Rebelde em Hogwarts escrita por Katty Weasley Mellark


Capítulo 37
Dia de merda


Notas iniciais do capítulo

Gente, quero pedir desculpas primeiramente. Para ser franca, uma pessoa que, como eu, escreve mais de 15 histórias, acaba deixando acidentalmente algumas de lado e se dedicando especificamente à outras. Eu tentei me organizar, e consegui concluir algumas histórias, e não pretendo me ausentar desta por um tempo tão grande novamente. Me perdoeeem! Estarei relendo "Rebelde em Hogwarts" e não quero deixar vcs outra vez :(



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P.O.V. Mia Colucci.

Na manhã seguinte, ainda que o dia estivesse perfeito, que o sol banhasse a grama de um brilho alaranjado e que os pássaros gorjeassem alegremente, para mim tudo estava péssimo. E quando as coisas fluíam mal, automaticamente já se podia supor que havia um certo Arango no meio.

Irritada com ele, comigo e com a maldita manhã belíssima que parecia zombar de mim, cobri a cabeça com os cobertores e pensei fervorosamente na minha falta de sorte- puxa vida, o Miguel não se lembrava de absolutamente nada. Nem do trabalho... Nem de mim. Se bem que ele me esquecer só podia ser algo maravilhoso. Haveria um a menos para me chamar de Barbie, de Puddle, ou de uns apelidinhos básicos que eram típicos da Roberta.

Ouvi atentamente aos passos que deixavam o quarto, ao fluxo da descarga da privada, e ao chiar rítmico do chuveiro na medida em que as meninas se aprontavam para mais um dia cheio. Mas eu já me decidira: não levantaria até o cair da noite, e então iria ao corujal e mandaria uma carta para Peter, meu motorista. Sentia sua falta...

Senti um peso na lateral da cama e presumi que alguém havia se sentado. Menos de um segundo depois, uma mão me descobriu a cabeça.

— Hey, menina.

Era Vick. Ela estava arrumada, com os cabelos loiros-rosas mesclado de trancinhas e os olhos ressaltados por um lápis de olho preto. Em suas vestes da Sonseria faltava apenas a capa.

— Ai, Vick - Resmunguei, apanhando outra vez a coberta e puxei na altura do peito, deixando os braços cederem por cima, aos lados do corpo. Meu rosto descrevia a mais pura indignação. - Você sabe que eu não estou disposta.

— Mas, Mia, você não pode passar todo o dia aí. - Contestou ela. - Temos aula de Transfiguração, Trato das Criaturas Mágicas e Defesa Contra as Artes das Trevas. Sem contar que a Celina estará nos esperando para fazermos o trabalho de Estudo dos Trouxas.

— Vick! - Berrei, já me sentando. - Você, mais do que ninguém, sabe como é difícil ser eu. Como você acha que eu vou conseguir pisar na sala de aula de Defesa depois do dia de ontem? Primeiro porque estou sem parceiro para o trabalho. Segundo porque eu quase arranquei o couro cabeludo de um caipira, e, em consequência, ganhei um monte de rugas de stress.

Vick suspirou, me lançando um olhar de desaprovação.

— Eu sei, Mia - Falou, tentando um sorriso. - E quanto ao par, não se preocupe. Vou falar com o Madariaga para que eu possa fazer o trabalho contigo, me livrando de vez da Josy.

— Você faria isso por mim? - Me sentei na cama, com urgência.

— Eu faria de tudo por você, sua maluquinha! - Vick riu.

Saltei da cama e a abracei, repetindo aos seus ouvidos uma série de agradecimento. Ela me forçou a entrar no banheiro e trancou-me lá dentro, ordenando que eu me arrumasse.

—.-.-.-.-.-.-

P.O.V. Roberta Pardo.

Amanhecer cantando nem sempre é sinal de felicidade, ainda mais quando a letra da música era horripilante. Digamos que eu acordara com esse pique, e rodeava o quarto entoando:

— Um, dois, três: o meu dia vai ser uma merda. Quatro, cinco, seis: porque ontem foi uma merda. Sete, oito, nove: que merda eu espero de hoje? Dez! Uma merda pior ainda!

Eu só me calei quando Josy tapou minha boca, berrando:

— Fica quieta, pelo amor de Deus!

Eu a empurrei para trás, com um suspiro cansado, e me sentei na cama. Já estava arrumada para a merda do meu dia - usando as tradicionais vestes grifinórias. E, bem, naquele dia eu me sentia um pouco pequena dentro delas.

— Amiga, o seu dia não vai ser uma merda. - Tentou Josy.

— Muito animador. - Retruquei, amargamente. - Até porque, quem se importa em ficar sem os pontos de um trabalho superimportante de Defesa Contra as Artes das Trevas? Se no meu primeiro ano e eu já estou assim, imagina só quando vierem os N.O.M's?

Josy revirou os olhos duas vezes antes de bufar. Ela estava usando uma touca cinzenta sobre os cabelos castanhos-caramelos, e suas vestes estavam bastante amarrotadas.

— Eu já falei para você largar de ser dramática, gatinha - Ela se deixou cair em sua cama, pegando o travesseiro e colocando-o em seu colo. - Desse jeito, você fica parecendo aquelas duas pessoinhas.

Me senti agradecida pelo fato de ela seguir a minha regra de jamais mencionar Mia Colucci ou Alma Rey em nosso dormitório ou salão comunal. Afinal, dizem que falar nome ruim dentro de "casa" trazia espíritos do mal e azar. E, por Merlin, eu tinha azar saindo pelas minhas orelhas.

— Você sabe, Josy. - Me sentei, coçando a cabeça para bagunçar meus cabelos. - O burro do bonequinho de plástico caiu da vassoura, portanto perdi minha dupla. E, se você parar para pensar, vai ver que eu também não estou com meu astral lá em cima depois de quase matar o Miguel.

Josy apertou o travesseiro entre oa dedos.

— Fala sério, Roberta - Disse ela, suspirando exasperada. - Miguel vai ficar bem logo, logo. E quanto ao trabalho sobre magia negra, eu dou um jeito de fazer com você. Pare de criar obstáculos, beleza?

Voltei os olhos para ela, com a maior cara de preguiça. Se Josy estava se esforçando para me animar, quem eu seria para resistir? Forcei-me a colocar os pés para fora da cama e, uma vez de pé, saltei para cima dela como uma tigresa. Ela caiu deitada, resmungando alguns protestos.

— Ai! - Berrou. - Saia de cima de mim, sua égua. Você não é tão leve quanto pensa, entendeu?

Rolei para o lado, gargalhando. Ela se levantou, puxou meu pulso e me fez levantar também. Ainda rindo, ofegando e engasgando, passei o braço em torno do seu pescoço e segui com ela para a porta.

Josy era demais, sério. A minha melhor amiga para todo o sempre.


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Notas finais do capítulo

Agora eu tenho internet, genttt! Nao roubo mais chips, nem Wi-fi. Deixei essa vida kkkkkkkk