Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 79
Um assunto confuso.


Notas iniciais do capítulo

Olá, fique mega assim:"Ah, que capitulo longo!" (me imagine fazendo uma cara de quem ta com dor de cabeça, mas não estou, é apenas pra enfatizar o drama, e que não sei o que fazer). Então meu lado esquerdo do cérebro (o sem juizo, mas com amor para dar ao mundo) diz:"Ah, mas você não pode cortar ESTE capitulo no meio! Já postou maiores! Quem vier ler, não vai gostar de não saber o final. Pense neles!". E foi assim que decidi postar, tentando não ter peso na consciência pelo tamanho disso. ':D
Anteriormente: Savannah tomou o lugar de Destiny, então intimou Flecher para ficar com ela, usando de seu poder. Mas ele resistiu inesperadamente, e negou-a. Frustrada e rejeitada a ruiva se irritou, pois seu poder não devia falhar,e saiu pela casa sem ter encerrado o assunto, Flecher foi atrás dela sabendo disso.
—Boa leitura, desculpa a demora e Feliz dia das Crianças!



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Depois de deixar as coisas de sua refeição noturna na cozinha, Vinte estava atravessando sozinho o salão de jantar, indo ao encontro de Brian e Lucas na sala de tevê, para terminar de ver o filme que eles escolheram antes de ir para sua cela-quarto. E foi aí que Savannah o encontrou e charmosamente perguntou se ele gostava dela o suficiente para um beijo “emprestado”, usando seu poder de persuasão sem necessidade, já que o jovem abriu um sorriso ao perceber facilmente que era Savannah e deu o que ela queria, e que ele já começava a imaginar desde que a conheceu. Mas a ruiva não tinha pensado que com ele seria diferente. Algo se remexeu em seu estômago com o toque cuidadoso dele em seu rosto e ela esqueceu-se completamente do outro garoto com quem discutiu há pouco. Quando Savannah conseguiu pensar em meio ao que estava acontecendo, sentiu um pavor grande se instalar, pois ela tinha medo de se apaixonar, mesmo sendo sempre a garota tão cheia de si e confiante. E ela afastou Vinte e encarou seus olhos azuis-claros radiantes antes de deixar Destiny lidar com as coisas – algo que Destiny fez muitas vezes com ela.

E o soldado ficou admirando a garota ruborizada em sua frente, gostava do jeito sem regras e segura de Savannah, e em Destiny sua forma de dar atenção aos outros e ser gentil, ele não podia escolher uma.

–Solte ela agora!- disse Flecher entre os dentes. Ele havia os encontrado e se irritou por ter assistido aquilo, muito mais do que podia imaginar.

O soldado encarou o moreno sem entender, assim como a confusa e corada Destiny, que tentou se afastar, mas Vinte a manteve perto. Então Flecher se aproximou encarando-a dizendo:

–Você não devia ter feito isso! Ele é um soldado do inimigo! Não é confiável pra nada!

Vinte soltou Destiny e se pôs entre ela e o garoto irritado dizendo:

–Ela não fez nada!

–Ninguém te perguntou!

Flecher deu um empurrão no outro para ele se afastar, mas, após resistir em ficar no lugar, o soldado segurou seus pulsos com força e o encarou desafiadoramente. Então Flecher se soltou enfurecido e deu um soco forte o suficiente para Vinte cair para cima da mesa de jantar com o corte no rosto (de quando Beatrice o acertou com a espada) sangrando. Vinte não deixou barato, mesmo sem entender exatamente tudo que estava acontecendo, revidou o golpe, mas Flecher se defendeu, então o soldado continuou tentando acerta-lo de alguma forma. O moreno se afastou mantendo a defensa, até que um dos socos do inimigo o atingiu no rosto e o desnorteou. Mais irritado, Flecher avançou usando tudo que sabia pra atingir o outro.

