Caminhos Cruzados - Davi e Megan escrita por Alexia Lacerda


Capítulo 28
Capítulo 28 - "Chantagem"


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pelo hiatus novamente heuheue tomara que gostem, talvez agora as coisas fiquem mais fáceis para o nosso casal.



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Os raios de sol iluminavam o corpo deitado de Megan, que ainda se sentia zonza da noite anterior. Ela se levantou da cama e sentiu uma dor terrível, tendo que se apoiar na estante do quarto. "Filha da mãe..." - grunhia, ao notar que o tornozelo estava inchado como um balão. "Vamos lá, Megan... pule até o banheiro e alivie essa bexiga, vamos." - mas tudo parecia mais difícil desde então. O celular estava na bancada da torneira, provavelmente porque precisou vomitar na noite anterior, e, diga-se de passagem, ela não lembrava nada depois da meia noite.

Olhou para a tela e se assustou com cinco ligações perdidas de Davi, além de uma sms. Devia ter acontecido algo realmente sério para tudo isso."Amor, por favor, me explique a noite passada! Eu mal consegui dormir pensando em alguma coisa que parecesse lógica e nada. Por que o Herval veio pro Rio? O que tava fazendo contigo? Contigo bêbada? Por que ninguém me avisou de nada disso? Por favor, me liga assim que puder.". Realmente eram muitas perguntas, mas Megan tinha tantas respostas que nem sabia como começar. Encarou o celular por mais meio segundo antes de discar seu número e esperar que aquela fosse a primeira voz de seu dia.

— Alô? Quer falar com quem? — uma voz diferente atendeu o telefone, uma voz feminina. Um amargor subiu por sua garganta.

— Alô... eu...

— Quer falar com quem?

— Com o dono do celular... — respondeu como se fosse bastante óbvio, já começando a se irritar com a ignorância da sujeita. — O Davi não está por aí?

— Não, não, o participante número oito está ocupado. Quem tá falando? Quer que eu deixe um recado pra ele, não sei, talvez depois dele terminar o que está fazendo?

— Eu falo com ele depois.

— Ótimo! Tenha um bom dia!

— Calma... érr... espera.

— Oi?

— Porque está atendendo o celular dele?

— Ah, não se preocupe com isso. Meu nome é Clara Crey e sou a assessora exclusiva do participante: quando ele fica indisponível para receber ligações, eu as recebo. Se quiser que eu passe algo é só dizer, esse é meu trabalho. E quem é você, a namorada?

— Prima.

— Tudo bem Srta.Origin, eu aviso que você ligou.

Fim de ligação. Megan quis atirar o celular contra a parede. Quis admirar seus destroços. Precisou de um instante para pensar e sentiu o pé, dolorido. Discou um número de telefone que conhecia bem.

— Alô! Sede Marra? Bom dia, eu gostaria de uma informação.

— E quem fala desta vez?

— Megan. — mas ele não pareceu se dar conta. — Parker.

— Ah, muito bom dia! É um prazer imenso poder atendê-la logo cedo. Do que a senhorita precisa? É algo para Jonas ou para Pâmela, não é?

— Na mosca. Minha mãe pediu que eu confirmasse o que os concorrentes estão participando aí pela sede. Foi algo como... eu não me lembro muito bem...

— Sim, isso mesmo! Uma palestra! Eles estão assistindo a palestra com uma presença ilustre da nova tecnologia. Pâmela sabe... a palestra sobre administração de grandes empresas e departamentos. Dicas sobre decisões e acordos, muitas vezes também sobre...

— No auditório?

— Sim, estavam todos muito empolgados para conhecer um parceiro de Jonas, CEO da outra das...

— Quanto tempo pra terminar?

— Uma cerca de trinta/ quarenta minutos no máximo. Isso por que...

— Valeu.

Megan correu até o quarto da mãe, e prendeu os olhos em uma pilha de papéis.

