The number 20. escrita por Lana


Capítulo 2
Capítulo dois.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/473671/chapter/2

Rosalie abriu os olhos na manhã seguinte e deu de cara com seu ex chefe.

Ela fechou os olhos com força, contou até cinco, fez uma prece silenciosa para que fosse engano e abriu os olhos novamente. Mas ele ainda estava ali quando eles se abriram. Olhando em volta, ela percebeu que não estava no seu apartamento.

Ela quase pôde ouvir a risada agourenta da sexóloga de Harvard. Maldita sexóloga!

Saindo da cama o mais silenciosamente possível, ela pegou seu celular e suas roupas e foi até o banheiro. Discou o número do irmão e antes que ele pudesse falar ao atender, ela se adiantou.

– Puta que pariu, seu infeliz, o que eu falei pra você fazer quando me visse com um homem?

– O que? – Edward perguntou com a voz sonolenta. Rosalie xingou mil palavrões mentalmente.

– Eu dormi com meu ex chefe. – ela deu um gemido de desagrado. Edward riu alto.

– Já vai casar rápido assim?

– Vá se foder, Edward. Onde você estava quando isso aconteceu? – ela quis saber com a voz irritada.

– Provavelmente com a Melissa. Ou Melinda. São gêmeas. – Rosalie pôde ouvir o sorriso na voz do irmão.

– Não acredito que transei com esse cara, ele foi o vinte!

– Bom, por que você não tenta nada com ele? – Rosalie olhou para o homem deitado na cama. – A Alice disse que ele é bonitinho.

– E também é um cretino que me demitiu. Além do mais, ele assedia metade das mulheres das empresa, se veste mal e é nojento. – ela resmungou. – Agora eu não vou mais casar e a culpa é toda sua! Sua e da Alice! Que tipo de irmãos são vocês?!

– Quando a Alice tentou tirar você do bar ontem, você virou uma dose de tequila na cabeça dela. – Edward informou. – Quando eu tentei te tirar do bar ontem, você gritou que eu estava te assediando e me deu um murro. Aliás, eu não sabia que você tinha tanta força. A partir dali, você estava por conta própria.

– Eu não acredito nisso. – ela gemeu – Eu nunca mais vou poder transar com ninguém. – se lamentou.

– Bom, que tal você tentar o vinte e um?

– Não! Assim vai ficar impossível ter um marido. O vinte e um leva a um vinte e dois, que leva a um vinte e três, que leva a um vinte e quatro e por aí vai, e pior, todos serão como os anteriores. Edward, eu quero um marido! Se eu nunca me casar eu vou arrancar as suas bolas! – ela virou para olhar o ex chefe, Caius, quando ouviu barulho vindo do quarto. – Droga, ele acordou. Falo com você depois. – disse antes de desligar.

Fechou a porta do banheiro, lavou o rosto e vestiu as mesmas roupas que estava usando na noite anterior. Ela notou que seu vestido cheirava a álcool e seu cabelo estava uma bagunça. Sua cabeça doía e ela sentia que podia vomitar a qualquer momento. A maquiagem estava borrada e ela pensou que estava com a mesma aparência de alguém que tivesse sido tirada de uma grande caçamba de lixo.

Respirou fundo e saiu do banheiro, encontrando Caius em pé, colocando uma calça quadriculada de extremo mal gosto.

– Bom dia, linda. – ele sorriu indo em direção à ela. Ela desviou-se dele.

– Ham, eu tenho que ir. Estou atrasada. – falou enquanto se dirigia a porta. Caius tinha uma expressão confusa. Ela não deu tempo a ele de perguntar o que havia. Quando ela já havia cruzado a porta ela pôde ouvir o grito do ex chefe.

– Jantar hoje à noite?

– Nem em um milhão de anos. – ela murmurou a si mesma.

Pegou um táxi e foi para seu apartamento. Chegou lá e praticamente se arrastou escadas acima, amaldiçoando o prédio por não ter um elevador que a levasse até seu apartamento no quarto andar. Ela se sentia um lixo e sentia que se cheirava tal qual.

