Rebelde em Hogwarts escrita por Katty Weasley Mellark


Capítulo 35
A Barbie cor-de-rosa.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Consegui roubar o chip de novo (palmas para mim) kkk O cap eu fiz correndo, mas fiz pensando em vocês! Espero que gostem, boa leitura :3



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P.O.V. Roberta Pardo.

Se tivesse mais unhas, eu com certeza as roeria... mas agora todas elas não passam de cotocos, e algumas inclusive estão sangrando pelas beiradas. E se eu matei o Miguel? Qual será a pena para isso? Ser chupada por aquele tal Demente? A Lupe me falou deles uma vez, disse que os prisioneiros da prisão são chupados quando cometem crimes violentos... eu queria ter prestado atenção no que ela disse, mas aquele envelope multicolorido que o admirador me enviara sugava noventa e nove por cento da minha atenção. Os outros um porcento escutavam a Lupe.

E bem na hora que eu estou no corredor, com muita adrenalina no cérebro, sem unhas para roer, sem ter noção de direção e com as pernas ansiosas para correr, avisto um poddle cor-de-rosa. Digo, avisto a Mia Colucci.

Eu achava que meu dia já havia sido ruim o suficiente, mas Mia sempre faz eu voltar atrás nas minhas decisões. Ela me ensinou que sempre dá pra ficar pior. Contudo, foi bom encontrá-la. Alguém tem que dizer a ela que seu parceiro de trabalho está inconsciente em uma enfermaria, e quero ser eu a ter essa honra. Não imagino sua expressão, mas talvez seja a mesma que eu tive ao saber que o meu colega de trabalho estava hospitalizado. Não, ela não fará como eu. Mia é a pessoa mais dramática que eu já conheci... espera, a segunda mais dramática. A campeã do drama continua sendo a minha mãe.

Não posso deixar de girar os olhos ao observar Mia Colucci caminhando ao meu encontro. Talvez ela se sinta em uma passarela, com milhares de holofotes em sua direção, pessoas aplaudindo e jogando-lhe flores e confetes. Ela requebra tanto que, um pouquinho mais, teria um sério problema com a coluna. Saltos altos não estão incluídos no uniforme, estão? Tampouco esse chapéu rosa emplumado esquisito, quase idêntico aos da minha mãe. Sinceramente, acho que Mia e eu fomos trocadas na maternidade. Ela é a filha verdadeira de Alma Rey. Se a Colucci passasse menos maquiagem não ficaria tão semelhante a um manequim e... Merlin, isso provavelmente está fora dos padrões da escola: Mia está sem capa. Com uma microssaia preta- acredite, quando digo micro, quero dizer microscópica.– e a blusa verde e feia da sonserina levantada de modo que deixasse a barriga seca exposta. Bem, o que eu penso a respeito disso? Sonserinos sendo sonserinos.

Ela passaria direto por mim, mas a impeço, agarrando-a pelo braço de uma maneira nada educada e trazendo-a de volta à minha frente.

–Ai, Roberta!- Ela examina o lugar que eu apertara.- Sua bruta. O que você quer de mim?

–Mia só me promete uma coisa.- Junto as mãos.

Ela cruza os braços, gira os olhos e finalmente solta um suspiro.

–Que é?

–Se eu te falar uma coisa...- Faço uma pausa.- Mia, promete que não vai dar seus ataques de Miíces.

–Miíces?- Ela ergue as sobrancelhas.- Eu não dou ataques. Eu simplesmente me sobrecarrego com a minha beleza.- Ela empurra a montoeira de cabelos louros para o lado.

–Mas não vai dar esse troço, vai?

–Claro que não.- Ela deposita o peso sobre uma das pernas.- Mas me diz... gostou do meu look? Eu descobri que posso fazer do unifor...

–Mia.- Interrompo.- O Miguel... puf.

–O quê?!- Ela vocifera.- Como assim o Miguel puf? Ele simplesmente puf?- Ela estreita os olhos, como quem suspeita.- Você.

–Mia, olha...- Ergo as mãos para acalmá-la.- É uma história grande... cansativa e realmente engraçada.

–Quem vai apresentar o trabalho comigo amanhã?- Ela sussurra para ninguém em especial.

Enquanto explico-lhe o que aconteceu na sala de poções, ela não para de murmurar coisas como “Miguel puf” ou “Trabalho arruinado”, ou coisas ainda mais deprimentes. A única hora em que ela solta uma gargalhada alta o suficiente para despertar a audição de um surdo, é quando menciono o tempo em que ele ficou preso no ar implorando para que o salvassem.

–Esse Caipira sem graça podia ter ficado ali o resto do dia, eu iria lá só para rir da cara dele.- Ela dissera.

E finalmente termino. Eu já estava a ponto de dar um ataque de Miíce, assim como a Barbie, pois ela não prestava muita atenção ao que eu dizia. Ora estava murmurando, ora estava se olhando no espelho, ora estava jogando aquele cabelo sebento na minha cara... talvez desistir de falar fosse a melhor opção. Mas eu fiz a merda, agora serei obrigada a aguentar.

–Se você matar a minha dupla, vai ter que arranjar outra pra mim.- Ela faz um gesto cansativo e monótono, que realmente me dá nos nervos. Joga o cabelo, de um lado para o outro, de um lado para o outro... e assim sucessivamente.

–Mia.- Seguro seus ombros para ela parar de se mover.- Pode ir embora. Já lhe contei.

Ela fica imóvel por um mísero segundo, mas depois começa a mudar o peso do corpo de uma perna para a outra, de uma para a outra, incapaz de ficar quieta.

–Você é uma grossa.- Ela comenta.- Bye, honey! Vou ver o puf. Manda um beijinho da Mia para sua amiga Josy.

Ela se vira e, como se de propósito, joga aquele cabelo seboso na minha cara outra vez. E ela se afasta. Uma onda de raiva começa a se formar dentro de mim, mas eu a reprimo antes que se torne maior. Ela é uma Barbie cor-de-rosa. É inofensiva.


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Notas finais do capítulo

Beijooos! Awn, gosto de escrever Portiñón! É tão fofo! Bem, espero que tenham gostado! Até o próximo roubo... Ops, quero dizer, capítulo kkkk