A razão do meu viver escrita por Mih Mellark


Capítulo 22
Lá vamos nós!


Notas iniciais do capítulo

Gentee! Quanto tempo eu não posto!! Fiquei até com saudades de vocês!! Ainda beemm que o Nyah voltou, não é mesmo? Não consigo sobreviver sem ele haha. Eu postei no spirit e a Gabi que lê aqui começou a conversar comigo por lá. Finalmeenteee voltou Gabiii haha e vou matar sua curiosidade desse capítulo que eu trouxe bem grande hoje!!
Quero muitos comentários hein!! Esse capitulo foi bem complicado de fazer levou bastante tempo mas aqui estou eu postando o capitulo que eu pensei que nunca acabaria. Bom é isso vejo vocês lá em baixo.
BOA LEITURA:D



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POV Katniss

– Já sei o que a gente pode fazer, só vai depender de você aceitar ou não. – ele disse limpando minhas lágrimas que ainda escorriam pelo meu rosto.

– O que?

– O que você acha da gente se mudar daqui, só eu e você, para morar em outra cidade bem longe. Vamos poder ficar livre de tudo o que houve aqui, vamos esquecer tudo o que aconteceu e viver nossas vidas juntos, como tem que ser. – ele pegou minha mão – E então, aceita se mudar comigo, meu amor?

Fiquei surpresa com seu pedido, mas é o melhor para nossas vidas agora. Ficaremos seguros de qualquer perigo causado por ela. Ir para outra cidade com Peeta é a coisa que eu mais quero, assim eu poderei seguir minha vida em paz sem ter que me preocupar se vou ser seqüestrada ou não, até por que vamos estar bem longe e imagino que bem feliz também. Não tem pessoa que me faz mais feliz que Peeta, ele me faz tão bem e eu faço tão bem a ele também que indo para outra cidade só vai melhorar nossas vidas. Não preciso pensar nem duas vezes para saber a resposta que está óbvia em minha mente.

Olho para ele e lhe dou um sorriso sincero que retribui quase imediatamente. Pego seu rosto em minhas mãos e lhe dou um beijo antes de sussurrar:

– Tudo o que eu mais quero é ser feliz com você bem longe daqui.

Peeta me deita na cama, sobe em cima de mim e começa a me beijar ferozmente, porém sinto uma dor forte no abdômen por causa das torturas, fazendo com que eu interrompa o beijo e dê um grito de dor. Peeta se assusta e levanta em um pulo só.

– Kat, eu te machuquei? – ele pergunta com uma expressão de preocupação estampada em seu rosto.

– Não, foi só uma dor aguda no abdômen de um dos cortes. Não foi nada, meu amor, eu vou ficar bem. – coloco a mão no local e sento na cama.

– Vou pegar seu remédio. – ele disse indo até a mesa de cabeceira e pegando um comprimido com o copo de água para me entregar em seguida.

– Obrigada. – tomei e esperei Peeta voltar a deitar para poder apoiar a cabeça em seu peito nu.

– Descanse e amanhã a gente conversa melhor sobre nossa mudança, tudo bem?

– Claro afinal, eu estou super ansiosa e não vejo a hora de ter meu cantinho só com você. – inclino a cabeça e dou um beijo leve em seus lábios – Boa noite, Peeta.

– Boa noite, linda.

§§§

Acordo com a luz do quarto batendo em meu rosto e percebo que Peeta não está do meu lado na cama. Não consigo levantar sozinha, preciso de ajuda. Sinto outra pontada, um pouco mais forte que ontem, no meu abdômen me fazendo dar um grito de dor. Imediatamente ouço passos apressados no corredor, indagando a chegada de alguém. Apenas aperto os olhos para esperar a dor passar.

– Katniss você está bem? – pela voz masculina e rouca deduzo ser Peeta, mas a única coisa que consigo fazer é balançar a cabeça negativamente. – O que você está sentindo, meu amor, me fala. – sinto o colchão da cama afundar ao meu lado.

– Outra dor das torturas. – sussurro com dificuldade ainda pelo incomodo que se espalha pelo meu corpo.

– Torturas? Que torturas? – outra voz.

