Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 78
Nas asas de Phanton.


Notas iniciais do capítulo

Olá... Meus filhotes de Husks fofuchos! Então a novela desta historia começou no capitulo anterior e continua agora. Sim, novela. E se não é tão fã de malhação e blablabla de novela, como eu, sinto muito, mas é o drama e confusões que importa. Kkk Nem tanto; mas são assuntos necessários para que eu possa continuar.
Anteriormente: Um treino de luta foi sugerido e aceito. Taz ficou sem um par, já que as meninas meio que fugiram dela. Restando apenas Philipe e ela o arrastou ignorando os olhares de Flecher que observava.
No ultimo trecho do capitulo anterior:
“Olhando em volta e vendo todos com seus pares se espalhando para a lutarem, Taz ficou séria os encarando. Flecher, que ia apenas observa-los, a notou sobrando do outro lado do salão. A garota o olhou rapidamente sem uma expressão, mas então desviou o olhar para o menino de cabelos bagunçados, se aproximou e arrastou Philipe para um canto o informando de que iriam lutar.”
(Boa leitura!)



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Philipe não prestava atenção no que estava acontecendo no salão, mas entendeu tudo ao ouvir o que a garota disse e notar que todos estavam lutando. Ele até ficou feliz de ser escolhido, mas no primeiro movimento, Taz o derrubou, girou-o no chão e o imobilizou. Ela era muito melhor que ele, e não pegou leve. Phil pediu para ser solto com um “por favor” choramingado, e devia parar por ai, mas continuou dizendo sobre o que ela estava sentindo naquele momento, que a fúria dela por aquela conversa interrompida com Flecher não ia levar a nada, pois não era um sentimento verdadeiro e durável quanto o outro que ela carregava. Ela não gostou e forçou mais a torção de imobilização respondendo que ele estava com minhocas na cabeça.

–Taz solta ele! -a voz de Flecher chamou a atenção dela. –É melhor escolher outro parceiro, Philipe não chega ao seu nível de experiência nisso.

E ele se aproximou e a “ajudou” ela tirar as mãos do garoto. Depois disse que Philipe podia ir se juntar a Yan se ele quisesse.

Não tinha ali outro alguém para Taz escolher, e Flecher compreendeu isso quando a pequena ficou o encarando. Olhando em volta, ele constatou que todos estavam bem prontos para lutar, não precisava mais os observar, e aceitou ser o par do treino da garota.

Em um dos cantos, Beatrice e Marlene treinavam alguns bloqueios de socos e chutes, e aumentavam a força dos golpes quando ambas concordavam que a defesa estava boa. Lucas era mais aconselhado por Aaron, que já treinava a muitos anos, do que lutavam de verdade, mas naquele momento aprender era uma oportunidade. Brian Jalaska estava se divertindo com Cadius, pensava em formas e de conseguir atingi-lo e Cadius previa, sem precisar usar muito de seu poder, o que o outro ia fazer. Diana e Destiny estavam lutando de uma forma mais determinada, concentradas em fazer seu melhor ali, sabendo que em breve poderiam estar no meio de algo bem serio.

Enquanto isso a luta de Flecher vs Taz foi equilibrada, já que o garoto conhecia as táticas e movimentos de ataque de Taz e sabia evitar ser atingido brutalmente ou imobilizado por ela. Entretanto em duas vezes acabou sendo pego uma ou duas vezes por trás por ela, mas bastou tira-la do chão e escapar.

A luta deles durou bastante. E a atividade fez Flecher se distrair do ataque e do delegado de olho nele; já que a pequena estava lhe dando um trabalho diferente para praticar, pois normalmente ele lutava com Aaron.

Sem perceber o tempo passou e os outros foram encerrando o treinamento por conta própria e indo fazer outras coisas. Quando Flecher notou, com um pouco de espanto, que estavam ele e Taz estavam sozinhos, foi acertado no rosto por um soco e se afastou dela pedindo para pararem. Só então a garota olhou em volta e concordou, com a respiração dificultada pelo treino.

[Enquanto tudo isso acontecia no salão 7:]

–É triste não ter a plateia esperada. –falou o soldado sendo seguido de Yan para o galpão. –Phanton ia gostar de se exibir um pouco...

–Mesmo? -estranhou Yan. -Ele nunca me pareceu algo... com personalidade.

O soldado sorriu.

