A de Amy escrita por Nikki


Capítulo 4
Capítulo 4 - Me diz que eu não fiz nada ilegal


Notas iniciais do capítulo

Finalmente apresento á vocês, Jason, o garoto MAIS BOY MAGIA de A de Amy! (na minha humilde opinião, claro)



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Jason.

~~~

— Eu falei para você. — Ela desvencilhou seu lábio dos deles e me deu sua atenção.

— Não! Desafio desfeito! Aliás, eu nem tinha feito desafio nenhum! Megan, esse cara é um cafajeste! — Apontei para ele e nesse momento, parecia que todos da festa tinham tirado a atenção de suas bebidas e colocado naquela conversa — Ele te chamou de galinha!

Assim que falei, ele ainda se deu de ofendido. Fez o maior carão de vítima.

— Oi? — Ela riu e revirou os olhos — Sério mesmo, Amy?

— Sério mesmo o quê? — Questionei indignada — Ele falou!

— Eu não falei nada, Megan. — Ele falou.

— Seu cínico! — Já ia partir pra ele de novo, só que Megan pôs a mão na minha frente.

— Amy, você deve ter entendido errado. — Ela falou me deixando perplexa — Olha, só porque você não acreditou que eu tinha dotes para pegar o Dylan e eu acabei tendo, tá criando essa ceninha? Caraca!

Ela falou e eu fiquei de boca aberta. Aquelas palavras estavam saindo da boca da Megan mesmo? Da Megan minha amiga? Da Megan? DA MINHA MEGAN?

E então, depois de me humilhar na frente daquele monte de gente, apenas se virou e continuou a beijar o sr. Cafageste-de-primeira.

Eu não pude acreditar. A minha melhor amiga estava fazendo isso comigo? Mesmo? Eu me virei e saí andando para o fundo da festa. E eu não ligo se era ali que se acumulava os bêbados e os drogados, não mesmo, porque ali era o único lugar que tinha um sofá para sentar.

Sentei ao lado de um garoto estranhamente branquelo. Ele tinha cabelo preto e um belo par de pérolas claras no rosto pelas quais ele enxergava. Uau.

Ok, desencantei assim que ele virou uma garrafa de vodka de uma vez só. Depois, ele pegou duas taças que tinham na mesa, enxeu com a bebida e me entregou uma delas. Antes de explicar que eu não bebia, ele falou:

— Um brinde?

Hum, acabei de sentar ao lado de um bebum ou é impressão? Estava sugerindo um brinde á quem ele nem conhecia?

— Brinde? Brinde pelo o quê? Eu não tenho pelo que brindar ou comemorar. Se você quer saber, a minha festa está sendo um lixo e só ainda não fui embora porque a minha casa é longe demais e eu estou com uma preguiça DO CÃO de levantar desse sofá, mesmo que ele não seja nada confortável. — Bem. Eu tinha acabado de chamá-lo de bebum em pensamento, mas sem querer contei metade da minha vida pra ele. Ok.

— Olha. — Ele pareceu ter ouvido atentamente cada palavra que eu tinha dito — Um brinde não tem que ser necessariamente uma comemoração. Ele pode ser apenas uma junção de copos que faz um barulhinho. Não precisa ter um propósito.

— Uma junção de copos que faz um barulhinho. — Falei e logo depois ri.

— É! E se você quer saber, a minha festa também está sendo uma droga.

— Pode me contar, se quiser.

— É uma longa história.

— Sabe... — Suspirei — Eu tenho tempo.

— Bem. Digamos que eu tenha visto a minha namorada no jardim da casa da Claire beijando outro cara.

— Am. Nossa. Que va...

— Ela terminou comigo semana passada.

— Bem. Então acho que você também devia seguir em frente. — Tentei dar um conselho. Já disse que sou horrível com isso? Pois eu sou.

— Não é muito bem disso que tenho raiva. Na verdade, é pelo fato d'eu ser um babaca. — Ele suspirou fundo — A Lexi é mesmo uma... Periguete. E eu sei disso. E eu não sei porque fiquei com ela. Quer dizer, eu sei sim. É por que eu sou um babaca. Um babaca que ama alguém que não o ama.

— Ei. Isso não é ser babaca. É só um coração partido. Sabe, aposto que tem coisa muito melhor te esperando. — Sorri.

— Bem, obrigada. Mas eu acho que não vou conseguir esquecer a Lexi tão cedo.

Ele suspirou e fiquei com pena dele. A situação estava mesmo ruim. Eu nunca tinha passado por isso para saber mas ele estava com uma cara horrível.

Olhei de longe e percebi que Megan e Dylan ainda estavam com os lábios grudados um no outro. Como a Megan podia acreditar naquela babaca que ela acabou de conhecer e não na sua BFF desde... Sempre!?

Sem pensar duas vezes, peguei a garrafa de vodka que estava ao meu lado e virei até a metade de uma vez só. Blergh. O que eu tinha na cabeça? Bom, só sei que lembrei do meu tio viciado em álcool que dizia que beber parecia “resolver” os problemas, ou ao menos escondê-los por um tempo. Ok, eu não sou retardada de acreditar nisso, mas, quando dei por mim, o meu estômago já estava revirando.

— Ei. — O garoto ao meu lado alertou — Vai com calma, ok? Você não parece beber sempre.

Olhei para ele e ri. Eu sempre pareço tão menininha-boazinha-quietinha-certinha?

Então, a vodka que restava na garrafa só pra provar que eu podia, sim, beber o quanto eu quisesse e ficar de pé. Ora, como eu sou idiota. Eu não consigo. Percebi isso assim que a minha cabeça começou a rodar. Parecia que alguém estava martelando ela com toda a força que podia. E então, veio á mim uma vontade horrível de vomitar. Corri até o banheiro e o garoto foi atrás de mim, visivelmente preocupado – e perplexo – com o meu estado.

Depois que vomitei, ainda estava com uma sensação horrível. Tudo girou mais. E mais. E mais.

Até que a minha visão escureceu.

. . .

Acordei em um quarto azul escuro. Tinha um cheiro bom de perfume. Tudo estava muito arrumado. Mas...

Esse não é o meu quarto.

— DEUS! — Levantei-me da cama agoniada. Assim que a minha cabeça começou a doer, sentei-me — Onde eu estou?

Perguntei para o nada, porque o quarto estava vazio.

— Alguém aí?

Olhei ao redor do quarto. Então, alguém saiu pela porta.

— Ah. Você acordou. — Ele se aproximou. Eu conhecia aquele rosto — Onde estava com a cabeça?

Por. Deus. O garoto da festa?

— M-Meu D-D-eus. — Gaguejei, olhando para ele. — O que eu fiz? Por favor me diz que eu não fiz nada ilegal.

Ele riu.

— Não, não fez. Á propósito, nem chegamos á nos apresentar direito, certo? Meu nome é Jason.


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