Essa não é a voz de Peeta. Que voz é essa? Uma voz feminina. Abro os olhos e olho em direção a porta dando de cara com Prim que está com uma expressão indescritível. Peeta arregala os olhos e eu apenas abaixo a cabeça.

– Katniss você disse torturas? – ela perguntou se aproximando e ficando em frente à cama.

– Prim... olha não é bem assim. – tento argumentar, mas ela me interrompe.

– Eu sei o que eu ouvi Katniss, me fala a verdade. Eu sabia que você não tinha sofrido acidente de carro nenhum. Vocês mentiram para mim. – ela começou a gritar.

– Shiu, vai acordar a mamãe e eu não quero que ela saiba a verdade.

– A mamãe ta no hospital trabalhando. – ela senta na cama – Me fala a verdade, Katniss.

Prim estava séria, assim como Peeta. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu teria que dizer a verdade a elas e essa hora chegou. Pelo menos pra minha irmã, porque não pretendo dizer para minha mãe. Não gosto de mentir, nunca gostei, porém se eu contasse, ela se preocuparia muito, ficaria com muita raiva e sofreria bastante. Já basta a morte do meu pai. Não quero que ela sofra mais. Nunca mais. E poupá-la desse detalhe seria o mínimo para não preocupá-la de nada.

– Depois eu te explico Prim, eu não estou muito bem. – aperto os olhos novamente deitada.

– O que você está sentindo, minha linda? – Peeta passa as mãos pelo meu cabelo.

– Dor no abdômen.

– Vou pegar seu remédio de novo. – ele me entrega eu tomo.

– Prim é melhor vocês conversarem depois.

– Tudo bem, mas depois vou querer saber a verdade. – ela vai em direção a porta para ir embora, mas quando ela está quase saindo eu a interrompo.

– Espera Prim. – ela se vira novamente – Só não fala pra mamãe que eu menti para vocês, por favor. Eu prometo te explicar tudo depois que essa dor passar.

– Tudo bem, melhoras Kat.

Depois que ela saiu me virei em direção a Peeta que estava me abraçando ainda na cama.

– Ela vai entender Kat, não se preocupe. – ele beija o topo de minha cabeça – Você está melhor?

– Vou ficar se você não sair daqui. – fiz manha o que fez ele dar uma risada fraca antes de me alinhar mais em seus braços fortes.

Ficamos em silêncio um bom tempo até eu me lembrar da nossa “mudança” para outra cidade. O que eu mais quero é sair desse perigo e reviver o mais rápido possível, então é melhor eu conversar com Peeta para nos mudarmos depressa.

– Peeta, quando vamos nos mudar? – inclino minha cabeça para cima para poder olhá-lo.

– Quando você quiser.

– Eu quero ir o mais rápido possível Peeta, quero ser feliz novamente.

– Então vamos, só vamos avisar a todos e podemos terminar a escola na outra cidade.

– Podemos ir amanhã de manhã?

– Sim, vamos falar com nossos pais primeiro, ok? Agora dorme um pouco mais para passar a dor.

– Promete ficar comigo até acordar?

– Sempre. – ele beijou o topo de minha cabeça e não vi mais nada depois de minhas pálpebras pesarem e fecharem quase que imediatamente.

§§§

– Amor acorda. – abro os olhos e vejo Peeta me chacoalhando – Katniss!

– Hã?! – ainda estou meio sonolenta por ter sido acordada.

– Você dormiu muito Kat, se continuar não vai dormir a noite.

– Tudo bem, vamos levantar.

– Antes Prim quer falar com você.

– Com os dois, na verdade. – Prim aparece de repente na porta nos dando um susto.

– Prim, eu... – tento começar a explicar, mas ela me interrompe.

– Você me disse naquele dia do hospital que tinha sofrido um acidente de carro e mais cedo eu ouvi você falando que estava com dor por causa de uma tortura?

– Prim, eu vou explicar direitinho vem cá. – bati na cama do meu lado para ela se sentar.