Os dois brigavam ferozmente, trombando em alguns moveis da sala de jantar, e até conseguiram, cada um, novos cortes no rosto e marcas que iriam ficar roxas. Eles se esqueceram do motivo da luta, eram apenas guiados pela ira e vontade de causar mal e ferir o oponente. Até que em um momento, Flecher conseguiu derrubar Vinte para cima da mesa novamente, e segurou-o pelo pescoço com uma das mãos e tentava soca-lo com a outra, mas o soldado segurou o punho no ar ao mesmo tempo em que tentava amenizar a força da mão em seu pescoço. E eles ficaram em uma disputa de forças.

Subitamente a força da mão no pescoço de Vinte aumentou, e ele seria enforcado, pois já sentia que não estava conseguindo ar o suficiente. Então notou um brilho sob a gola da blusa de Flecher e desistiu de afrouxar o aperto no pescoço para segurar a corrente, enrola-la no punho e tentar enforcar o outro da mesma forma, mas antes que perdesse a consciência. Neste momento que a infeliz Destiny pediu por ajuda, antes estava muito chocada com a brutalidade da cena. Então a corrente na mão de Vinte começou a cortar, tanto Flecher como a mão dele, e então arrebentou. O moreno percebeu o estrago do acessório e afrouxou a força das mãos, dando tempo para o soldado acertar um golpe no rosto dele e chutá-lo de cima dele. Flecher acabou desequilibrando e caindo no chão sentindo o corte fino no pescoço a dor do golpe no peito. Os dois buscaram ar por alguns segundo ao se afastarem. Mas imediatamente Vinte se endireitou, ficando de pé, e avançou para chutar Flecher. No entanto, antes de Vinte conseguir acerta-lo, um escudo esverdeado apareceu entre eles e impulsionou o soldado para trás.

–O que estão fazendo?! - perguntou Yan espantado com a cena dos dois ensanguentados, amassados e com uma expressão de fúria no rosto que se amenizava aos poucos.

Yan e Aaron estavam no cômodo, trazidos pelo pedido de ajuda de Destiny. Logo Cadius, Lucas, Diana e Taz apareceram. Flecher se levantou do chão, sendo assistido por todos. E os oponentes interrompidos apenas ficaram em silencio.

–Você esta bem Dee?- perguntou Diana se aproximando da pálida Destiny, que assentiu com a cabeça. E depois ela acompanhou a ruiva até o quarto.

–Alguém vai explicar o que aconteceu?- perguntou Taz intrigada e séria cruzando os braços e encarando cada um dos os dois garotos que brigaram.

Em reposta Vinte, encurralado pelo escudo de Aaron, apenas olhou Flecher, que respondeu:

–Não importa agora. –e ele encarou o soldado de volta. –Leve ele para o quarto dele lá em baixo e o deixem preso. – se virou sem olhar para ninguém, dizendo. - E se puderem, vigiem-no nessa noite.

Taz estranhou Flecher que foi em direção ás escadas, e depois olhou Yan, que o conhecia melhor, mas ele também não entendeu nada.

–Leve ele, Aaron. E Cadius e Lucas se puderem ficar de olho nele... – os dois meninos assentiram para Yan. -Não sei o que aconteceu, mas é melhor fazermos o que Flecher falou. Eu vou ver o que...

–Espera. Eu vou lá. -Disse Taz impedindo Yan de ir atrás de Flecher. - É melhor você ir cuidar dos ferimentos desse ai. -e apontou a atadura em sangue do pé baleado do soldado.

Os garotos acompanharam o soldado para o subsolo, e depois Taz seguiu para as escadas para encontrar Flecher, que supostamente foi para o quarto dele, mas o encontrou voltando ao salão de jantar.

–Tudo bem com você?- Taz perguntou quando ele passou por ela.

Flecher a olhou e assentiu sem falar nada, depois continuou seu caminho. De volta ao salão, ele arcou até o chão para pegar um pedaço da corrente dourada arrebentada e em seguida se ajoelhou e começou a olhar de baixo da mesa e dos armários em volta, murmurando coisas incompreensíveis, mas irritadas.

