O Acordo escrita por Sophie Valdez


Capítulo 12
Hey Lily.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo noooovoooo rapidinho! kkkkkk

Eu fiquei animada para escrever o caps então aí está!!! Espero que gostem!

Boa leitura...



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Evitei James e qualquer outra pessoa que me conhecia a viajem inteira até Londres. Logo que o trem parou eu caminhei lentamente até o bagageiro e procurei minha mala.

_ Está aqui. – Marlene diz atrás de mim, eu viro e pego meu malão. – Onde você esteve a viajem inteira Lily Evans?

_ Eu tive que fazer uma... coisa de monitores. – minto me arrastando pela estação.

_ Ah ta... EI! – ela diz me seguindo. – Está indo aonde? Vamos nos encontrar ali atrás para aparatarmos juntos na casa do James.

_ É.. que eu... não vou para lá. – digo baixinho, Marlene me encara por um tempo até começar a ficar vermelha.

_ NÃO VAI O QUE LILY EVANS? – ela grita me chacoalhando pelos ombros. – Por que?

_ Eu prefiro não te contar... agora. – digo com medo do olhar dela. – Eu juro que te conto depois mas, por favor, me deixa ir.

_ E você vai pra onde? – ela pergunta mais calma.

_ Para a minha casa. – eu conto suspirando. – Mas não conte pro James ok?

_ Lily...

_ Tchau Lene. – digo a abraçando. – Feliz Natal.

Marlene suspira e eu a solto lhe dando um sorriso. Escuto a voz de Sirius chamar Lene ao longe e uso a distração momentânea dela para desaparecer no meio da multidão. Atravesso a barreira até a Estação do King Cross e caminho rápido até os táxis.

_ Little Bird Streat, por favor. – digo me encostando no banco com a cabeça doendo. Apesar de não estar bem com James, fiquei muito chateada com o que Emma disse... Mas não ia estragar o Natal perfeito deles. Se bem que isso não parece coisa do James...

_ A senhorita não vai descer? – o taxista diz e reparo que já estamos parados em frente a minha antiga rua. Saio do táxi e pego meu malão no bagageiro sozinha, já que os taxistas londrinos não são muito cavalheiros.

Puxo minha chave do bolso e abro a porta sentindo um cheio familiar de eucalipto misturado com poeira. A sala está como antes, só está faltando algumas fotos na estante. Coloco a chave em cima da mesinha de centro que está com um dedo de poeira e subo as escadas com dificuldade puxando o malão para meu quarto.

_ Aaah! – exclamo quando chego no quarto e me jogo na minha cama. – Lar doce lar...

Troco de roupa e desço para a cozinha, e como previsto não tinha nada descente para comer. Pego minha carteira e um casaco e saio pela rua até a mercearia da esquina. Vou na parte dos salgadinhos e pego uns três sacos, eu PRE-CI-SO comer besteira...

_ Lily? – alguém pergunta e eu me viro encontrando Amélia Poung, minha velha vizinha.

_ Como vai Senhora Poung? Quanto tempo! – digo sorrindo.

_ Oh, estou muito bem querida, mas e você? – ela pergunta levando suas compras ao caixa. – Eu realmente sinto muito pelo seu pai, Evans era um homem tão jovem... uma fatalidade realmente... E sua irmã? Não a vejo a tempos!

_ Petúnia foi morar com o noivo, eles vão se casar no inicio da primavera. – respondo acrescentando três barras de chocolate a minha compra.

_ Oh sim. – Sra. Poung comenta.

_ Amélia! Olhe só isso! – uma mulher que também mora naquela rua, Sra. Emersson acho, chama minha vizinha para ler algo no jornal. – Uma família toda foi encontrada morta, a duas quadras daqui!

_ Que horror! – Sra. Poung exclama. – Foram assassinados?

_ Parece... A policia não sabe a causa da morte, acharam os corpos já mortos, sem sinal de balas, ou cortes... corpos intactos falecidos.

Eu pego minha compra e caminho depressa para minha casa pensando no assassinato. Maldição da morte com certeza, a duas quadras daqui...

