A razão do meu viver escrita por Mih Mellark


Capítulo 23
Uma nova vida e uma nova suspeita.


Notas iniciais do capítulo

Ooiii, bom desculpem a demora para postar, eu geralmente não demoro muito, mas fiquei um pouco chateada pelo tanto de comentários referido a quantidade de pessoas que visualizaram o capítulo anterior.
Vocês gostam da fic? Enfim, esse capítulo foi duro para fazer e está bem grande. Espero que vocês gostem, fiz com carinho.
Vou tirar a curiosidade de muita gente a respeito de quem é Caroline?! Haha aproveitem.
BOA LEITURA:)



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– Chegamos! – Peeta abriu a porta de casa já dando para ver tudo arrumadinho.

– É lindo, Peeta! – fiquei boquiaberta ao ver a casa.

A casa é simples, tem uma decoração entre bege e marrom, mas é confortável e bem ajeitada. Tem um grande espaço para apenas duas pessoas, por isso tenho certeza que vamos nos acomodar bem aqui.

Peeta avisou que estava indo tirar a bagagem do carro, enquanto isso decidi dar uma olhada em cada cantinho do meu novo lar, mas não antes de colocar a flor da minha irmãzinha em cima da mesa. Fico feliz que eu esteja mudando de vida. Agora poderei ser feliz em paz com quem eu mais amo nesse novo cantinho. Só meu e de Peeta. Só nosso.

A sala era bem espaçosa com um sofá grande, televisão e várias poltronas em volta, subindo as escadas, encontrei três portas. Abri a primeira encontrando um quarto com uma linda cama de casal centralizada, provavelmente esse é nosso quarto, em diferentes tons de laranja, na mesma hora lembrei que é a cor favorita de Peeta. Mais no canto do quarto havia o armário e outra porta que deduzo ser o banheiro.

Saí de nosso quarto e entrei na porta ao lado. Esse quarto é um quarto todo branquinho com uma poltrona, bichinhos de pelúcia e... um berço?! Estranhei o fato de ser um quarto de uma criança já que só tenho 17 anos e não estou grávida. Peeta que mobiliou a casa inteira antes de chegarmos, depois vou perguntar do porque desse quarto já que não há nenhum bebê conosco e nem nenhum a caminho.

– Estranhou, não foi? – Peeta aparece na porta fazendo com que me livre de meus pensamentos e olhe para trás dando de cara com aquela imensidão azul tranqüila de seus olhos.

– Sim, quer dizer – me embaralho um pouco com as palavras que não saem de minha boca -, por que tem um quarto de uma criança? – ele veio até mim, me abraçando por trás e sussurrando em meu ouvido.

– Para o nosso filho ou filha. – disse simplesmente admirando os móveis.

– Mas... Só temos 17 anos e não pretendo ser mãe com essa idade, pelo menos não agora, eu tenho medo de Glimmer. Eu... – fui interrompida.

– Não precisa ter medo meu amor, eu estou aqui. – ele diz me abraçando mais forte.

– Peeta você não entende. – sai de seu abraço ficando a sua frente – Glimmer está solta e você já imaginou o que poderia acontecer caso ela soubesse de nosso filho? E se ele fosse torturado por ela? Pra que colocar uma pessoa no mundo sendo que ela vai sofrer? – eu estava desesperada – Eu quero ter um filho sim, mas tenho medo, muito medo. – comecei a chorar e Peeta me deu um abraço e em seguida um beijo na minha testa.

– Eu compreendo, mas estou aqui e não vou deixar ninguém nos machucar mais. Prometo. Eu só quero ser pai um dia. – ele diz ainda me aconchegando em seus braços.

– E você vai, só vamos esperar ela ser presa e nós acabarmos a escola e então poderemos viver feliz com um filho. – sai de seu abraço e comecei a passar a mão por seus cabelos loiros.

– Tudo bem. – deu um sorriso fraco e percebi que Peeta estava incomodado por eu não querer um filho nesse momento, mas não tenho condição. Em seguida, me puxou para um beijo calmo sem pressa – Já olhou o resto da casa?

– Só a sala e os dois quartos.

– Bom, é melhor fecharmos esse quarto por enquanto. Depois falamos desse assunto mais pra frente. – Peeta nos arrastou para fora e trancou o quarto de nosso futuro filho e virou para mim – E esqueci-me de avisar, deixei suas malas no nosso quarto. – e saiu.

Bem mais pra frente, pensei. Não que eu não queira ter um filho com Peeta. Longe disso. O que eu mais quero é ter um fruto do nosso amor, mas eu sou muito nova para isso e outro problema que me deixa extremamente nervosa é o fato de Glimmer estar por aí em qualquer lugar. Já imaginou se ela fizer alguma coisa de ruim com um filho meu? Por que colocar um filho no mundo sendo que ele poderá sofrer riscos? Eu sei que Peeta está aqui e vai nos proteger sempre agora, mas mesmo assim meu medo fala mais alto.

