Frozen Love, Melted Heart escrita por NenaSt


Capítulo 3
Fly With Me


Notas iniciais do capítulo

Heey, capítulo 2 pra vocês :D
Ah, e já agradeço às pessoas que acompanham, principalmente as que comentam. É bom saber que estejam gostando *-*



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– Anna, você precisa ficar aqui e cuidar de tudo – dizia Elsa, pela milésima vez.

– Mas eu não quero! Por que o mundo é tão injusto comigo? Eu finalmente encontro meu verdadeiro amor, e o que eu um dia achei que fosse o verdadeiro amor, seqüestra o verdadeiro amor!

Anna estava muito nervosa. Elsa nunca a vira assim, mas dava pra perceber o quanto estava histérica pelo número de vezes que dizia a mesma palavra. Enquanto isso, Jack apenas observava tudo.

– Eu preciso ir com você! – continuou – Por que não posso?

Havia lágrimas em seus olhos. Elsa realmente queria deixá-la ir, mas não podia. Hans não queria Anna, queria apenas a coroa. Mas provavelmente também queria maltratá-la para se vingar. E Elsa não podia deixar que sua irmã fosse maltratada, ainda mais por Hans.

– Escute. Eu volto logo, e trarei Kristoff. É uma promessa.

Anna ainda estava chorando, mas era perceptível que havia ficado mais calma depois dessa promessa. Elsa enxugou suas lágrimas.

– O meu medo – disse Anna – é que nenhum de vocês dois voltem. E vocês são as únicas pessoas no mundo que eu amo, eu simplesmente não consigo... depois que papai e mamãe se foram...

– Nós voltaremos. Eu já prometi, Anna.

As duas deram um forte abraço de despedida. Logo depois, Elsa montou em Sven e os dois foram a caminho de Kristoff e Hans. Ela olhou pra trás. Anna estava com Olaf, ambos a observavam se afastar.

Ela dispôs-se a pensar no que Anna havia dito. “Desde que papai e mamãe se foram...”. Como lembrava dessa época. Sua infância inteira presa dentro de um quarto, escondendo os poderes de todos. Quando seus pais morreram, Anna implorou para que ela abrisse a porta. Ela realmente queria. Queria abrir aquela porta, abraçar sua irmã e contar tudo. Mas não podia. Iria machucá-la. “Vocês dois são as únicas pessoas no mundo que eu amo”. Anna realmente amava Kristoff, ao contrário de Elsa. Elsa nunca havia amado ninguém além de seu pai e sua irmã. Às vezes ela pensava se um dia iria aparecer alguém, mas...

– Ei! – Jack havia surgido de cabeça pra baixo logo na frente do Sven, que freou de uma vez só, quase derrubando-a.

– Qual é o seu problema?

– Eu quero ajudar.

– Ajudar em quê?

– Você. Ouvi a conversa com sua irmã, não pude evitar. E bem, eu achei que poderia ajudar de alguma maneira.

– Que maneira exatamente?

– Você vai usar seus poderes contra o Hans, certo? E eu raciocinei um pouco, concluindo que nós dois somos uma boa dupla.

– Desde quando nós somos uma dupla?

– Ainda não somos, mas podemos ser. Eu ainda posso oferecer uma carona mais rápida do que a rena.

Sven bufou.

– Calma, garoto – disse Elsa para Sven – Que tipo de carona? Você por acaso tem uma carruagem?

– Se você ainda não notou – Jack começou a flutuar e dar cambalhotas no ar – Eu posso voar.

– Eu notei quando você surgiu de cabeça pra baixo na frente do Sven. Mas como isso...

Antes que ela pudesse terminar a frase, ele a pegou nos braços subindo o mais alto e rápido possível, acima das nuvens.

– Jack! O que está fazendo? – gritava Elsa, pois era o único modo dele escutá-la mesmo com todo o barulho do vento.

– Voando! Não é divertido?

– Me ponha no chão! Eu não estou com tempo para me divertir agora!

Ele desceu com ela até onde Sven estava.

– E então? Somos uma dupla?

Elsa pensou um pouco. Realmente os dois poderiam formar uma boa dupla, e uma ajuda não seria tão mal. E a sensação de voar também não era ruim. Na verdade pelo contrário, enquanto estava no ar, ela pôde se sentir ainda mais livre do que quando se isolou no castelo de gelo. Enquanto voava com Jack, Elsa sentiu algo que não conseguia entender, e uma espécie de... frio na barriga. Era algo meio esquisito, a rainha do gelo sentir um frio na barriga, mas ainda assim. Talvez aquilo fosse o vento forte, ou apenas o fato de estar a milhares de metros do chão.

Ela suspirou.

– Tudo bem. Somos uma dupla. Mas você terá que se comportar.

Jack se deitou no vento como se estivesse completamente relaxado.

– Como assim? Eu sempre me comporto!

– Claro. Mas espere, como vamos encontrar Hans? Apenas Sven sabe o caminho, ele fugiu de lá.

Enquanto isso, a rena ainda esperava impacientemente uma resposta. Jack pensou um pouco.

– Já sei! Hey, garoto. Sabe o caminho de volta para casa? – perguntou ele. Sven fez que sim com a cabeça – Ótimo, então você já pode voltar. Nós damos um jeito.

– O que você está fazendo?

– Dando um jeito! Vamos!

Então ele a pegou nos braços e novamente subiu muito rápido.

– Você quer parar de fazer isso? Como vamos descobrir onde eles estão sem a ajuda do Sven?

– Existe uma coisa chamada vista aérea. Então... como é o lugar onde seu querido cunhado está sendo mantido como refém?

Elsa o encarou, incrédula.

– O que foi? – perguntou

– Quantas vezes eu vou ter que dizer que nós não sabemos onde ele está??

– Ah... isso é um problema.

– Não me diga.

Jack tentou pousar novamente, mas dessa vez deu errado. Os dois iriam cair bem num riacho, mas Elsa usou seus poderes para congelar a água e Jack encostou o cajado. Os dois pousaram no lago congelado e olharam em volta. Elsa não reconhecia aquele lugar. Era bem diferente, havia apenas o lago no meio de árvores.

– Que lugar é esse? – perguntou

Jack estava fascinado. Era como se o lugar o trouxesse lembranças.

– Hmm, Jack?

– Sim?

– Conhece este lugar?

– Bem, eu... sim. Tenho vagas lembranças desse lugar. Fui criado aqui.

– Aqui?

– Digamos que eu meio que surgi desse lago. Antes disso não me lembro mais de nada. Só me lembro de encontrar o cajado aqui. E então eu encontrei um lugar onde haviam camponeses, mas nenhum deles conseguia me ver. Foi algo... trágico.

– Entendo.

Ele a olhou, surpreso.

– Entende?

– Sim. Eu passei a vida tendo contato apenas com meus pais, e ainda assim tinha que ficar longe deles para não machucá-los. Não me sentia invisível, apenas só.

O silêncio tomou conta do local. Aquilo era normal entre os dois, sempre que compartilhavam suas vidas um com o outro ficavam constrangidos. Elsa quebrou o silêncio:

– Está escurecendo. É melhor irmos andando.

– Irmos andando? Você está exausta! Temos que descansar.

– Mas como? No chão?

– Eu não tenho o poder de fazer neve, só gelo. Mas você tem. Faça nevar e nós deitaremos na neve macia.

E assim o fez. Jack estava certo. Ela realmente estava exausta, pois assim que deitou, fechou os olhos e adormeceu. A ultima coisa que viu antes de cair no sono foi os imensos olhos azuis encarando-a.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Errei alguma coisa? Comentem que eu conserto :3