A razão do meu viver escrita por Mih Mellark


Capítulo 17
Presa em meu próprio mundo


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEEMM A TODOS!!! Eu queria muito pedir perdão para vocês por falar em fazer 2° temporada. Eu não vou conseguir fazer por favor me desculpem!! Eu tentei começar a escrever, mas vi que não vou ter muito conteúdo para escrever e não gosto quando fica enrolando muito a história.
Eu só quero que vocês me perdoem por não fazer uma 2° temporada e queria agradecer (sempre) a todas que comentam.
Fantasminhas vamos aparecer?
Trouxe um capitulo novo para vocês. Espero que gostem e que não fiquem chateadas comigo porfavoorr!! Desculpe mais uma vez, minha intensão nunca foi e nunca será deixar um leitor desapontado. Enfim é isso... BOA LEITURA;)



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Cap 17

POV Katniss

Depois de ficar no hospital durante dois dias eu finalmente pude voltar para casa. Nesse tempo, Peeta ficou comigo todos os dias sem ir para a escola e nem para sua própria casa, ele ficou do meu lado como sempre. Depois da festa na casa da Glimmer eu não conversei com a galera e nem Peeta conversou, já que ele estava no hospital comigo. Ele disse que iria falar na policia sobre Glimmer, mas não queria me deixar sozinha, então esperou eu sair do hospital para fazer isso. Nesse momento estou arrumando minha pequena mala para voltar para casa, meus ferimentos já não ardem tanto como antes, pelo efeito dos diversos remédios que recebi, porém ainda estão bem marcados e acho que essas cicatrizes não vão sair tão cedo. Talvez nunca até.

Sinto falta de Annie, Madge e Clove, aquelas atrapalhadas que só me colocam em confusão nem sabem do que eu passei, ou melhor, que ainda estou passando. Não sei onde elas pensam que eu estou ou o que está acontecendo comigo já que eu não falei com elas e nem Peeta. Ontem, Gale veio me visitar no hospital, acho que eu ganhei meu melhor amigo de volta. Se não fosse por Gale eu nem sei o que seria de mim agora, talvez estivesse morta, talvez ainda sofrendo, quem sabe...

Eu nunca vou conseguir agradecer o que Gale fez por mim, é uma dívida que eu nunca vou ser capaz de pagar. Eu sentia falta de falar com Gale, ter às vezes um melhor amigo do seu lado é muito bom e depois da conversa de ontem com ele, eu me sinto bem melhor.

FLASHBACK ON

Ouvi batidas na porta do quarto depois de Peeta ter saído para tomar café na lanchonete do hospital, pensei que fosse a enfermeira para trocar o remédio, mas quando a porta se abriu me surpreendi com a presença de Gale.

– Hey, Catnip. – ele se aproximou de mim com um sorriso no rosto.

– Oi Gale, quanto tempo eu não te vejo.

– Desculpa não vir antes, mas você está melhor?

– Na medida do possível... Estou tomando muitos remédios e os cortes já estão ardendo menos então acho que estou melhorando – dei uma risada fraca junto dele, como sentia falta de rir com meu melhor amigo.

– Peeta me contou sobre o desmaio na casa dele e que você teve que fazer exames...

– Sim, mas então me conta as novidades como está na escola?

– Katniss eu ainda não voltei a falar com a galera, eles não sabem de nada ainda.

– Você não contou pra eles? – ele negou com a cabeça. – Ninguém perguntou?

– Eles não querem falar comigo. Eu sei que eles tem razão de não falarem comigo...

– Gale, você errou sim no passado, mas eu te perdôo por isso e sei que não fez por mal. Eu só queria ter meu melhor amigo de volta e agradecer até o final da minha vida pelo o que você fez por mim. Eu nunca vou conseguir agradecer o suficiente para você, obrigada por tudo.

– Katniss, você vai estar agradecendo da melhor forma voltando a ser minha melhor amiga que sempre me ouviu desde pequeno.

– Então, melhores amigos de novo? – estendi o dedinho para ele no intuito dele fazer o mesmo enlaçando-os.

– Sem duvidas – enlaçamos o dedinho e demos risadas e depois nos juntamos dando um abraço bem apertado.