–É, talvez ele não tenha isso, mas gosto de pensar que ele pensa assim.

O galpão teve uma reorganização na distribuição dos diversos carros, aeronaves e equipamentos, para criar um espaço livre próximo da jaula de Phanton. E a criatura ao ouvir os dois garotos chegando, despertou do seu sono e se levantou apoiando-se sobre os dedos das dobra das asas e grunhiu alto suficiente para os rapazes o ouvir.

–Phanton!- disse o soldado se aproximando manco da grade, enquanto Yan ia abria-la. -Hoje vamos treinar um pouco.

A criatura, que estava bem melhor com a mesma aparência de quando invadiu a catedral pela cúpula de vidro, saiu da jaula com elegância olhando seu comandante e foi para o espaço vazio. Com um gesto de Vinte, Phanton se abaixou contra o chão e virou a cabeça para Yan, distraído com o celular.

–Ei Yan, Phanton quer sua atenção, para mostrar sua decolagem. – disse o soldado cutucando Yan, que o olhou e depois encarou a criatura colocando o aparelho no bolso.

E com um novo comando a criatura se jogou pra cima, abriu as asas e impulsionou-se para o ar. Com assobios o soldado indicou que Phanton voasse no espaço e todas as vezes que ele decaia, tendendo a pousar, Vinte não deixava e o fazia voltar ao ponto mais alto do galpão. Depois de uma ou duas horas assim, Vinte sinalizou algo novo para Phanton, e Yan apenas assistiu a criatura alada mergulhar para o meio de alguns veículos enfileirados, dando um rasante, até que Vinte deu um breve assovio, e Phanton pegou um dos carros pequenos com as patas traseiras e o levou para o alto.

–Ah! -exclamou Yan com a ação inesperada. -Flecher pode não gostar disso...

–Hm... -o soldado sorriu achando graça da reação do outro. -Se você não contar pra ele, ele vai demorar para perceber algo.

A seguir Vinte indicou para Phanton que o devolvesse no lugar. A criatura voltou até onde tinha pegado o carro e cuidadosamente depositou o carro no lugar. Depois voltou ao espaço perto da jaula e pousou com a permissão do soldado.

–Ele esta muito bem. Um pouco preguiçoso por estar esse tempo todo só dormindo, mas ainda pode voltar a ser o mesmo. - informou o soldado. –Quer montar nele Yan?

O menino pasmou com a proposta, voar em uma criatura era assustador, e negou com a cabeça. Então Vinte correu mancando para Phanton e subiu no dorso do animal. Ambos pareciam felizes em estarem juntos e logo estavam no ar, realizando varias manobras que deixava Yan preocupado do soldado escorregar. E assim eles ficaram mais algumas horas.

***

A noite já ocupava Runa. E depois do jantar, com Brian e seu irmão comentando o dia e dando uma animação na refeição com piadas, Flecher analisava os relatórios em seu quarto, tentava desvendar com a melhor exatidão onde e quando seria o ataque previsto. Mas sua mente estava cansada, e pensar claramente era cada vez mais difícil.

De repente alguém bateu na porta e o garoto estranhou, pois já estava tarde. Mal ele começou a se levantar da cama, onde estava sentado com os papeis espalhados, e a ruiva de cabelos soltos entrou no quarto e o achou.

–Olá. –disse ela com um sorriso e encostando a porta atrás de si.

–Destiny, o que...?

–Shii... Destiny sabe que se dormir não pode me impedir. -e sorriu mais, se aproximando da cama de Flecher. -Mas ás vezes o dia dela cansa mesmo, e ela não pode evitar que eu tome conta.

Flecher compreendeu ao se lembrar desse lado da ruiva que se apresentou um dia desses, e que quando ela estava no comando vestia-se com blusas decotadas, salto alto e shorts, algo parecido com o que ele estava vendo.

–Savannah, não é?- ela sorriu e concordou. -Eu tenho que fazer umas coisas, você esta...

–Ah, eu não vim te ajudar, querido. –ela o interrompeu e se sentou na frente dele com um suspiro. –Quero só saber de algumas coisas, e você vai me responder de todo o coração. -Savannah disse com uma voz arrastada e usando seu poder de persuasão.

Flecher só a encarou, não era possível desviar o olhar daqueles olhos esverdeados dela ou dos cabelos longos e laranja destacados e bem arrumados. Então a voz dele não quis o obedecer para manda-la embora.

