“Me perdoe por dizer isso, mas eu te amo! Você é o homem certo para mim, e como eu queria te descoberto antes ...

Me desculpe por escrever, mas eu achei necessário, achei que você merecia saber. Espero que um dia você consiga me perdoar. E seria muito pedir para voltar para mim?

Afrodite.”

Os olhos de Hefesto não conseguiam acreditar no que estava escrito na última parte do papel que se encontrava entre seus dedos.

Era uma carta de Afrodite! E ainda por cima lhe pedia perdão! Queria que ele voltasse para ela! Dizia que ela o amava! Nem em um milhão de eternidades ele esperaria algo assim da deusa.

Uma lágrima começava a dançar pelo seu rosto quando ele percebeu que Ély, sua esposa ninfa, estava se aproximando. Não tardou para ele se recompor.

— Querido? Aconteceu alguma coisa? – A ninfa de longos cabelos cacheados, aparência delicada e a voz mais melódica que um mortal poderia escutar perguntou, notando que o seu marido tinha mudado de semblante muito rapidamente.

— Oh sim minha querida, não aconteceu nada, eu estou bem, não se preocupe minha linda. – Hefesto de um sorriso aconchegador e assistiu a esposa voltando para o outro cômodo. E foi ai que percebeu a gravidade do assunto. Ele ainda sentia algo por um ser que só lhe fazia sofrer? E quanto a Ély? Ela realmente o amava apesar de todos os seus defeitos. No momento mais difícil da sua vida lá estava ela, com os braços abertos prontos para apoiá-lo.

E o que Afrodite já tinha lhe feito? Além de o trair e o humilhá-lo.

O que ela achava que era? Para simplesmente fazer o que lhe desse na cabeça e agora que os planos perfeitos não deram certos voltar correndo para Hefesto. Ele era a sua segunda opção?

Mas não, seu ex marido já tinha sofrido muito por sua causa. Ele não era mais um idiota, ele tinha aprendido a lição.

Hefesto tratou logo de amassar a carta e jogar na lareira. Enquanto olhava o fogo corroer o pedaço de papel pegou uma taça de vinho e bebeu todo o liquido em um gole só. Quem ele queria enganar? Ele ainda amava aquela mulher maldita.