***

Ela mal podia esperar. Megan esteve ali dez minutos antes. O lugar da estréia do The Genius Of Marra mantinha os letreiros multicoloridos, e a cada passo que deu, lembrou estar cada vez mais perto do rapaz. Caminhou pelos extensos corredores, encontrando a dupla de portas vermelhas que davam entrada para a palestra. Espiou entre a fresta, e viu que estava prestes a acabar. Os jovens estavam bastante focados, e entre eles, o seu. Um sorriso discreto lhe tomou o rosto.

Foi uma questão de dois minutos para que eles saíssem dali e fossem caminhando de volta para o jardim, sem obrigações a cumprir. Não havia especificações de horário e muitos garotos vagavam por ali, sem chegar a lugar nenhum, apenas conversando com os faxineiros. Foi em uma dessas que Megan enxergou Davi e Ernesto, batendo papo sobre alguma coisa sobre o palestrante. Ela simplesmente apareceu, sem nenhuma delonga, e acenou.

O tempo pareceu parar por um instante, até que ele abrisse um sorriso. Usava os óculos de grau, que sempre descartava nos encontros, e de certa forma lhe pareceu dez vezes mais charmoso. Ernesto arqueou uma das sobrancelhas, e veio se aproximando junto com o amigo, como quem duvidasse do que deveria fazer.

— Eu não acredito nisso... — Davi disse, até que a distância não existisse. Riam feito dois abobados.

— Bom dia pra você também.

— Você veio!

— Eu vim.

— E eu posso... te beijar agora?

— Não sei, se quiser.

Entre um sorriso e outro, seus lábios se encontraram, e Davi nem percebeu quanta força colocava nos braços que enredavam-lhe a cintura. Megan se sentia presa, mas por nada nesse mundo ousaria reclamar.

— Puta merda, que saudade. Que saudade de ti, amor.

— Foi só um dia!

— Tipo uma eternidade.

O outro jovem colocava as mãos no bolso e tentava desviar o olhar, sem muito sucesso. Megan abriu um sorriso em sua direção, estendendo a palma para apertar a dele.

— Meu nome é Megan. Megan Parker.

— O meu é Ernesto. É um prazer finalmente conhecê-la.

— Mas pode chamar ele de Nêne! — Davi provocou.

— Affe. Isso foi bem desnecessário. Falou? Megan, não me chame de Nêne, é estúpido. É um apelido estúpido! Tão estúpido. E se quiser saber, o Davi te chama de Origin.

— Mano! — Davi repreendeu. — Não!

— Origin? Por quê? Eu liguei pra você hoje e...

— Longa história! Melhor eu te contar mais tarde. Melhor a gente se encontrar mais tarde... afinal, tem seguranças passando pelos corredores a todo tempo e bem.... você tá aqui toda descontraída.

— Xiu! Fecha a matraca. — ela pousou o dedo indicador no lábio superior de Davi, que ficou perdido no raciocínio. — A gente tá livre!

Ernesto e Davi se entreolharam.

— O quê?

— Livres!

— E isso significa que...?

— Esquece o que as pessoas podem pensar! A gente pode ficar de boa na lagoa, podemos nos encontrar sempre que quisermos, qualquer coisa. Jonas vai deixar.

— Você falou com ele?

— Não exatamente.

— Então é uma ideia suicida.

— Você quem pensa!

— Amor... melhor deixar como tá.

— Deixa eu falar...

— A gente resolve tudo mais tarde.

— Para de complicar!

— Não tô complicando.

— Tá sim! Eu tenho uma coisa pra contar!

— Fala.

— Não aqui!

— Então mais tarde.

— Para de deixar as coisas pra depois!

— Agora é perigoso.

— Nada mais é perigoso!

Ernesto começou a rir pelo canto da boca.

— Vocês dois parecem uma novela.

Davi ignorou o comentário, respirando fundo.

— Tá bom! Vamos pra algum lugar e você me conta!

