Narração: Cadius Harrison. (17 anos)

Havia ficado confuso de não ter conseguir invadir a mente da criatura. Então aquela garota apareceu após abandonar minha irmã sozinha. Depois aproveitei a distração do Difusor sobre Beatrice e o ataquei, mas ele tinha outras armas e fugi para debaixo da mesa sem poder feri-lo novamente. Atingiu-me com o gancho afiado no primeiro golpe sobre a mesa, depois me mantive deitado no chão e ele não me alcançou. Vi o sangue do Difusor pingar no chão e Beatrice comemorando por ter acertando-o. Ela não o percebeu avançando e empurrando as mesas como se fossem de papel. Gritei, mas já era tarde. Ela estava de volta, atordoada com caudada do Difusor.

A dor do ferimento no meu ombro era aguda e insuportável. Um pensamento me ocorreu em milésimos de segundo enquanto o Difusor se aproximava de Beatrice: será que eu conseguiria criar ilusões para mim mesmo? Evitando a dor para matar esse bicho? Era arriscado demais, e quase improvável, mas - Que seja!

Sai debaixo da mesa com meu sangue que já escorria pelo abdômen, e o Difusor estava bem perto dela sem me perceber. O atingi com a faca-longa entre as costelas e ele berrou enquanto a arrastava para baixo abrindo o corte e afundando a lamina. Enfim a criatura caiu morta. Acho que consegui atingir algo importante.

Olhei Beatrice, ela tinha sumido de onde estava, e um tiro elétrico foidisparado atrás de mim. Virei-me pegando a garota. Ela havia entrado na frente do tiro de um soldado dos Filhos-da-Lua. Fiquei sem reação, como iria enfrentar uma arma de disparo? O soldado preparava um segundo tiro mirado em mim quando um disparo com som diferente o atingiu e o derrubou. Um garoto loiro de óculos de lente azul entrou, vestia um casaco preto grosso de lã que ia até o meio da sua coxa sobre uma camisa camuflada, jeans-verde e tênis. Ele verificou se o soldado estava abatido então nos notou.

Minha cabeça doeu como a dor do ombro e percebi que não podia continuar com a ilusão e a desfiz sentido aquele corte no ombro. A garota conseguiu se sentar no chão pressionando o ferimento perto da barriga e olhava o estranho que se aproximava com outro garoto menor. Não pareciam ser ameaça.

Vocês estão bem? -Perguntou o maior olhando-nos sentados no chão.

Claro! Não tá vendo que estamos aqui em um encontro legal com nosso amigo alienígena?- disse a garota apontando para o Difusor.

E ele riu da ironia.

O pequeno de olhos castanhos se aproximou de mim preocupado. Observando o meu ombro, que doeu quando ele apenas tentou retirar o tecido para ver melhor.

Eu sou Yan. Isso vai te ajudar por enquanto. -disse puxando de uma pequena bolsa de couro uma seringa encapsulada e sem minha permissão me espetou. A dor aliviou consideravelmente depois e enquanto o observava cuidar da garota que foi sentar-se em um banco.

Houve um estrondo alto lá fora, que fez as luzes do salão balançarem. Então me lembrei de Nailáh. Fui para cozinha e encontrei-a escondia dentro de um dos armários. Fiquei feliz por ela estar bem.

Fomos para o refeitório, Yan percebeu meu retorno e conversou com minha irmã se ela estava bem. Eu assistia o loiro conversando com a garota, ele tentava entender o que ela tinha feito e como tinha feito, mas alguma coisa a irritava e ela respondia ironicamente.

Nailáh se aproximou dos dois ouvindo como ela tinha me salvado. Depois olhou intrigada para o garoto:

Porque você esta de casaco em um dia de sol como hoje?

Ele sorriu para ela gentilmente ao responder:

Ajuda a proteger contra tiros -apontou Beatrice- e contra as criaturas. - olhou para o difusor rapidamente. -A proposito eu sou Dukan Greyrein, prazer. - Ele estendeu a mão para Nailáh que o segurou fortemente como papai sempre sugeriu.

