Caminhos Cruzados - Davi e Megan escrita por Alexia Lacerda


Capítulo 29
Capítulo 29 - "Primeira noite juntos"


Notas iniciais do capítulo

Me amem depois deste capítulo heuheueh foi escrito com muita paixão, por minha parte e pela deles. *O* A partir de hoje, como as questões do antagonistas principais estão sendo fechadas (Pâmela, Jonas, Herval, Ernesto, Clara), vou me focar no romance de Davi e Megan, com o intuito de criar capítulos bem intensos. Tomara que aproveitem.



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O coração bateu mais vivo depois daquela noite. O garoto se sentia feliz consigo mesmo e perdidamente apaixonado pela ideia de estar apaixonado. O tempo passou rápido e logo estava amanhecendo, sem que pudesse medir quantos sonhos bons teve. Se pôs de pé e acenou para a câmera, dando bom dia para o público. Não tirou o sorriso do rosto e se arrumou para o café da manhã em grupo, notando um bilhete em cima da escrivaninha.

"Está feito."

A caligrafia do papel não deixava dúvidas, Jonas passara por ali mais cedo. E a ideia de um Marra o obedecendo feito cachorrinho não lhe pareceu assim tão ruim. Davi estava feliz. Ô como estava. Correu até a cozinha e sentou ao lado de Ernesto na mesa, deixando que os olhos falassem por si.

— E aí?

Davi deu de ombros.

— Está feito.

***

Megan desceu correndo pelas escadarias, ainda de pijama. Esbarrou em Antoine pelo caminho, com o pé enfaixado, e roubou alguns pães doces na mesa do café da manhã. Ela estava feliz. Ô como estava. A notícia de que tudo estava bem , segundo a SMS de Davi mais cedo, conseguiu mexer com suas emoções. No entanto, algo fez com que sentisse desabar por um instante; a presença de Jonas na sala de estar. Ele folheava o jornal do dia, sem tirar os olhos dali.

— Megan...

— Jonas.

— Aposto que dormiu bem ontem.

— Eu tive uma noite ótima!

— Eu sei. Sei disso. Mas eu, já tive melhores. Bem... você pode me ceder uns minutinhos do seu tempo? É de seu interesse.

A garota o fitou e sentou ao seu lado.

— Megan, eu imagino que seu boy-magia já deva ter te contado as boas novas. Bom... parabéns pra vocês! Juro que nem tinha me passado na cabeça. Mas queria dizer que, não fiz o que fiz porque aprovo esse relacionamento, e sim por pura e espontânea pressão. Que fique bem claro.

— É só isso?

— Não, não é só isso. — ele bufou, colocando uma das mãos dentro do bolso e puxando um objeto metálico. — Essa é chave do terraço da sede. Ela é toda de vocês. O alpendre tem vista pra praia, algumas espreguiçadeiras e uma pequena jacuzzi. Tá bom na minha opinião, a não ser que queiram mais.

— Tá ótimo.

— O terraço fica no oitavo andar, então sem brincadeiras no parapeito. Não quero que sujem meu chão de sangue. Se um cair, o outro limpa: lei da vida. Esta noite vou entrar em contato com os participantes e arranjo uma desculpa para o sumiço do garoto, de duas em duas noites. Presta atenção no que vou te falar: não te quero grávida. Se esse marmanjo quiser colocar os moleques para nadar, que seja em outro útero, entendeu bem? Se não me engano, há um colchão de água na prateleira do teu quarto, você coloque em uma mochila e leve. É o máximo que posso oferecer.

— Obrigada.

— Não me agradeça.

***

Noite de verão. Megan entrou no carro e percebeu que o perfume francês já estava impregnado em sua pele. Sorriu por isso. Os faróis dos carros iluminaram o caminho, e a sacola no banco de carona fez seu estômago embrulhar. Tinha vinho, um aparelho de som, um lençol e um colchão de ar no banco de trás. Hoje era a noite. A noite. A que Davi seria totalmente dela, e vice-versa.

Chegou em frente ao The Genius Of Marra, e estacionou o carro na vaga da garagem, reservada exclusivamente para sua família, alcançando o celular. "Cheguei. Oitavo andar, terraço. Ninguém vai te barrar.". E seguiu pelo mesmo caminho, destrancando a porta.

A sensação foi realmente satisfatória. Jonas havia caprichado como o prometido. Exatamente como ele descreveu, mas muito mais chique que ela imaginou. As luzes da cidade eram show para seus olhos. A altura era de fato grande e a leve brisa fresca vinha para atenuar seu nervosismo. Megan tirou um pequeno espelho da bolsa e verificou se estava tudo no devido lugar.

Havia colocado uma boa camada de rímel e uma boa quantidade de todo o resto. Nunca se sentiu tão nervosa como aquela noite. O cabelo recaía sob o vestido florido e ela se sentia bonita, a princípio de tudo.

Ela colocou o aparelho de som sob uma mesa e deu play em uma seleção de músicas calmas e românticas. O ambiente estava mais que agradável. Os passos vieram pouco depois, e Davi apareceu na porta, boquiaberto.

