Evermore escrita por ApplePie


Capítulo 19
Capítulo 17 - Happy Hanukkah... Ou melhor, Merry Christmas


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui estou eu de novo hoje. Fiquei inspirada, hahaha. Olha, a música da caixinha de música, pra quem não conhece, eu vou deixar o link nas notas finais. Eu gostei pra caramba desse capítulo, tudo bem que deu trabalho decidir o que cada um ia ganhar de cada pessoa de presente, mas tudo bem,
I hope you enjoy,
Kissus



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William Kenwitch

Era dia 24 de dezembro. Levantei-me, fiz minha rotina matinal, e percebi algo. Little Rainbow estava fora de vista. Fui até o quarto dela, bati na porta.

Silêncio.

Bati novamente. Esgotando minha paciência (que não é longa, como podem ver) abri a porta. Ela estava num sono muito profundo. Estranhei, ela não é de acordar tarde, deve ter ido dormir tarde ontem.

Tive uma ideia. Desci até a cozinha. Peguei uma panela e uma colher de madeira. Fui até o quarto dela de fininho. E bem pertinho dela...BANG. Comecei a bater a colher na panela com tudo.

— ACOOOORDDAAA LITTLE RAINBOW!!! PAPAI NOEL DEIXOU PRESEEEENTTESSSS.

Ela acordou assustada e caiu da cama. Comecei a dar muita risada. Assim que ela se recuperou do susto, me pus a correr. Ela disparou atrás de mim gritando coisas como “Vou te matar, traste!”, “Faça suas preces para Anúbis”, algo assim...

Passamos o resto do dia inteiro comprando comida e preparando a casa. Quero dizer, eu e Ed fizemos isso, Tristan disse que ia buscar Luan no aeroporto e Ever ficou tocando piano. Ela tocava muito bem, ela tinha a capacidade de decorar as músicas rapidamente, então à medida que ia treinando ela só precisava se preocupar com o tempo das notas ou com a intensidade. Ficamos ouvindo ela tocar, enquanto arrumávamos tudo.

— Quando sua nova namorada vai chegar? — perguntei pra Edmund.

— Ela disse que ia chegar assim que saísse da entrevista. Então deve ser umas cinco horas...

Everlyn falou que Tom ia chegar umas sete e ficaria até umas dez (que é quando a sua namorada saía do trabalho) e Finn disse que ia chegar mais ou menos esse horário. Eu precisava ficar de olho naquele cara. Balancei minha cabeça para tirar pensamentos fúteis e continuei a arrumar a mesa.

Ed depois saiu pra buscar as encomendas da ceia e eu subi para tomar banho. Foi então que eu percebi que meu shampoo tinha acabado. Que merda. Ed e Tristan estavam fora, então tinha que pedir para Little Rainbow seu shampoo emprestado (eu estava com muita preguiça de buscar no mercado...). Entrei na porta do quarto dela sem bater.

— Little Rainbow, posso pegar seu sham...

Foi então que eu percebi que ela estava experimentando roupas para a noite. O problema: Ela só estava de calça e sutiã. Ela virou pra mim, arregalou os olhos, e mais vermelha que um pimentão tampou sua parte da frente com uma blusa e começou a gritar.

— SAIA AGORA!!

— Mas o shampoo...

Ela correu para o banheiro, tacou o tubo de shampoo na minha cabeça e me atirou porta a fora. Que dèjá vu. Não pude conter um sorrisinho se formando em meu rosto à medida que eu ia pro meu banheiro. Era a segunda vez já que eu a via quase nua... Pera, na primeira vez eu a vi literalmente nua.

Mas diferente da primeira, eu não me importei, para mim era só mais uma mulher. Não pude também conter o súbito desejo que tive de beijá-la novamente. Balançando a cabeça novamente, eu fui tomar banho.

Seis horas, Luan e Lacey já estavam em casa, Finn e Liz estavam a caminho, Tom ia chegar umas sete e eu fiquei conversando com Ed na cozinha enquanto ajeitávamos a comida nas travessas. Eu, ele e os dois convidados já estávamos prontos. Tristan tinha acabado de subir para se arrumar e Ever não se dirigiu comigo nenhuma vez desde o incidente. Ah, qual é não é a primeira vez que isso aconteceu, vai.

