Asa Noturna: Origens escrita por TheWritterJF


Capítulo 5
O Circo Internacional do Senhor Jack Haly


Notas iniciais do capítulo

Aí está o quinto capitulo. Nele teremos um pouco de ação, um pouco de drama e um pouco de aventura ;D
Espero que gostem! Boa leitura!



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O dia amanheceu ensolarado em Metrópolis iluminando a sala do apartamento de Clark Kent onde um jovem de cabelo preto, olhos azuis e corpo atlético encontrava-se deitado em um dos sofás. Dick Grayson decidira passar a noite no apartamento pois na manhã seguinte faria uma visita ao Circo Internacional do Senhor Jack Haly, o circo que ele e sua família trabalham durante muito tempo.

Cerca de quinze minutos após deixar o apartamento de Clark e montar em sua motocicleta e rumar em direção ao circo, Dick finalmente chegou ao local. Ao entrar onde estavam os bastidores do circo, um lugar cheio de trailers, pessoas e animais que andavam para lá e para cá acordando e se aprontando para os últimos treinamentos antes de mais uma noite de apresentações, ele começou a perceber que as coisas haviam mudado muito nos últimos seis anos depois que ele saiu do circo, a começar pelo nome que agora era Circus Maximus dos Irmãos Haly.

Ele começou a caminhar pelo local em busca de rostos conhecidos. Mesmo tendo a muito deixado o circo, sentia que o lugar ainda era de certa forma sua casa, seu lar. A cada passo que ele dava lembranças iam se formando em sua mente, lembrou como adorava os elefantes e tinha um certo receio quanto a tigres, lembrou-se de como se assustava com a mulher barbada e como costumava ser amigo dos palhaços. Quando chegou próximo a maior tenda de todas, a tenda que pertencia a Jack Haly o dono do circo, encontrou o homem em pé do lado de fora com um sorriso amigável.

– Não acredito no que os meus olhos estão vendo! – exclamou um homem barrigudo de cabelo branco usando uma exagerada cartola preta na cabeça e segurava uma varinha semelhante a batuta de um maestro, Jack Haly, ao avistar Dick caminhando em sua direção.

– Senhor Haly – Dick disse sorrindo e dando um abraço no homem.

– Senhoras e Senhores! – gritou o homem pegando um microfone que estava ligado em uma caixa de som ao seu lado – Com vocês o pequeno Dickie Grayson! O filho prodigo do Haly, já crescido e ainda motivo de orgulho para todos nós! – finalizou o homem.

Uma grande quantidade de pessoas começaram vir em direção aonde Dick estava, muitos dos artistas de lá o conheciam desde que era um bebê e conhecia também seus pai John e Mary Grayson.

– Ora Vejam! – disse Haly – Da última vez que atuou para nós, Dickie era um garoto. – ele concluiu sorrindo. – O que traz você até o nosso circo filho? – perguntou ele.

– Bem, eu tinha que vir a Metrópolis resolver alguns negócios e Yoska me disse que vocês estavam por aqui, então resolvi passar um pouco e relembrar os velhos tempos. – ele respondeu.

– O velho Graesinka? Achei que ele tinha morrido na Romênia. – disse Jack – Venha comigo, vamos tomar uma bebida e relembrar os velhos tempos. – ele disse.

Dick seguiu Jack Haly até uma tenda grande de cor vinho que parecia ser a segunda maior de todo o local. Ao adentrar a tenda viu que possuía grandes mesas retangulares com bancos longos e também retangulares e se parecia com um grande refeitório e parou em uma mesa onde umas quatro pessoas estavam posicionadas bebendo e jogando conversa fora.

– Vejam isso, é o pequeno Dick Grayson – disse um homem que estava mais adiante.

– Ele é a cara do John – disse um outro a esquerda do primeiro.

– Então você é o famoso Dickie Grayson? – perguntou uma garota de cabelos ruivos.

– Dick, na verdade. E você é? – perguntou o garoto.

– Hill. Lorna Hill. – ela disse estendendo a mão para que Dick, que prontamente apertou de volta.

– Mais um Grayson? – disse um homem que vinha em direção ao local, vestindo um espécie de colant vermelho e uma máscara branca que cobria-lhe todo o rosto.

– Esse é Boston Brand. O novo trapezista. – disse o senhor Haly – Boston, esse é Dickie Grayson, filho de Johnie e Marie Grayson. – completou ele.

– Ah sim – ele disse sem emoção e saiu em direção a uma mesa apenas para si.

– Espere um minuto aí Dickie, tenho que lhe mostrar uma coisa. – Haly disse antes de sair apressado da tenda onde estavam.

Depois de cerca de cinco minutos Jack Haly retornou em sua tenda trazendo em suas mãos uma espécie de papel enrolado.

– E ai, o que acha? – perguntou Haly, enquanto desenrolava um grande pôster em cima da mesa onde Dick estava.