– Senti falta de conversar com você, Catnip.

– Também – nos afastamos e eu fiquei pensando na felicidade que era eu ganhar meu melhor amigo de volta até me lembrar de uma pessoa – E a Glimmer, Gale? O que aconteceu com ela? – ele respirou fundo antes de começar a falar.

– Eu não a vi na escola esses dias, Enobaria e Tresh disseram que ela está viajando e que está na casa dos avós e que volta em breve. Peeta me disse para esperar que você saísse do hospital para dar queixa dela na polícia. Eu queria conversar com ela, mas depois daquele dia do seu resgate eu não a vi mais em nenhum lugar.

Será que Glimmer pode ter fugido? Acho que não, está no meio do ano letivo, mas mesmo assim se ela fugir ainda vai ter a polícia atrás dela fazendo com que leve ela rapidinho para a cadeia. Não há com o que se preocupar, ela vai pagar disso eu sei. Nem Peeta e nem Gale vão deixar passar em branco o que ela fez comigo, disso eu tenho absoluta certeza.

FLASHBACK OFF

Paro de pensar na minha conversa com Gale com a porta do quarto se abrindo lentamente fazendo com que eu direcionasse totalmente minha atenção a ela. Peeta surge na porta com um lindo sorriso no rosto fazendo com que eu retribua para o mesmo. Ele se aproxima de mim na cama me dando um beijo e logo em seguida sussurra em meu ouvido.

– Tenho uma surpresa pra você. – me afasto para olhar nos seus olhos no intuito dele perceber o ponto de interrogação que dou no meu olhar. – Entra!

Depois que ele fala isso eu viro minha atenção novamente para a porta vendo a pessoa que eu mais sentia saudade nesses dias... Minha patinha... Prim.

– Prim! Que saudade, vem cá. – chamo-a para vir em direção à cama já que os meus ferimentos ainda não estavam totalmente curados não podendo fazer muito esforço para não doer ou arder. Ela atende prontamente vindo correndo e me dando um abraço parecendo que não nos víamos fazia anos.

– Kat, que saudade. – ela disse se separando de mim. – A mamãe me contou do acidente, você esta melhor?

– Estou sim, querida. – respondo dando um sorriso, porém reparo que ela entorta a cabeça como se estivesse raciocinando algo.

– Estranho... – ela me fitou com seus olhos estreitados – Você esta com diversos cortes diferentes e marcas arroxeadas pelo corpo que não parecem de acidente de carro.

Nesse momento prendo a respiração e desejo que ela não pense em tortura, mas vou negar qualquer coisa ela disser a respeito de não ser acidente de carro. Prim foi sempre uma menina muito esperta que entende tudo muito rápido e com muita facilidade. Eu admiro muito isso nela, mas agora realmente não está me ajudando, só piorando.

– No acidente eu bati meu corpo no carro enquanto ele capotava por isso as marcas roxas. – olhei para Peeta e vi que ele se aproximou de mim, sentando na cama, pronto para falar e ajudar a convencer Prim.

– Eu a encontrei assim, Prim. No dia, ela estava bem pior, porém já tomou bastante remédio e agora está se curando. – ele passava a mão no meu rosto enquanto falava e a única coisa que pude fazer é sorrir para disfarçar.

–Humm – foi a única coisa que ela falou enquanto nos admirava. Parece que não a convencemos, porém não vou falar a verdade, não agora.

Prim ficou mais um pouco e depois foi embora para a escola, eu só ia sair depois do almoço então Peeta está terminando de arrumar minha mala enquanto eu fico deitada pensando em tudo o que Glimmer me falou enquanto eu estava sendo torturada e agora ela vai sofrer também, porém por um longo tempo, mais que eu. Não paro de pensar nesses dias de tortura que eu sofri. Não saem da minha cabeça. De maneira alguma. É um pesadelo sem fim. Todas as imagens das torturas voltam e eu fico atordoada em silêncio. Não durmo por causa desses pensamentos já faz dois dias, tento dormir, mas é inútil. Aquela garota me perturbou muito e só de pensar que ela vai estar na cadeia em algumas horas eu já fico muito feliz.

