Rebelde em Hogwarts escrita por Katty Weasley Mellark


Capítulo 32
A carta de Mayra


Notas iniciais do capítulo

Ooooolá! To sem net, sem ideias, sem tempo... sem nada kkkk por isso a demora; Espero que me perdoem por isso, estou fazendo o máximo para não atrasar tanto. Beijoos amo vcs ;)



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P.O.V. Miguel Arango.

Já estamos os três na sala do Nolasco, e ele anda de um lado para o outro, pesquisando o castigo mais severo. Roberta, mais uma vez, está entre mim e Giovanni, roendo nervosamente as unhas. Giovanni está afundado na cadeira, e eu apoio o rosto nos punhos e os cotovelos nos joelhos.

–O que fazer com dois Sonserinos e uma Grifinória escandalosos?- Ele murmura.

–Faça qualquer coisa, senhor professor, mas não nos suspenda das aulas, por favor!- Diz Roberta. Que espertinha...- Se eu for suspensa, minha mãe vai me matar...

O professor solta uma gargalhada.

–Fique tranquila, o castigo vai ser bem pior.- Ele sorri.- Você é bem esperta, não é Srta. Pardo? Mas não para mim. E Sr. Méndes, poderia fazer o favor de endireitar-se na carteira? Não está em seu quarto!

Giovanni o obedece na mesma hora.

–Escândalo na biblioteca.- Ele sacode a cabeça.- Tsc, tsc. Poderiam estar de castigo por algo bem mais... bombástico.

Meus olhos se arregalam. Bombástico. Bombas... será que ele já sabe? Ou será que só está jogando verde, para nos entregarmos?

–No entanto, preferiram pagar por algo bem mais... simples.- O sorriso se escancara.- Mesmo cientes de que o castigo não será nem um pouco simples.

–Olhe, meu tempo é curto, sabia?- Roberta diz.- Não tenho tempo para conversa fiada, aplica logo a porcaria do castigo.

O sorriso de Estevão some uma fração de segundos, antes de reaparecer.

–Parece que a mocinha quer um castigo mais severo...

–Pega leve, Roberta...- Murmuro para ela.

–Então eu já decidi.- Estevão diz, ajeitando a postura.- Vocês farão o que eu quiser até o fim do ano letivo.

–O quê?- Nós três dizemos em uníssono, ambos boquiabertos.

–...Isso inclui, cuidar do meu estoque de poções, organizar minha sala de aula, e, acima de tudo, me obedecerem.- Um sorriso amarelo desponta em sua face.

–Mas isso é um absurdo!- Protesta Roberta.- Você não pode nos escravizar, não pode fazer isso conosco...

Ela faz que vai se levantar, mas empurro-a de volta a cadeira.

–Calma, Roberta...- Sussurro- Ou ele vai aumentar nossa detenção...

Ela se endireita na cadeira e fuzila o professor com os olhos.

–Correto, Sr. Arango.- Diz- Qualquer sinal de reclamação ou protesto e... Com o perdão da palavra, vocês estão ferrados.

Meus olhos chamuscam em sua direção.

–Estão dispensados.- Ele diz, retomando a expressão séria.- Sua detenção começa a partir de amanhã. Se eu encontrar um frasquinho sequer das minhas preciosas poções fora do lugar...- Ele pigarreia.- Adeus, anjinhos.

Levantamos e saímos dali, fervilhando de ódio. Como um professor pode ser tão debochado, insolente, cruel, severo, e tudo ao mesmo tempo? Não gostei do jeito que ele nos olhou: Com uma mancha de deboche no olhar. Seu sorriso me fez ter vontade de quebrar todos os seus dentes.

P.O.V. Lupita Fernández.

Minha vida na Lufa-Lufa tem estado muito tranquila. No entanto, muito triste também. Nico não voltará nunca mais, e não tenho ninguém que eu realmente goste perto de mim. É claro, meus amigos são a exceção. Quero dizer, eu os amo demais, muito, muito mesmo, mas me refiro à minha família. Sinto falta da minha irmãzinha Dulce, e desejo tanto que esteja perto de mim... Queria que minha tia Mayra estivesse aqui, para tagarelar aos meus ouvidos. Tenho saudades de minha mãe também. Mesmo com ela me dizendo coisas horríveis, me fazendo perceber o quanto sou egoísta, eu sinto sua falta.