Paro de pensar nessa coisa de filhos e vou para meu quarto colocar minhas roupas no novo armário. Enquanto eu estava arrumando, Peeta avisou que estava indo no novo colégio para fazer nossa matrícula para terminar o ano. Depois que eu disse que não estava planejando ter filhos ele ficou estranho. Peeta ama crianças, mas não poderei dar um filho agora para ele. Depois ele volta ao normal, eu espero.

Já eram quase oito da noite e nada do Peeta voltar, já estava ficando preocupada. Toda vez que eu tentava ligar em seu celular dava ocupado, então desisti depois da quinta tentativa. Minha barriga roncava de fome, mas queria esperar ele para jantar então fiquei sentada com a TV ligada em algum canal qualquer. Eu nem estava prestando atenção, só pensava nas possibilidades que poderia estar acontecendo com Peeta. Será que é isso? Será que é aquilo? Mas e se...? Apenas pensamentos negativos vieram em minha cabeça. Para Katniss! Está tudo bem com ele! Ele deve estar apenas conhecendo a cidade, quem sabe.

Sou livrada dos meus pensamentos com o barulho da porta se fechando fazendo com que eu leve toda minha atenção a ela. E lá estava ele, com os cabelos rebeldes causado pelo vento me encarando com uma expressão... culpada?!

– Peeta onde você estava até essa hora? – fui até ele – Não era para você ter feito só as matrículas?

– Eu estava pensando, me desculpa pela demora. – ele me deu um selinho e foi em direção a cozinha – Vamos jantar?

– Sim, estava te esperando.

Tudo já estava pronto e devidamente no lugar. Mamãe mandou muita comida então foi fácil preparar alguma coisa rápida para comermos. Estávamos no meio do jantar quando Peeta toca minha mão levemente em cima da mesa.

– Me desculpa Kat. – sua expressão está magoada e fico me perguntando por que ele esta se desculpando.

– Pelo o que? – pergunto sem retirar minha mão.

– Por te falar desse negócio de filho. Esquece isso ta, eu vou mandar tirar aqueles móveis todos e...

– Para Peeta. – falei rápido e alto demais assustando a ele e inclusive a mim. – Eu disse que não estava planejando ter um filho nesse momento, mas nunca disse que mais pra frente vou deixar de ter um.

– Então você vai querer um filho no futuro? – seus olhos brilharam por alguns segundos.

– Mais é claro, meu amor. É tudo o que eu mais quero com você.

Peeta deu um sorriso lindo de orelha a orelha e se levantou vindo até mim. Ele se ajoelhou no chão e me puxou para um abraço apertado para em seguida me dar um beijo.

– Eu te amo.

– Eu também te amo, mas vamos com calma, tudo bem?

– Perfeitamente.

§§§

Um pouco mais de uma semana já se passou desde nossa mudança. Já estou bem melhor, sem cadeiras de rodas. Quase não sinto minhas dores, mas as cicatrizes continuam. Tomo os remédios bem de vez em quando. Praticamente tudo está igual. John nos liga toda noite avisando se tem notícias de Glimmer ou não. Mamãe e Prim nos ligam de vez em quando para saberem se estamos bem. Nossa rotina é a mesma todos os dias: acordar juntos, ir para a nova escola, voltar e namorar um pouco.

No primeiro dia que começamos na nova escola nós conhecemos uma menina chamada Caroline. Ela ficou bem nossa amiga. Nos primeiros dias, eu e Peeta estranhamos porque ela ficava muito no nosso pé e queria ficar conosco o tempo todo. Até que ela é legal, mas percebi que ela é meio estranha.

Hoje é segunda-feira, portanto é dia de escola. Estamos quase acabando o ano. Vejo que Peeta não está mais na cama, então resolvo descer e ver o que ele aprontou hoje. Desço e vejo a mesa toda pronta, mas ele não está na cozinha também. Quando me apoio na bancada em frente da janela e me debruço para olhar se há algum sinal de Peeta no quintal, sinto braços fortes me darem um abraço por trás e logo em seguida um beijo em meu ombro.

– Bom dia minha linda. – ele me vira com os braços ainda em minha cintura me prendendo contra o mármore da bancada e me dá um beijo rápido.

– Bom dia, estava te procurando.

– Eu estava ao telefone. – ele foi para mesa se sentar e eu o acompanhei, sentando em sua frente.

– Uhm. – coloquei um pedaço de pão na boca – Posso saber com quem falava?

– John. – respondeu simplesmente, eu ergui meu olhar para ele já que estava tomando meu café.

– Peeta! O que vocês conversaram? Por que está tão calmo em relação a isso? – explodi de vez.