— Qual? — ela disse, desentendida.

— Pera, tá me dizendo que não planejou nada.

— Só eu tenho que correr atrás das coisas?

— Eu não sabia que você viria! E eu não tenho como correr atrás, tô confinado nesse espaço do auditório até os chalés. Não tenho muito o que fazer a respeito! Tenho câmeras que me seguem.

— Tudo bem. A gente vai pro jardim!

— Que jardim?

— É! Que jardim? — Ernesto intrometeu, se divertindo.

— O único que tem! Vamos!

— Tem câmeras na porta. Tudo bem que elas só alcançam até sete metros, mas tem. Todos sabem quem é Megan Parker.

Megan deixou que terminasse de falar e segurou a mão do garoto, que deixou o queixo cair quase imediatamente, enquanto era puxado. Ele podia esperar de tudo, mas aquilo não. Andar de mãos dadas com Megan Parker era impossível em sua mente quando adolescente.

— Eita! Agora ela endoidou de vez. — ele murmuriou, sem desgrudar seus olhos dos dela. — Nêne, essa mulher é louca. Eu distraio ela e você corre. 1...2...

— Se isso te preocupa tanto, vão vocês primeiro e eu passo pelas câmeras depois, no problems. A gente se encontra por aí. Talvez daqui a dois minutos ou dois anos. Jonas não vai impedir.

— Ok. Pode ser... é mais seguro... eu acho. Nêne, vamo.

E eles sumiram dali, correndo até a entrada do jardim, e cruzando a passagem como se se ultrapassassem ilegalmente uma fronteira. Mal podiam imaginar que por trás daqueles rostinhos angelicais, existiam dois garotos que mantiveram contato com uma Parker, ou que um deles, era secretamente seu namorado.

— Tua garota é pirada. — Nêne riu, vendo que todos estavam longe demais deles. O jardim era semelhante a um campo de golfe, cheio de colinas e imenso, até que a bandeira dos chalés indicasse o caminho. — Eu ia gostar de ter uma pirada assim pra mim.

— Isso foi uma metáfora para Clara. Saquei.

— Cala a boca, favelado. Não quis dizer isso.

— Admita que você tá se apaixonando.

— Mass... o quê... tá de sacanagem?

— Custa falar a verdade?

— Eu só acho ela bonita! Isso não significa que tô me apaixonando, cê tá é muito fora da casinha depois de ver essa garota, isso sim.

— E se eu te disser que ela perguntou sobre você?

O rapaz arregalou os olhos, em transe.

— Ela perguntou por mim?

— Perguntou como andava "meu amigo". Perguntou de onde você é e se estava gostando de participar do programa. Me pareceu bem interessada, até por que... ela não é assim comigo.

— Ah, mas isso não é muito difícil. Só a Megan mesmo.

— Falou, cara. — ele riu. — Antes uma do que nenhuma.

Megan veio logo depois, como quem não quisesse nada, mexendo no celular e com a bolsa pendurada no braço. O passo era devagar, e a perna manca. Ela grunhia pequenos palavrões.

— Ah, eu acho que não foi tão foda assim.

— Sorte. Pura sorte. Queria ver se tivessem seguranças ali.

— Eu sou a gênia da mentira.

— Sem falar que é uma Parker. — Nêne acrescentou.

— Exatamente! E agora, por onde querem que eu comece?

— Temos quanto tempo? — Davi insistiu, olhando por cima do ombro.

— Todo o que precisar.

— Primeiro: porque está mancando?

— Argh, eu acordei assim, não me lembro o que aconteceu ontem pouco depois da meia noite, mas parece que torci o tornozelo. Agora, se eu tivesse um namorado que pudesse me dar massagem, tudo melhoraria né.

— Continuando. — foi Nêne quem disse, já perturbado com romances excessivos. — Ontem a noite.

— Ah sim. Ontem o programa terminou, e eu estava a caminho da cozinha, quando [...].

