Good Times escrita por Belle Grace Delacour


Capítulo 14
O começo de meias verdades


Notas iniciais do capítulo

Heey Potterheads lindos, gatos do meu coração! Como vai? Espero que bem. Então, eu demorei? Não. Prestem atenção, a história com o John é muito maior que isso, portanto vai ser contada entre os capítulos e não em apenas um, não se enganem, ele não é só um galinha canalha. Tem muito tapete pra rolar ainda (Que horror). Até mais. Comenteeem, vocês não sabem o quanto eu fico feliz com um simples "Amei".



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P.O.V Rose Weasley

Depois de saírmos da sala da diretora, fomos direto para as aulas. A maioria iria para DCAT, assim como eu. Seguimos para a sala e estavam todos sentados, olhei ao relógio e estávamos 10 minutos atrasados. Snape lançou seu típico olhar de desgosto e andou até o meio da sala.

– Arquem com seus compromissos. Detenção hoje às 8:00 na minha sala. Estejam ou serão punidos. - Ele disse, revirei os olhos e Molly resmungou um "que novidade..." do meu lado. Me sentei ao lado do Max e abri meu livro, passamos a aula toda jogando bilhetes de pergaminho pra conversar e ao sair fui para a primeira aula de Poções. Fiz uma anotação mental de procurar um psicólogo ou oftalmologista, pois estava ficando caduca e cega, li Poções onde era DCAT no horário e depois confundi (acertei) com a matéria que era na verdade pra depois voltar pra errada. Resumindo eu li Poções, depois de um tempo pensei em DCAT e voltei pra Poções, daí cheguei na sala combinada e era Snape que estava dando aula. Fui pra sala que eu achava que seria do tio Horácio e me deparei com uma fila na frente da porta, quando o professor (o certo) chegou, eu entrei acompanhada do resto dos despachos de Iemanjá que estavam comigo. Sonserina e Corvinal. Fizemos um grupo de 5, o que só mudou do ano anterior para aquele porque a Jackie chegou na parada. Confesso que até gostei de não ficar olhando pra Lucy e Alvo conversando entre si e escutando Malfoy resmungar e chegar uma garota no colo dele de 10 em 10 minutos como sempre foi, tirando o fato de que a Jackie ainda conversava comigo de vez em quando no intervalo de tempo em que ela não ficava falando com algum garoto da Corvinal ou da Sonserina, ainda tinham garotas grudadas no Malfoy. Ah, esqueci de falar que o casal 20 na minha frente continuava sem dar bola pra mim. Ou seja, o que eu podia fazer era prestar atenção no que Slughorn dizia. Ele estava em algo sobre asfódelo e essas coisas.

– Alguém pode me dizer onde encontramos asfódelos? - Levantei a mão e ele olhou para mim. - Ah, Rose, querida. Sim, sim, por favor.

– Asfódelos podem ser facilmente encontrados... - fui interrompida pelo sinal de que a aula acabou e todos estavam arrumando suas coisas.

– Na próxima aula você me conta. - Slughorn falou com seu típico sorrisinho e saiu da sala levando uma xícara vazia.

– Vamos lá, Rose. - Lucy me puxou para fora da sala antes dos outros e fomos até o Salão Comunal da Grifinória. Quer dizer, fomos até o quadro, esperando que alguém abrisse para nós. - Ai que droga! A gente só tem 12 minutos sem aula, temos que entrar, Pelas barbas de MERLIN! - a Mulher Gorda levou um susto e fez cara de confusão.

– Podem entrar... é... a senha está... correta? - ela falou meio que perguntando para si mesma e abriu passagem para nós.

– Ta, pra onde nós vamos? - perguntei enquanto Lucy me puxava para o dormitório.

– Você não se lembra, cabeça de troll? Lily "pediu" pra nós virmos aqui agora, quando eu mostrei que tínhamos hora vaga e ela disse que poderia faltar Adivinhação e fazer as outras garotas estarem lá. - Lembrei e fiz uma cara de "Ah, é". Ela me puxou mais ainda e eu fui escorregando pelo chão quase caindo. Chegamos ao dormitório e batemos.

– Quem é? - Uma voz gritou lá de dentro.

– Somos nós! - Lucy respondeu e eu fiz uma cara de "Sério?!"

– Nós quem? - a voz perguntou com um tom meio cansado.

– Lucy e Rose! - respondi quando Lucy ia abrir a boca pra dizer algo.

– Ah, claro. Tinha que ser. - A voz respondeu e abriu a porta (as mãos da voz abriram, não ela) nos revelando Mollyquita que logo nos puxou pra dentro. - Seguinte cambada, a doida ruiva ali - ela apontou pra Lily, que estava sentada na cama com óculos escuros como se fosse a chefe da máfia e Molly sua assistente. - pediu pra chamar todo mundo, não os caras, é claro, pra uma... "reuniãozinha" - ela fez aspas com as mãos e Lily se levantou e tirou os óculos tudo no estilo Lara Croft.