Expliquei para Prim desde a festa o que aconteceu comigo, só de contar essa história novamente, meu estômago se revira. Ela ouviu palavra por palavra atentamente que saia da minha boca e parecia não acreditar, igual aos meus amigos depois que ouviram. Realmente é uma história que não é boa de ouvir e muito menos de contar. Pedi para Prim não dizer nada para a mamãe, ela sofreria de novo e não quero vê-la mais triste, todas nós sofremos muito com a morte de meu pai e não quero que ela fique doente com mais uma crise igual a que teve anos atrás.

– Ai meu deus Kat que coisa horrorosa. – ela pulou em meu colo, me fazendo gemer baixo por causa da dor no abdômen que ainda não passou totalmente – Desculpa.

– Só te peço de novo para não falar nada para a mamãe sobre as torturas – implorei novamente.

– Tudo bem eu entendo. Eu sabia que essas cicatrizes não eram de acidente nenhum. – ela passou a mão por uma que estava perto do meu pescoço.

– Prim, queremos te contar outra coisa também. – Já sabia o que Peeta iria falar para ela, decidi deixá-lo continuar já que ele é bem melhor com palavras do que eu – Eu e sua irmã decidimos nos mudar para outra cidade por um tempo, ela tem que se proteger já que Glimmer está solta e eu vou junto para mantê-la segura. – Peeta terminou de falar com os braços ao meu redor me abraçando de lado.

– Vocês vão sair daqui? – seus olhos se encheram de lágrimas.

– É o melhor para Katniss, Prim. Prometemos que vamos nos comunicar sempre, não é meu amor?

– Claro que sim. – comecei a passar a mão pelo cabelo dela – Eu preciso me proteger e esquecer um pouco tudo o que aconteceu. É só um tempo, nós vamos voltar não se preocupe.

– Tudo bem eu entendo, eu só... – lágrimas começaram a escorrer de seu rosto – vou sentir muita sua falta Kat.

– Eu também vou, patinha. Mas lembre-se que eu volto. É apenas até Glimmer ser presa, tudo bem?

– Mas e se ela demorar anos para ser presa? – é tudo o que menos quero – penso.

– Daí nós vamos voltar antes, agora você nos ajuda a arrumar as malas? Partiremos amanhã.

– Mas já?

– Sim, vamos rápido, patinha. Temos que falar com outras pessoas ainda.

Eu, Peeta e Prim fomos fazer nossas malas. Prim não se desgrudava de mim nem um minuto sequer, Peeta nem conseguiu me dar um beijo ou abraço por causa dela, mas vou ter bastante tempo com ele lá na outra cidade então a única coisa que me resta é aproveitar o momento com Prim.

Prim. Vou sentir tanta falta dela. Minha mãe, meus amigos queridos... Todos. Mas é o melhor a fazer no momento e ainda vamos nos ver em breve. Só vou me recuperar e depois volto.

Terminamos de arrumar as coisas cedo, com tempo de ir ainda nos despedir de todos. Peeta marcou com todos na pracinha, o lugar que me traz lembranças boas e ruins de anos atrás, para lhes dá a noticia e para nos despedir também.

Quando estávamos quase chegando já pude ouvir as vozes que se exaltavam no local. Essa galera vai me fazer falta! E muita! Peeta nos levou mais perto e quando nos avistaram vieram correndo

– Por que vocês marcaram esse encontro? – parece que estragamos algo pelo tom debochado de Finnick.

– Porque é importante. Atrapalhamos algo? – olhei de Finnick para Annie que corou imediatamente.

– Imagina Kat, você nunca atrapalha. – Annie sempre tem seu jeito doce – Mas o que aconteceu? Peeta disse que era urgente.

– Vamos nos mudar galera. – Peeta solta a bomba – Só eu e a Katniss.

– O que? – todos pareciam não acreditar no que Peeta falou.

– De novo Kat? Você vai ficar longe de nós?

– Vai ser melhor para nós, vamos para outra cidade por um tempo para esquecer o que aconteceu aqui. Vamos voltar logo, só o tempo de tudo voltar a ser como era antes. Quero ficar em segurança enquanto Glimmer está solta e a melhor maneira de fazer isso é se isolando um pouco desse lugar que me trás lembranças.

– Ah vamos sentir tanta falta de vocês. – demos um abraço coletivo em meio de lágrimas que agora já escorriam pelo rosto de todos.