– Pensando em que, Kat? – Peeta me tira dos meus pensamentos fazendo com que eu olhe para ele no mesmo instante. – Você nesses dias está tão quieta no seu canto...

– Só... – tento achar alguma palavra, mas não consigo – Pensando.

– Você não me engana, meu amor, fala comigo. – vejo ele se aproximar de mim e segurar minha mão. Ele já tinha terminado de arrumar as malas e eu nem tinha percebido.

– Eu estou só cansada mesmo, Peeta. – o que é uma mentira e ao mesmo tempo não, já que estou cansada por não conseguir dormir, porém é uma mentira porque estava pensando nos castigos.

– Tudo bem, eu vou falar com o médico e assinar sua saída enquanto você dorme tudo bem?

Assenti com a cabeça e Peeta me deu um beijo de leve antes de sair do quarto me deixando novamente presa em meus pensamentos que me agoniam dia e noite. Como nesses dois dias, não consigo pregar o olho. Viro para o lado oposto que está a porta e fico de olhos fechados, caso o Peeta volte e veja que estou “dormindo”.

POV Peeta

Percebi nesses dias que a Katniss está muito fechada, mais do que já era, ela está pensando muito e falando pouco. Ela já não era de falar muito, mas agora está pior e cada vez que pergunto no que se passa em sua cabeça ela diz que está cansada ou desvia o assunto. Não consigo pensar que sejam aquelas seqüelas que a atormentam. Não posso deixar que isso a afete. Será que ela ficará assim por muito tempo? Quero saber o que ela pensa tanto, como ela não reponde, vou falar com o médico a respeito disso. Chego ao local que a enfermeira me indicou e o encontro folheando alguns papéis bem concentrado por isso não percebe a minha presença.

– Com licença doutor. – bato na porta já aberta.

– Ah, olá Peeta, entre. – me sentei em uma das cadeiras da sala. – Aconteceu algo com a Katniss?

– Então doutor eu queria falar disso com você. – ele franziu a testa e se aproximou colocando os cotovelos na mesa. – Ela está diferente sabe?!

– Diferente como Peeta? Alguma mudança? – sua voz soa séria.

– Ela está muito fechada só pensando e quando eu vou perguntar o que se passa ela não responde, desvia o assunto simplesmente.

– Você percebeu se ela está fazendo isso com muita freqüência?

– Sim, está. A Katniss sempre foi fechada, mas agora parece que está mais. Ela não fala muito e não se expressa também.

– Peeta, lembra do que a enfermeira te disse que poderia ocorrer com a Katniss?

– Seqüelas?

– Isso mesmo. – ele balança a cabeça lentamente afirmando e respira fundo. – Peeta, as pessoas com seqüelas pós-tortura podem desencadear diversas coisas e essa angustia, depressão, silêncio que ela está tendo faz parte, mas ela pode ir em psicólogos para ajudá-la a curar mais rápido. Tenha paciência com ela, Peeta, ela sofreu muito.

– Eu vou ter, mas quanto tempo vai durar isso doutor?

– Não sabemos, pode ser logo, pode demorar ou pode não mudar. É uma situação que depende de pessoa para pessoa, mas indo a um médico especialista vai ajudar muito.

– Tudo bem, eu vou falar com ela.

Depois da minha conversa com o doutor eu fui assinar os papéis da saída da Katniss do hospital. Esses dias no hospital já estavam durando décadas. A Kat ainda está meio debilitada, as torturas foram pesadas e os cortes não estão sarados e cicatrizados, porém estão melhores do que antes.

Quando chego à porta do quarto eu me lembro que ela estava dormindo então sem fazer o menor barulho eu abro a porta e caminho bem divagar até metade do quarto, não dando pra ela perceber minha presença, e avisto Katniss deitada de costas para a porta fitando o chão, presa em seus pensamentos, fazendo pequenos nós com os dedos e apertando até que fiquem brancos.

O único sentimento que sinto é a culpa ou a dor de vê-la desse jeito, eu ainda não sei qual. A única coisa que quero é tirá-la desse mundo paralelo que ela está vivendo e saber no que tanto ela pensa, no que está a atormentando, no que está a incomodando.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comenteemm por favor!! E mais uma vez... Me desculpem por não fazer 2° temporada que eu tanto falei:(



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