– Olha aqui, todos nós sabemos que esse é o Primeiro Baile de Inverno fora do Torneio Tribruxo. - Ela começou o discurso. - E a responsabilidade está sobre nós, então vamos nos esforçar, e abalar geral! Roxanne. - Ela estalou os dedos e Roxy se levantou da poltrona onde estava e começou a andar pela sala espalhando papeizinhos para nós.

– Vamos ter que cuidar da iluminação, Allie faz isso, Maxie ontem disse que poderia arranjar uns globos, luzes e tudo mais. Procure ele. - Allie olhou pra ela com uma cara de "Você acha que pode mandar em mim? Me poupe.", é, foi isso que ela quis dizer, acreditem. - Bebidas, petiscos e outros contrabandos, Rose, Molly e Fred. Decoração, Dominique, Louis e Lucy. Quanto à reunir os convidados e divulgar o Baile, James, William e Jackie. Achar um DJ, caixas de som e tudo mais, Hugo, Alvo e Scorpius. Ah, e por último, mas não menos importante, eu e Lily vamos comprar os vestidos! - ela falou e as duas começaram a bater palma, gritar e pular no meio da sala. Olhei no relógio do quarto e faltavam 5 minutos pra próxima aula.

– Alguém aqui vai pra Adivinhação? - perguntei.

– Eu to indo lá. - Molly respondeu e Lucy disse que ia para Runas Antigas e Lily falou que Adivinhação é muito cafona e adorou faltar. O que eu também acho, só que eu me amarro na tia Sibila. Puxei Molly pra fora e fomos até a sala que era meio distanciada do resto. Obviamente, era com a Grifinória. Eu ainda não tinha tido nenhuma com a Lufa-Lufa, o que era uma pena, porque eu poderia ficar conversando com a Elle (apelido melhor que Gis, adorei, sou demais) e também tem um carinha que gosta de mim desde o primeiro ano lá. Ele até que é bonito mas nunca me atrevi a fazer nem um gesto pra ele. Sabe quando você saca que um cara gosta de você? Então, ele nunca me disse nada, mas eu descobri quase sozinha (Lily desconfiou e foi atormentar o pobre coitado até ele soltar verdades. Morri de vergonha). Enfim, eu entrei e me sentei ao lado da Molly e perto da minha turminha habitual. A Professora Sibila se levantou da poltrona onde estava quando todos os alunos chegaram e veio para o meio da sala perto de nós.

– Sejam Bem-Vindos, a mais um ano de Adivinhação nesta escola esplêndida, crianças! Hoje falaremos sobre a leitura de mãos. Quem poderia me dar a honra? - ela veio para mais perto de mim e eu levantei a mão. - Ah! A pequena Weasley, vamos querida, me dê sua mão. Vamos ver o que carrega nelas. - Estendi meu braço e a Professora começou a soltar murmúrios como "Ah" ou "Hm...". Arqueei a sobrancelha e tentei ver se tinha algo de errado com a minha mão. - Hm... Você guarda muito ressentimento, minha querida. Cuidado com isso, pode controlar seu coração. Falando nisso, há um sentimento muito forte escondido ai dentro, mas vejo que está dividido entre duas pessoas, em especial. Ah... acho que estou falando demais. Me desculpe se fui indiscreta. - Ela soltou meu braço e o coitadinho caiu pro lado da minha cadeira. Levantei ele até a altura da minha mesa e o amaciei. Ela continuou a ler mãos e falar sobre algumas coisas que eu não entendi e depois de uns minutos a aula acabou.

– Ei, Rô! - eu estava saindo da sala quando ouvi uma voz bem conhecida. Me virei e vi John vindo até mim e sorrindo. - Que bom ver você.

– É, que ótimo... - falei e revirei os olhos. - Como você se sente sendo considerado um dos maiores galinhas de Hogwarts tendo menos de uma semana aqui? - ele sorriu mais ainda mostrando seus perfeitos dentes brancos que encantariam a qualquer uma que olhasse para eles.

– Vejo que as pessoas daqui espalham bem os boatos, não é? - dei um risinho de escárnio ainda o fitando com o olhar frio que consegui desenvolver com o tempo depois de conhecê-lo.

– Não preciso de boatos pra saber que você virou um idiota. - ele ignorou o comentário, mas tirou o sorriso do rosto e me olhou sério.

– Rose, por favor, me perdoa. Eu me arrependi muito depois daquilo. - lancei um olhar mortal a ele.