Pouco tempo depois, Tristan desceu e Finn chegou. Estávamos todos na sala agora, só esperando. Liz chegou e colocou todos os presentes na árvore.

— Cadê a Ever?

Apontei pro quarto. Eu estava estranhando ela não ter saído desde aquela hora. Tudo bem que mulheres demoram pra se arrumar, mas...

Ela suspirou e subiu as escadas para chamá-la.

Everlyn Clockwork

Batidas na porta. Eu ignorei. Se você está se perguntando se é por causa de William, não, não é. Não sei, depois de experimentar as duzentas roupas que as meninas me deram, e tomar banho, eu senti um vazio, como se algo me dissesse que era melhor deixar tudo quieto, acabar com o natal.

— Ever — era Liz — você está bem?

Abri a porta e a deixei entrar.

— Por que você está aqui, no escuro? Vamos, todos menos o Tom já chegaram, e Ed ligou para ele, ele disse que já estava a caminho.

— É uma perda de tempo, Liz.

Ela me olhou com tristeza, mas logo essa expressão foi transformada em determinação.

— Não é usual seu, Ever, não pensar nos outros. Todos deram um duro danado hoje e você sabe bem quem os meninos querem alegrar. Vamos, eu prometo que não vai ser um desastre, vai ser tão legal que amanhã iremos continuar com a festa!!

Suspirei novamente.

— Sério, por que natal? Por que não Hanukkah?

— Porque não somos judeus, agora, vem aqui, me deixe te maquiar.

Logo, Lacey subiu para ver se estava tudo bem e me ajudou com a escolha de sapatos. Eu tive de implorar para ela não me colocar sobre saltos altos. Quinze minutos depois, eu estava pronta.

William Kenwitch

Ouvi barulhos vindos da escada. Virei-me e me deparei com um anjo. Ela estava usando um vestido azul claro tomara-que-caia que ia até quase o joelho, que tina um espartilho atrás, com uma sapatilha azul clara também combinando. Segurava seu relógio de bolso — que sempre estava ou em seu bolso da calça ou em sua mochila — na sua mão direita. Tinha uma maquiagem bem discreta que só realçava sua beleza. Engoli seco.

— Já era hora — brincou o romano-que-se-chama-Tom.

Depois que elas desceram, infelizmente/felizmente (decida-se, William) Little Rainbow sentou-se ao meu lado. Ela tinha um cheiro suave de flores.

— Pra que tanta cerimônia? — disse, sendo o bom e velho Will chato — não precisava ter se vestido igual a uma princesa.

Ela virou-se para mim e abriu um sorriso sarcástico.

— Bem, já que é assim, amanhã eu vou vestida de Darth Vader.

Sérião? Ela precisa parar de cismar que ela é o Darth Vader.

— Snow, a fantasia não tem na loja lembra?

— Eu dou um jeito.

E assim continuamos a conversar. Até dar umas nove horas e jantarmos. Então Tom distribuiu os presentes já que ele ia se encontrar com a namorada, mas Lacey e Liz fizeram questão de apenas separá-los e não abrí-los.

— Presentes precisam ser abertos só meia-noite — argumentaram.

Jogamos videogame, tocamos música, eu com o violino, Ever com a guitarra e Finn cantando (podia não parecer, mas ele tinha uma voz muito boa).

Meia-noite. Todos começaram a distribuir os presentes.

Liz ganhou HQs de Ever, uma camisa do Capitão América do Ed, uma saia da Lacey, uma Figure Action da Mulher Maravilha do Tristan (ele disse que era em homenagem a fantasia que vez com que ele fosse falar com ela na festa) e uma caneca do Loki de mim.

Lacey ganhou pincéis de maquiagem da Ever, um vestido de mim, um hidratante do Tristan, uma sandália da Liz e um colar de pérolas do Ed.

Luan ganhou uma camisa de mim, o livro “Eu sou o número 4” de Ed, uma calça jeans de Everlyn, uma Figure Action do Iron Man de Liz e um perfume do Tristan.

Ed ganhou um relógio de Lacey, um tênis de Tristan, o jogo “Bioshock: Infinite” de mim, um óculos escuro de Ever, um boneco do Mario de Liz e uma agenda de Luan.