Se a reação foi pela vista, terraço ou Megan ela não sabia, mas ele parecia ter sido pego de surpresa em todos os sentidos. Se aproximou devagar, quase sem piscar, trancando a porta.

— Fala sério! — ele disse, atarantado na própria risada, correndo para tomá-la no colo. — Jesus... — disse, antes de beijá-la mais de uma ou duas vezes. — Tua beleza é surreal, amor! E Pai nosso que estais no céu, que lugar é esse? Tem uma jacuzzi! Tem uma jacuzzi!

Megan era só riso.

— Deixou de ser esquisitão agora!

— Eu vou entrar numa jacuzzi!

— Voltou a ser esquisitão agora!

— Ah, cala essa boca.

Seus lábios se envolveram quase imediatamente.

— Viu que Jonas ficou desarmado de um dia pro outro?

— Tá louco! Teu padrasto é do capiroto!

— De quem? — ela ria pelo nariz.

— Do capiroto! Satanás! Lúcifer! Dêmo!

— Nem vem que eu te avisei!

— Sim! Mas eu tinha subestimado o cara. Agora, depois dessa noite, vejo que ele é dez vezes pior do que eu imaginei minha vida toda. Sabe do que ele me chamou? De putinha! Não tem ideia do prazer que senti em dar dois tapões na cara dele.

— Cê bateu nele?!

— Foram dois tapas hipotéticos.

Megan arqueou as sobrancelhas.

— Tem como?

— Minhas palavras comem espinafre, meu bem.

— Palhaço! E como foi na prova?

— Segundo lugar.

— O quê? Sério?!

— Aham.

— E... tu tá bem?

— Não posso ficar melhor... — murmuriou, olhando para os lábios da garota, e passando seu cabelo liso para trás da orelha. — Ou posso...

— Quem ficou em primeiro?

— O Zac.

— Aquele imbecil?

— Esse mesmo!

— Filho da puta! Devia ter zerado.

— Ele é bom...

— Não melhor que você.

— E ele continua com ótimas pontuações.

— Não maiores que as tuas!

— Megan, nem sempre vou vencer.

Ela bufou disfarçadamente, o puxando para perto e selando um beijo.

— Sei disso. Só... só quero que você ganhe.

— Não mais que eu. — ele franziu o cenho.

— Sabia que eu... — ela olhava para os olhos dele, tentando tirar as palavras da garganta. — Eu... bem...

— Que foi?

— Nada.

— Fala.

— Vai me achar uma idiota se eu disser.

— Fala!

— Tenho o direito de ficar calada!

— Não tem não. — retrucou, beijando seu pescoço, arrepiando todos os pêlos do corpo de Megan. Ela esteve em êxtase. — Pode falar, caso contrário eu vou te carregar pra aquela cama e vou te fazer cócegas.

— Não se atreva.

— Vai falar?

— Não. — e foi o suficiente para ele a erguer no ar, que se debatia, e a levar para o colchão, a prendendo entre as pernas e apertando os cantos de sua cintura. Ela pareceu ter um ataque, pois implorava que parasse. — Não! Não! Não! Ahhhhh! Filho da égua! Não! Não! Arghhh... pára! Seu... argh, tá, tá, tá... EU TE AMO.

Ele a imobilizou completamente. Os dois se encararam por um instante, depois de parecerem estar numa luta de UFC. As respirações ofegantes.

— Sinto avisar que não é a primeira vez que admite. Você me ligou bêbada. Disse que me ama. Me pediu em casamento. Não se lembra de nada disso, não?

A garota arregalou os olhos.

— E você aceitou?

— Como assim?

— Casar comigo.

Os dois riram em conjunto.

— Não deu tempo.

— Bela desculpa!

— Bela é você... — ele murmuriou de novo, desta vez, a tendo presa, desceu a boca até o decote da namorada, beijando o espaço entre o tecido e a pele arrepiada. Não havia mais porquê conversar. — E eu te amo mais... muito mais.

Tudo aconteceu com mais paixão que outrora. Davi rolou pelo colchão, com a garota no colo. Ela enredou as mãos em sua nuca e o puxou para perto, cada vez mais, e mais, até colocar a língua em sua garganta. A mão dele abriu o zíper de seu vestido com delicadeza, e o salto alto voou pro outro lado do alpendre. Um sorriso apareceu no rosto do garoto, vendo a silhueta de Megan, e ainda mais quando desprendeu o gancho do sutiã. A olhava com ternura. Ela era a mulher mais linda que teve a oportunidade de conhecer. Ele a beijou novamente, e depois de novo, e de novo.

Os corpos ficaram suados e os movimentos eram rápidos. Os braços fortes abraçavam suas costas e os fios de cabelo grudavam na testa. As coxas eram pressionadas e apertadas. A pouca iluminação do local refletia as delicadas feições de seu rosto. O mundo ao redor que se explodisse. O fogo entre os dois queimava. Os sons, repetidos, eram sinônimos de chama. Os lábios que deslizavam por seus seios a faziam delirar. Os olhos fechados. A mente vazia. Os corpos colados. Tudo ao mesmo tempo.