Rosalie quase gemeu quando chegou a seu andar e sem forças por causa do esforço de subir as escadas naquela situação, ela desabou no chão. Não havia ninguém ali, então ela poderia recuperar o fôlego à vontade.

Mas é claro que não seria tão fácil assim.

A porta do apartamento em frente ao seu abriu, saindo de lá seu vizinho Emmett, um espanhol que morava no prédio há pouco menos de um ano, e um homem que Rosalie deduziu ser pai dele, por conta da aparência parecida. A loura tentou se levantar rapidamente, sem muito sucesso e o homem mais velho que vestia uma camiseta da polícia sorriu.

– Acho que você não foi o único a se divertir demais ontem, Emm. – ele disse com um sorriso simpático. Rosalie por fim ficou de pé e deu um sorriso envergonhado, cumprimentando os dois.

– Não ligue para o que ele diz, Rosalie. – Emmett pediu enquanto abria um sorriso e revirava os olhos. Só então Rosalie reparou nos trajes do vizinho, uma cueca boxer e uma camiseta de tecido fino que revelava os músculos de seu corpo. – Esse é meu pai, Eleazer, aliás. Pai, essa é Rosalie.

– Vá se vestir, garoto! – ele disse se voltando para o filho. – Isso não são roupas para se usar quando se fala com uma dama. – ele ralhou. O filho revirou os olhos.

– Não é como se eu estivesse nu. O que estou vestindo te incomoda, Rosalie?

– Hmmm? – ela disse levemente distraída pelas pernas musculosas e a boxer. Então ela olhou para cima, notando o sorriso no rosto de Emmett. Rosalie se sentiu corar e desviou os olhos.

– Não, está tudo bem. – ela respondeu. Mais que bem, aquela era a melhor visão que ela tivera nos últimos dias.

– Bom, eu tenho que ir. – Eleazer disse. – Se comporte, Emmett. Não quero te ver em problemas de novo. – alertou o filho e então voltou-se para a loura. – Rosalie, foi um prazer conhece-la.

– O prazer foi meu. – ela deu um sorriso pequeno, tudo que conseguia naquele momento. Ele se despediu de ambos e desceu as escadas. Quando ela se virou para Emmett, ela o viu o encarando.

– Não me leve a mal, mas você parece péssima. – ele disse com um sorriso, para amenizar o comentário. Rosalie se encolheu.

– Eu me sinto péssima.

– O que você bebeu noite passada? – ela hesitou antes de responder.

– Tequila. E provavelmente vodca. – ele sorriu. – Eu fui demitida. – ela disse, como se precisasse se explicar. O sorriso se compadeceu.

– Sinto muito pelo seu emprego, mas olhe, é um ótimo motivo para encher a cara. – ele a apoiou. Ela sorriu.

– É sim.

– Boa sorte com sua ressaca. – ele desejou ainda sorrindo e ambos se despediram, Rosalie entrando no apartamento e sentando-se de qualquer jeito na primeira cadeira que conseguiu alcançar. Ela deu um gemido audível quando ouviu batidas em sua porta que mais pareciam um imenso sino ao lado do seu ouvido.

Ela se levantou e se arrastou para frente, abrindo a porta em seguida. Surpresa, viu que era Emmett.

– Aqui. Isso vai te ajudar. – ele disse simpático, entregando-lhe um copo com uísque, que ela não pegou. O estômago de Rosalie se revirou e ela engoliu em seco.

– Obrigada Emmett, mas não sei se sou capaz de beber isso agora. Ou qualquer outra coisa pro resto da minha vida. – ela deu um gemido angustiado e ele sorriu.

– Feche os olhos e beba. – ele insistiu.

– Não sei se isso funciona com mulheres. – a loura respondeu. – Beber por cima de ressaca é mais uma coisa de homens.

– Tudo bem, eu fecho meus olhos e você bebe, assim ninguém vai saber que você fez algo de homem. – ele fez aspas com a mão. Rosalie sorriu. Talvez a fizesse sentir melhor, afinal de contas.

