Evermore escrita por ApplePie


Capítulo 27
Capítulo 24 - Manual de como ser uma medrosa


Notas iniciais do capítulo

Eu ia fazer esse capítulo TOTALMENTE diferente, hahaha, mas não tinha muitas ideias então acabei de inventar esse, ficou meio pequeno. O próximo acho que vou postar no domingo,
I hope you enjoy it,
Kissus



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Tristan Frey

A viagem de volta no avião passou rápido, pois todos estavam com sono, então ficamos a maior parte do tempo dormindo. Faltava apenas duas horas pra chegarmos em Londres. Will e Everlyn estavam (como sempre) disputando algo sem noção do tipo “quem sabe tocar mais músicas”, porém, como Will sempre participou de competições desde menino, ele conhece MUITAS composições, fazendo Ever ficar ressentida. Ela odiava perder pra esse tipo de coisa. Ela ficou um certo tempo sem tocar, seja por causa do trauma dos pais, ou seja porque ela estava ocupada demais estudando pra poder ganhar a bolsa.

Liz dormia ao meu lado tranquilamente. Ela comprou bastante coisas lá no Caribe, porém alegou que se fosse viajar novamente, iria pra outro lugar. Lacey estava assistindo filmes e Ed estava jogando no celular. Não, não era Flappy Bird.

O tempo estava fechando muito rápido, parecia que iria cair a maior tempestade. Decidi desenhar alguma coisa para depois fazer outra coisa como assistir uma série etc... Já que não é possível desenhar enquanto o avião está em turbulência.

Mas o que eu desenharia? Fiquei pensando até me contentar em desenhar a nossa mesa de jantar naquele barco no Caribe.

As luzes coloridas à noite, davam um destaque no céu estrelado e no mar parado. As pessoas riam, comiam e bebiam à vontade, e a música tocando eram alteradas entre músicas animadas e músicas clássicas.

Havia alguns instrumentos parados lá, e quando a música cessou, Ever e Will decidiram tocar alguma coisa, então eles conversaram com alguns músicos e eles os acompanharam. A música era muito legal, Ever tocando piano e Will, que só descobri naquele dia que ele tocava outra coisa sem ser violino, tocando violoncelo.

Depois percebi que a música era “Let it Go” do Frozen. É claro que era uma música de algum filme da Disney, Ever era fissurada por esses tipos de filmes da Disney.

Liz e Lacey riam e bebiam enquanto eles tocavam. A música parecia ter dado mais vida ao barco. Ed tirava fotos de tudo e eu sorria como um bobo. Provavelmente eu teria que dormir umas quinze horas no hotel aqui na República Dominicana de tanta bebida, comida e dança, mas não importava, por hora, eu estava tendo um dos melhores momentos de minha vida.

Quando terminei o desenho, parei pra reparar no desenho. Ever e Will tocando, Liz e eu rindo, Ed tirando fotos e Lacey bebendo aqueles coquetéis coloridos enquanto ria a toa ao lado de Ed.

O avião comecei a tremer.

“Senhoras e senhores, por favor apertem os cintos, estamos passando por um momento de turbulência.”

Everlyn levantou num salto, assustando a todos nós (menos Liz que continuava dormindo). Só depois lembrei que ela morria de medo de turbulências. Bem, ninguém poderia culpá-la, afinal o avião em que seus pais estavam caíram por causa disso.

William Kenwitch

Depois que terminamos de falar sobre as peças que cada um sabia tocar, Everlyn começou a comer M&Ms e eu comecei a ler “O jogo da morte” que Ever me emprestou. Ela dividiu os fones de ouvido comigo e começamos a ouvir músicas celtas que ela alegava “deixar a leitura mais divertida”. E pior era que tinha um pouco de verdade.

Houve um aviso sobre turbulências e ignorei, afinal é a coisa mais normal do mundo, apesar de eu pensar que vai ser uma turbulência BEM longa, pois estava tendo uma tempestade.

Everlyn levantou-se num pulo, até me assustei, ela estava com os olhos arregalados e olhava pra janela, tremia muito.