Respiro fundo fazendo fumaça sair da minha boca por causa do frio, eu ajeito meu casaco e procuro minha chave quando paro em choque de frente para a porta arrombada da minha casa. Empunho minha varinha que estava guardada na minha bota e entrei cautelosa deixando minha compras sobre o sofá. A casa parecia normal e silenciosa... fui até a cozinha e cogitei em guardar a varinha quando ouvi um barulho nas escadas.

_ ESTUPEFAÇA! – grito rápido e logo um corpo rola escada abaixo. Eu penso em atacar de novo quando reconheço os cabelos espetados. – J-James..?

_ Aiii... Lily... – ele geme se sentando no último degrau com a mão na cabeça.

_ James! O que está fazendo aqui? Eu te machuquei? Me desculpe é que eu vi a porta arrombada e pensei que.... JAMES! PORQUE ARROMBOU MINHA CASA? – pergunto confusa para o moreno que ainda massageia a cabeça gemendo.

Eu suspiro e pego os óculos quebrados no chão, os concerto e lhe entrego indo para a porta.

_ Reparo. – digo fazendo a porta voltar ao normal. – Agora James, porque invadiu minha casa? Eu pensei que fossem comensais! Houve um ataque aqui perto...

_ Eu invadi porque fiquei preocupado quando não te achei. – ele responde pondo os óculos. – Eu vim atrás de você porque minha mãe disse que se eu não me entendesse contigo e te levasse lá pra casa eu ia dormir na rua. – James conta se levantando. – Então eu vim para cá e achei estranho não ter ninguém, pensei que podia ter acontecido algo... e entrei.

_ Invadiu. – eu digo o corrigindo e ele revira os olhos murmurando “detalhes”. – James, peça desculpas a sua mãe mas...

_ Lily, eu sei que você não tem tia nenhuma. – ele me corta. – Não sei porque não quer ir lá pra casa... quer dizer, nós discutimos mas... não é motivo.

_ Não quero atrapalhar o natal de vocês. – respondo fria cruzando os braços.

_ Você não atrapalharia nem se quisesse. – James murmura confuso e ficamos em silencio até eu puxar o ar e tomar coragem.

_ Então... sua mãe te mandou aqui... – eu gaguejo.

_ Na verdade foi mais um empurrãozinho. – eles diz encabulado. – Lily, eu queria falar com você hoje, mas não me deixou...Eu queria me desculpar com você.

_ Se desculpar? Era isso que queria falar comigo hoje? – indaga confusa.

_ É... Sabe, eu fui um idiota ontem cedo, fiquei te pressionando, não foi legal... e eu não quero ficar “de mal” de você. – ele diz colocando as mãos no bolso da calça.

_ Não está... bravo comigo? – pergunta ainda surpresa com aquilo. – Não acha mesmo que eu vou atrapalhar?

_ Eu fiquei chateado, mas posso superar. – James responde com um sorrisinho. – E já falei que você nunca iria atrapalhar! De onde tirou essa idéia?

_ De uma voizinha bem irritante e mentirosa. – murmuro baixinho e ele franze a sobrancelha. – Esquece. – eu encaro seus olhos castanhos e sinto uma imensa vontade de beijá-lo agorinha mesmo. Não Lily! Foco! – Olha James, me desculpe também ok?

_ Tudo bem. – ele diz sem jeito. – Eu já entendi que somos só amigos, que tiveram uns deslizes... Agora vamos?

_ Hãm..? Ah claro! Eu vou pegar meu malão lá no quarto. – digo indo para as escadas.

_ Deve estar pesado, quer ajuda? – James pergunta vindo cauteloso atrás de mim.

_ Sim, obrigada. – respondo.

_ Nunca pensei que Lily Evans iria me convidar para seu quarto. – ele comenta rindo e eu reviro os olhos abrindo a porta que tem meu nome gravado e vou até o malão fechá-lo. – OUW!