O pôster que Haly tinha trago possuía uma imagem gigante de um homem jovem muito parecido com Dick, de cabelo preto e corpo atlético a única coisa que diferenciava o rapaz da foto de Dick era a cor dos olhos, enquanto o primeiro possuía olhos também pretos o segundo possuía olhos azuis. O rapaz da imagem usava uma espécie de colant na cor preta com detalhes azuis na manga, além de luvas e botas pretas e segurava em uma barra de trapézio. Acima dele havia os dizeres: “O FANTÁSTICO ACROBATA JOHNNY GRAYSON – O ANJO SEM ASAS”.

– Fantástico! – exclamou Dick ao olhar para o pôster.

– Gostou? É seu! – disse Jack. - Obrigado – respondeu Dick.

Após cerca de meia hora de conversa relembrando antigos acontecimentos Dick mais uma vez retornou a sua motocicleta e rumou em direção ao prédio do Planeta Diário de onde iria se despedir de Clark.

§

Clark Kent estava voltando ao Planeta Diário quando viu que Dick Grayson também estava retornando ao prédio e correu em direção a ele.

– E então como foi a visita ao circo? – perguntou Clark.

– Foi legal. Consegui uma ideia para o uniforme do Asa Noturna. – respondeu Dick – Tô indo nessa, obrigado por tudo Clark! – disse ele estendendo a mão para Clark.

– Não tem de quer. Se precisar de mim, você já sabe onde me encontrar. – ele falou enquanto soltava as mãos de Dick que dirigia mais uma vez a sua moto e sumia pela Avenida do Amanhã.

Quando Clark subiu até seu escritório que ficava em um dos últimos andares do prédio do Planeta Diário viu que ele já estava ocupado por alguém que estava sentado em sua cadeira de costas para a porta e lia a última edição do Planeta Diário na qual o Superman estava na capa.

– E aí? Como os Marauders se saíram ontem à noite? – perguntou Lois virando-se para Clark com uma cara de quem estava se divertindo.

– Os Marauders? – respondeu Clark – Ah, perderam de dois a um na morte súbita. Acho que teriam se dado melhor se LeFevre não tivesse sido suspenso – respondeu ele encostando-se na soleira da porta.

– Espera mesmo que eu acredite que você gosta de hóquei se nunca mencionou nada a respeito em toda sua vida Kent? – retrucou ela.

– Por que o repentino interesse em mim Lois? Será que está buscando algo mais do que um relacionamento profissional? – provocou ele.

– Você e eu não temos nenhum relacionamento... profissional ou de qualquer outra espécie, Clark – respondeu ela – Eu estava interessada em Dick Grayson – respondeu ela sorrindo.

– Meio jovem pra você, não? – perguntou Clark enquanto Lois se levantava e ia em direção a porta.

– Ora, seu ... – parou Lois enquanto passava pela porta fazendo questão de dar um esbarrão em Clark.

– Cuidado, Srta. Lane. O planeta é um jornal de família. – disse Clark dando gargalhadas enquanto Lois avançava pisando firme em direção a sala dela.

§

A noite de Gotham City estava fria e gélida nas proximidades do cais. A brisa que vinha do mar parecia contribuir para a queda na temperatura. Apenas duas pessoas um homem e uma garota ambos vestidos com roupa preta com grandes morcegos no peito, cinto cheio de compartimentos dourado, mascaras em formato de morcego e capa preta que lutavam contra uma serie de homens armados com bastões de beisebol, correntes e algumas pistolas pareciam não ser afetados.

– Batgirl, pegue o homem de terno cinza coloque em sua moto e leve-o para um lugar seguro. – disse o homem para a garota que tinha cabelos ruivos e lisos que desciam por sobre a sua máscara de morcego enquanto despejava uma série de golpes de kickboxing nos homens a sua frente.

– Pode deixar Batman! – exclamou Batgirl, enquanto golpeava um homem a sua frente com um jab e lançava dois bat-rangues em outros dois e chegava até o homem de terno cinza.

– Vamos! – ela disse pra ele enquanto corria em direção a porta derrubando mais alguns homens para abrir caminho.

A garota então montou em sua motocicleta e pilotou pelas ruas movimentadas e escuras até o Departamento de Polícia de Gotham.

– Sua carona acaba por aqui – disse ela para o homem misterioso. – Você! – gritou ela para um policial que voltava com um saco de rosquinhas para o departamento. – Esse homem precisa de proteção, se não protege-lo você vai se ver com o Batman. – finalizou ela enquanto o homem se encaminhava para dentro da delegacia.

Alguns minutos após deixar o misterioso homem no Departamento de Polícia, Batgirl pilotou até a batcaverna, ao chegar ao local notou que o Batman não se encontrava ali. Apenas o simpático mordomo da Mansão Alfred e um garoto de cabelo preto que aparentava ser bem jovem estavam na caverna.

– Cadê o Batman? – perguntou ela enquanto descia de sua motocicleta, tirava o capacete e caminhava em direção ao Alfred.

