A razão do meu viver escrita por Mih Mellark


Capítulo 18
Glimmer vai pagar por tudo, pode ter certeza!


Notas iniciais do capítulo

Trouxe mais um capitulo para vocês!!
Espero que gostem e comentem o que acharam!
Boa páscoa para todas e...
BOA LEITURA:) Até lá em baixo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/473005/chapter/18

POV Katniss

– Meu amor? – ouço a voz de Peeta e levanto rapidamente me assustando com ele parado aí, nem ouvi a porta...

– Que susto Peeta. – falo colocando a mão no coração. Eu estava tão presa em meus próprios pensamentos que eu nem reparei na sua presença dentro do quarto. – Você está ai desde quando?

– Acabei de entrar e vi você tão quietinha. – ele diz se aproximando e sentando ao meu lado na cama. – Aconteceu alguma coisa que você quer me falar, meu amor? – apenas balanço a cabeça negativamente. – Kat?

– O que?

– Me fala no que você tanto pensa, eu só quero te ajudar.

– Não penso em nada, Peeta.

– Ah, não? – ele me pergunta com um olhar irônico, mas o pior é que ele está coberto de razão. Não paro de pensar nas coisas terríveis que Glimmer me falou e me ameaçou naqueles dias, estou muito fechada, porém não quero falar com ninguém sobre isso, nem mesmo Peeta.

– Não. – bufo e olho para o lado fitando o chão, porém sinto suas mãos se pousarem sobre meu queixo me fazendo olhar em sua direção.

– Katniss eu te conheço melhor que todo mundo, sei que algo te incomoda e eu quero fazer de tudo para tirar qualquer pensamento ruim de dentro de você, entendeu? – Peeta foi sempre tão romântico, foi sempre um homem muito especial. – Você esta salva agora, meu amor. Acabou! Esquece tudo o que você passou. A Glimmer vai ser presa ainda hoje depois que a gente sair da polícia. Não se preocupa com ela, vamos viver nossas vidas e fingir que nada aconteceu.

Penso no que Peeta disse e sei que ele está sendo um homem maravilhoso, porém uma raiva sobe em mim só por pensar nos dias da tortura e não consigo me controlar.

– Viver nossas vidas? – tiro sua mão de meu rosto agressivamente e Peeta se assusta. – E se ela não for presa, Peeta? E se ela fugir? Eu vou passar o resto da minha vida preocupada se eu posso ser seqüestrada de novo ou não e você fala de esquecer tudo o que eu passei?

– Calma Katniss, não foi isso que eu quis dizer, é claro que Glimmer vai ser presa, eu vou exigir isso da polícia. Se for possível eu mando o mundo inteiro ir atrás dela só para prendê-la e ver novamente um sorriso em seus lábios.

Essas palavras me pegam de surpresa, Peeta é uma pessoa perfeita, ele me ama muito e eu o amo também. Sem ele não sei se alguém seria capaz de colocar minha vida em ordem. Se não fosse por ele agora, ninguém estaria me acalmando desses pensamentos.

Peeta volta a por sua mão em meu rosto e me puxa para perto, não recuo dessa vez, quero senti-lo. Quero tê-lo de volta e me desculpar pela minha agressividade, porém não sei o que dá em mim de vez em quando. Eu sinto como se não pudesse me controlar e ainda por cima tendo que ser obrigada a descontar minha raiva da Glimmer em alguém, mas não quero que esse alguém seja Peeta, ele é muito especial pra mim, ele é alguém que eu não quero perder jamais.

Peeta deixa nossos rostos a centímetros de distância e nós já podemos sentir a respiração um do outro batendo contra nossos rostos cada vez mais próximos até que ele junta nossos lábios em um beijo que inclui desde saudade de três anos atrás até uma confirmação que nosso amor nunca acabou e nunca vai acabar. O ar nos faz necessário, então nos separamos do beijo, porém ficamos com as testas coladas uma na outra até eu me lembrar de uma coisa.

– Peeta, me desculpa por ter sido agressiva de novo com você, mas não sei o que me dá de vez em quando e sinto raiva de tudo. – sussurro ainda com nossas testas coladas.

– Se você não quiser me contar o que te atormenta tudo bem, meu amor, a escolha é sua e eu não tenho o direito de interferir em nada, me perdoa você.

– Eu não tenho absolutamente nada para te perdoar Peeta Mellark. – riu e bato no seu braço sem força, só de brincadeira. Ele ri e me olha com seus olhos brilhando e eu estranho sua expressão. – O que foi?

– Eu fiquei com saudade dessa risada, só isso.

Coro com sua revelação e olho para baixo ainda sorrindo, porém sou interrompida de meus atos com leve batidas na porta do quarto. Eu e Peeta olhamos em direção a ela quando a mesma se abre.

