Kissed by the Angel. escrita por Mariane
O quarto de Dani era muito familiar em todos aspectos. Reparei que ele estava com um dos fones no ouvido.
– O que você estava ouvindo?
– The Killers. – falou simplesmente – Mas o que você queria?
– Saber o que esta acontecendo! – reclamei – Esta todo mundo desviando do assunto ate o Theo. Você acredita nisso? Agora eu sei que você não ousaria mentir pra mim.
– Acho que você não iria gostar muito da resposta.
– Como é que é Daniel? Você não vai me contar? – perguntei começando a me irritar.
– Você sempre terá meios de arrancar a verdade de mim. – ele deu de ombros. – Senta você vai precisar.
Sem entender muito sentei em sua cama, que estava muito desarrumada. Ele puxou sua cadeira da escrivaninha.
– É o seguinte Lee, como explicamos pra uma pessoa que ela tem personalidade dupla, que essa personalidade pode vir à tona a qualquer momento, que por acaso a sua personalidade é completamente do mal e... – falou tomando fôlego - Ela que ela quase matou minha irmã.
Não respondi nada. Ele me explicou o que aconteceu comigo depois que conversamos quando ele acordou. Eu não sabia se ficava chocada ou com vergonha...
– Lee calma, nós temos um jeito de ‘controlar ’sua segunda personalidade! – falou quando desabei em choro – Hei garota fica assim não...
Ele me abraçou, como se fosse um gatilho o choro tornou-se cada vez pior.
– Eu tenho uma coisa pra te contar. – falei me afastando.
– O que? – perguntou na defensiva, o que em qualquer momento me faria rir, menos naquele.
– Precisamos ir pra Idris. – falei, ele pareceu confuso então expliquei rapidamente sobre a carta.
– Você o que Lee? – falou ele tossindo – Lee isso é muito serio? Como vamos explicar pros meus pais...
– Ai é que estar o problema Dani, eles não confiam mais em mim, perdi completamente meus créditos com eles. – falei
– Eu talvez os convença Lee, mas isso pode não convencer a clave. Eles pediram explicação o que diremos? - falou
– Não sei Daniel, mas não podemos falar a verdade. – falei – Ou nunca saberemos o que fazer se Lilith tomar poder, ela disse que isso aconteceria com ou sem mim.
– Eu sei Lee mas não podemos mentir pra Clave. – falou
– Como se isso fosse à primeira vez Daniel, como vou acha que sua mamãe e seu querido papai salvaram a Clave tantas vezes? – falei arrogantemente ate pra mim. E sai sem que ele respondesse. – Isso é patético! Estou me humilhando, por ele...! Que ridículo!
Andei distraidamente pelos corredores e acabei dando na sala de treinamento.
– Oi Theo. – falei observando-o lutar com um saco de porrada – esqueci o nome que se da.
– E ai Lee o que houve? Insônia?
– Um pouco.
Falei me aproximando dele que agora já tinha parado de lutar e estava bebendo água. Theo estava apenas com uma calça de moletom preta. Ele sempre foi exibido de mais, e infelizmente muito lindo. Esse era o problema ele era excepcionalmente lindo e sabia disso. Desde que nos éramos pequenos Theo e Mary – a irmã gêmea dele sempre fora meus melhores amigos. Ate meus pais morrerem e finalmente eu vir para Nova Iorque.
Apesar de serem gêmeos idênticos na aparência Mary e Theo eram exatamente opostos na atitude. Mary era linda, tinha olhos cinza, cabelo loiro-prateado feições delicadas, baixinha e um corpo lindo. Normalmente ela era muito madura pra uma garota de 17 anos, sempre concentrada em tudo e delicada. Nunca a vi sendo rude ou de mau humor.
Já Theo, Theo era simplesmente uma bomba atômica.
Apesar de ter os mesmo olhos cinza e cabelos loiros prateados como Mary, ele não tinha nada de delicado, era alto de uma forma absurda, musculoso – mas todos os caçadores eram... E completamente imprevisível. Ele mudava de humor como piscava. Nunca falava nada serio, sempre estava sendo sarcástico e nunca se concentrava em nada que não tivesse sangue e morte.
– Hei você por acaso esta me ouvindo? - perguntou
– O que? – perguntei
– Quer lutar comigo?
– Não dá. Eu estou de camisola.
– Hum tem razão, e pra falar a verdade... eu adorei você assim. – respondeu mordendo o lábio inferior.
– Tarado. – murmurei. – Eu acho que tenho uma roupa reserva no banheiro.
Segui ate o anexo do banheiro. Abri o armário do lado direito e peguei uma blusa amarela e meu short favorito de moletom e finalmente meu tênis da Nike.
Sai do banheiro pronta e logo avistei Theo com dois bastões.
– Sério? – murmurei – Bastões?
– Vamos testar seu equilíbrio gatinha. – falou e avançou.
Theo avançou com um mortal perfeito, sem pensar duas vezes meu corpo girou para a direção oposta e por frações de segundo eu teria perco uma perna.
– Você esta um pouco lenta princesinha. – provocou
– Não me chame assim! – gritei
Corri ate o centro do tatame - onde Theo exibia um sorriso de satisfação. No ultimo segundo girei o bastão nas mãos e apoiei no chão forçando-me a equilibrar-me e com um chute quase acertei sua costela esquerda.
– Isso poderia ter sido melhor – falou sorrindo visivelmente entretido.
Bufando troquei o bastão de mão e acenei ousada para ele, que se aproximou sorrateiramente girando despreocupadamente o bastão pela mão. Antes que eu me dessa conta ele me acertou na perna esquerda. Cai ofegante com dificuldade me levantei não a tempo de levar uma porrada no obro direito. Sem força ofeguei pesadamente largando o bastão. Levantei cambaleante e contestei. Ele estava se divertindo. Rosnando baixinho vi o sarcástico sorriso exibido em seu rosto, um pouco melhor girei batendo com a perna dolorida em sua cintura. Antes de cair de joelho na minha ele me lançou um olhar surpreso. Com a perna latejante me aproximei ate que sua cabeça batesse exatamente na altura dos meus seios. Estávamos a alguns centímetros de distancia quando com uma rapidez exagerada ele levantou-se dando-me uma rasteira.
Cai deitada e um segundo depois Theo sentou-se em cima de mim, pondo uma perna em cada lado.
– Você é graciosa. – falou – Mas nunca vai me superar.
– Vai pro...
– Lamento estragar a brincadeirinha, mas estão esperando os dois na biblioteca. – falou Daniel secamente no hall de entrada.
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