A de Amy escrita por Nikki


Capítulo 3
Capítulo 3 - Megan, POMBAS!


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos em um só dia? Não, eu não enlouqueci. Resolvi postar logo já que há pessoas que estão gostando (we are the champions, my friend!!1111!) e resolvi apresentar para vocês o canalha-boy-magia-Dylan. Ops, canalha? Como assim? Bem, leiam a história e tirem suas próprias conclusões. E também, a queridinha do colégio e a arqui-inimiga de Megan, Claire.



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Dylan.

Claire.

— Não foi exatamente um desafio. — Respondi.

— É claro que foi, Amy! Você sabe que eu odeio ser desafiada. Então, vou te provar que esse garoto vai cair aos meus pés com meu charme. — Ela falou e eu e Bailey só faltamos desabar de rir.

— "Meu charme". — Bailey deu mais uma gargalhada — Amo essa sua humildade, Meg.

O sinal tocou.

— Riam, podem rir, riam mais quando eu estiver com esse garoto em minhas mãos. — Ela sorriu e pisou duro até a sala de aula.

As vezes penso o quanto Megan pode ser assim em relação á garotos. Sempre achei que amor era algo muito precioso, que você só podia demonstrar dar para aqueles que você realmente amava. Mas, com Megan é outros quinhentos. Ela é do tipo pega um pega geral. Eu nunca consegui me conformar com o jeito periguete da minha amiga. Mas, eu sei que no fundo, no fundo, Megan é apenas uma adolescente que sonha em achar seu príncipe encantado, como toda garota apaixonada.

Eu nunca beijei um menino. Nunca tive um namorado (sem contar aqueles do Ensino Fundamental I = andar de mãos dadas). Nunca sequer me apaixonei. Quer dizer, eu acho que já sou apaixonada por natureza. Bem, não quero ficar falando que o meu sonho é que um dia o garoto dos meus sonhos esbarre em mim no corredor da escola, ele derrubaria meus livros, me ajudaria e quando nos olhássemos seria amor á primeira vista. Mas não posso deixar de admitir que é uma proposta interessante.

Despertei-me desses pensamentos assim que o sinal bateu. Já é hora de ir embora? Deus! Eu não lembro de nada da última aula. Alguém me socorre. Como posso ser tão avoada de me destrair com meus próprios pensamentos.

Acho que Megan estava levando á sério mesmo aquele "desafio", já que ela pensou até que eu iria largar meus estudos para ir com ela e Bailey ao shopping comprar um vestido para a festa.

Eu: Você está louca? Endoidou? Cheirou? Eu não vou com você ao shopping porque eu não vou a essa festa inútil.

Megan: Você vai, você vai, você vai e você vai. Não entendeu?

Eu: Ha-há. Isso é uma piada certo, mamãe? Meg, eu sei que realmente ficou chateada com todo mundo negando que você conseguiria ficar com o novato boy magia, mas eu estava apenas brincando. Não é para levar para o lado pessoal. Quer dizer, eu acredito nos seus poderes de sedução, ok? Você venceu. Mas eu NÃO vou á essa maldita festa.

Tentei explicar pra ela na primeira, na segunda, na terceira vez. E ela sugeriu:

Megan: Ok, eu tenho uma amiga CDF, já me conformei. Então, florzinha, que tal se eu e a Bailey combinarmos de passar o próximo fim de semana todo estudando na sua casa? Você vai á festa?

Eu: Tentador. - Pensei um pouco e respondi - Ok, topo.

Megan: Yey!

Ela comemorou como uma criança feliz que ganha um doce e logo depois desligou. É ótimo estudar sozinha e com as amigas é ainda melhor. Eu tive que aproveitar essa chance. Mas afinal, é só uma festinha, certo?

Errado.
Depois que fui com Megan e Bailey comprar os vestidos para a festa - Bailey ficou com um verde, Megan com um vermelho e eu com um preto -, no sábado combinamos de nos encontrar direto na festa. Fui de ônibus, já que meu pai e minha mãe nem sabiam que eu ia á tal festa - já que se soubessem, não iam me deixar ir nem á pau! - e não podiam me dar uma carona.

Cheguei na festa. Olhei para todos os cantos. Bebidas. Cerveja. Cachaça. Vodka. E espero que aquilo que aquele cara esteja fumando seja um cigarro.

Entrei em desespero. Eu não podia estar ali. Se meu pai soubesse, ia me matar. Então comecei á procurar por Meg para dizer á ela para avisar a Bailey que eu ia embora. Corri para poder achá-la e sair dali o mais rápido possível.