–Primeiro vou dizer que tenho um interesse especial em você, e que quando nos conhecemos, bem, não aconteceu como eu esperava... Mas agora, que já te ajudei e mostrei que não sou bem aquilo que fui na festa do loiro, quero saber se quer ser meu? Nada tão serio, sabe...

Por um momento Flecher ficou tenso, confuso e sem conseguir respirar, encarando a expressão tranquila de Savannah que mordiscava os lábios e sorria ao mesmo tempo. Ele tinha uma resposta entalada na garganta que provavelmente ia agradar a ruiva, mas ele lutou para não despeja-la em um súbito impulso que o percorreu. Então Flecher conseguiu desviar o olhar, fechando o punho com força, e após tomar um folego disse um “não”, um pouco embargado.

Uma sobrancelha ruiva de espanto e estranheza se ergueu. Savannah se questionou como ele conseguiu nega-la e burlar seu poder de persuasão inegável que nunca falhou. Ela tinha acesso aos momentos na memoria de Destiny, notava que o garoto tinha interesse e ele negou a oportunidade.

–Destiny, ou Savannah... -havia uma confusão na mente de Flecher. – E-eu não vou fazer isso. Não vou ser de ninguém. - era isso que ele queria, para estar livre de pessoas e poder dedicar sua vida a derrubar a nave, sem deixar que alguém sofra por ele. Então conseguiu voltar a olhar a ruiva com uma expressão séria dando realce em sua fala.

–Como você pode dizer isso?! Eu não sou cega, Flecher! – ela apoiou as mãos entre eles e arcou na direção do garoto. - Eu sei que entre você e aquela hobbit não é uma coisa simples convivência. Ela até grita com você, e nunca vi ninguém fazer isso! Muito menos uma garota. –o garoto se afastou levemente pra trás, mas a ruiva segurou-o pela gola da blusa quando ele fez isso, o mantendo no lugar. –Você esta apenas tentando me afastar! Não é? Não sei por que, já que esse seu papo furado de não se envolver, já era pelo que já vi! E eu estou bem aqui pra mostrar isso, seu cabeça dura!

Flecher a encarava, ela segurava a blusa dele, então Savannah se aproximou em direção a ele. Muito tentado a permitir que ela o alcançasse, Flecher se prendeu a outra memoria que surgiu em seus pensamentos, então se desviou e se levantou da cama perturbado.

–N-não faça isso. – gaguejou. - É serio. Eu tenho um objetivo, e não... n-não quero fazer isso com você, nem com ninguém. Não quero ter mais alguém para perder, ou ficar mal por mim porque resolvi dar a vida para derrubar a nave. -ele voltou a se virar para ruiva ainda sentada em sua cama. – Ficará melhor se for atrás de outro. Desista de mim.

Pasma pelo que aconteceu e o que ouviu, a ruiva sorriu muito contrariada.

–Desistir de você? Certo. -e se levantou em um pulo. -Mas, lembre-se, foi você que quis isso. – apontou para o menino e seguiu para a porta. –Outro não é difícil. Você não é o único interessante nesse mundinho... Aliás, nem precisa ser exatamente desse mundo.

Flecher a viu sair de seu quarto batendo a porta e estranhou suas palavras, então percebeu que Savannah não tinha encerrado o assunto. Querendo ou não, ele não gostou da interpretação que fez, e resolveu seguir a garota.


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Notas finais do capítulo

Olá, Vou contar que quando comecei tudo isso pensei apenas na luta que teria, na ação e nos atos de coragem que daria aos personagens, mas não estava nos meus planos dramas românticos... u.u Mas não foi de tudo ruim. Forçadamente aprendi muito a escrever tal gênero, e acredito que estou indo bem. (P.S.: u.u obrigada por ler, e, pro meu bem, não ficar declarando os pontos ruins desse drama.) Hehehe.
No próximo capitulo: Uhl, confusões noturnas! Um terceiro vai entrar no meio e sem saber o que ta havendo (Oh!). Pode ser que tenhamos um conversa com explicações. (!)
Procurei por trechos, mas... não consegui separar.
Muito obrigada por acompanhar! Vamos lá terminar isso antes do fim do ano! Então comente!
P.S.: Vou responder os comentários do anterior, mas parece que minha cabeça para de funcionar esses dias, e não quero responder sem estar bem. Mas sera em breve. Desculpe por isso.



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