Reminiscências de Touro escrita por Aries_sin


Capítulo 2
O Homem de Ferro




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O sol tinha nascido ao longe, emanando um clarão que azulou o céu estrelado. A luz irrompeu para lá das montanhas, limpa e cristalina, anunciando a madrugada.

Aquela manhã revelou uma paisagem bela, de cortar a respiração: as montanhas áridas e escarpadas, com os picos cobertos de neve, rodeavam o caminho, por vezes abrindo-se em abertas verdejantes. Rebanhos de ovelhas podiam ser vistos a pastar, a natureza respirando ainda livre, selvagem, pulsando ao ritmo milenar em que vivia aquele planalto recolhido do mundo.

Tinha começado o terceiro dia de marcha dando graças pelo seu treino espartano, sem o qual nunca estaria preparado para aquela cavalgada. Entendia o porquê de ter sido escolhido para aquela missão. Subir aos Himalaias não estava ao dispor de qualquer cavaleiro da elite. Era necessária uma adaptação rápida às condições atmosféricas e uma grande capacidade de resistência para conseguir subir até ali. Não havia ninguém mais adequado do que ele, Aldebaran de Touro, para levar a cabo a missão que lhe tinha sido confiada pelo Patriarca.

O primeiro sinal de civilização surgiu numa curva, ao fim de um par de horas, sem que estivesse à espera. Não sabia muito bem o que aguardar daquele vilarejo, e por momentos estagnou ao lado de uns muretes de pedra, em ruina, que se assemelhavam a construções abandonadas. Prováveis vestígios de uma vida serena que corria ao sabor dos dias.

Ouviu o som drapeado de lungdas, as bandeiras de orações que cobriam os caminhos, à medida que eram abraçadas pelo vento calmo do início da manhã. Eram uma constante à entrada das urbanizações tibetanas, com o intuito de atrair bom karma aos seus habitantes.

À sua frente, os muros de contenção do vilarejo mostravam-se degradados, interrompidos pelo caminho de terra, a entrada vigiada por guardas chineses em sentido. Tratava-se evidentemente de um grupo das forças de ocupação.

Aldebaran inspirou fundo, o ar fresco da montanha enchendo-lhe os pulmões, e ajeitou os rayban sobre o nariz. Aproximou-se lentamente dos dois homens, parando a poucos metros quando estes mostraram alguma hostilidade.

Um dos homens falou num imperceptível mandarim que os seus poucos conhecimentos do idioma não conseguiam decifrar.

Nǐ hǎo…– tentou começar, levantando as mãos em sinal pacífico.

O mesmo homem voltou a responder, desta vez com menos aspereza, com entoação do que lhe pareceu uma pergunta.

Aldebaran levou uma das mãos à mochila que carregava juntamente com a caixa de pandora, evitando movimentos bruscos. De lá, retirou uma carta encardida, mostrando-a prontamente aos dois homens.

Se as indicações que lhe tinham dado estavam correctas, aquele era o seu destino, o final da viagem.

O selo do Santuário pareceu surtir efeito; à sua visão os dois homens arregalaram os olhos e afastaram-se prontamente, cedendo passagem. Novas palavras foram proferidas, agora com outra predisposição.

– Uh? – respondeu o cavaleiro, não percebendo a pronúncia cerrada do vigia.

– Tulku Lobsang– o homem pronunciou o nome chave, apontando para uma das casas adiante.

– Ah sim! – disse, voltando a guardar a missiva - Xièxiè!

Com um aceno para as sentinelas, atravessou o portão improvisado e deparou-se finalmente com a aldeia habitada. De ambos os lados surgiram fileiras de casas tradicionais tibetanas, as pukhang, feitas de adubo branco com as suas típicas janelas negras. Salpicando a terra, algumas árvores gadjan permitiam largas sombras sobre as habitações.

Um bando de crianças brincavam pelos caminhos estreitos, quase esbarrando contra ele, admirativos quando finalmente o encaravam. Não seria apenas as suas feições ocidentais e a sua altura que os devia impressionar, mas igualmente o volume da caixa de Pandora sobe os seus ombros.

O brasileiro mostrou um sorriso afável e assentiu em saudação, suscitando uma reacção pela qual não esperava. Aos poucos, as crianças que o rodeavam começaram a deitar-lhe a língua de fora, mantendo-a durante alguns segundos, voltando logo em seguida aos jogos infantis que os ocupavam.

Aldebaran riu durante segundos, a confusão daquela cena deixando-o meio atordoado. Teria aquele gesto o mesmo significado de troça que na sua terra natal?

Afastou as ideias estranhas que lhe alimentavam a imaginação, continuando até à casa indicada pelo guarda.

A porta estava aberta, a entrada apenas vendada por uma cortina de pano vermelha.