***

Eram 19h. Megan havia ido embora desde as 13h. Davi estava sentado no próprio escritório, no segundo andar do chalé, acessando o computador e digitalizando alguns folhetos, quando Clara apareceu no topo da escada, com respiração ofegante.

— O que aconteceu hoje de manhã?

Ele fez cara de desentendido, mas não teve tempo pra pensar.

— RESPONDE O QUE ACONTECEU HOJE!

— Nada! Não aconteceu nada!

Ela se aproximou dele, a ponto de cravar os olhos irados nos seus.

— EU QUERO A VERDADE!

— Clara, eu juro que...

— O JONAS... tá te chamando na sala de reuniões. Acredite: isso não pode ser um bom sinal. Antes que vá, preciso saber. Preciso te dizer o que falar! Se você se meteu em uma...

— Na sala de reuniões?

— Sim. Agora eu quero...

— Então é pra lá que eu vou.

— DAAAAAAAAAVI! — ela gritou, o seguindo pela escada. — Não se atreva a sair por aquela porta!

E foi a última coisa que ouviu antes de bater a porta atrás de si.

***

Atravessou o jardim sem pensar duas vezes, com um sorriso gigantesco estampado no rosto. Os lampiões iluminavam seu caminho até a mesma porta que atravessara de manhã, e ele subiu pelo elevador até chegar no quinto andar. A porta preta da sala que todos consideravam nebulosa e macabra, estava encostada, como se lhe convidasse para entrar. O convite fora aceito.

— Boa noite, Sr. Marra. — ele sorriu.

Jonas estava sentado em sua grande poltrona e coçava o queixo sem barba, retribuindo o sorriso sem a mesma simpatia.

— Feche a porta. — dissera, e Davi não tardou a obedecer. — Agora tranque.

Davi bambeou. Imaginou como ele lhe mataria. Jonas rodopiava na poltrona giratória, e firmou seu olhar nele como um leão firma na presa.

— Reis, sabe porquê eu te chamei aqui hoje a noite?

— Sim. Não. Tenho minhas hipóteses.

Certamente a resposta não era a que esperava.

— Quais são suas hipóteses?

— Eu acho que foi porque assistiu as gravações das câmeras de seguranças.

A risada do homem era carregada de sarcasmo. — Você é bom nisso. Você é muito, muito bom nesse jogo. Então, você sabe que está cometendo um erro, e mesmo assim que cometer? Puxa vida, hein gostosão. Cê é mais maluco do que eu pensava.

— Não rebato. — abriu um sorriso. — Acho que você tem toda a razão.

Os olhos ilegíveis do homem o fitavam com precisão.

— Eu te aconselharia a tomar mais cuidado com o que responde.

— Tá. Sem problema. O que quer que eu responda? Quer que eu fale a mentira ou a verdade? Quer que eu finja estar assustado ou que eu ensaie minha cara de decepção?

— Cê é um merdinha, sabia? — ele argumentou, fazendo Davi não disfarçar a surpresa. — Cê é um merdinha digno de dó. Cê acha que eu sou um dos teus colegas de chalé, que cê pode destratar e não ter consequências, mas eu sou o comandante desse de reality. Eu sou o chefe aqui, ô vadia. Por isso acho melhor você perder a pose de machão e me levar a sério quando eu lhe referir a palavra.

— O senhor que sabe. Eu só obedeço.

— Muito bem. Bom... eu agora vou te fazer perguntas e você responde com sim ou não. Sem gracinhas, sem respostas de sabichão. Apenas sim ou não. Vamos a primeira, Reis: conhece minha enteada?

— Sim.

— Vocês tiveram algum contato desde aquele incidente na sede?

— Sim.

Jonas lhe encarou com os dentes cerrados.

— Que contato?

— Não.

O homem bufou pelas narinas.

— Último aviso.

— Nos encontramos no dia seguinte. Ela veio cuidar da minha bochecha.