– Calma você, meu amor. Eu ia te contar. – ele fez uma pausa – A polícia encontrou Enobaria e Tresh, os melhores amigos dela, lembra?

– Claro que sim, e... – o incentivei a continuar a falar.

– E aí que John interrogou os dois a respeito da máfia do pai da Glimmer e dela.

– Acharam a máfia? Glimmer? Peeta diz logo, por favor! – eu gritava desesperada.

– Eles não disseram nada a respeito de Glimmer. Parece que ela fugiu sem dar explicações para os dois. Eles não sabem de nada.

– Ou fingem não saber. – retruquei.

– Calma Kat ás vezes é verdade.

– Verdade? – eu já estava irritada e batia a mão com força na mesa. – O que ela pode ter dado em troca pelo silêncio dos dois? Vamos ver... – eu gritava – Dinheiro, jóias, popularidade eu sei lá o que aquela garota é capaz de fazer, mas tenho certeza que os dois não são inocentes nessa história.

– Katniss, eu vou falar para o John ficar de olho neles, tudo bem? – ele colocou a mão em cima da minha na mesa – Eu não quero ver você estressada, por favor, não vamos brigar por isso.

– Tudo bem, desculpe acho que fui rude demais com você.

– Não precisa se desculpar, meu amor, eu entendo sua parte. – ele terminou de tomar seu café – Vamos para escola?

– Vamos.

Saímos pela porta em direção ao colégio novo. Não é muito longe. Nessa cidade não tem aquela pracinha para ficarmos juntos no final do dia como adoramos, mas sabemos que estamos aqui para o bem de todos e isso é o que importa.

Estou pegando um pouco de raiva daquela Caroline, ela vive conosco, não consigo ficar sozinha com Peeta que ela já vem querendo fazer várias coisas com a gente. Pensando nela, quando passamos o portão da entrada, avisto a nossa “nova amiga” que já vem correndo em nossa direção.

– Olá gente! – diz toda alegre.

– Olá. – diz Peeta e eu fico calada.

– Está tudo bem Katniss? Você está com uma carinha estranha, o que aconteceu? – é impressão minha ou essa menina está querendo saber muito da minha vida?

– Só estou sendo eu mesma. – digo curta e grossa.

Saio de lá sem dar satisfação e vou em direção ao banheiro. Caroline é uma menina tão simpática e alegre, parecida com Annie, que eu não entendo porque eu estou pensando assim dela. Annie é minha melhor amiga e se ela é bem parecida com Ann não teria o porquê de odiá-la. Eu não a odeio, na verdade. No primeiro dia em que nos conhecemos ela foi bem divertida e tudo mais, mas depois dela se enturmar comigo e com Peeta reparei que ela é meio estranha. E outra coisa que me deixou confusa foi o fato de vê-la falando com outra pessoa por celular na semana passada.

FLASHBACK ON

Fui para a cantina pegar um suco, enquanto Peeta ia ao banheiro. De longe percebi que ela estava vazia, então fui direto para o caixa antes de pedir o que eu queria. O caixa ficava do outro lado, no lado das cadeiras na parte descoberta e arborizada. Quando estava chegando perto, ouvi vozes atrás das árvores e logo reconheci que era de Caroline e provavelmente está conversando pelo celular.

– Meu você sabe que é difícil né! Para de mandar em tudo, eu faço o que eu consigo e pode deixar comigo que vou fazer tudo diretinho. – estranhei seu tom de voz, não é nem um pouco parecido com o tom que ela fala comigo e com Peeta.

– Tá, eu vou pegar, deixa comigo. Tchau. – Pegar? Pegar o que? Ela desligou o telefone e eu me virei rapidamente para a mulher que estava esperando eu pedir.

– Eu vou querer um suco de morango, por favor. – no segundo em que falei, Caroline sai das árvores e repara na minha presença.

– Kat! Você estava aí há quanto tempo? Eu nem te vi... – voltou a sua voz alegre. Pera, então ela está me perguntado isso para saber se eu escutei a conversa. Com quem ela tava falando?

– Acabei de chegar. – menti – Peeta foi ao banheiro e eu vim comprar um suco.

– Ah, ok. Olha ele aí. – apontou para ele que estava saindo do banheiro e vindo em nossa direção.

FLASHBACK OFF

Não contei a Peeta sobre esse episódio que eu presenciei, mas o tom de voz era tão diferente, ela estava tão diferente que fiquei até apavorada do que poderia estar acontecendo. Pensar em Caroline me fez lembrar-me de Annie. Estava com muitas saudades daquela turma. Não pensei duas vezes e peguei o celular ainda no banheiro para ligar para ela.

– Alô Annie? – encostei-me à pia quando ela atendeu ao telefonema.