Devo dizer que meu dia hoje está sendo perfeitamente normal. Já tive aula de Transfiguração com a Corvinal, e conheci algumas pessoas. Como uma tal de Jaque, e um amigo do Miguel chamado Théo. Eu sempre o vi, mas nunca tivemos uma conversa decente até agora. Pelo menos, hoje pudemos trocar algumas palavras, mesmo ele sendo completamente tímido. Depois, tive Voo com a Sonserina. Mia não parava de falar aos meus ouvidos, perguntando coisas como: Meu cabelo está legal? Ou Essas vestes me deixam gorda? Eu sou Mia Colucci, Honey, não posso parecer gorda. Ela é uma figura.

E também houve um acidente. Madame Hooch avisou que deveríamos ser cuidadosos ao manusearmos uma vassoura, mas alguns parecem não ter escutado isso. Quando demos a partida, e começamos a voar pelos ares, estava tudo normal. Até que Diego começou a ziguezaguer. E, como passo metade do meu dia em uma biblioteca, e não sou burra, posso afirmar que a vassoura dele foi azarada. Ele levou um tombo muito feio e está na enfermaria. Tentei descobrir quem tinha azarado sua vassoura, mas não encontrei. Depois disso, fomos dispensados da aula, e agora estamos em tempo vago.

Estou em meu quarto, estirada sobre a cama. Exausta, eu diria. Com meu pensamento preso em minha irmã. Minha tia. Minha mãe. Nico.

–Você viu aquilo?- Celina adentra o quarto.- Foi o tombo mais feio que já vi!

Sento-me na cama para encará-la.

–A vassoura foi azarada.- Digo, em meio a um suspiro.- Não confie em tudo o que vê.

–Como tem tanta certeza?- Ela se senta em sua cama.

–Ele é Diego Bustamante, Celina.- Giro os olhos.- Quero dizer, além de ter a vassoura mais moderna, eu duvido que não tenha tido aulas extras em casa antes de vir pra cá. E além do mais, já tivemos aulas de Voo com a Sonserina antes. Você sabe que ele voa perfeitamente bem.

Ela pensa um pouco.

–Quem você acha que fez isso?- Pergunta.

–Não sei.- Dou de ombros.- Alguém que não quer vê-lo por perto.

Somos interrompidas por algumas batidas na janela do quarto. Ao lado de fora, uma coruja negra como a noite espera pacientemente para ser atendida. Olho para Celina de relance.

–Deve ser para você.- Digo.

Ela se joga para trás, deitando-se na cama.

–Quem me mandaria uma carta?- Ela suspira.- Minha mãe me odeia. E eu sou suficientemente feia para não ter admiradores.

–Não diga isso.

Jogo as pernas para o lado e me levanto. Caminho até a janela e abro-a. Pego a carta do bico da coruja, que continua imóvel. Retorno a minha cama, sento-me nela e abro o envelope amarelado.

Lupita, querida.

Eu tenho uma coisa a lhe dizer, mas não sei se vai gostar.

Não sei se me quer por perto, então peço sua opinião.

Seja sincera, minha filha, isso não vai me magoar.

Bem, O.K., vamos nessa.

Ontem, recebi uma carta da McGonagall, dizendo que precisava de um professor(a)

de Herbologia. Ela me fez muitos elogios, dizendo que fui a melhor aluna de Herbologia,

que alguém como eu seria difícil de encontrar.

Avisou-me que o Professor Neville pediu as contas,

então... Mayra entra em cena!

Acha que devo aceitar o convite?

Quero dizer, serei diretora da sua casa, da Lufa-Lufa...

Bem, minha filha, o pergaminho está acabando aqui, então, até mais minha florzinha.

Milhões de beijos

De sua melhor tia (única tia) Mayra.

Quando termino a carta, percebo que estou sorrindo. Minha tia virá para perto de mim! Começo a vasculhar o quarto em busca de um pedaço de pergaminho, pena e tinteiro. Quando os encontro sob minha cama, começo a escrever a carta.

Tia Mayra

Não sabe a alegria que me dá saber que a terei perto de mim

Ficarei realmente muito feliz se você aceitar o convite de Minerva,

Afinal, ela tem toda a razão: Você é a melhor pessoa que ela poderia ter chamado

Alguém como você é raríssimo encontrar!

Te amo muito, tia.

Te aguardo

Atenciosamente,

Lupita.

Assim que termino, dobro o papel com cuidado e escrevo em letra grande “Tia Mayra”, depois vou até a janela e entrego a carta à coruja, que vai embora voando.


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Notas finais do capítulo

Bjoos até o próximo ;*



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