Rebelde em Hogwarts escrita por Katty Weasley Mellark


Capítulo 36
Na enfermaria


Notas iniciais do capítulo

Geeeeentee! O Nyah atualizou a versão mobile, o que quer dizer que agora é possível postar pelo celular, e eu estou de volta outra vez! I'm so happy!



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P.O.V. Miguel Arango.

Abro os olhos lentamente e me vejo rodeado por cortinas azuis, deitado em uma cama quente e confortável. Não sei como vim parar aqui, mas quando tento me lembrar, percebo que não lembro de absolutamente nada do meu passado. Tento me levantar, no entanto minha cabeça começa a latejar, e pontos negros dançam frente aos meus olhos, por isso fecho-os com força.

Rostos aparecem em minha frente. Uma mulher loira de meia idade, uma garotinha com feições dóceis, uma garota de cabelos vermelhos irritada, um ruivo gargalhando... Uma loira de franja e estrelinha na testa... Por todos me sinto afeiçoado. Não sei quem são, tampouco o porquê de suas imagens estarem entranhadas em meus pensamentos. Mas sei que são importantes para mim.

– Pensa, Miguel - Murmuro. - Não pode saber apenas o seu nome.

É frustante. Sentir-se tão próximo de pessoas que não sei nem ao menos o nome.

– Miguel? - Alguém me chama, do outro lado da cortina. Afasto-a com a mão e encaro o garoto deitado na cama ao lado.

Tem cabelos claros cobertos de gel, olhos arredondados e pele branca. Sinto como se nunca o tivesse visto na vida, o que provavelmente é mentira.

– Oi, hm...

– Miguel, o que foi? - Ele pergunta. - Está diferente.

Solto um longo suspiro.

– Não me lembro de nada além do meu nome.

O garoto parece perplexo. Ele está boquiaberto, como se não pudesse acreditar.

– Você não sabe quem eu sou?

– Desculpe.

Então ele irrompe em risadas. Tenho vontade de me levantar e bater nele, o que é impossível dadas as minhas condições. Mas as gargalhadas exigem-lhe um esforço enorme e ele começa uma seção de tosse. Depois, colocando as mãos na barriga, mira o teto.

– Eu nunca tive amigos com perda de memória. - Ele comenta. - Pomfrey saberá cuidar disso.

– Você... É meu amigo? - Pestanejo.

– Não, besta.

– Ah tá - Viro-me para o teto também, presumindo que fosse apenas uma ironia.

– Você acordou meio abobalhado. - Observa. - Bem, eu sou Diego Bustamante, filho do Ministro da Magia e... - Ele franze os lábios. - Cara, você está falando sério que não lembra de mim?

– Eu lembro de alguns rostos... - Digo. - Alguns com maior destaque que outros... Mas é sério. De você não lembro.

– Então deve lembrar dos seus agressores. - Diz. - O Giovanni e a louca da Roberta.

– Como são? - Pergunto.

– Giovanni é o suco de cenoura. Ele já foi loiro, sabe? Mas agora está parecendo uma abóbora falante.

O ruivo gargalhando... Só pode ser ele.

– ... E a Roberta é um trator de cabelo vermelho - Ele faz uma careta. - Ela é toda avoada e gosta de me provocar. Não entendo como você pode ser amigo dela.

A menina irritada... Então foram eles? Eles me fizeram perder a memória?

Nessa hora, uma garota adentra a enfermaria. Ela conversa com uma senhora que provavelmente é a enfermeira, ou curandeira, sei lá. Seus cabelos loiros... Seu sorriso rosa... Suas roupas curtas... Eu a conheço. Seu rosto é familiar.

Ela afasta a franja da testa e teima para que fique atrás da orelha. Avisto algo brilhante em sua testa... Uma estrelinha azul. É a menina com estrelinha na testa que também está presa em minha mente.

Seus olhos verdes me encontram e ela faz uma carranca. Se despede da mulher e se aproxima.

– Oi, Honey! - Ela cumprimenta Diego, dando um beijo em seu rosto. - Está ótimo, poderá apresentar o trabalhinho amanhã.

– Que trabalhinho? - Franzo o cenho.

Ela me fita, semicerrando os olhos, e paralisando-se no meio de uma tentativa de colocar a franja atrás da orelha.

– Não vá me dizer que esqueceu, amorzinho? - Ela dá a volta na cama de Diego e pára frente a minha.

– Mia... - Diego tenta.

– Psh. - Ela faz, batendo o pé no chão. - Não proteja seu amiguinho.

– Mas... - Ele tenta de novo.

– Miguelito - Ela estica a mão para afagar-me os cabelos e estou gostando disso. Mas aí algo inesperado: Ela começa a puxar meus cabelos de um modo que penso que vou ficar careca.

– Ai, ai, ai!

– Você não pode ter se esquecido de tudo o que estudamos, Arango! - Mia berra.

– Eu nem sei quem você é! - Retruco.

Ela solta meus cabelos e aperta a ponte do nariz, reunindo toda a paciência.

– Não é hora para piadinhas - Murmura.

– Mia, Mia, vem cá - Chama Diego. Ela olha para trás e espera que diga algo. - Miguel caiu de uma altura enorme. Ele simplesmente perdeu a memória.

– Não, não e não! - Mia bate o pé outra vez. - Ele é minha dupla, não pode simplesmente... Puf!

– Puf? - Diego ergue as sobrancelhas.

– Hm? - Franzo o cenho.

– Ah! - Mia grita. - Volte ao normal, Arango. Antes que eu arranque sua cabeça!

– Sim, madame. - Digo, arregalando os olhos.

– Agora, licença que eu tenho uma ruiva para assassinar!

Ela sai da enfermaria a passos pesados. Diego e eu nos entreolhamos e ambos damos de ombros.


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Notas finais do capítulo

Eu amo vcs, nunca esqueçam ( a menina que roubava chips se aposentou, e agora se chama "a menina que roubava Wi-fi" ) beijocaa no core