– Vamos mesmo! Prometem que vamos nos comunicar sempre que der e que nunca vão deixar de dar notícias? – Madge parecia uma criança fazendo manha.

– Prometemos, não é amor? – olhei para cima e Peeta apenas balançou a cabeça afirmativamente me dando, em seguida, um beijo na testa. – Estamos indo amanhã cedo.

– Se cuidem, vocês merecem serem felizes e nada melhor do que sair um pouco daqui. O bom é que vocês voltam logo, pensam positivo galera. – Gale tentou animar o clima que havia se instalado entre nós, porém todos estavam com lágrimas nos olhos, o que foi um impossível fazer alguém rir.

– Quando chegarem vamos fazer uma festa de boas vindas novamente. – Cato sempre foi amarrado em uma festa.

– Amor eles nem foram e você já está pensando na festa de chegada deles? – depois que Clove disse isso todos nós rimos.

– Ué tem que pensar sempre no melhor, não é?

– Amigos o papo está bom, mas temos muita coisa para fazer antes de ir então acho que chegou a hora de dar adeus. – nessa hora as meninas pularam em cima de mim e começaram a fazer um rio de lágrimas, ainda bem que os meninos foram rápidos e as tiraram porque senão acho que ficaria sem ar.

Eu e Peeta nos despedimos um por um. As meninas não paravam de chorar e cada uma fazia um pequeno “discurso” antes de livrar dos abraços. Realmente vai ser difícil me separar delas, mas prefiro voltar nova e reconstruída do que continuar fechada e ferida como agora.

– Gale obrigada mais uma vez por me salvar daquele lugar. – dei um abraço bem apertado nele – Sempre vou ser grata a você por isso. Se cuida, ta?

– Sim e você se cuida também Catnip, vou sentir sua falta.

– E eu vou sentir falta de ser chamada de Catnip também. – demos outro abraço – Espero voltar logo.

– Vamos ficar a espera de vocês.

Depois de toda choradeira e das despedidas, resolvemos que era a hora de partir, já que tínhamos outras coisas para fazer antes da mudança. Quando Peeta já estava quase virando a esquina para ir embora, ouvimos a voz de Clove.

– Não se esquecem de ligar sempre e nem pensem em nos trocar por outros amigos, ouviram?

– Nunca vamos ter amigos mais especiais que vocês, fica tranqüila Clove – gritei.

– Tchau galera!

Peeta deu um aceno de mão e partimos em seguida para um novo passo de nossas vidas, afinal nós temos que virar a página uma hora, não é mesmo? Não podemos ficar parados por muito tempo em uma página só. Na vida, aprendi que se não fizermos o que é correto não damos um passo a frente, não realizaremos nosso objetivo. Meu objetivo no momento é esquecer a Glimmer. Esquecer das torturas. Esquecer de seqüelas. Esquecer de tudo desde que cheguei aqui, menos é claro do meu amor com Peeta. Isso eu não quero me esquecer jamais.

O próximo passo é ir até a delegacia contar para John de nossa mudança. Ao chegar lá, um policial nos contou que John estava viajando a trabalho e que voltava daqui uns dias, então resolvemos deixar uma carta explicando tudo direitinho até endereço da nossa casa que ficaremos hospedados na outra cidade. Na carta pedimos para ele nos dar qualquer indício sobre Glimmer e que se tivesse algo importante, voltaríamos na mesma hora.

Depois de passar na delegacia resolvemos voltar para casa para falar com minha mãe. Peeta me deixou na porta já que tinha que falar com sua família também e disse que voltaria mais tarde para dormir comigo.

Abri a porta de casa com dificuldade já que a cadeira não permitia que eu fizesse muitos movimentos e avistei minha mãe deitada na poltrona da sala, provavelmente me esperando, uma hora que Prim devia estar dormindo.

– Mãe? – perguntei enquanto empurrava as rodas da cadeira até onde ela estava.

– Filha, onde estava? Esta tarde...

– Eu tenho que conversar com a senhora.

– Pode falar querida, sempre conte comigo.

Contei para ela que estava planejando me mudar com Peeta por causa do “acidente” que mexeu muito comigo e que queria me livrar de seqüelas desse acidente. A minha sorte é que mamãe trabalha em um hospital diferente do que eu fiquei, assim ela não teria acesso a minha ficha do hospital, caso contrário, ela saberia de tudo o que eu passei.

