarrados na cama. – Estou farto de não te poder agarrar e beijar quando te vejo. Eu quero que todos os homens saibam que és minha.

Começou a beijar-me o pescoço fazendo a minha mente ficar cada vez menos clara.

– Não é boa ideia e tua sabes isso tão bem como eu. Não é que não te deseje, mas é o melhor para os dois.

– Eu sei. Mas estou farto de ter de fingir que não te conheço.

– Eu também meu amor, eu também.

Abraçamo-nos com força. Apesar de querermos ficar juntos havia muita gente contra a nossa relação. Os meus pais nunca iriam permitir que eu namora-se com um rapaz que não fosse de uma família rica e os pais dele nunca iriam permitir que o filho deles namora-se com uma rapariga rica e mimada. Era quase como a história “Romeu e Julieta”, um amor verdadeiro mas proibido.

Continuamos assim até ao final do secundário. Conseguimos fingir que não nos conhecíamos, nem mesmo a minha melhor amiga descobriu. Pensamos em fugir juntos, para longe onde ninguém nos podia encontrar, mas claro que era uma má ideia. O meu pai rapidamente nos iria encontrar e seria ainda pior. Por isso, tentamos fazer de outra maneira: apresentei o Nuno aos meus pais como o meu namorado. Ele não foi bem aceite, tal como já esperávamos. A minha mãe gostou dele, mas o meu pai disse logo que não permitia tal romance. Expulsou-me de casa e disse-me que não era filha dele.

Começamos então uma vida nova, longe da nossa cidade natal. Comecei a trabalhar num café e ele num mecânico. Ele sempre teve jeito com as máquinas. A vida foi passando, o amor mantinha-se firme. Apesar de às vezes discutirmos, fazíamos as pazes depressa. A distância era demasiado dolorosa.

Mas claro, nenhum conto de fadas dura para sempre.

O meu pai entrou em contato comigo. Tinha encontrado um marido para mim. “Pelo bem dos negócios da família é preciso fazer sacrifícios. Já está na altura de tu fazeres os teus. Já chega desta palhaçada.” Disse ele por telefone. Claro que não aceitei. Era feliz e não queria separar-me do meu amor.

Tentamos fugir, mas o meu pai tinha mandado seguranças a minha casa. Ele já devia contar que eu ia tentar fugir. Levaram-me à força para casa e quando o Nuno me tentou defender, espancaram-no. Eu supliquei para eles pararem, que eu ia sem resistir mas tinham de o deixar em paz. Empurraram-no contra uma estante e levaram-me para o carro. A última coisa que ouvi foi o meu nome a ser gritado pelo Nuno, mas o som foi rapidamente abafado pelo som do carro que arrancava a toda a velocidade em direção à minha antiga casa.

Permaneci fechada num dos muitos quartos da nossa casa durante alguns meses. Claro que a porta estava trancada, eu já a tinha tentado abrir centenas de vezes. Não dava para fugir pelas janelas que também estavam trancadas.

Eu estava sentada na cama a olhar o céu. Quantas vezes não o tinha observado no colo do Nuno enquanto falavam sobre o dia e namorávamos. Novas lágrimas começaram a percorrer o meu rosto marcado ainda pelas lágrimas anteriores. Os dias eram passados a chorar e a olhar o mundo para lá das janelas.

O Nuno já tinha tentado vir-me buscar várias vezes, mas era sempre parado pelos guardas. A dor de olhar para ele enquanto era levado pelos guardas era insuportável. Eu só conseguia gritar o nome dele e dizer-lhe que o amava. Ele só me dizia que um dia me vinha buscar, para não desistir do nosso amor. Desistir? Claro que não, nunca! Mas será que a dor podia acabar? Já não aguentava muito mais tempo longe dele.

Foi então que fiz a maior loucura da minha vida: aceitei casar-me com o homem que o meu pai tinha escolhido para mim.


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Notas finais do capítulo

Aqui está mais um capitulo. Digam-me o que acharam, fico á espera dos vossos comentários. :)



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