– Nǐ hǎo…? – disse afastando a cortina ligeiramente, espreitando para o interior da pequena habitação – Está alguém? – completou em inglês, esperando ser entendido.

Silêncio.

Na ausência de movimentação começou a observou o interior, sem no entanto se atrever a entrar.

O tecto era baixo, suportado por vigas de madeira enegrecidas pelo passar do tempo. O chão de madeira tinha sido recentemente lavado, a observar a cor escura que possuía. No centro da sala jazia uma mesa quadrada, rodeada por quatro almofadas coloridas que lhe pareceram extremamente tentadoras.

Após uma primeira contemplação, os seus olhos desviaram-se para um altar de madeira esculpida apoiado contra uma das paredes brancas. Sobre ela viu uma lamparina dourada onde se erguia fumo branco.

Torceu o nariz, reconhecendo o cheiro intenso e ligeiramente nauseabundo... o característico odor de manteiga de iaque sendo queimada.

Tashi deleh

Aldebaran estremeceu e virou o rosto na direcção da voz. Descobriu um homem de estatura franzina, pouco mais velho que ele, o cabelo escuro desalinhado sobre os olhos serenos que o encaravam com alguma surpresa. As roupas típicas da região faziam-no mais pequeno do que realmente era, o manto cinza traçado sobre o peito apoiava-se sobre o ombro direito.

Kbyerang kusu depo yinpe?

Caindo em si e percebendo a sua presença deslocada, entrou finalmente na sala.

– Ah! Perdão! Não era meu intuito intrometer-me… eu chamei, mas ninguém respondeu e os guardas indicaram-me a casa e… procuro Tulku Lobsang…– disparou em inglês, apenas se apercebendo que o homem poderia não o entender quando parou para respirar –ahm… fala inglês?

Inesperadamente, o homem fez sinal para que entrasse e convidou-o a sentar-se numa almofada. A ele, um intruso e desconhecido que quase se tinha introduzido na sua casa sem ser convidado.

Cedeu prontamente ao convite, mesmo não sabendo o que o levava a fazê-lo.

– Eu sou Tulku Lobsang – o tibetano anunciou com voz afável. Falava um inglês surpreendentemente bom para alguém que vivia numa aldeia perdida nos Himalaias, apesar de um ligeiro sotaque local – e o senhor?

Aldebaran quase suspirou de alívio, ao descobrir a facilidade de comunicação – O meu nome é Aldebaran… penso que foi informado da minha chegada.

O tibetano curvou os lábios num sorriso – Ahh sim… o enviado especial da milícia chinesa. Esperava alguém mais… oriental, devo admitir…

– Oh, engana-se! Não respondo pelo governo chinês, mas pelo Santuário de Atena, na Grécia – o cavaleiro estendeu a carta com o selo dourado - Estou aqui a mando do Patriarca Arles, sumo-sacerdote da ordem dos cavaleiros de Atena.

Tulku Lobsang observou as poucas linhas que ornavam a autorização especial do intruso, demorando-se na marca no canto inferior.

– É a primeira vez que vejo alguém de fora ser chamado para a resolução de problemas internos… estou surpreso - sentou-se de frente para Aldebaran, observando-o curioso – então, bem-vindo a Jamiel cavaleiro de Atena.

– Obrigado – respondeu o brasileiro – como se diz obrigado em tibetano?

Thu dijitchi – o homem respondeu bem-disposto.

Thu dijitchi – tentou retribuir da mesma forma, soando-lhe estranho – mas regressando ao assunto que me trouxe aqui… o problema em questão é especial, foi por essa a razão que fomos chamados.

– Ah sim… Tiejiang– disse fazendo um sinal afirmativo.

Aldebaran ergueu o sobrolho sem entender o significado daquele nome. Ele estava ali a mando do Santuário por causa de eventos estranhos que se tornavam frequentes naquela zona, os relatórios que lhe tinham sido entregues não concluíam nada de específico. Não sabia exactamente o que o esperava… apenas que não lidava com seres comuns.

O cavaleiro abriu a boca, prestes a interrogar mais sobre aquele assunto mas calou-se quando se ouviu um alarido e o grupo de crianças irrompeu na sala em grande alvoroço.

– Tulku Lobsang! Tulku Lobsang! – gritavam esbaforidas, seguindo de um rompante de palavras em tibetano.

Aldebaran manteve-se então em silêncio, apenas observando o desenrolar dos acontecimentos. Uma das crianças parecia ter caído e esfolado o joelho, rendendo-lhe uma belo ferimento vermelho vivo. Os restantes sentaram-na numa almofada, permanecendo ao seu lado enquanto o tibetano dizia algumas palavras que lhe pareceram de reprimenda. Finalmente com um longo suspiro, virou-se e desapareceu no interior da casa por alguns minutos.