Ela entendeu perfeitamente e disse que eu já sou grande o suficiente para viver com Peeta um tempo, porém ainda tenho apenas 17 anos. Por isso, como toda mãe, ela me falou para ter cuidados entre outras coisas. Fico feliz que minha mãe tenha me deixado ir, esse tempo que passarei fora me fará muito feliz e o principal... Me fará esquecer de tudo o que passei.

Depois de conversar um bom tempo dessa mudança com ela, todos os endereços, telefone e tals. Peeta chegou e fomos para a cama dormir, já que amanhã é o dia em que nossas vidas vão mudar completamente. Pelo menos sinto dentro de mim que nessa mudança vai acontecer muita coisa e que principalmente vai mudar completamente nossas vidas.

§§§

Acordo bem cedinho com o sol praticamente nascendo ainda. Com muito esforço consigo sair da cama e faço minha higiene matinal. Peeta não estava na cama, provavelmente devia estar colocando as malas no carro rumo ao aeroporto. Dessa vez não vamos de trem, queríamos ir de um modo mais rápido.

Depois de trocar de roupa, vasculho pelo quarto à procura de algo que eu possa ter deixado em algum canto ou outro. Quando termino de olhar meu quarto inteiro, paro meu olhar em um ponto especifico do quarto que me trouxe muita alegria... Meu quadro de fotos.

Nele eu tenho fotos de todos os meus parentes e amigos... Meu pai... Que saudade dele! Espero que ele esteja vendo lá de cima que estou bem agora e que vou me recuperar nessa minha mudança repentina. A única coisa que me intriga é que vou ficar longe de Prim e mamãe, mas se for para eu me recuperar, eu faço qualquer coisa.

– Vou ficar bem papai, prometo. – digo e beijo uma foto minha e do meu pai que estava em minhas mãos de quando eu era bem pequenininha com ele na praça da cidade brincando com as flores na grama verde e podada.

– Katniss, meu amor, você já acordou? – Peeta aparece na porta me tirando de meu transe. Limpo as poucas lágrimas que caíram de meu rosto, ponho a foto na minha bolsa junto com as outras e viro minha cadeira em sua direção, esboçando em seguida, um lindo sorriso.

– Já sim, está tudo pronto para irmos?

– Mais ou menos, faltam algumas coisas. – ele me olhou por um tempo como se estivesse pensando algo – Katniss, você conseguiu se levantar sozinha?

– Pode acreditar e com muito esforço, ainda bem que tomei remédio em seguida, senão agora estaria me contorcendo de dor. – digo e rimos em seguida. – Me ajuda a descer? – ele concordou com a cabeça e veio em minha direção para arrastar a cadeira. Logo, estávamos na sala e nenhum sinal de Prim ou minha mãe.

– Prim e sua mãe estão no mercado comprando algumas coisas para levarmos. – concordei com a cabeça e Peeta me levou para a cozinha.

Passei um bom tempo deliciando os pratos de Peeta. Panquecas, frutas cortadas, pães fresquinhos com geléia feita por ele, suco e muito mais ainda bem que vou ter Peeta na minha casa agora na outra cidade senão é capaz de eu morrer de fome. Estamos acabando a nossa refeição do dia quando ouço a campainha da porta, Peeta se levanta para atendê-la.

– Olá querida, dormiu bem? – minha mãe aparece com tantas sacolas do supermercado que nem dava para ver o rosto dela.

– Sim mãe, mas... Não é muito exagero você comprar tudo isso? Sabe, na outra cidade tem mercado mãe... – eu digo tentando não parecer grossa, realmente não é minha intenção, jamais.

– Nada disso, vocês vão chegar e descansar. Amanhã vão ver a escola para terminar o colegial e não vai dar tempo de ir ao mercado e é por isso que não vou fazer com que meus lindos passem fome. – ela diz abraçando Peeta e eu.

– Obrigada mãe, cadê Prim?

– Ouvi meu nome? – ela chega de supetão na cozinha assustando a todos.

– Onde estava patinha?