– Tudo bem. – ela concordou. – Mas feche os olhos. – ele sorriu e concordou. Deu o copo para a loura e fechou os olhos. Ela encarou o copo em suas mãos e então as pernas de Emmett entraram em seu campo de visão.

Como ele estava de olhos fechados, ela parou alguns instantes para admirar aquelas pernas. E que pernas. Depois de algum tempo olhando e comparando com outras pernas de outros caras, Emmett deslocou o peso de uma perna para a outra.

– Já terminou?

– Não! – ela olhou para seu rosto do moreno, para checar seus olhos. Ainda fechados, ela constatou. Ela olhou então para a bebida, fechou os olhos com força e virou o copo.

– Argh! – exclamou quando terminou de engolir. Emmett a encarou por alguns segundos.

– Você vai vomitar? – checou.

– Não. Acho que estou bem. – o grandão abriu um sorriso de covinhas que Rosalie achou particularmente encantador.

– Muito bem.

– Então seu pai trabalha na polícia? – Rosalie perguntou enquanto devolvia-lhe o copo.

– Não mais. Ele tem uma empresa, é investigador particular.

– Ah. – o telefone então tocou, fazendo ambos olharem para dentro do apartamento de Rosalie. – Eu tenho que atender, mas obrigada. – ela deu um sorriso e Emmett sorriu de volta.

– Disponha. – quando a loura já se voltava para seu apartamento, Emmett a chamou. – O que você achou? – ele perguntou quando ela se virou.

– O que achei do que? – ela perguntou confusa.

– Das minhas pernas, cariño. – ele abriu um sorriso levemente presunçoso. Rosalie corou.

– Eu não sei do que você está falando. – se fingiu de desentendida. O sorriso aumentou.

– Engano meu, então. – ele disse e Rosalie rapidamente entrou em seu apartamento depois de assentir.

Ainda envergonhada, Rosalie foi até seu telefone, mas ao ver o número da mãe no identificador de chamadas decidiu não atender. Foi até o banheiro e ficou por um longo tempo embaixo da água, colocando depois uma camiseta do seu time preferido de futebol americano.

Ela se deitou em sua cama, angustiada com o número de parceiros sexuais que tivera e desesperada pelo fato de nenhum deles ter dado certo. Depois de um longo momento deitada na mesma posição, ela por fim decidiu o que iria fazer em seguida.

Depois de um café da manhã leve, Rosalie caminhou até a igreja mais próxima. Havia muito tempo desde a última vez que ela se confessara, mas ela sentia que precisava de uma solução divina. Encontrou uma mulher mais velha conversando com um padre no confessionário, e assim que ela saiu, tomou seu lugar, não dando tempo do padre sair.

– Padre, preciso me confessar. – ela falou rapidamente.

– Claro, minha filha. – o homem respondeu com a voz tranquila, Rosalie pensou conhecer aquela voz de algum lugar. – Jesus está te ouvindo.

– Bom padre, eu sou uma mulher... Fácil. Pronto, falei. Sou fácil. É difícil controlar minhas vontades. Sou um pouco precipitada ás vezes e por isso acabo dando bola para homens que não merecem. – ela engoliu em seco, mas não deu tempo do padre se manifestar. – Acontece que ontem eu descobri que mulheres que dormem com mais de vinte homens raramente conseguem um marido. E na festa de noivado da minha irmã Alice ontem, eu descobri que ela e minhas amigas não dormiram com quase nenhum homem, quer dizer, o máximo que ouvi foi pouco mais de treze. Ou pode ter sido doze ou onze. Não tenho certeza. – ela continuou a falar. – De toda forma, por ironia do destino ontem eu acabei bebendo demais e dormi com o pior cara da face da Terra. Acho que não devia fazer nenhuma das duas coisas. – ela franziu os lábios.

– Sim, não são coisas que Deus aprova.

– De todo jeito, padre, ele foi... Hm, ele foi o vigésimo. E eu não entendo o porquê de não ter dado certo com nenhum deles. Quer dizer, com o último eu entendo.

