Audiolivro - Capítulo 8

VIII

Nico

Nico olhou ao redor procurando as mochilas, mas percebeu que deveria tê-las perdido há muito tempo atrás, Reyna ainda tinha consigo uma barrinha de ambrosia que ofereceu a Nico que a pegou e dividiu-a em dois.

“Somos um time agora.”

Reyna pegou-a da mão de Nico sem questionar. Comeram em silêncio desejando ter algo mais para colocar em seus estômagos, Nico deveria estar realmente com muita fome, pois começou a sentir o cheiro inacreditável de donuts.

“Você está sentindo esse cheiro?”

Reyna perguntou antes que Nico pudesse fazê-lo, Nico não respondeu a principio, mas estava torcendo para não ser nenhuma bruxa numa casa de doces, atraindo semideuses magrelos para faze-los engordar e depois devora-los. Mas o que Nico viu foi ainda pior e ainda mais inimaginável.

“Reyna olhe, ali tem uma lanchonete.”

Incrédula Reyna olhou a lanchonete e Nico leu o letreiro.

“Donuts Monstro.”

“Nico, você acha...”

Reyna não precisou terminar a pergunta, antes que pudesse um telequine foi se arrastando até a lanchonete, estava sendo seguido por um grupo de uns quatro telequines filhote com babadores dizendo “EU SOU UMA CRIANÇA DONUT MONSTRO!” Reyna olhou para Nico, que deu de ombros.

“Está com fome?”

“Ah, você só pode estar brincando.”

Nico sorriu, bem ele não estava brincando.

“Primeiro vamos esconder a estátua, depois veremos o que fazer.”

Então Nico e Reyna trataram de jogar lama e folhas e tudo mais que encontraram na estátua, está estava inclinada em uma árvore, quase caindo e com os pés atolados na lama, Nico quase riu da visão, entre a árvore e a estátua tinha formado um buraco bom o suficiente para se esconderem, prenderam cipós caindo como uma cortina dos dois lados e logo eles tinham um abrigo.

“Agora vou buscar algo para comermos, espere um momento.”

“Você não está pensando...”

“Sim.”

Nico saiu antes que Reyna dissesse algo, olhou para trás e viu que ela não o seguiu. Nico se arrastou até os fundos da lanchonete, por sorte percebeu que os monstros eram descuidados e deixaram a porta dos fundos aberta, Nico se esgueirou por lá, olhou na cozinha, mas não viu nenhum monstro, só um rastro de gosma no chão, deu uma olhada em tudo, viu que um atendente com uma pele viscosa e vermelha estava atendendo o grupo de telequines que parecia indeciso, Nico seguiu a gosma com olhar e percebeu que ia em direção ao banheiro, pensando rápido, viu duas caixas cheias de donut’s no balcão e três copos de milk shakes, pegou as caixas e os milk shakes e tratou de sair de lá.

Por sorte nenhum monstro o seguiu, correu direto para a Atena Partenos e entrou na barraca improvisada. Reyna o olhou furiosa quando ele lhe mostrou o que conseguira.

“Você acha realmente seguro comer isso.”

Ela apontou com nojo.

“Bem vamos ver.”

Nico deu uma mordida no donut e estava delicioso, aparentemente monstros sabiam cozinhar. Ofereceu a outra caixa a Reyna, que pegou desconfiada, mordeu um donut e se segurou para não dizer que estava bom, Nico podia ver em seu olhar.

“Ao menos não é venenoso.”

“Aparentemente, não. Tome, pegue um milk shake.”

“Nunca tomei um milk shake.”

“Você está falando sério? Você nunca foi a um MC Donalds?”

“Não, fui prisioneira de Circe por muito tempo, depois que escapei, fui para o acampamento Júpiter, então não tive a chance.”

“Está decidido, quando tudo isso acabar, vou te levar para um MC Donalds, é imperdoável alguém nunca ter comido um Mc lanche feliz. Não ouse recusar a oferta.”

Reyna sorriu por um longo momento antes de responder, o que para Nico estava bom, ele descobriu que adorava quando ela sorria.

“Tudo bem, está marcado.”