Sozinho com o grupo, o brasileiro aproximou-se da criança lacrimejante e afagou-lhe os cabelos espessos, a mão cobrindo-lhe a cabeça por completo. A ferida não lhe pareceu preocupante, era apenas superficial.

Tão rapidamente como desapareceu, Tulku Lobsang apareceu na porta, agarrando uma vasilha em cada mão. Aproximou-se, apoiou o joelho no chão à frente do menino, e aproximou com cuidado uma esponja impregnada em água da sua perna. A criança contorceu-se à espectativa daquele primeiro contacto, repuxando o ar por entre os dentes cerrados.

– Crianças… - suspirou conformado à medida que limpava a ferida – por muito que sejam avisadas, acabam sempre neste estado.

O brasileiro sorriu, reparando no unguento esverdeado na segunda vasilha – elas vêem sempre aqui? Parece já estar precavido para estas situações…

– Sou o único médico das redondezas. Todos os males vêem bater à minha porta, é por essa razão que ela se mantem aberta.

Aldebaran observou-o com espanto – médico? Adivinhava que não fosse nenhum guerreiro… mas porque me reencaminharam então para o consultório de um médico?

O tibetano sorriu para o cavaleiro, num silêncio intrigante, à medida que besuntava o joelho da criança com o unguento. Alguns segundos se passaram ate que, tarefa concluída, mergulhou as mãos na tina de água e esfregou-as uma na outra.

Tiejiang – começou num tom neutro, limpando as mãos a uma toalha e voltando a sentar-se à sua frente. À menção daquele nome, o grupo de crianças pareceu ficar irrequieto – traduzido do chinês, significa “homem de ferro”.

“Tiejiang” ouviu o nome murmurado pelas crianças entre elas, os olhos brilhando na expectativa. O grupo acabou por se juntar aos dois adultos, sentando-se ao seu lado. Apesar de não entenderem o que estava a ser conversado, pareciam demasiado curiosos para voltarem aos jogos anteriores.

– Foi o nome dado pelas tropas invasoras ao ser que habita nas montanhas de Jamiel – viu as pupilas expectantes do cavaleiro encarando-o com interesse, assemelhando-se aos das crianças que os envolviam – quando as tropas chinesas chegaram a Jamiel, este era apenas mais uma aldeia nos Himalaias que não tinha capacidade de oferecer resistência aos invasores. Era apenas um lugar de passagem para alcançar outras povoações perdidas nas montanhas.

– Hum… - Aldebaran suspirou, ciente do complicado assunto que era a invasão do Tibete pela China, mas não tendo nem capacidade nem autorização para entrar em questões políticas – infelizmente não está ao meu alcance remediar a esse assunto.

– Não – concordou o tibetano – não está. Nem esperámos que estivesse. Você foi chamado aqui por outras razões menos… políticas. Atrevo-me a dizer, mais de outro mundo.

– Ah… começo a entender…

– No percurso até à próxima aldeia existe uma bifurcação no caminho. Um dos trilhos segue para baixo, para o vale de Yangpachen, enquanto o outro sobe para as montanhas. Hoje em dia ninguém se atreve a aproximar-se delas, pois caminharia para uma morte certa.

– O que há nessa montanhas?

– Ninguém sabe. Nem sempre foi assim… aliás, os acontecimentos estranhos são algo de recente. Dantes conseguíamos atravessar a ponte sem problemas e alcançar a torre de Jamiel.

– Ah, então existe população do outro lado.

– Não, existe apenas a torre. Um pagode milenar, desabitado e completamente impossível de ser habitado.

Aldebaran franziu o sobrolho – impossível de ser habitado? Como assim?

O tibetano manteve o olhar fixo nele, continuando o relato de forma calma – se bem me lembro das minhas viagens ao outro lado, o pagode não tem porta. Todos conseguíamos viajar até lá, mas era impossível de entrar. Durante anos manteve-se assim, a torre desabitada era um ponto de referência para qualquer habitante de Jamiel. Mas à uns anos atrás, tudo isso mudou.

O tibetano fez uma pausa para clarear a voz.

– O perigo começou quando um nevoeiro persistente e cerrado tornou difícil a passagem. As pessoas deixaram de se aproximar do abismo a partir do momento em que desapareceram dois jovens da aldeia ao tentar atravessá-lo. Concluiu-se que tinham caído, pois os seus corpos nunca foram encontrados. Quando as tropas chinesas chegaram, tentaram alcançar o pagode. O desaparecimento em massa das tropas começou a ser caso de alvoroço nas redondezas. Até hoje ninguém sabe o que realmente aconteceu, apenas que as pessoas que tentam atingir o outro lado desaparecem como por magia.