– Você já se deitou com vinte homens, minha jovem? – Rosalie pensou ter ouvido certa surpresa na voz do padre, mas lembrou a si mesma que padres não deveriam julgar.

– Bom padre, o senhor sabe como é... Ou não... Quer dizer, isso tudo começou muito mal, é claro. Eu era uma jovem inconsequente no colegial e acabei dormindo com o Royce. Aí depois eu dormi com o Sam para causar ciúmes no Royce, mas foi até bom, – o padre deu um tosse forçada – mas errado, é claro. Aí depois teve o Quil e o Seth e então o Paul e...

– Rosalie? – a voz do padre soou verdadeiramente surpresa.

– Eu não te falei o meu nome. – a loura cerrou os olhos.

– Não. – ele concordou. – Mas quando você falou o nome da sua irmã e de alguns homens com quem você se relacionou, eu, hm, pensei que poderia ser você.

– O que? Como isso é ao menos possível? – ela perguntou desconfiada.

– Ham, porque eu já dormi com você. – ele disse meio sem graça.

– Como é? Eu nunca dormi com um padre! – Rosalie falou se levantando. – Eu acho a ideia intrigante, mas nunca dormi! – o padre deu uma risadinha curta. Ao ver que Rosalie se levantara, ele saiu do confessionário.

– Eu não era padre na época. – ele falou quando já estava frente a frente com ela.

– Espere um minuto... Eu sabia que sua voz era familiar! – ela arregalou os olhos. – Sam? – ele assentiu. – Ai meu Deus, como você se tornou um padre?

– Bom, depois de, hm, dormir com você, eu notei que minha real vocação estava em Deus, então fui para um seminário e, bom, não vou me ater em detalhes. Aqui estou eu, a serviço divino.

– Eu não posso acreditar que eu te traumatizei a ponto de virar um padre. – ela abriu a boca em um ‘o’. Sam riu.

– Não foi sua culpa. – ele botou o assunto de lado. – Mas voltemos ao seu problema.

– Sim! – ela concordou, não se preocupando nem um pouco em ficar envergonhada pela situação em que se encontrava e certamente não dando espaço para o padre sentir o mesmo. – Então o caso é, na revista dizia que mulheres que fazem sexo com vinte homens ou mais quase nunca conseguem um marido. E eu quero me casar! – o padre deu um suspiro profundo.

– Rosalie, por que você veio se confessar? – ele quis saber.

– Bom, porque eu precisava de uma solução. Achei que talvez Deus pudesse me ajudar. – ela encolheu os ombros.

– Você se arrepende de dormir com esses homens? – ele perguntou. Ela hesitou.

– Bom, acho que não. Quer dizer, eu me arrependo de dormir com tantos, aos menos eu acho. – ela franziu o nariz e Sam deu um sorriso enquanto balançava a cabeça negativamente.

– Então você não veio aqui pela razão certa.

– Mas padre!

– Por que você se relacionou com tantos homens? – ele interrompeu antes que ela pudesse continuar.

– Eu desperdicei minha última chance. Por isso eu vim aqui. – ela colocou a sugestão de lado.

– Bom, minha querida, primeiro então por que você não repensa por que se relacionou com tantos homens? Quer dizer, são bastantes homens...

– Padre. – Rosalie reclamou. Ele sorriu.

– Por que você não se pergunta por que se relacionou com cada um deles e o que fez o relacionamento não progredir? – Rosalie permaneceu em silêncio por alguns minutos pensando sobre o que o padre disse e abriu um largo sorriso.

– Padre, você me deu uma grande ideia!

– Como?

– É isso! Eu não posso me envolver com novos homens, não quer dizer que eu não possa me envolver com os antigos! Quer dizer, isso não vai aumentar o meu número.

– Rosalie, não foi isso que eu disse, eu fa...

– Não, mas isso é genial! – ela continuava a sorrir.

– Rosalie...

– Sam, eu tenho que ir. Obrigada pelos conselhos. – ela deu um rápido abraço no padre e virou-se para seguir em direção à porta da igreja.

– Rosalie, abra seu coração para Jesus. Você precisa de Deus na sua vida! – ele ergueu a voz para ela ouvi-lo.

