A Viagem nas Sombras + Audiolivro escrita por R G Assis


Capítulo 7
Nico




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Audiolivro - Capítulo 7

VII

Nico

Viajar com Reyna não estava sendo uma experiência tão ruim, pensava Nico, mas nem tudo era tão perfeito assim. Quando Nico voltou para as sombras sentiu uma presença estranha, uma presença que tentava conduzi-lo para outro lugar, diferente daquele que ele pretendera ir.

Nico entrou em pânico, sentia a presença maligna tentando conduzi-lo a um lugar obscuro, Nico sabia onde, estavam sendo levados para o Tártaro, no meio de seu pânico Nico lembrou de Gaia, de Hazel, de Nova Orleans e ali estava, com toda a sua força Nico lançou ele e Reyna naquele ultimo pensamento e por um segundo eles conseguiram escapar.

Sentindo que estava afundando devagar em algo molhado e viscoso, Nico abriu os olhos e viu-se em um pântano, ele e Reyna tinham caído em um pântano e estavam afundando lentamente na areia e lama, o corpo de Nico já estava metade atolado na lama, percebeu que não afundou mais porque estava preso na estátua e esta presa em uma arvore, Nico olhou para suas mãos ao redor de Reyna, que afundava inda mais rápido, a lama chegava a seu queixo, Nico tentou puxa-la mas não teve forças contra a sucção da lama.

“Reyna, acorde por favor!”

Nico tinha de desperta-la ou eles morreriam ali.

“Reyna!”

Ela começou a se mexer e abriu os olhos assustada.

“Reyna, não se mexa muito para não afundar mais, não consigo te erguer sozinho, você tem que segurar em mim e se puxar daí.”

Piscando um pouco os olhos para compreender a situação, Reyna assentiu.

“Tudo bem, vou tentar.”

Reyna, sem mover o corpo, conseguiu fazer suas mãos saírem da lama e agarrar a camiseta de Nico, ela ainda usava sua jaqueta, ao mesmo tempo que ela puxava para sair Nico tentava iça-la.

“Vamos, tente pisar no meu pé e se impulsionar.”

O impulso com o pé dera certo, e Reyna já tinha metade do corpo fora da lama, Nico fez um cocha com as mãos onde ela poderia colocar o pé e sair definitivamente de lá, assim que Reyna caiu na margem sólida, os galhos da árvore que estavam segurando a estátua começaram a ceder e Nico começou a afundar.

“Nico, as amarras. Tire-as!”

“Não posso, se não perderemos a estátua, não vou conseguir tira-la da lama depois que afundar.”

“Não você não pode, não posso vê-lo morrer amarrada a estátua, ela me mostrou que seria...”

“Quem?... Gaia, ela te mostrou uma visão da minha morte não foi?”

“Eu...ela...Nico...Não posso deixa-lo.”

Reyna recuperou-se do pânico antes que Nico pudesse dizer algo, cortou vários cipós e foi prendendo a estátua as árvores ao redor, Nico ficou admirado com a rapidez e eficiência que ela o fez, rapidamente a estátua parou de afundar, bem a tempo, Nico estava quase submerso exceto pela metade da cabeça.

“Agora vamos tira-lo daí, tente segurar isto.”
Reyna havia afundado um cipó na lama para Nico tentar pega-lo, Nico sentiu o cipó e segurou firmemente.

“Pode puxar.”

Nico sentiu sua mão ir subindo, depois seu braço, até estar totalmente para fora.

“Vamos ao outro braço.”

Fizeram o mesmo processo até os dois braços estarem levantados no ar, Reyna o segurou com toda a força, e o puxou até eles conseguirem ver as amarras.

“Agora segure em meu pescoço, para eu poder tirar as amarras.”

Nico viu Reyna deitar-se em sua direção, passou os braços em torno do pescoço de Reyna e segurou firme, suas testas estavam quase se tocando, mas Reyna estava olhando para baixo lutando contra os nós, pois só assim não notou o olhar que Nico lhe dirigia, Nico torcia para ela não levantar o rosto, se não veria claramente suas bochechas vermelhas em comparação com a pele pálida, mas ao mesmo tempo ele desejava ver seus olhos tão perto dos seus, sua boca...

“Pronto.”

Nico assustou-se quando ela disse, ele estava solto agora e estava sendo sustentado somente por Reyna, para sua surpresa Reyna levantou o rosto e o olhou diretamente nos olhos, ela ficou vermelha e sorriu.

“Bem, não será hoje que você morrerá nos meus braços, vamos príncipe do submundo, vamos tira-lo do atoleiro.”

“Falou e disse, princesa guerreira.”

Seu avanço para sair da lama foi muito devagar, a sucção era muito forte, mas nos últimos puxões ela cedeu totalmente, fazendo eles caírem para trás e Nico ficar em cima de Reyna com seus braços por baixo de seu pescoço, os dois estavam presos naquele abraso, se Nico tentasse puxar Reyna viria junto, se Reyna tenta-se sair, Nico cairia ainda mais em cima dela.

“Uh, espere.”

Reyna disse, e se aproximando dele ainda mais, abraçou Nico e ficou pendurada em seu corpo, sua cabeça afundada no pescoço de Nico.

“Pode tirar os braços debaixo agora.”

Reyna sussurrou calmamente no ouvido de Nico, e este obedeceu sem dizer nada, assim que liberou suas mãos, Reyna o soltou e caiu no chão olhando para Nico, que estava com os cotovelos ao lado de sua cabeça, por um micro segundo ficaram assim se encarando, até Nico sair do transe e sair de cima de Reyna, sentando pesadamente no pântano, Reyna se levantou e o encarou com um sorriso de escarnio.

“Até que não somos uma dupla tão ruim.”

“Tirando o fato de quase morrermos toda hora um nas mãos do outro, sim, formamos uma boa dupla.”


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