–O que você esta procurando?- a pequena perguntou intrigada e se aproximou.

Flecher parou ajoelhado, pensando, então olhou a menina, que pela primeira vez estava mais alta, e respondeu:

–Tinha uma coisa importante na corrente que aquele imprestável arrebentou. - ele parecia calmo, mas ao falar no soldado a raiva aparecia em seu tom de voz.

–Um pingente?

–Não. Era um anel. –E ela ficou o olhando fixamente de cima e em silencio por um tempo. -Vai me ajudar a achar, ou não?

Taz o observou mais um pouco, deu de ombros e começou a procurar. Não demorou muito para ela encontrar o anel um armário afastado, bem no fundo.

–Aqui. –e segurou o anel na direção do garoto, sobre a palma da mão.

O objeto era dourado chamativo e brilhante, decorado com desenhos indefiníveis, mas bonitos, e o amarelo alaranjado contrastava com a pedra esmeralda de verde intenso que carregava.

–Obrigado. -disse ele antes de pegar o objeto que a menina fechou no punho e não entregou. E sério Flecher a encarou e falou: - Taz, me dê de uma vez.

–Eu quero saber exatamente o que aconteceu aqui. -exigiu ela.

–Você não vai gostar de saber. -E ele deu um jeito de puxar o punho dela, abri-lo, apesar da determinação da garota em mantê-lo fechado, e pegar o objeto.

Depois o garoto saiu em direção ao seu quarto. Taz o seguiu, irritada por ele ter sido indelicado para pegar o objeto, e porque ele estava fugindo do assunto com ela pela segunda vez no mesmo dia.

Flecher entrou em seu quarto indo direto para sua escrivaninha abrindo gavetas e potes atrás de uma nova corrente.

–Porque você fez isso?!- Taz disse entrando no quarto logo depois dele.

O garoto a ouviu e se virou, depois foi fechar a porta do quarto, que ficou aberta com a intromissão súbita de Taz.

–Você brigou com um cara por causa de uma garota Flecher?! -ela juntou as peças do que tinha visto. -Pensei que tinha um objetivo muito mais importante! Isso é...

–Um declínio? Sim! - e ele voltou a ficar na frente da menina. –Taz, eu não posso controlar tudo. E não estou feliz em ter seguido o que senti naquele momento. Aquele sentimento que me fez esquecer, por um momento, desse objetivo...

–Você esta falando de Ciúmes?!- ela se espantou. –Então desistiu mesmo daquele seu discurso bobo?! E-e está correndo atrás daquela ruiva, custe o que custar?! Sem se importar do que os outros vão achar disso?

–Não! Foi um deslize, ainda penso e desejo a mesma coisa de antes! E estou dizendo para você o que queria saber!- ele a encarava fixamente.

Taz notou o que tudo que estava acontecendo sugeria: Flecher gostava o suficiente de Destiny para brigar. Era tão claro que ele se esqueceu de quando ela disse que gostava dele e que preferiu à ruiva, que um aperto se formou em seu peito a fazendo desviar o olhar do garoto e dar alguns passos para trás.

–Taz... -disse Flecher um pouco amargurado de vê-la assim. –Eu avisei que não ia gostar de saber... E não é bem isso que esta pensando. É confuso pra mim também, eu amo a Destiny, mas... - Ele parou de falar ao ver a menina o encarar assombrada e murmurou: -Droga...

– Ama? M-mas depois daquela conversa mais cedo, sobre eu ser a primeira aqui, achei que... que tivesse algum significado.

Flecher assistindo a expressão da pequena, e ficou irritado consigo mesmo, pois disse algo que deixou a situação mais complicada do que já estava. Então caminhou um pouco pelo quarto passando as mãos nos cabelos escuros e pensando no que ia falar com mais cuidado. Depois parou e se sentou na beira da cama, apertando o anel nas mãos e encarando o carpete entre ele a menina.

