Porque você? – Lily Evans e James Potter escrita por Victoire Winter


Capítulo 31
Capítulo XXX


Notas iniciais do capítulo

Ignorem se o capítulo estiver meio confuso, ele não foi mais de explicação. Obrigada a linda MCullenMellark e sua recomendação, só não dedico este capítulo a vocês por que está mais ou menos e quero te dedicar uma coisa linda e bem feita.



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Andava para lá e para cá na enfermaria. Ao meu lado, James roía as unhas até os tocos, Mari chorava descontrolada, Elena murmurava coisas estranhas, Lupin tamborilava os dedos na própria coxa e Rabicho mexia os dedos como se estivesse tocando um piano. Nas cortinas atrás de nós nossos melhores amigos estavam desacordados. Eu sabia que Sirius ficaria bem, mas não podia dizer o mesmo sobre a loira e seu bebê. Ficou obvio na hora que a vi que era obra de um Sectusempra, mas de quem eu não saberia dizer. Era com certeza do pai da criança que ela estava esperando, pois a fonte do sangramento é a barriga. Eu queria ir lá e queimar o Salão Comunal da Sonserina, com todos os alunos dentro. Convencidos, metidos, egoístas...

–Vocês precisam sair. –Madame Pomfrey disse, saindo das cortinas. Ninguém obedeceu.

–Eu quero saber o que tem de errado com Sirius e Amanda. –James disse. Eu nunca tinha visto o moreno chamar o melhor amigo pelo primeiro nome, acho que chama-lo assim significava que era incrivelmente sério. - Agora seria bom.

–Sr. Potter! –McGonagall falou, tinha me esquecido da presença da professora ali.- Quanta falta de respeito! Menos 20 pontos para a Grifinória. Mas, Papoula, ele está certo. O que tem de errado com o Sr.Black e a Srta.Eaton?

–Já que você quer saber, Minerva... Bom o sr. Black vai ficar bem com um pouco de descanso, já a pobre srta. Eaton... Bom, ela estava esperando um filho... Isso é tão injusto.

Não esperei mais uma palavra da enfermeira, abri a cortina e entrei no cubículo. Lá estava a loira, as mãos jaziam na barriga os olhos cor de chocolate abertos, a varinha quebrada na cômoda, o sangue cobria todo o lençol, mas a garota estava limpa.

Eu levei a mão à boca, impedindo um grito de sair. Cai no chão, mas ignorei a dor nos joelhos, pois a dor no meu coração era muito pior. Eu senti que o mundo desabava ao meu redor e ao lembrar do sorriso, das risadas, do olhar carinhos e da felicidade apenas por estar viva, comecei a chorar muito. As minhas lagrimas são salgadas e tem um gostinho bom, mas se eu pudesse não choraria. Ao meu lado, Elena entrou e deu um pulo e Mari começou a chorar ainda mais.

–Não, não, não! –Elena começou a chorar.- Não, por favor, Amanda, não!

Eu pensei na irmã da loira vendo aquela cena. E os pais dela! Aquele casal de trouxas tão amigável e feliz... Meu Merlin! Ela não merecia aquilo, ninguém merecia!

Senti um par de braços fortes me abraçarem e depois me levantarem. Soube que era James, afinal, só o moreno tinha aquele perfume que misturava Quadribol e grama recém-cortada. Enterrei meu rosto em seu pescoço, mesmo tendo que ficar na pontinha dos pés para fazê-lo. O garoto passou o braço por baixo das minhas pernas, me tirando do chão. Eu não queria ser aquela garota dramática que sofre por tudo, mas eu tinha que sofrer, afinal, eu sou humana!

O salão comunal estava deserto, todos deviam estar nas aulas. Eu devia estar na aula! Como eu ia ir comer hoje e não ver a loira... Como eu ia jantar sem ela fazendo piadas sobre “ir dormir”? E depois do jantar...

–Dumbledore! –Eu falei, quase caindo dos braços protetores de James.

–O que? –Ele disse com as sobrancelhas arqueadas.

–Eu... Eu tenho que ver o Professor Dumbledore hoje. - Eu disse explicando com o mínimo de detalhes possível.

–Ah, tudo bem. Você quer ficar aqui?

–Quero ficar aqui, sim. –Eu disse e ele me deixou no sofá. Quando ele foi andando até a porta, eu completei. –Com você. Você fica aqui comigo? Por favor?

Ele não disse nada. Só deitou do meu lado, no sofá grande que tinha ali. Ele começou a acariciar meu cabelo, desarrumando-o para arruma-lo depois. Nós ficamos assim até uma quintanista entrar com seu namorado. Amanda teria dado um braço para ver aquela cena, porém ela nunca ia poder ver ou ouvir a historia... Comecei a choramingar quando o casal foi para o dormitório masculino, onde garotas podiam entrar.

–Lil... O que foi?

–Ela nunca vai ver a filha dela crescer. Nunca vai ouvir como foi minha primeira vez. Nem a de Mari... Ela nunca vai ter uma casa para ela. Nunca vai entrar de branco na igreja. Nunca vai se apaixonar perdidamente. Não vai ver as sobrinhas e sobrinhos... Ela não merecia o que teve, James...