– Com licença. – diz o doutor com um sorriso no rosto. – Eu só vim avisar que precisamos liberar o quarto para os próximos pacientes Katniss, desculpa não queria ser grosseiro, porém o hospital está lotado.

– Não tem problema, doutor, já estamos de saída. – Peeta levanta da cama e pega minha mala. Só então percebo que o doutor carrega em suas mãos uma cadeira de rodas, provavelmente para mim. – Vamos Kat?

– Ah, trouxe isso para te dar Katniss, você pode ter dores ainda pelos cortes ou outro castigo da tortura, então faça o mínimo de esforço possível, tudo bem? – ele pergunta e eu assinto com a cabeça.

– Obrigado doutor. – diz Peeta e o doutor me ajuda a me sentar na cadeira e logo saímos do quarto rumo à entrada do hospital. Quando chegamos lá, Peeta pede um taxi, põe minhas malas e volta na nossa direção.

– Melhoras Katniss e não deixe de tomar seus remédios, tudo bem? Querendo o número de algum médico em especial ligue para mim. – ele me dá seu cartão e logo imagino que seja de um psicólogo, vou falar com Peeta mais tarde sobre isso. – Tchau, Katniss.

– Obrigada por tudo, doutor, vou me cuidar direitinho. – nem termino de falar e Peeta já me interrompe.

– EU vou cuidar dessa garota direitinho, doutor, pode deixar. – ele diz sorrindo para mim e é impossível não retribuir.

– Bom, então a gente se vê. – ele da uma pausa, mas logo torna a falar. - E Peeta, o caso dessa pessoa que causou as torturas já foi resolvido, não é?

– Sim, doutor, perfeitamente. – sei que Peeta está mentindo, até porque vamos fazer isso nesse exato momento, mas resolvo não interferir.

Peeta me ajudou a entrar no carro e se sentou ao meu lado no banco traseiro fazendo companhia a mim até a policia, que é o lugar que estamos indo no momento. Pego o cartão do doutor e fico pensando no tal psicólogo que ele e Peeta vão insistir em me levar. Não gosto de psicólogos, não preciso me curar com eles. Eu só preciso e só quero me cuidar dessas possíveis seqüelas com alguém ao meu lado, que fique para toda a vida e esse alguém é Peeta, disso eu não tenho duvidas. O carinho, o amor, a amizade de Peeta é o que vai me fazer curar e – eu espero – parar de pensar nas torturas que me atormentam. Peeta é o único que pode me ajudar e ele precisa saber disso.

– Peeta – chamo-o levantando minha cabeça que estava apoiada em seu ombro direito. Ele me olha e eu decido prosseguir. – Sobre as minhas seqüelas psicológicas...

– Katniss, se não quiser falar disso agora não precisa... – ele me interrompe.

– Peeta, eu quero. – digo decidida. – Eu não gosto de psicólogos, eu não me dou bem com eles e sei que não vou. Eu sei que posso chegar a ter mais seqüelas mais pra frente e sei que pode durar um tempo indeterminado, mas... – sou interrompida de novo.

– Katniss, você precisa...

– De você. – agora eu o interrompo. Parece que ele ficou surpreso pelo o que eu disse, mas é a pura verdade. – Eu só vou conseguir me recuperar com você ao meu lado. É de você que eu preciso e sempre precisei. É do seu amor, do seu carinho, do seu abraço, do seu beijo, de tudo seu, só seu...

Eu me aproximo dele e colo nossas testas nos deixando a centímetros de distancia. Peeta coloca sua mão em meu pescoço não me deixando sair.

– Eu sempre vou estar com você, sempre. Eu te amo eternamente, lembra?

Acabamos com o espaço entre nós com um beijo apaixonante que me quebra por dentro. Peeta é um homem incrível, seu carinho encanta qualquer um. Seu jeito de ser é tão especial que eu ainda me pergunto se eu mereço uma pessoa tão incrível assim ao meu lado por causa de tudo o que ele já fez por mim. Sempre me pego fazendo essa pergunta e a minha resposta é sempre não, porém sei que Peeta me ama mais que tudo e que fomos feitos um para o outro.

O taxi para e então lembramos que chegamos à polícia, então calmamente cessamos o beijo e pagamos o taxi. Quando entramos na policia, logo somos chamados para serem atendidos, chegamos em um balcão com um homem sentado a nossa espera.

– Com que posso ajudá-los? – pergunta o policial e logo vejo em seu crachá que seu nome é John.

– Olá, nós viemos denunciar uma pessoa. – responde Peeta.

– Sentem-se. – ordena o policial. – Qual o caso, a pessoa, tudo podem ir contando, por favor.