— Megan? Megan! — A chamei mas não a vi em lugar algum. Vi ela indo para perto das bebidas. Corri em sua direção, mas como sou o equilíbrio em pessoa, caí. Por sorte, braços bonitos (e fortes) me seguraram.

— Opa! — O novato sonho-de-consumo-da-Megan? — Já é a segunda vez, hein.

— Pois é. — Me levantei de seus braços e saí andando, mas o garoto me parou.

— Ei, ei, eu não sei seu nome.

— Amy. — Falei um pouco sem paciência e saí. Mas o bendito me parou de novo, acredita?

— Não vê que estou tentando puxar assunto? — Ele riu — Sou o Dylan.

— Oi, Dylan. Por acaso viu a minha amiga Megan por aí?

— Ah, sei, uma ruiva com mania de mexer no cabelo?

— Essa mesmo — Sorri.

— Nem vi... — Ele falou e eu suspirei — Quer uma bebida?

— Claro. — Falei. Eu estava exausta, tinha pegado dois ônibus para ir até a casa de Claire.

Fiquei impressionada quando Dylan se ofereceu para pegar uma bebida para mim. Cavalheiro, não? Não. Não mesmo. Percebi assim que ele chegou com uma cerveja.

— Ah, não, obrigada, eu não bebo, queria um refrigerante.

— Achar refrigerante aqui é a mesma coisa que achar... Hum... Fogo numa geleira. — Ele riu e depois bebeu sua cerveja de uma vez só. E ainda bebeu a que ele trouxe pra mim também - como aguentava?

— Érm... — Olhei em volta — Acho que vou ir procurar a Megan, então, tchau.

— Espera! — Ele me puxou pelo braço — Vamos lá, bebe alguma coisinha. Tem de tudo aí.

Se com "de tudo" ele queria dizer aquelas bebidas alcoólicas horríveis que fazem você ficar pra lá de Bagdá, bem, ele estava certo.

— Não, obrigada. Eu tenho que achar a Meg.

— Argh, a sua amiga deve estar voando por algum lugar aí — Ele sorriu de canto e eu fiquei com uma interrogação sobre a cabeça — Ah, esqueci que galinha não voa, né?

Assim que ele terminou a frase, franzi as sobrancelhas. Como ele podia falar assim de alguém que ele nem conhecia? Eu não sei o que deu em mim, mas quando vi, minha mão já tinha quase atravessado a cara dele.

— Ô GAROTA! TÁ MALUCA? — Ele questionou, com a mão no rosto, provavelmente dolorido e muito vermelho.

Sorte dele que eu não estava com minhas luvas de box.

— Não fale das minhas amigas. — Falei — Não se você quer que a sua cabeça continue ligada ao seu tronco.

Saí andando e continuei procurando por Megan. Ela, provavelmente, ia cair de amores para cima do Dylan, só para cumprir o tal do "desafio". Iria achá-la, falar para ela que ele tinha a chamado de galinha e ele ia receber mais um tapa. Fim. Só que eu tinha que achá-la antes que ela achasse ele. Então andei pela festa toda gritando pelo seu nome.

— Megan! Megan, cadê você, POMBAS!

Ok, eu posso parecer uma criancinha de 5 anos mas eu simplesmente tenho um enorme repúdio por palavrões. Então, quando estou prestes á falar um, simplesmente o substituo por pombas.

Encontrei Claire conversando com suas amigas chatinhas e resolvi perguntar á ela, porque é claro que á essa altura do campeonato, Megan já tinha ido até ela falar algum comentário maldoso — mesmo de segunda intenção — á respeito do seu cabelo, maquiagem ou o que fosse. Não á julgo, Claire é simplesmente uma menina detestável, fútil e irritante. Mas não tive escolha.

— Claire. Você viu a Megan?

— Olha só quem está aqui, a margarida! — Ela riu — A CDF largou os livros para vir á minha festa? Uau!

Revirei os olhos.

— Claire, pelo amor, só me diz se você á viu.

— Ih, CDFzinha chata!

Argh. Como aquela garota me dava nos nervos. Apenas me virei e segui andando. Mas antes que o fizesse, Claire disse:

— Vi ela por ali — E apontou para um ponto da festa.

Agradeci e fui até lá. Mas ela não estava. Ugh. Resolvi ligar para ela.

Enquanto o número discava, percorri de novo a festa toda. A Megan tinha tomado poção de sumiço? Quando voltei á entrada da festa, olha só quem encontro.

— M-Megan? — Sim. Ela mesma. Se beijando. Com. O. Cara. Que. Eu. Acabei. De. Estapear. — Megan!


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