– Eu estava pegando essas flores para vocês, sabe, para decorarem o novo lar de vocês. – ela nos abraçou e pude perceber que estava prestes a chorar – Espero que se lembrem de mim toda vez que virem essas flores na mesa, eu vou sentir tanta falta de vocês.

– Também vamos sentir a sua e da mamãe, mas agora acho que está na hora de partimos, não é amor? Se não vamos perder o avião. – quando terminei de falar, as duas já estavam chorando.

– Nããoo – Prim veio correndo para meus braços, sorte que eu estava na cadeira de rodas, caso contrário eu cairia no chão.

– Calma Prim, vamos nos ver logo e não vou deixar de mandar noticias, fique tranqüila. – a assegurei ainda em meus braços afagando seus cabelos loiros.

– Eu sei, mas não sobrevivo sem você Kat.

– Nem eu linda. – dei um beijo nela e em minha mãe que novamente me disse para tomar todo o cuidado lá e ser feliz. – Tchau pessoal!

Depois de Peeta se despedir delas, ele me colocou no carro e acenamos pela janela para minha mãe e Prim. É... Não vou vê-las tão cedo. É melhor aproveitar essa cena em família.

Demos partida no carro rumo ao aeroporto, ou melhor dizendo, rumo a nossa nova vida! Mal posso esperar para sair desse pesadelo chamado Glimmer. Não quero saber mais dela. Bom, agora não vou mais precisar me preocupar. Ou devo? Não, não devo. Ela está solta pelo mundo, mas eu estou salva. Sim, eu estou salva pelo amor da minha vida. Peeta. Sempre Peeta.

– Vamos Kat? – me desperto do meu transe percebendo que estamos na porta do aeroporto pronto para sair.

– Claro, vamos! – respirei fundo e Peeta abriu a porta para mim, montou a cadeira e logo entramos dentro daquele lugar enorme.

Depois de ter feito o check-in, ficamos esperando sermos chamados para entrar no avião e partir. A sala de embarque estava meio vazia então estávamos bem à vontade.

– Não gosto muito de aeroportos. – Peeta comentou e olhei para ele, percebi agora que ele deve ter falado com si mesmo, mas minha curiosidade falou mais alto.

– Por quê? – ele me olhou e demorou para responder.

– Me faz lembrar o dia em que você partiu e demorou a voltar. – ele abaixou a cabeça, mas peguei seu queixo com uma de minhas mãos erguendo-o.

– Agora eu vou embora, mas vai ser com você. Vamos viver uma nova vida a partir de agora, só você e eu. – ele deu um sorrisinho fraco e me abraçou.

– Eu te amo tanto desde pequeno. – sussurrou em meu ouvido me fazendo sentir arrepios.

– Eu também te amo. – colei minha testa na sua e no segundo seguinte anunciaram o nosso avião.

A viagem durou pouco tempo, não era uma cidade longe, mas também não era tão perto. Dormi quase a viagem inteira no colo do Peeta, o coitado nem deve ter conseguido se mexer no banco. Pouco tempo depois avisaram que chegamos ao destino. Olhei para fora da janelinha no mesmo instante. Então é aqui. É aqui que vou passar o resto da minha vida ao lado de quem eu amo. Sem perigo. Sem Glimmer. Pronta para esquecer. Esquecer o passado e pensar num futuro... Apenas feliz!


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Notas finais do capítulo

E aí como ficou? A história vai ficar bem emocionante pra frente (ops! hihi). Comentem o que acharam galeraa! Que tal dar uma olhada no próximo capítulo hein?!

— Chegamos! – Peeta abriu a porta de casa já dando para ver tudo arrumadinho.
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— Bom, é melhor fecharmos esse quarto por enquanto. Depois falamos desse assunto mais pra frente.
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— Peeta onde você estava até essa hora? – fui até ele – Não era para você ter feito só as matrículas?
— Eu estava pensando, me desculpa pela demora. – ele me deu um selinho e foi em direção a cozinha – Vamos jantar?
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— Uhm. – coloquei um pedaço de pão na boca – Posso saber com quem falava?
— John. – respondeu simplesmente, eu ergui meu olhar para ele já que estava tomando meu café.
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— Olá Caroline – diz Peeta e eu fico calada.



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