– Ele está colhendo mais algumas informações Srta. Batgirl, mas pediu que você o aguarda-se. – começo Alfred – Quer beber algo? – ofereceu ele.

– Não, obrigada! – ela agradeceu.

– Ei, Alfred quem é a Batgostosa? – perguntou o garoto.

– Acho que o senhor deveria ter bons modos com a Batgirl, patrão Todd. – disse Alfred olhando com reprovação para o novo tutelado de Bruce Wayne.

– Quem é o fedelho Alfie? – perguntou ela enquanto caminhava em direção a Jason.

– Ele é Jason Todd, era um delinquente juvenil, agora o patrão Bruce está tentando endireita-lo. – concluiu Alfred.

– Deixa que eu ajudo a educar o bebezinho – disse a garota – Batgostosa né? – perguntou ela e antes que Jason pode-se ter qualquer reação, ela já havia dando um hipon de Judô fazendo com que o garoto caísse no chão. Na sequência deu um armlock, chave de braço típica do Jiu-Jitsu fazendo o garoto gritar de dor.

– Ele já está chorando feito uma garotinha Batgirl, acho que já chega – disse uma voz grave e fria, que na hora Batgirl reconheceu ser a de Bruce e então prontamente liberou o garoto da chave de braço que ele havia sofrido.

– Foi mal Bruce, foi ele quem pediu! – ela disse envergonhada enquanto Batman vinha em sua direção – E então descobriu alguma coisa? – perguntou ela interessada.

– Jason, para cima, agora! – exclamou Bruce enquanto o garoto constrangido e a contra gosto entrava no elevador e retornava ao interior da Mansão.

– Bem... – começou ele – o homem que nós salvamos hoje é um dos donos de uma empresa que produz tecnologia nuclear, Howard Nilsson, especialista na criação de bombas atômicas de efeito local e os homens que nós abatemos estavam torturando-o para que ele pudesse os ajudar a construir bombas nucleares e para completar aqueles homens estavam trabalhando para o Coringa. – finalizou Batman.

– O que vamos fazer? – ela perguntou, espantada.

– Nós, nada – ele respondeu friamente – Eu – ele frisou bem – Preciso pegar o Coringa – finalizou ele mas para si do que para qualquer um dos presentes que por um momento em sua mente pareciam não estar mais no local.

§

À sombra da madrugada de Gotham um misterioso vulto, trajando um longo sobretudo preto e um chapéu panamá também preto, descia as ruas escuras e enevoadas das proximidades do cais de Gotham. O cais de Gotham, era a zona portuária da cidade onde os principais mafiosos e traficantes da cidade já haviam tomando conta e recebiam suas mercadorias geralmente ilegais e faziam armazéns próximos de depósitos e quartéis-generais. O vulto se dirigiu até um grande armazém de madeira com um pé direito muito elevado e com uma grande quantidade de guardas e atiradores ao redor e dois homens com aparência italiana guardando as portas do local.

– Quem é você? – perguntou o maior deles que vestia uma camisa social preta uma barba curta, cabelos longos e segurava uma metralhadora para o vulto estranho que nada respondeu.

– Quem é você – repetiu o homem – Se não responder eu atiro! – exclamou ele.

No momento em que ele terminou sua frase, com uma agilidade impressionante o estranho visitante atirou de maneira certeira em todos os atiradores que estavam postados nos telhados ao redor do local matando todos e fazendo com que metade deles despencassem do topo. Em seguida atirou contra o outro homem que segurava a metralhadora ao lado do homem de cabelos longos e terno preto acertando-o exatamente na testa.

– Você ainda quer mesmo saber quem sou eu? – perguntou o homem de sobretudo com um disparador de bala em seu braço apontando diretamente para o coração dele.

– Não será necessário Sr. Lawton, ou devo dizer Pistoleiro? – disse um homem gordo de cabelo preto vestindo um terno risca de giz italiano, um chapéu panamá risca de giz e fumando um charuto cubano, acompanhando por dois capangas de barba por fazer e ternos preto Armani belamente recortados.

– Pouco importa, desde que você me diga para que me trouxe até essa cidade medíocre, Il Grande Tony. – debochou Lawton.

– Bem tenho um pequeno serviço para você, uma pequena missão – disse ele sem demonstrar qualquer reação para Lawton.

– E qual seria essa pequena missão? – perguntou o Pistoleiro demonstrando interesse.

– Preciso que mate o Batman e o jovem filho adotivo do homem mais poderoso dessa cidade, Dick Grayson. – respondeu Tony.

– Vão custar 2 milhões de dólares - ele retrucou – Por cabeça, é claro – finalizou ele rindo.

– Eu aceito. – disse Il Grande Tony enquanto retornava em direção ao armazém sem demonstrar qualquer tipo de preocupação com a pilha de corpos e sangue que haviam se formado ao seu redor.


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