– Eu preciso é do Google! – ela respondeu antes de passar pela grande porta que levava à rua. Ligou para o irmão mais velho. – Mesmo você sendo um inútil que não consegue proteger a própria irmã, descobri uma maneira de não ficar sem sexo pro resto da vida! – ela disse com um sorriso quando ele atendeu.

– Vai pro vinte e um? – ele perguntou como se fosse obvio.

– Não! Mais de noventa por cento das mulheres com mais de vinte parceiros sexuais não conseguem se casar. Isso quer dizer que não posso ter mais de vinte. Eu já falei. Mas, isso não quer dizer que eu não possa repeti-los.

– Do que você está falando? – Edward perguntou confuso.

– Eu vi um ex hoje. Ele é um padre, dá pra acreditar? Ele me mandou repensar os motivos de ter ficado com cada um dos homens que fiquei, então eu pensei “por que não dar mais uma chance a eles?” Quer dizer, o padre está mais bonito, vai que os outros estão diferentes também? – ela disse animada.

– Não... – Edward falou, já antecipando o que a irmã diria em seguida.

– Edward, é genial!

– Não, é estupidez. – ele discordou. – Houve uma razão para terminar da primeira vez, você não acha?

– Não importa. Eu mudei, talvez eles tenham mudado também. Talvez dê certo. – ela disse esperançosa.

– Rose...

– Eu tenho que ir. Nos falamos depois. – ela desligou antes que ele começasse o sermão. Ela ligou então para Alice, contando toda a história, na esperança de receber algum apoio. Esperança vã, já que a irmã mais nova também achou a ideia absurda.

Ao chegar ao seu apartamento, Rosalie foi até o notebook, procurando na internet sobre os homens que estavam em sua lista. Riscou logo o nome de Jasper e de Sam, que estavam obviamente fora de questão. Riscou também o do primo Jacob, o de Caius e do seu último namorado.

Após horas na internet e algumas taças de vinho, sem qualquer resultado a respeito dos homens que procurava, ela deu um suspiro longo e resolveu se deitar.

Amanheceu com uma dor de cabeça por culpa do vinho e quando estava na cozinha, ouviu a voz do vizinho da frente. Uma ideia surgiu em sua mente, e ela se adiantou para a porta, abrindo-a antes que Emmett sumisse dentro de seu apartamento.

– Emmett! – ela chamou-o. – Eu preciso falar com você e... Você está nu. – ela disse desviando os olhos.

– Eu não estou nu. Estou me cobrindo com essa toalha aqui. – ele disse com um sorriso erguendo a toalha de rosto na frente dela para que ela pudesse observar. – O que você precisa falar comigo? – perguntou usando uma das mãos para pegar o jornal e a outra para segurar a toalha.

– Bom, eu sei que você tem companhia, mas só vai durar um segundo. – ela disse quando ouviu uma voz feminina chamando-o de dentro do apartamento dele. – Sabe como você disse ontem que seu pai tem essa empresa de investigações particulares? – ele assentiu. – Então, eu queria saber quanto mais ou menos ele cobraria para achar algumas pessoas para mim.

– Algumas pessoas? – o moreno a encarava. Ela engoliu em seco e procurou uma desculpa. Enquanto isso entregou a lista com nomes, últimos endereços e telefones que ela conhecia dos homens.

– É, são alguns antigos amigos que minha irmã quer convidar para o casamento dela. E meio que perdemos um pouco o contato com essas pessoas e eu disse que a ajudaria a encontra-los. – Emmett olhou-a cerrando os olhos, parecendo desconfiado.

– Quantas pessoas?

– Ham, umas quinze ou alguma coisa assim. – ela deu de ombros, fazendo pouco caso. – Só precisamos saber endereço atual, se está solteiro ou comprometido, se é gay ou heterossexual, essas coisas.

– Por que você precisa saber se é gay ou não? – a expressão do espanhol era confusa. – Se for, não vai ser convidado para o casamento?

