Em dez minutos, eu e Samantha estamos prontas.

Estamos em uma pequena sala de 2 por 2 metros com uma porta que dá para a nossa 'pista' da arena. Novamente, é uma das centrais, e imagino que os Jogadores ao nosso lado também são os de Diamante e Âmbar.

Nós não vestimos mais as roupas que vestíamos antes - nossas roupas casuais - e sim macacões justos de alça, completamente brancos, exceto pelo bordado de raposa sobre o peito, um pouco à esquerda. Há um cinturão igual ao de Sarah... na verdade, as únicas coisas que diferenciam nossas vestes são que nós estamos de alça e que absolutamente tudo é justo, incluindo a parte inferior da calça. Calçamos algo que é como uma meia curta com sola e feita do mesmo material que uma sapatilha. É justo, simples e confortável. Eu visto também dois braceletes que se assemelham aos medievais - largos no sentido vertical, mas justos e atados por um cordão, mas os meus são brancos, apenas um pouco mais escuros do que o resto da minha vestimenta.

Não vejo nada de especial no bracelete, mas tenho que acreditar que ele barrará os choques das bolas que eu defender.

Enquanto eu e Sam nos vestimos, o peso da culpa me consome. Eu não devia ter pedido à ela que me acompanhasse. Se eu errasse, nós duas estaríamos caminhando para a morte.

Quase me curvo, como se o peso sobre minhas costas fosse físico.

– Sam - falo, tentando manter minha voz o mais normal possível, sem sucesso. - Desculpe por te meter nessa. Eu nunca devia ter te pedido que Competisse comigo...

Ela para o que está fazendo - tentando colocar o sapato - e ergue o olhar, até encarar meu rosto. E então sua expressão passa de séria para divertida.

– Poxa, Bel. Valeu pelo voto de confiança - ela imita o tom magoado com o qual respondera ao meu comentário para Sarah há pouco.

Ela se levanta. É exatamente da mesma altura que eu, de modo que ambas olhamos para a frente e nossos olhos se encontram.

– Escute, eu acho que estaria aqui com ou sem você. Acho que sou capaz de fazer isso, principalmente se você estiver comigo. - coro diante do elogio. - Mas você não pode ficar nervosa assim. Pode prejudicar seu desempenho.

Eu sorrio um pouco. Minha cabeça baixa por alguns segundos, mas torno a encarar Samantha.

– Sam, você confia em mim? - pergunto.

– Com certeza - ela confirma com a cabeça.

Isso era tudo o que eu precisava ouvir.

Dou uma batidinha no bracelete.

– Bom - digo. - Então, o que acha de ganhar um Jogo?