_ O que? – pergunto me virando assustada. James encara boquiaberto cada pôster dos Beatles que tem nas paredes da meu quarto, assim como a coleção de vinil no canto.

_ Nossa!

_ É eu sei... minha irmã Petúnia dizia que meu quarto parecia um templo para os Beatles, e que eu provavelmente usava magia negra aqui com as fotos... – eu conto rindo. – E eu dizia que se fizesse isso eles teriam lançado Hey Lily ao invés de Hey Jude!

_ Demais! – James exclama rindo e eu volto a fechar minha mala. – HEY LILY! Don't make it bad, Take a sad song and make it better, Remember to let her into your heart, Then you can start to make it better...

Não é que ele também cantava bem?

_ Hey Lily, ey, Jude, don't be afraid,You were made to go out and get her, The minute you let her under your skin, Then you begin to make it better!!! – eu canto eu seguida usando uma escova de cabelo como microfone, eu e James tomamos fôlego juntos e cantamos ao mesmo tempo o resto:

_ And anytime you feel the pain
Hey, LILY, refrain
Don't carry the world upon your shoulders

For well you know that it's a fool
Who plays it cool
By making his world a little colder
Na na na na na na na na

_ Na, na,na,na... –não agüento mais ver James dançar feito um doido e me jogo na cama rindo descontrolada. – Na, na.... HAHAHA....Na, na...

_ Ai, ai... – James suspira se deitando ao meu lado rindo. – Hey Lily, gostei...

_ Eu acho que fica melhor a Jude mesmo. – eu comento parando de gargalhar. – Ate que você canta bem Jamie...

_ Jamie..? Que isso! – ele reclama rindo de novo. – E eu sou perfeito em tudo Lily.

_ Claro. – concordo rindo e me viro para ele quase encostando nossos narizes. – E-eu acho melhor irmos embora... – sussurro roçando nossos lábios e James fecha os olhos e respira fundo.

_ Ok... Será que nós podemos levantar agora? Não que eu não queria ficar assim mas ter você em cima de mim em uma cama não facilita muito nossa... amizade. – ele diz meio sem jeito mas com um sorriso sacana que me faz corar.

_ Bobo. – murmuro me levantando e lhe dando um tapa no ombro. – Me ajuda a descer o malão?

_ Fala sério Lils! Você já tem 17 anos! – ele exclama puxando a varinha e levitando minhas malas.

_ É mesmo! – exclamo batendo na minha testa. – É que eu ainda não me acostumei... Passei um tempão subindo isso pela escada.

_ Se tivesse ido lá pra casa não ia ter passado por isso. – James diz sorrindo torto.

_ Eu tive meus motivos. – sussurro desviando o olhar e ele dá de ombros.

_ Tá, vem aqui antes que a própria doida da Sra. Potter venha aqui! – ele diz rindo e abre o braço direito, eu me aproximo e abraço sua cintura enquanto seu braço aperta meu ombro. Nós aparatamos e chegamos em um quarto.

Eu conseguia ouvir uma confusão do lado de fora da porta. O quarto era de um tamanho normal, cheio de pôsteres de Quadribol, bandas e muitos brasões da Grifinória.

_ É seu quarto? – pergunto me aproximando de um mural na parede cheio de fotos. Via Sirius, Pedro e Remo acenando e sorrindo na maioria das fotos, em uma foto James estava abraçado a uma garota muito parecida com ele quando devia ter uns dez anos, e no meio tinha três fotos minhas. Uma eu estava com as meninas e os marotos, em outra eu estava deitada perto do lago lendo e na terceira estava estudando no salão comunal.

_ Sim, ta meio bagunçado mas...

_Como é que você tem essas fotos minhas? – pergunta surpresa e ele bagunça os cabelos sorrindo para as fotos.

_ Eu tirava quando você estava distraída, tinha outras mas essas são minha prediletas... – James diz sorrindo e se aproximando de mim até nossas respirações se misturarem. – Mas... eu tenho fotos de todos meus amigos então...

_ Claro. – digo encarando os lábios dele.

_ SIRIUS! SEU FILHO DE UMA ...