Parece que terminamos. -entrou falando um rapaz de cabelos pretos vestindo jeans, uma blusa cinza e coturnos. Ele retirava uma jaqueta de couro preta arruinada e descartava em um lixo próximo. -Ah, sobreviventes. -ele pareceu surpreso aos nos ver, mas sua voz era normal.

Sim. - disse e Yan- E eles que acabaram com este, Flecher.

O rapaz chamado Flecher olhou para nós dois nos avaliando. Respirou fundo, enquanto os outros ficavam em silencio.

Se quiserem podem convida-los. Agora vamos, temos que ajudar os outros.

Narração: Dukan (17 pra 18 anos)

Os equipamentos de Flecher foram bem uteis. Chegamos atrasados na escola, mas conseguimos evitar grande parte do ataque. E encontramos sobreviventes que lutavam! O que foi legal e evitou o trabalho com o ultimo Difusor. Fiquei interessado em conhecer a garota, que era bonita e salvou o garoto, não me parecia ser do tipo fraca. Tentei convencê-la a se juntar á nós, mas não deu muito certo. Acabei apenas dando um endereço para ela fazer uma visita quando quisesse. Respondeu-me que iria pensar.

Saímos ajudando uns e outros que encontramos. Beatrice, Cadius e irmã andaram junto conosco até a saída. Flecher e Yan conversavam com o garoto, ou tentavam, ele não falava muito, mas disse que queria se juntar a nós por que era uma forma de saber o que aconteceu com a mãe, que foi sequestra há alguns anos pelos Filhos da Lua. Fiquei de fundo com a garota ao meu lado ouvindo a conversa alheia. Muitos dos alunos saíram ilesos, outros ferido e, infelizmente, um bom grupo de adultos perderam a vida com os soldados ou com o Difusor tentado ajudar.

A equipe de resgate daquela cidade era bem rápida, não passou meia hora e ambulâncias e outros veículos estavam na porta da academia. Beatrice logo sumiu ignorando qualquer ajuda dos enfermeiros indo para o seu - belo - carro estacionado na frente da escola. Cadius foi levado para uma ambulância junto com a irmã. O que foi bom pra ele já que a irmã logo o denunciou que tinha medo de aviões quando Yan sugeriu leva-lo para o hospital mais rapidamente com o helicóptero em que viemos. A maioria dos sobreviventes teve o mesmo destino.

Sei por experiência que aqueles que tiveram contato com o Difusor vão sofrer um pouco até se recuperarem da contaminação. Acabei descobrindo, depois do ataque da nossa velha escola, que nem todos desenvolve anomalia ou sobrevivem com esse contato. Nenhum de nós entende o porquê, mas eu acho que só aqueles com alguma brecha no dna pode ser transformados. Assim que as coisas estavam, mas calmas resolvemos ir embora e organizar as novas coisas que conseguimos desse Toten.

No helicóptero, em um campo próximo, Yan apareceu do nada depois de um tempo sumido. Junto dele um cão ferido nas costelas, que parecia um mestiço de pastor alemão de pelo escuro, estava animado em segui-lo.

Não Yan. - disse Flecher ao encarar o animal se aproximando. - Você sabe que cachorro não é comigo, e eu não o quero no helicóptero.

Mas ele me ajudou, você viu, quando o difusor me atacou... ele me salvou.

É Flecher até que é bonitinho. Por mim não tem problema. -Apoiei.

Ele negou veemente com um gesto de cabeça. Então o cachorro foi até ele e pulou tentando apoiar as patas dianteiras nele. Mas Flecher se afastou bem rápido, o que foi engraçado, falando:

Yan! - e o cão latiu grossamente em resposta.

Nós rimos, e Yan o segurou-o coçando entre as orelhas.

Ele, com certeza, vêm com a gente! - eu disse para Yan, que sorriu. - Afinal agora não tem mais escola para ele guardar. -Flecher me olhou irritado, e eu não contive um sorriso. - Ele vai ao lado de Yan não se preocupe.

Leno concordou comigo, já na cabine e pronto para partir. E contou, deixado Flecher levemente vermelho e sério, que o menino na nossa frente não teve muito contato com animais de estimação.