– E-eu sinto isso por ela, não posso negar, mas ela... .- Ele olhou Taz. - ela não é a única. E é confuso assim. –e sorriu descontente para a menina que o ouvia com atenção. –Exatamente o mesmo sentimento para duas pessoas. Pode entender? E eu... -ele se levantou a olhando. -Eu fico tão confuso com isso, de não poder escolher quem gosto mais, que me irrito e tento ignorar por completo o que sinto, pensando apenas no objetivo que tenho. É horrível estar dividido dessa forma, sem certeza.

Os dois ficaram um tempo em silencio. Taz desviou o olhar pensado seriamente em tudo, e Flecher apenas esperou pacientemente.

–Mas acho que depois de hoje ficou claro. –disse ela o olhando de repente e um pouco friamente. –Você foi atrás dela, brigou por ela, é ela que devia escolher. Não ia fazer algo assim por... -ela observou os olhos azulados dele encarando-a fixamente. – por outra, ou por mim.

Ele sorriu sem muita convicção, dando uma olhada no anel.

–Engano seu. Sabe a Destiny, hm... a Savannah, ela esteve aqui antes daquilo.

–No seu quarto?- estranhou a pequena.

–Sim, aqui. –e indicou com um olhar o lado dele na cama. -Ela queria ficar comigo, mas eu a neguei, mesmo querendo, por que... eu me lembrei de você. – e ficou quieto, suspirou e olhou Taz. -De como você é diferente das outras, resolvendo conquistar do que simplesmente dizer diretamente e ver o que acontece, e se juntou mais a mim quando contou que não cumpriu o que pedi. Você não é uma garota. -ela franziu o cenho com a frase e ele riu continuando. – Você é a Taz.

Flecher voltou a olhar o anel rodando sobre suas mãos agitadas, então se levantou da cama e foi para o closet do quarto em silencio e calmo.

–Esta ficando muito tarde. –voltou dizendo e terminado de por uma nova blusa. –E me desculpe por te dizer isso e ainda seguir meu plano. Eu sei que sou um idiota, não precisa me lembrar.

Seguiu para escrivaninha e pegou outra corrente com um pingente qualquer, o arrancou e colocou o anel, que ficou observando.

–Minha mãe dizia que essa pedra a fazia se lembrar da esperança. – disse ele vidrado no anel-pingente.

–Era da sua mãe?- Taz perguntou, com a curiosidade se sobrepondo aos seus pensamentos.

–Sim. -ele colocou a nova corrente no pescoço. -Depois foi da minha irmã e agora apenas esta comigo, já que não tem mais nenhuma garota pra usar isso.

Os dois ouviram batinhas na porta, Flecher olhou Taz e disse:

–Não fique pensando muito nisso, ainda preciso que vença algumas lutas comigo.

E voltando a ficar serio ele mandou a pessoa entrar, era Marlene que trouxe, a pedido de Yan, algumas bandagens e coisas de primeiros socorros para Flecher que agradeceu e foi buscar as coisas, dizendo que Taz podia ir e desejando boa noite para as duas garotas.


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Notas finais do capítulo

Olá, espero que tenham gostado, e entendido um pouco dessa coisa confusa. -E ufa, foi estranho, esse capitulo foi revisto muitas vezes durante essa semana toda e antes tbm, sempre ruim e sem sentido até que cheguei a isso hj. :-} Que acho que ficou aceitável.
O próximo: ta distante. Mas não fiquem triste, vou arranjar um tempo para escreve-lo em breve... Na verdade do morrendo de vontade de escreve-lo, mas agora esta tarde da noite...
N.S. Aparecida cuide de vocês, muito obrigada por ler!

P.S.:gif nada a ver, como sempre, só tava por aqui(rs)... Aliás! Eu precisava de um lugar para poder tentar postar um gif sobre FDL, mas não pode ser um site pesado (tumblr aqui é de perder a paciência de lesmice pra carregar), mas vale muito se me derem sugestões. ;D



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