– Kat? Ai meu deus que saudade Kat é você mesma? – ela berrava alegre. Agora pensando bem, Ann era sim bem alegre e dava pulinhos felizes, mas não igual Caroline. Annie tinha uma alegria doce e natural enquanto da Carol parecia ser uma alegria mais... fingida?!

– Sou eu sim Annie estou morrendo de saudades! – não a via a mais de uma semana e só esse pequeno tempo já fez com que meu coração se apertasse de saudades da galera.

– Como está ai na cidade nova amiga? – tinha muita gente conversando ao seu redor, pois dava para ouvir pequenos cochichos do outro lado da linha.

– Não tão bom quanto aí, mas nós sabemos que é para o eu bem e vamos ficar aqui até eu me recuperar em breve estou de volta.

– Maravilha! O povo aqui está doido pra te ver! Não é pessoal? – ela perguntou para as pessoas que cochichavam e que provavelmente devem ser nossos amigos. Ouvi muita gente falando ao mesmo tempo e depois Annie voltando a gritar no telefone. – A gente está na sala por isso o barulho, mas todos estão loucos para te ver Kat.

– Me deixa falar com ela um pouquinho Annie. – essa era a voz inconfundível da Madge no outro lado da linha.

– Tudo bem Mad. – ela voltou para mim – Kat eu vou passar o telefone para Mad falar rapidinho porque daqui a pouco a aula começa.

– Tudo bem, aqui também já vai começar. Beijos Ann. – ouvi a porta do banheiro sendo aberta, mas nessa hora eu estava dentro da cabine do banheiro.

– Beijos se cuida.

– Kat? – sorri ao escutar a voz da minha outra amiga.

– Madge!!

– Que saudade Kat. Você não faz idéia do quanto o pessoal sente a falta de vocês. – ela não gritava tanto quanto a Annie, mas ainda não era uma voz normal.

– Eu também morro de saudades de vocês. Eu quero voltar o mais rápido possível.

– Você não nos trocou, não é? – sua voz estava séria agora.

– Não Mad eu nunca iria trocar vocês por ninguém. – dei risada.

– Nem por Peeta? – ela perguntou e logo deu risada. Acompanhei.

– Daí é diferente. – ouvi a risada de todos do outro lado, ela deve ter colocado no viva-voz agora.

– Sei sei. Kat agora o pessoal inteiro está te ouvindo. – todos me disseram “oi”: Gale, Finnick, Cato, Clove. No momento em que nós íamos começar uma longa conversa o sinal toca.

– Ué que barulho é esse aí Catnip? – pergunta Gale.

– O sinal do início da aula infelizmente vou ter que ir galera. Mais tarde eu ligo quando estiver com Peeta ok?

– Tudo bem, tchau Katniss se cuida.

Desliguei o telefone e saí da cabine do banheiro encontrando Caroline mexendo no celular, mas ela estava bem entretida e nem reparou se tinha alguém lá. Como ela estava encostada na parede que dividia as cabines da pia eu consegui chegar por trás e ver uma pequena parte da conversa na mensagem. O nome da pessoa estava indicado como “G”.

“E aí conseguiu fazer amizade?” – G

“Estou no caminho” – Caroline.

“Acho bom virarem melhores amigos logo, não quero demorar.” – G

“Estou tentando, mas essa garota é complicada.” – Caroline.

“Toma cuidado para não deixar pistas, ok?” – G

“Ok” – Caroline

“Seja rápida” – G

Foi a última mensagem que eu consegui ler já que Caroline se desencostou da parede indo até a pia e eu me escondi, mas agora do lado oposto da parede.

Ouvi a porta bater, alegando a saída de Carol. Saí do meu esconderijo e fui até o espelho. Enquanto me olhava perguntas aleatórias vinham em minha mente:

“Com quem ela estava falando?”

“Quem é G?”

“Como assim fazer amizade?”

Preciso contar tudo isso para Peeta. Eu vivo com ele não posso esconder absolutamente nada dele ainda mais a conversa no telefone e agora essas mensagens. Lavo o rosto, dou uma última olhada no espelho e saio em direção a sala de aula já que o sinal tocou faz tempo. É isso! Hoje conto tudo para Peeta assim que chegarmos em casa.


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Notas finais do capítulo

Genteee! Comentem o que acharam dessa Caroline!! Como sempre aqui vai uma prévia para o próximo:

— O que você quer me falar, amor? – ele segurou minhas mãos provavelmente me dando coragem para começar a pronunciar.
— É sobre Caroline.

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Enquanto me debruçava no vaso sanitário, senti braços fortes me darem um abraço por trás e segurarem meus cabelos.
— Meu amor, você está bem?
— Sim, deve ter sido alguma comida estragada só isso.

(espero não ter deixado muitas pistas haha) ;)