_ AH MARLENE DEIXA DE SER CARETA!

_ É melhor irmos para lá né? – digo rindo e James se afasta com a respiração um tanto ofegante.

_ Sim, vem. – ele diz puxando minha mala para o corredor, mal saio do quarto e Sirius passa correndo com Marlene atrás quase me derrubando.

_ Opa, cuidado com a ruiva aqui gente! – comento rindo e eles param me encarando surpresos.

_ RUIVA! VOCÊ VOLTOU PARA MIM! GRAÇAS A MERLIN! – Sirius grita me abraçando e girando pelo corredor. – Você tem que impedir Marlene de me matar!

_ Idiota. – Lene resmunga empurrando o cachorro e me esmagando em um abraço. – VOCÊ VEIO, VOCÊ VEIO! Ah sua linda! Ainda bem porque de menina só ia ter a Emma e a Dorcas e essa loira não ia me... Ah, de conto depois umas coisas que eu descobri.

_ Uhu fofoca! – eu comemoro revirando os olhos. – Então onde eu vou dormir?

_ Aqui. – James diz abrindo uma porta de frente para o quarto dele.

É o mesmo quarto que eu fiquei antes, porem agora ele tem duas beliches ao invés de uma só cama. Em uma das beliches eu reconheço as coisas de Dorcas e Marlene, e na outra, a cama de beixo está ocupada por outra mala.

_ Você dorme na cama de cima daquela ali, com a Emma. – Marlene comenta entediada.

_ Certo... – eu resmungo deixando minhas coisas ali ao lado. – Agora acho melhor cumprimentar sua mãe James, onde ela está?

_ Lá na cozinha, vem. – James diz me puxando pela mão. Marlene dá um sorriso maldoso olhando para nossas mãos juntas e Sirius me lança uma piscadela discreta. O que eu posso fazer com esses dois? Apenas reviro os olhos.

A senhora Potter está confeitando um bolo em cima da bancada enquanto Dorcas e Remo riem na mesa e Emma tenta puxar assunto.

_ Ah claro Emma, realmente é muito... LILY! – a senhora exclama sorridente me vendo entrar na cozinha. – Graças a Merlin o bobo do meu filho se desculpou com você e te trouxe para cá! Eu preparei bolo de chocolate com morango, soube que é seu favorito!

_ É mesmo! Como soube? – pergunta a abraçando e ela pisca para James.

_ Culpado. – ele exclama rindo e indo até a bancada pegando um pouquinho de glacê do bolo com o dedo.

_ James, saí de perto do bolo! – Sra. Potter ralha dando um tapa em James. – Sente-se Lily, vou cortar o bolo. SIRIUS, MARLENE, BOLO!

_ BOLO! – ouvimos eles gritarem e descerem correndo as escadas.

_ Eu ouvi bolo? – o pai de James diz chegando com um monte de papéis na mão.

_ Isso querido, como foi o trabalho? – Jane diz dando um beijo no marido.

_ Complicado... Esse Voldemort está nos dando muitos problemas. – Charlus diz suspirando. – Lily! É muito bom te ver novamente!

_ É bom revê-lo também Sr. Potter. – eu cumprimento sorrindo. Logo todos estão conversando animadamente enquanto comem o bolo.

_ Que bom que veio Lily. – Emma sussurra ao meio lado com um sorriso cínico. – Pensei que depois do que eu te contei...

_ Mas por sorte toda mentira tem perna curta certo? – digo sorrindo também. – Principalmente mentiras esfarrapadas contadas por cobras.

_ Ora sua...

_ Lily, me dá esse morango? – Dorcas pergunta já roubando meu morango.

_ NÃO! Meu. Morango. – eu digo comendo a fruta e fazendo todos rirem.

_ Ainda vamos conversar Lily. – Emma diz baixinho enquanto come mais um teço do seu bolo.

_ Com certeza vamos Emma.


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Notas finais do capítulo

Gostaram minhas queridas????

COMEEEEEEEEEEEEENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEM
Beijos!



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