Kissed by the Angel. escrita por Mariane


Capítulo 10
Novos Inquilinos.




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Lee não acordava e o clima ficava cada vez mais tenso. Ninguém falava, o único som era da respiração geral. Samantha como sempre estava fazendo drama por causa que sua blusa favorita agora estava encharcada de sangue, mas como de costume. A ignoramos.

– Que coisa feia. Nenhuma recepção? – uma voz sarcástica falou e eu automaticamente reconheci.

– Oh! Theodoro, Mary. Desculpe-nos. – falou minha mãe sem mostrar tanto remorso – Ficamos preocupados com a Lee que esquecemo-nos de sua chegada.

– Tudo bem. – falou Maggie doce, ela sempre foi assim, o oposto de seu irmão, enquanto ele era rude, detraído e exibido, Maggie era centrada, tímida e delicada. – Nós entendemos. Ela vai ficar bem?

Ninguém respondeu. Como explicaríamos para a Maggie e Theodoro que nossa querida hospede é bipolar e pode destruir o mundo... Mas afinal de conta é para isso que os amigos, e Theodoro, funcionam.

– Esperamos que sim. – falei

– Que tal Sam, você acompanhar Mary e Theodoro, ate seus respectivos quartos. – falou minha mãe.

Nunca vi Samantha sorrir tanto na vida. Se eu não a conhecesse imaginaria que estaria fazendo isso para ser educada, mas Sam é minha irmã e eu sabia que ela só estava sendo gentil para agradar Theodoro.

Assim que eles saíram me virei pra minha mãe.

– Como você não me conta que o Theodoro vai vir aqui! – gritei

– Primeiro; eu não lhe devo satisfação alguma Daniel. – falou me surpreendendo, minha mãe quase nunca era grossa. – Segunda; eu esqueci por conta desse estresse todo – falou isso olhando de esgueira pra Lee – eles vão fica seis meses.

Seis meses? – isso já era apelação. Eu já era obrigado a vê-los anualmente, se não mensalmente agora passaria seis meses aturando Theodoro?

– Algum problema? – meu pai interveio

Olhei-o friamente

– Como você reagiria se tivesse que rever aquele seu melhor amigo... – falei fazendo um suspense bobo – Ah o irmãozinho favorito da mamãe.

Meu pai nem se abalou porem minha mãe só faltou queimar de raiva. Falar de Jonathan era pecado em casa motivo de surra na melhor das hipóteses.

– Adolescentes sempre exagerados – falou meu pai sem demonstrar interesse. – Que fique claro Daniel: eles vão ficar, e você não tem nada contra.

Sem responder mais nada voltei a sentar perto de Lee. Sim eu tinha tudo contra, mas só com Theodoro. Ele sempre se achava e fazia questão de mostrar que era o ‘cara’. E de uns tempos pra cá sua nova meta era conquistar Lee. Não que eu me incomodasse, Lee nunca dava confiança, mas é que era impossível não ficar irritado.

Já Maggie não. Eu sempre gostei muito dela, Lee e Maggie cresceram juntas, eram inseparáveis quando meninas - de acordo com Maggie falara, mas quando os pais de Lee morreram e ela veio pra cá, o contado delas fora reduzido para apenas uma vez por ano ou de vez em quando mensalmente. E eu acabei ficando como o melhor amigo.

Senti alguém se aproximando e percebi que era Sam, Maggie e Theodoro entrando.

– Então quer dizer que Lee tem personalidade dupla? – riu Theodoro, acompanhado por Sam.

– Para com isso Theo. Deixa de ser insensível. – repreendeu Maggie

– E você de ser careta Mary. É só uma brincadeirinha boba. – falou Theodoro rindo.

– Você sabia que não tem graça Lee é minha amiga, tenha respeito pelo menos por mim Theo! – choramingou.

Nossa amiga, Mary e sim eu tenho respeito, mas não e por causa de você. – falou arrogante – Isso é só uma brincad...

Eu que já nem estava prestando tanta atenção me desviei completamente do assunto. Lee estava se mexendo muito e finalmente acordou.

– Ah que droga o que você esta fazendo aqui? – perguntou frustrada pra Theodoro. – Poxa pensei que eu só te veria ano que vem! Merda, que azar.

– É também muito bom te ver docinho. Senti também falta dessa sua educação tão plausível.

– Se você me chamar de docinho de novo vou cortar sua língua. – bufou, mas com um pouquinho de tristeza percebi que aquilo era só cena. Ela nem estava tão irritada.

Foi quando se virou pra mim que tive vontade de me esconder...

– E você porque esta aqui.

– É impressionante como você é simpática.

– Não lembro de estar ligando pra sua opinião. – respondeu indiferente.

– Você deveria porque se não fosse por mim...

E surpreendente mente eu ganhei um sorriso.

– Você é muito chato sabia? – resmungou

– Você também.

Ignorando-me ela virou com um sorriso gigantesco pra Maggie.

– Quer dizer que Mary Margareth esta aqui, fazendo o quê posso saber?

– Ah eu vou ficar um tempinho aqui pra tomar conta da senhorita. – falou sorrindo.

– Uma dama de companhia? – perguntou – Poxa eu não sabia que tínhamos voltado ao século XVIII.

– Pois é. – ninguém disse mais nada então Lee começou a se levantar.

– O que você pensa que esta fazendo Lee? – repreendi

– Indo pro meu quarto pai. Eu posso?

– Claro que não, você acabou de acordar...

– Sem sermão Daniel! Minha dama de companhia vai me acompanhar né, Mary?

Rindo ela concordou. Sem argumentos dei passagem pra que Lee fosse.

Sem esperar que alguma coisa acontecesse fui pro meu quarto a ultima coisa que eu precisava era ter que ficar fazendo companhia para o Theodoro.

Entrei no meu quarto e peguei meu iPod. Deitei na cama e coloquei a musica que mais combinava com meu humor naquele momento. Mr. Brightside

Comecei a cantar minha parte favorita e automaticamente Lee me veio pela cabeça.

Jealousy
Turning saints into the sea
Swimming through sick lullabies
Choking on your alibis
But it's just the price I pay
Destiny is calling me
Open up my eager eyes
'Cause I'm Mr. Brightside

Devo ter dormido porque logo em seguida, acordei com alguém batendo na minha porta, levantando preguiçosamente abri a porta na minha frente, estava Lee com cara de quem poderia se suicidar a qualquer momento.

– Eu sei o que você vai dizer, mas eu preciso de você. - falou com lágrimas escorrendo - Eu só confio em você Daniel.

– Entra está muito frio aqui no corredor. - falei reparando que Lee vestia apenas uma camisola de cetim muito fina.

– Obrigada. - falou rouca abraçando seus braços. - Isso é muito importante.


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