–Eu sei. –Ele disse, beijando minha cabeça. –Se for te ajudar, eu posso caçar quem fez isso com ela...

–Seria bom.

–Eu estava brincando!

–Mas eu vou. Eu vou caçar o Comensal estupida ou seja lá quem ele for. Eu vou... Ele ou ela vai ver comigo. Ninguém mexe com minha família e vive. Ninguém. (Momento The Originals) James eles vão ver comigo. Se for necessário, eu vou me tornar aurora para ter um motivo para estupora-los bem na cara.

–Lily! –Ele disse, aumentando um pouco a voz. – Você é louca! Você não pode sair por ai caçando...

–Posso sim! E eu vou! Sabe por quem eu vou começar? –Eu disse, levantando em um pulo. –Severus Snape.

***

Sai batendo o pé do jantar, com James me seguindo.

–Lily! Isso é loucura! Para ai! –Ele dizia. – Pare ou eu vou te petrificar.

–Me petrifique James! Seria ótimo! –Eu respondia no mesmo tom malcriado. –Ai você vai ficar na detenção e eu posso matar eles em paz!

–LILY EVANS! –Ele gritou, segurando meu pulso e me girando. Depois ele me surpreendeu. Ele me beijou.

Eu comecei a bater nos ombros do apanhador, mas depois cedi. Por que eu estava brava mesmo? As minhas mãos pararam de bater nos ombros dele, para apertarem com força enquanto ele me beijava ferozmente. Elas foram dos ombros para o pescoço, onde o puxei para mim. Era como o mundo parando. Eu tinha que ir encontrar com o Dumbledore. Comecei a bater nos ombros do apanhador freneticamente. Dumbledore! Eu tentava falar, mas os lábios dele apertavam os meus com muita intensidade.

–Dumbledore! –Eu disse.

–O que? –O apanhador questionou.

–Eu tenho que encontrar com Dumbledore! Vamos!

Eu o puxei pelo braço até a porta da sala do diretor, onde ele me deixou para ir encontrar com Dumbledore sozinha. Qual era a senha mesmo?

–Ariana? –Eu disse para a gárgula que assentiu e me deu passagem. Antes de entrar bati três vezes na porta. Entrei e para minha surpresa, Dumbledore não estava sozinho. Ao seu lado, os pais de Amanda o olhavam com um ar de terror. “Oh! Eu não quis interromper...”.

–Não é problema, srta. Evans. O sr. e a sra. Eaton estavam indo... –Encontrei os olhos de Dumbledore, que pareciam olhar não para mim, mas para minha alma e encontrei neles uma certa tristeza. –Eu sinto muito, mais uma vez. –Ele disse e o casal loiro de trouxas foi embora pelo pó de Flu.

–Prof. Dumbledore...

–Você e a srta.Eaton eram muita amigas, eu acredito.

–Éramos sim, professor.

–Sinto muito. Não queria que isso acontecesse a ninguém, mas eu já sabia que, uma hora ou outra, comensais se revelariam aqui em Hogwarts. Bom... Te chamei aqui por uma razão, srta. Evans. Nós sabemos que seu pai foi assassinado. Não sabemos é por quem...

“Acho que você devia saber que ambos, seu pai e sua mãe, foram mortos para te atingir. Eles não foram mortos por serem trouxas, como eu estava esperando. Lily... O Lorde das Trevas espera que você se junte a ele, mesmo sendo uma nascida-trouxa.”

Encarei o diretor, incrédula com as palavras que ele tinha acabado de dizer. Não, não. Voldemort só recrutava puro-sangues e meio sangues... Aquilo tinha o dedo de alguém de fora.

“A morte precoce de sua amiga, Amanda Eaton, não foi uma tentativa de te atingir. Ela foi assassinada por estar esperando um filho, mas isso eu acho que você já sabia.”

Engoli em seco. Se eu pudesse voltar no tempo, contaria para Dumbledore, ele podia ter protegido Amanda...

“Mas esse não é o problema. O problema é o fato que Lord Voldemort, por favor, não tema o nome, quer você. Talvez ele não queira, eu posso estar enganado, mas normalmente não estou.”

Eu senti o mundo rodar. Ele tem que estar errado... Não, não... Lord Voldemort só aceita puros sangues... Eu sou uma sangue ruim! Com orgulho, mas ainda assim...

–Professor, eu estou muito cansada, posso me retirar. –Eu menti. –Por favor?

–Se você deseja... Conversaremos depois, então.

Eu sai da sala sem nem me despedir. Fui correndo para o Salão Comunal e quando cheguei lá, esperava ver Amanda, mas nada da loira. Subi as escadas correndo, ignorando os comentários amigáveis e coisas assim, ignorando James. Bati a porta com força atrás de mim. Tentei fazer alguma coisa, como ler ou fazer dever, mas não consegui. Entrei no banheiro e vomitei até minha garganta queimar.


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Notas finais do capítulo

Bjos!



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