— Você é muito desorganizado — explicou Luan.

— Eu não...

— Onde está seu roteiro da faculdade?

Silêncio.

— Foi o que pensei.

Tristan ganhou o jogo “Portal” de Ever, uma calça de moletom de Lacey, um estojo de tinta de mim, um DVD dos Beatles do Ed, uma mochila do Luan e um anel do Lanterna Verde de Liz.

Everlyn ganhou uma sapatilha de Lacey, um conjunto de cartas Clow da Liz, um panda de pelúcia do Luan, o livro “Coração de Tinta” do Tristan e uma caneta de tinteiro do Ed. Eu ia dar meu presente depois.

Vamos agora aos meus presentes. Eu ganhei uma camiseta de Lacey, um DVD de música clássica do Tristan, uma bermuda do Ed, uma Figure Action do Yoda de Liz e uma blusa de pijama do Luan.

— Everlyn me contou que você não tem blusas de pijama então achei melhor comprar.

Olhei feio para Ever. Ela deu de ombros.

— Não é minha culpa que eu já te vi várias vezes seminu.

— Então estamos quites, não é? — provoquei.

Ela ficou vermelha e virou a cara. Como eu adorava encher o saco de Little Rainbow.

Mas pera, cade o presente dela?

— Ei, você não vai me dar nada — disse, nós estávamos praticamente a sós porque todos os outros se deslocaram pra cozinha para comer as sobremesas.

— Ah é, toma.

E ela me entregou um tubo de shampoo. Ela tava de sacanagem, só pode!

— Sério? Shampoo? Então eu não vou te dar seu presente.

— Tá bom, tá bom, era só uma brincadeira. Aqui.

E ela me entregou um embrulho preto. Abri e tinha um livro dentro. “Um conto de duas cidades“ de Charles Dickens. Ela se lembrou? Eu havia falado pra ela que era meu livro favorito e coincidentemente era o mesmo dela. Mas eu não conseguia achar esse livro em lugar nenhum. Olhei para ela, e vi que ela estava sorrindo.

— Eu achei — disse sorrindo — que seria um presente legal...

Não resisti e a puxei pra perto. Derramei tudo que eu queria expressar em palavras. Amor, desejo e carinho. Foi um beijo urgente, mas ainda assim, suave e sereno. Acariciei sua bochecha com a mão esquerda enquanto segurava a costas de seu pescoço com a direita. Soltei-a e deixei um embrulho no seu colo.

— Feliz Natal, Little Rainbow — sussurrei em seu ouvido, saindo para a cozinha.

Dei uma última olhada, e vi que ela estava vermelha, sorri com a situação.

Everlyn Clockwork

Foi inesperado o beijo de Will, e foi rápido. Ele era suave e macio, e quando pensei que ele ia aprofundar o beijo ele me soltou e desejou “Feliz Natal”.

Feliz Natal é a minha bunda. Que tipo de cara, chega do nada, me beija e simplesmente sai? O Will. Mas não sei porque tive a sensação que não era um beijo qualquer, que havia muito sentimento nele. Lembrei-me da conversa de Tom.

Uma coisa, Everlyn, é um beijo apenas cheio de pura atração física sem nenhuma emoção. Outra coisa, é um beijo apaixonado.

Peguei o embrulho que imaginei ser o presente de Will. Abri e vi que era um colar, com uma caixinha de pingente. E quando você abria a caixinha tocava música.

Mas não era uma simples música, era a música do Davy Jones. A música que simbolizava o amor dele. Prendi a respiração.

Então admite que você gosta dele?

Tom vidente, sábio, semi-psicólogo, filho de uma puta. Você estava certo.

Eu estou apaixonada pelo Will.


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Notas finais do capítulo

Aqui o link: http://www.youtube.com/watch?v=B6oVLzBGnmA
É....gente eu não dou muita descrição de roupas, mobília, lugares etc.. Porque dá muito trabalho (afinal, não acredito que seja tão importante) e porque eu acho legal os leitores adaptarem a história aos próprios olhos. Por isso não coloco link de roupas, dos lugares etc... Usem a imaginação, sei lá, acho mais legal assim. Então, até a próxima,
Byebye



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