Depois, as respirações ofegantes. Eles tentavam retomar o fôlego. O calor era demais. Gotículas de suor pela testa. Eles apenas respiravam, por bastante tempo, até que as palavras voltassem com mais força. Ela foi a primeira a se mexer, a olhá-lo. Céus, como era lindo. O corpo deitado, gostoso, que perturbava seus breves pensamentos. Ela se deitou sobre o peitoral, ainda respirando, erguendo seu olhar de encontro ao dele.

— Teu coração.

— O que tem ele?

— Ele pulsa no mesmo ritmo que o meu.

Parecia tortura para Davi, que agoniado, se pôs a beijá-la novamente. As mãos desceram pelas costas e quadril, apertando a bunda da namorada, trazendo-a para cima. Tudo tornou a acontecer. Parecia melhor a cada minuto. Os sons retornaram, o suor, o prazer. Podiam virar a noite repetindo a dose. Megan sorria, uma vez ou outra, feliz como nunca que sentiu. Davi era toda a felicidade que precisou.

E então, os corpos deitados. As respirações quebrando o silêncio daquela noite de verão. A brisa fresca vindo de passagem, para amenizar o calor. Tudo devidamente colocado. Tudo conspirando a favor daquele momento, que não podia ficar mais especial.

Davi abriu um sorriso, sendo muito bem retribuído.

— Posso repetir que te amo? Quantas vezes? — ele perguntou, abraçando-a. Os olhos grudados, piscando lentos.

— Quantas consegue?

A risada foi recíproca. Davi apontou para o céu estrelado, com o sorriso bobo encadeado no rosto.

— Olha lá em cima! Tá vendo aquela constelação, lá no canto, a mais brilhante de todas?

— Sim.

— Não faço a menor ideia de como se chama.

Ele levou um tapa no ombro. — Que foi? Tava esperando que eu soubesse?

A garota ficou em silêncio, apenas admirando o rosto do namorado.

— Você é o meu príncipe nada encantado.

— Obrigado.

— Sabe que eu tô muito feliz aqui e agora?

Ele franziu o cenho.

— Eu fiz direito, não fiz?

— O melhor que já tive.

E bateram as mãos, em comemoração.

— Vamos ser o melhor casal. Você vai ver!

— Nós já somos o melhor casal!

— Melhor que a Angelina Jolie e o Brad Pitt?

— Érrr... um dia a gente chega lá.

— Tapada! — ele disse, dando um tapa em sua bunda.

— Tarado! — disse, fazendo o mesmo.

— Você me faz bem.

— Jura?

— Juro.

— Então precisamos repetir noites como essas.

— Por favor... vamos.

— De duas em duas noites, aqui no terraço.

— Vou me lembrar disso.

— Assim que se fala!

Davi ficou parado, escutando a música no aparelho de som.

— Isso é Whitney Houston?

— Sim. "I will always love you."

— Impressão minha ou tá apaixonada por alguém?

— Só impressão.

Eles se entreolharam mais uma vez, rindo.

— Tua risada é meu som favorito nesse mundo.

— Parece que você também tá apaixonado...

— Só parece.

Os dedos compridos do rapaz acarinhavam a cabeça dela, como cafuné. — Eu gosto de músicas românticas também. Não é meu estilo favorito, mas é perfeito quando se está em boa companhia.

— É?

Davi assentiu. Olhou para o corpo despido da namorada e sorriu.

— Gosto dos teus seios. E da tua bunda. Dos teus olhos. Nariz. Boca. Língua. Coxas. Bochechas. Já te disseram que você é linda?

— Por que colocou seios e bunda primeiro?

— Porque eu sou homem, meu bem. Não força a barra.

Megan riu, empurrando-o de novo.

— Você também é lindo.

— Meu amor, eu sou gostoso.

— Não exagera.

— Não tô perguntando, tô afirmando: eu sou gostoso.

— Tá bem, gostosão. Quer vinho?

Ele a beijou.

— Quero.

— Então vai pegar. Não sou empregada.

— Tá legal, não vou me acostumar com mordomias. Tô levantando, caminhando, cheguei na mesa.

— Você nem saiu do lugar.

— Exatamente!

Ele finalmente buscou o vinho, nu.

— Que popozão, hein, que saúde.

— Somos um casal de gente gostosa.

— Exatamente!

***

Era meia noite, a cidade dormia. Entre os lençóis, Davi e Megan estavam abraçados, os braços do garoto pousados sob a cintura dela, as pernas engalfinhadas, um encaixe perfeito. Um sussurro irrompeu o silêncio.

— Eu amo você, Megan Parker.

— Também te amo.

Um beijo no ombro da garota fez com que se arrepiasse.

— Dorme com os anjos.

— Já tô dormindo com um...

Os olhos se fecharam.

— Boa noite...


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Notas finais do capítulo

Hahahaha *o*