– Bem... – Peeta começa olhando para mim. – Houve uma festa a uns dias atrás de uma colega de classe nossa e eu e Katniss fomos, mas brigamos e depois disso ela sumiu, ainda na festa. – o policial tinha uma folha e uma caneta nas mãos e anotava tudo o que o Peeta falava, mas decidi continuar a partir daí.

– Quando nós brigamos, eu fui para o banheiro, mas no caminho eu fui dopada e quando eu acordei, eu estava em um quarto trancada e presa. – John absorvia atentamente cada palavra que saia de minha boca. – Nossa colega da escola, Glimmer, apareceu e começou a me torturar com a faca e socos dados por ela. Ela fez de tudo, até me ameaçou de morte. Eu fiquei muito fraca e se não fosse pelo meu amigo eu não sei se estaria aqui hoje. – lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto ao mesmo tempo em que minha voz se embaraçava. Peeta me abraçou e eu continuei a falar. – Essas marcas no meu corpo – mostrei as cicatrizes – são as cicatrizes da tortura, eu fiquei no hospital e sai nesse exato momento para vim aqui.

– Os nomes de vocês, por favor.

– Katniss Everdeen e Peeta Mellark. – respondi.

– E o nome da colega quem provocou o crime mesmo?

– Glimmer. – repondi enquanto ele anotava tudo. – ela é da nossa escola, policial.

– Por favor, me chame de John e agora vou fazer umas perguntas, tudo bem? – John disse e eu e Peeta concordamos.

– Perfeitamente, John.

– Para começar, quantos dias você ficou presa sendo torturada Katniss?

– Eu não consegui contar os dias exatos, mas uns três ou quatro dias. – disse tentando lembrar se disse certo, porém quando eu estava presa não fazia a mínima idéia do tempo.

– Você sabe onde você estava sendo torturada? O local exato onde seu amigo te encontrou?

– Sim, na própria casa da Glimmer. – ele anotava tudo o que falávamos e daqui a pouco vou vê-la na cadeia e isso é tudo o que eu quero.

– Algum outro tipo de tortura tirando cortes e socos?

– Não, apenas ameaça de morte, falta de comida...

– Você tem alguma idéia do por que ela te seqüestrou Katniss? – nesse momento olhei para Peeta e ele resolveu continuar a falar.

– Eu sempre fui namorado da Katniss, mas quando ela mudou de cidade, namorei Glimmer e depois que Katniss voltou, eu deixei Glimmer para voltar com a Kat. Ela deve ter ficado com ciúmes, deve ser essa a causa.

– Bom, vamos agora procurá-la e colocá-la na cadeia por tortura inadmissível, mas eu gostaria de falar também com a pessoa que te resgatou Katniss. – disse John.

– Claro, meu amigo da escola, Gale.

– Gale? – ele anotou o nome. – Tudo bem, agora vocês já podem se tranqüilizar porque vamos à procura dos dois. Glimmer vai ser presa o quanto antes e vou conversar com esse Gale para ouvir como ele te achou ok? Agora, me passem o telefone de vocês e endereço da escola e da casa da Glimmer, por favor.

Fizemos tudo o que ele mandou e ainda demos nosso endereço também. Estou bem mais segura que antes, Glimmer vai ser presa, ela vai pagar, ela vai pagar por tudo! Ela vai sofrer tudo o que eu sofri. Só de pensar nela já me vem aqueles pensamentos horrorosos das torturas que estou lutando para afastar.

Quando terminamos de denunciar Glimmer, Peeta pede outro taxi e vai comigo para casa. Finalmente voltei! Senti tanta falta da minha mãe e Prim e agora vou poder revê-las e viver minha vida em paz com Peeta, minha família e amigos! Vou poder viver uma vida em paz quando ela estiver na cadeia e isso é tudo o que eu quero no momento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Será que ela vai ter paz como pensa? Vish, só lendo para saber néh haha...
Aqui vai uma prévia para o próximo:
— Agora eu estou aqui com você. – falei passando a mão em seu rosto, no intuito de secar as suas lágrimas. – Eu prometo não me mudar mais, a não ser que seja com você. Sempre vamos ficar juntos, não é?
— Sempre. – ele fala e olha para mim. – Nada vai mais nos separar. Glimmer vai ser presa e então poderemos viver nossa vida em paz como a gente sempre desejou desde pequenos e isso é a prova do nosso amor que nunca morreu e nunca vai morrer. – ele apontou para a foto e foi impossível não se emocionar com as suas palavras. Peeta foi sempre tão bom com as palavras desde pequeno eu me encanto com seu talento.

Até semana que vem! Beijos e boa páscoa!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A razão do meu viver" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.