– Claro que vai! – ela se apressou em responder. – É só para saber como enviar o convite. Acompanhante ou não, em qual mesa colocar, essas coisas. – ela inventou rapidamente. Emmett ainda tinha o olhar desconfiado no rosto.

– Eu vou perguntar ao velho, passo no seu apartamento depois para te dizer, pode ser?

– Claro, ótimo. – ela sorriu. – Obrigada. – ele abriu um sorriso de covinhas.

– Disponha, cariño.

Pouco menos de uma hora depois, Emmett apareceu no apartamento de Rosalie.

– E então? – Rosalie perguntou quando ambos estavam sentados no sofá.

– Com base nas informações e como é uma pesquisa bem básica, fica cinquenta dólares por pessoa. – ele disse.

– Cinquenta? Sério? – ela pergunta animada. – Achei que seria mais.

– Sim. Como eu falei, é bem básica. Posso fazer tudo do meu apartamento, com algumas ligações e um site de busca.

– Espere, do seu apartamento? Eu achei que o seu pai faria. – ela franziu os lábios.

– Bom, meu pai provavelmente cobraria mais caro do que eu, e como sei que você foi demitida...

– Você também é investigador particular?

– Só nas horas vagas. – ele abriu um sorriso. – Sou ator, ou ao menos tento ser. E também sou bartender. E como os negócios como ator não vão muito bem, é sempre bom ter uma grana extra. – ele deu de ombros.

– Você é bom mesmo nisso? – ela cerrou os olhos.

– Sua falta de fé em mim me magoa profundamente. – ele disse com o sotaque forte. – Bom, eu já achei dois dos nomes. – os olhos da loura se arregalaram.

– Já?!

– Não precisa parecer tão surpresa. – ele riu. – Aliás, o que são aqueles nomes riscados da lista?

– Pessoas que já encontrei. – Rosalie respondeu desviando o olhar. – Quem você achou?

– Paul e Peter. – ele disse. – Infelizmente, acho que Peter não poderá comparecer ao casamento.

– Por que? Ele mora fora do país? – Rosalie perguntou. Ela se lembrava bem de Peter. Terminara com ele por uma razão tola, ele era um bom cara, mas era meio lerdo. Haviam se relacionado no final da faculdade e ele tinha milhões de planos e expectativas que Rosalie estava cansada de ouvir.

– Não, ele mora bem aqui. – ela pareceu confusa. – Mas ele não está na Terra no momento.

– O que? – ela perguntou sem entender. – Está no espaço? – perguntou ironicamente.

– Exatamente. – ele concordou.

– Puta merda. – ela arregalou os olhos. – Como isso é possível?

– Ele trabalha pra NASA. Foi mandando para fazer algo no espaço, não me ative aos detalhes já que você não pediu. – Emmett falou enquanto mostrava a ela uma reportagem bem superficial impressa. Rosalie se perguntou como ela não achara aquilo no Google.

– Não acredito que ele fez isso. Ele era meio... Devagar. – tirando o fato de que tinha um hálito de queijo sempre, ela completou.

– Mas o Paul está na Terra. Ele trabalha como caixa em um supermercado.

– O que? Ainda? – ela suspirou. – Já fazem dez anos e ele ainda está lá? – Emmett a olhou com uma sobrancelha erguida. Ela sorriu. – Você é um bom investigador, eu acho. – o moreno revirou os olhos.

– Aqui estão os endereços e telefones que consegui. – ele disse colocando alguns papeis sobre a mesa. – Me dê seu e-mail e seu número, assim posso te deixar atualizada e mandar as informações para lá.

Ela concordou e depois de trocarem contatos, Rosalie o pagou os cem dólares e ele partiu. Olhando no relógio, Rosalie notou que era hora de encarar a irmã mais nova para experimentar os vestidos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi gente!
Fiquei muito animada com os reviews do capítulo passado, por isso postei rapidinho. Espero que gostem desse capítulo e quero ver todas vocês por aqui de novo nos reviews! Ah, quem nao conhece minhas outras histórias, dê uma passada no meu perfil! ;)
Enfim, até o próximo. Beijo grande!