— Ever, você está bem? — perguntei preocupado.

Ela olhou pra mim e parecia uma criança desolada. Foi então que olhando para Tristan compreendi. Aviões, turbulências, tempestades. Ela estava se lembrando dos seus pais, do acidente deles.

Eu a obriguei a se sentar, embolei ela no cobertor, pude perceber que lágrimas caiam de seus olhos silenciosamente. Limpei suas bochechas, e trouxe ela (ainda embolada como um bolinho de arroz na manta) pra perto de mim, coloquei aqueles fones especiais que tem entrada para 2 pares e pus uma música razoavelmente alta para fazê-la esquecer de tudo o que estava acontecendo em volta. A abracei como se fosse um ursinho. E esperei ela se acalmar ou até mesmo dormir.

Depois de alguns minutos percebi que sua respiração estava bem calma, ela tinha adormecido. Depositei um beijo em sua testa e voltei a ler, mas antes não pude deixar de me perguntar do que mais Ever tem medo.

Everlyn Clockwork

Will filho-duma-mula decidiu inventar um jogo chamado “ do que Ever tem medo”. Ele queria descobrir a qualquer custo e eu não queria falar, então ele decidiu inventar esse estúpido jogo. Ed e Tristan ficaram curiosos, afinal não era sempre que eu me assustava. Então eles entraram nessa brincadeira, OH QUE LINDOS, TODOS ELES.

Já estávamos em casa, Eliza alegava estar muito cansada então foi embora, Lacey pegou carona. Eu desfiz minhas malas, e coloquei a minha baleiazinha de pelúcia em cima da cama, junto com três outros bichinhos: um gato de Chesire, um panda e um Thor versão Chibi*.

Quando saí da porta, Ed tentou me dar um susto, eu acertei um tapa em sua cabeça. Tristan depois comprou algumas aranhas de mentira (de onde ele arranjou tempo pra isso?) e só por causa disso eu taquei almofadas nele. Ninguém mandou eles inventarem esse jogo estúpido.

Então o Will lindo decidiu assistir um filme do mal. Se chamava “Mama”. Eu odiava filmes de terror, primeiro porque eram muito toscos, e porque eu sempre levava susto mesmo sabendo o que ia acontecer. Depois do filme, Will foi falar comigo.

— Tudo bem, você tem medo de turbulências em aviões (não, não Will, em bicicletas), e de filmes de terror. Do que mais?

Parei pra pensar. Não tinha muitas coisas que me amedrontavam. Se bem que...

— Ter uma grande responsabilidade que pode afetar outras pessoas, isso me deixa meio com medo.

— Tá, mas isso não vale. Eu quero saber se você tem medo de alguma coisa, sei lá, como aranhas, baratas, patos...

— Patos?

— Alguma coisa, sei lá, tenho medo do escuro, do bicho-papão...

— Patos?

Will deu de ombros.

— Nunca confie num pato, eles podem te atacar a qualquer hora.

Eu me segurei pra não gargalhar.

— Sei lá, Will não presto muita atenção nos meus medos.

E isso deu fim à atividade tosca deles. Ficamos assistindo “Iron Man 2” que estava passando na TV. Depois jantamos e tivemos que sair no “dois ou um” pra decidir quem iria lavar a louça, afinal todos estavam cansados. Ed teve que lavar a louça. Eu fui deitar, Will ficou lendo na sala e Tristan foi tomar banho.

Foi então que eu lembrei que as aulas iriam começar em menos de duas semanas, e junto, meu trabalho de auxiliar no conservatório.

Fiquei imaginando como esse ano letivo seria, e se iria ser igual ao ano passado. Eu não iria ter objeções, mas é claro que eu estava errada.


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Notas finais do capítulo

Link da música da Ever e do Will: http://www.youtube.com/watch?v=6Dakd7EIgBE&list=UUmKurapML4BF9Bjtj4RbvXw
Esse livro que o Will estava lendo é bem legal, é de uma escritora chamada Ursula Poznanski. Ever é totalmente diferente de mim, que sou medrosa, hahahaa, e vocês leitores(as), do que tem medo?



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