– Perdoá-lo? Por que eu deveria fazer isso? Ou melhor, o que você fez de ruim para mim? Você só me deixou, não é? Só isso, não vou contar o quanto eu sofri de ter que aguentar aquelas lembranças, as mais horrorosas da minha vida, e ainda sozinha.

– Rose, eu precisei... Me perdoa, meu amor... - ele chegou mais perto de mim.

– Não me toque. Eu não quero nunca mais sentir sua pele, idiota. E não volte a me procurar. - Já não havia mais ninguém no corredor e lágrimas de ódio ameaçavam sair dos meus olhos, mas eu escondi isso no fundo do coração.

– Rose... - ele chegou mais perto de mim e eu cheguei à conclusão de que ele iria me beijar. Tocou minha face e eu tentei empurrá-lo, mas ele era mais forte que eu.

– John, não faz isso, por favor. Não me machuca mais... - disse olhando no fundo dos olhos castanhos dele.

– Larga ela, Scallifor! - eu olhei pro lado e vi um Malfoy com uma cara nada boa do lado do Alvo que não estava muito diferente, os dois apontando a varinha para o moreno na minha frente.

– Ah, você é o Malfoy, não é? Rose já me falou de você. De como é patético e ridículo, claro. - John me soltou e voltou ao seu novo tom de frieza.

– Que bom que lembra de mim, ruiva. - Malfoy falou e deu um leve sorriso de canto ainda com a varinha empunhada.

– Ela não te deu intimidade pra chamá-la assim, filhote de doninha. - John quase gritou pra ele com uma cara de raiva bem visível e apontou a varinha para o loiro.

– Tudo bem, tudo bem. - Alvo se meteu no meio dos dois e tentou acalmar os malucos. - Scorp, leva a Rose pro Salão Comunal, deixa que eu vou procurar o James. - Malfoy assentiu e Alvo se voltou pro John. - E você - aumentou o tom de voz - vê se fica longe da minha prima, ta ouvindo? - John lançou um olhar sério pra mim, eu assenti pra dizer a ele para ficar quieto, ele fez que sim com a cabeça e foi embora. Malfoyme puxou até o outro corredor onde ele parou e eu parei junto.

– Agora será que você vai querer me dizer pelo menos alguma coisa sobre isso? - ele perguntou olhando nos meus olhos e eu respirei fundo, fitando o chão.

– Talvez depois... ainda não to pronta pra isso. - respondi e vi ele assentir com a cabeça.

– Vamos. Alvo não vai querer saber que eu deixei você ficar nesse estado em um corredor qualquer. - Me puxou apertando levemente meu pulso até o quadro da Sonserina. - Rabo Córneo. - o quadro com cara de chato deu passagem e nós entramos. Me sentei em um sofá de frente pra lareira e fiquei observando, Malfoy se sentou (lê-se: se jogou) ao meu lado e suspirou. - Você ainda tem aula hoje? - olhei pra ele com uma cara de "Sério que é nisso que você vai falar?!".

– Tenho, História da Magia e Feitiços daqui a... - olhei no relógio do Salão - quinze minutos.

– Acho melhor você não ir. - ele falou com uma cara séria.

– Por que? Não estou doente nem nada, é o primeiro dia de aula e você quer que eu falte?!

– É, acho que foi isso que eu disse. - O encarei e suspirei.

– Tudo bem. Nem estava querendo assistir História da Magia mesmo. - Dei de ombros e relaxei no sofá. Deitei mais para trás e o loiro me envolveu com seus braços. Me assustei e tentei sair um instante, mas logo depois eu relaxei.

– Se você quiser eu fico aqui também. - Ele falou perto do meu ouvido e eu estremeci, claro, escondi bem. Muito bem. Aquilo me deixou surpresa, Scorpius Malfoy pode não demonstrar para muita gente, mas a sua aula favorita é Feitiços, isso o fascina.

– O que você acha que vai ter de especial em Feitiços só porque nós faltamos? - perguntei a ele que soltou um risinho.

– Não sei, queria muito ir mas já que tem uma ruiva precisando de cuidados... - olhei pra ele e ele sorriu de canto.

– Acho que eu já vou dormir. - Falei tentando me desvencilhar de seus braços.

– Por que não dorme aqui? Al disse pra ficar de olho em você. - Fiz uma cara de "Ta, é sério mesmo que ele disse isso?" e pela segunda vez, o sono e o cansaço me convenceram a passar um tempo com Scorpius Malfoy.

– Tudo bem. - falei no meio de um bocejo, ele puxou a varinha e fez um feitiço de extensão no sofá, me ajeitei, deitei e coloquei a cabeça no seu colo. Logo adormeci com o garoto que eu mais odiava acariciando meu cabelo.


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