– Magia… - o brasileiro murmurou para si, começando a entender o porquê de terem feito apelo ao Santuário -… no início da conversa falou de um ser… Tie… Tiejin?

– Tiejiang…– o tibetano corrigiu – sim… devido aos barulhos metálicos que começaram a ecoar pelas montanhas, alguns mitos locais vieram ao decímo. O nevoeiro espesso impede de ver o que acontece do outro lado, e uma força sobrenatural impede a passagem. Apenas os sons metálicos indicam algum tipo de vida, por essa razão os chineses o nomearam de Tiejiang… ou se preferir, o “homem de ferro”.

– O que entende por “homem de ferro”? – perguntou Aldebaran, a atenção fixa no médico – está a tentar dizer que existe um ser do outro lado, capaz de manipular o clima na região e com o poder de matar batalhões inteiros sem deixar rasto?

– Quando os chineses falam de “homem de ferro”, pode significar um ser sobrenatural cujo corpo seria feito de ferro, ou então, numa realidade mais convencional, um homem que lida com ferro.

– Um ferreiro?

– Isso – murmurou o tibetano – um ferreiro.

– E o que faria um ferreiro para lá da montanha, isolado do mundo?

O tibetano suspendeu o que estava a dizer e trocou algumas palavras com uma das crianças. Esta anuiu prontamente e desapareceu pela porta interior, deixando os adultos com o resto do grupo curioso.

– Está familiarizado com os costumes tibetanos, senhor Aldebaran?

O brasileiro respirou fundo, remexendo-se na almofada inquieto – Devo admitir que não é a minha especialidade, infelizmente… - desabafou.

O médico sorriu.

– Compreendo a sua posição – disse – mas deixe-me esclarece-lo a respeito, pois penso que vai ajudá-lo. No Tibete possuímos uma vasta colecção de seres mitológicos e costumes de adoração que, ainda hoje, se mantêm vivos nas mentes das pessoas um pouco por todo o Himalaias. Um desses costumes refere a espíritos chamados de bTsan.

A menina que tinha desaparecido momentos antes surgiu pela porta, agarrando num tabuleiro sobre o qual se encontrava um bule e duas xicaras. Com cuidado, pousou o conjunto sobre a mesa, recebendo um “Thu dijitchi” e um sorriso de agradecimento da parte do médico.

– Os bTsan são um grupo de espíritos celestes que, diz-se, controlam parte desta região – continuou o relato, vertendo um pouco de chá em ambos as chávenas e estendendo-lhe uma - geralmente deslocam-se pelo ar, montando cavalos indomáveis, e atravessam florestas e montanhas matando tudo o que mexe com os seus arcos e flechas.

O brasileiro aceitou a oferta, ficando alguns segundos a ponderar o seu conteúdo. Forçou-se a conter um esgar de repulsa perante a perspectiva de beber aquela mistura gordurosa.

– Chá de manteiga de iaque – o medico sorriu divertido com o visível desconforto do convidado – pode parecer estranho ao inicio, mas talvez com tempo consiga apreciá-lo.

O cavaleiro rendeu-se, soprando o fumo e tentando-se abstrair do cheiro forte característico – esses… bTsan… não parecem muito amigáveis…

– Oh? Acha? – o tibetano fez uma pausa e inclinou a cabeça inquisitivo – reconheço que, apesar desta abordagem, os bTsan sejam seres bem pacíficos se comparados com divindades capazes de transformar pessoas em animais por ciúme ou de matar os próprios filhos por avareza…

– Humm – o brasileiro murmurou meio atrapalhado, percebendo a alusão aos deuses helénicos – visto sob esse ponto de vista… - bebericou um pouco da mistela untosa, admitindo para si mesmo que não era tão mau como parecia – mas então aqui acreditam que as ocorrências recentes são devidos a esses tais de bTsan?

bTsan são um dos grupos que constituem os deuses celestes… acredita-se que os incidentes são obra de um desses deuses, que desceu dos céus e reside agora na torre desabitada.

– Um desses deuses? Não conseguem definir qual?

– Por essa razão referimo-nos ao habitante da torre pelo nome de dMu – percebendo o espanto nas feições do brasileiro, Tulku acrescentou – dMu, ou simplesmente Mu em mandarim, pode ser traduzido como “o deus celeste”. É uma forma generalizada para tratar a deidade desconhecida que habita o penhasco.

– Hum… - Aldebaran baixou o rosto pensativo, juntando as informações todas dadas pelo tibetano - …Mu, o ferreiro de Jamiel…

O médico virou o rosto e esboçou um sorriso bem-disposto com a associação de alcunhas. Pegou uma última vez na xicara e levou-a aos lábios, permanecendo em silêncio, deixando um cavaleiro meditativo entregue às suas conclusões.


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