— Sabe o que ela veio fazer hoje às dez da manhã?

— Sim.

— Como você sabe?

— Dei um encontrão nela.

Jonas o encarava com olhar analítico.

— Cês não deviam ter se encontrado depois do incidente na sede, entende isso, não entende? Foi bem estúpido da tua parte.

— Não foi minha culpa. Juro.

— Ah claro, típico. Está me dizendo que ela, Megan, é a culpada?

— Não. O culpado disso tudo é o destino.

Davi começou a gargalhar, e Jonas ficou estático, perdido.

— Cê tá tirando com a minha cara? Logo com a minha cara?

— Não senhor, jamais faria algo assim.

— Que merda você é da minha enteada então?

— Tá bom, eu sou o namorado dela.

E o mundo desabou ao redor. BUM! O estrago havia sido feito. Jonas podia ter gritado, podia ter quebrado seus dedos, podia tê-lo feito engolir o grampeador de cima da escrivaninha, mas apenas deu um breve respiro.

— Tenho o prazer de anunciar que você está fora do The Genius Of Marra.

E o silêncio se instalou na sala, apenas interrompido pelo som do bater de palmas de Davi, que sorria abertamente, como libertação.

— Eu acho que não. Eu fico.

Jonas não pôde disfarçar o choque das bravas palavras.

— Acabou, putinha. Não adianta chorar, tá fora.

— Poissssss, eu tenho uma novidade prucê. A putinha aqui vai continuar no programa, e vai continuar pegando tua quase-filha. E adivinha: você não vai poder mudar isso. Quer dizer, poder pode, mas aí também pode se arrepender depois.

— Isso foi uma ameaça? — Jonas gargalhou. — Tadinho...

— Não foi ameça. Foi chantagem.

— Chantagem é? Vai me chantagear com base no quê? Hã?

Davi fez som de suspense. Fez barulho de fantasma e tremeu os dedos.

— "Noooo seeeu passadooo misterioooso."

O sorriso de Jonas desapareceu.

— Do quê tá falando?

— Você achou que podia fazê-lo sumir, mas não. E vou te dizer, hein Sr. Marra, de marra tu não tinha nada. Só queria te avisar que informações como espancamento, antepassados criminais, gravações que confirmam seu alcoolismo, tua história de vida, e inclusive vídeos comprovando que é corno, estão todos em minhas mãos.

Jonas rangia os dentes e cerrava os punhos, prestes a explodir.

— Como sabe de tudo isso?

— Não te importa como eu sei, apenas que tenho eles comigo.

— Eu vou acabar com você, putinha.

— Não antes de tudo isso cair na mídia.

— Foi ele quem te contou, não foi?

— Quem? O homem que tá comendo a tua mulher?

Davi precisou desviar de um soco, que viera em sua direção.

— Não se atreva a repetir.

— Como quiser... senhor.

As palavras todas saíam cheias de sarcasmo.

— O que você quer de mim? Dinheiro?

— Não preciso disso. Eu só quero que não interfira no meu relacionamento com Megan, e deixe que o reality-show siga normalmente. Sabe como é, querendo ou não, você é o chefão e o sogrão, e a partir de hoje vai dar um jeito de eu me encontrar com ela frequentemente, assim, quase todo dia. Vai, não vai?

— Vou sim. Vou, meu caro. Megan é o meu menor problema. Com tanta coisa pra me fazer chantagem, escolhe uma garota! Ainda tem mesmo muito o que aprender no passar dos meses. Escolheu a recompensa errada.

— Não vou pedir pra ganhar, se foi isso que insinuou. Eu só quero que você fique de boca calada, e eu fico de boca calada. Do contrário, tenho várias cópias desses videos. Vai ter o suficiente pra cada país.

— Tudo bem, Reis. Mas e se eu não concordar?

— Daí a gente brinca de quem ferra mais o outro. — ele sorriu, caminhando até a porta e virando a maçaneta. — Você começa.

***


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