Annabeth estava adorando o dia. A companhia de Luke e Leo era incrível! Eles passearam, tiraram fotos, riram e se divertiram muito. Mas claro, com toda essa animação bate certo cansaço, e como estava frio eles foram ao Starbucks tomar um bom café para aquecer o corpo. Chegando lá, Leo foi para fila pedir e Annabeth e Luke foram sentar-se. Ele se sentou de frente para Annie, e a encarava bem nos olhos, tornando extremamente difícil sustentar o olhar para ele e não se tencionar com aquele silêncio. Leo então volta.

– Então meus caros – começou ele. – Pedi três cappuccinos e os coloquei no nome de Luke Castellan. Pois é meu amigo, a conta de hoje é toda sua. – Ele concluiu trazendo mais risadas a todos.

– Tudo bem, dessa vez! – Diz Luke dando um leve soco no ombro de Leo. Os três conversam enquanto esperam seus cafés, até que o telefone de Leo toca.

– Xi... – Ele levanta o telefone para ver quem é. – Minha mãe. Preciso atender, quando os cafés chegarem me chame! – Ele pulou para fora de sua cadeira e foi para o canto da cafeteria atender dona Esperanza.

O silêncio toma conta de tudo novamente.

– Castellan hein? – Annabeth tenta puxar algum assunto. – Que sobrenome bonito. - Ele ri.

– Pode ser seu se quiser – Ele olha ao redor, distraído. – Quem pode garantir o futuro? – Annabeth não pode evitar ficar sem graça, então apenas ri com a voz mais nervosa do que gostaria que fosse. – E o seu? Annabeth de que?-

– Chase. Não é grandes coisas, mas é de família. – Ela sorri.

– Eu gostei. É seu. – Ele sorri de volta, e os cafés chegam.

– Pessoal, mil desculpas, mas eu preciso ir. Minha mãe está precisando de mim, é algo importante. Nos vemos amanhã? Na festa da Piper? – Ele dirigiu-se a Luke.

– Claro. As 19:00 certo? – Ele tomou um gole de seu café.

– Isso. – Leo pegou seu copo. – Tchau Annie, vamos nos ver mais vezes! – Ele deu um ligeiro beijo na bochecha de Annabeth, o que a deu um susto, mas a fez rir. Deu um tapinha na cabeça de Luke e foi embora.

– Então... Quer que eu a leve para casa agora? Podemos ir tomando o café. – Sugeriu ele.

– Claro! – Concordou Annabeth, e os dois se levantaram para deixar o lugar.

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O almoço de Percy foi bom, calmo e tranquilo. Foram comer no Mercer’s Café, e conversaram muito. Percy estava muito alegre conversando com Rachel, até que apareceu uma pequena menininha que o lembrava muito uma pessoa.

– Oi! – Disse ela, com suas enormes bochechas rosadas. – Meu nome é Mel. – ela continuou se enrolando um pouco com as palavras. – Vocês precisam de alguma coisa? – Os olhos dela brilhavam como se adorasse falar com gente que nunca viu antes. Mas Percy sabia quem ela é. O Mercer’s Café é um local familiar, e Mel é filha de um dos cozinheiros. É pequena e atrapalhada, muito fofa. Devia ter uns quatro anos.

– Melissa, venha para cá! – Seu Pai, Dean, a chamava da cozinha. – Você está atrapalhando os fregueses! –

– Não estou não! – Retrucou a pequena. – Estou? – Ela os encarou. Não havia como dizer que estava, ela possuía uma graça intimidadora.

– De jeito nenhum. – Riu Rachel, e fez sinal com a cabeça para Dean para mostrar que está tudo bem a presença da menina. Ela virou-se para Percy.

– Você é bonito. Qual seu nome? – Ela sentou-se na cadeira vaga, o que os fez rir mais ainda.

– Ah que honra. Meu nome é Percy. – Ele estendeu a mão a ela. Ela abriu um largo sorriso e a balançou algumas vezes.

– E você? – Ela perguntou a Rachel.

– Sou Rachel. E quer saber? – Ela aproximou-se do ouvido de Mel, porém falou de jeito que todos na mesa a escutavam. – Também acho Percy bonito. – E piscou para a menina que se animou.

Percy não conseguia parar de olhá-la. A menina tinha cabelos loiros que iam à abaixo do ombro. Usava um vestido cinza que combinava com a cor de seus olhos azul-cinzentos. Uma tempestade. Uma pequena Annabeth.

Rachel notou que algo distraía Percy então o chamou.

– Percy, você está bem? – Perguntou ela.

– Estou. Só acho melhor eu ir pra casa logo... Se meus pais descobrirem que deixei Annabeth sozinha, me matam. – Mentiu Percy. Ele precisava ver Annabeth, sem saber muito bem de onde veio essa vontade maluca.

– Ah. – A voz de Rachel transparecia seu incômodo, mas ela apenas afirmou com a cabeça. – Tudo bem. Me busca amanhã para festa da Piper? –

– Ah é! Tenho que comprar o presente da Piper! Bem lembrado Rachel, obrigado! – Ele parecia aliviado, ela riu.

– Quem é Annabeth? – Perguntou Mel, os lembrando de que ela ainda estava ali. – Sua namorada?

– Não – Riu Percy – Apenas uma amiga. – Mel o fitou com um olhar desconfiado, fez sinal para que ele esperasse e entrou na cozinha.

Rachel levantou-se para ir embora, Percy deu-lhe um abraço, ela o beijou no rosto sorrindo e foi embora. Percy sentou e esperou que Mel voltasse, e não demorou muito para a menininha de cabelos loiros voltar correndo, mas agora com uma rosa na mão, uma rosa de papel, provavelmente feita e pintada por alguém.

– Toma – Disse ela entregando a rosa para Percy. – Para sua amiga. – Ela pôs ênfase no “amiga” o que deixou Percy confuso, mas depois de um tempo ele captou o que ela quis dizer.

– Você é muito espertinha sabia? – Ele saiu da cadeira e abaixou-se para dar um abraço em Mel.

– Sabia. – Respondeu ela com firmeza. – Meu pai diz que sou muito sabida.

Repetiu Percy para si mesmo enquanto saía. Isso era a cara de Annabeth.

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Percy entrou em casa. Annabeth estava sentada no sofá, falando ao celular. Ele reconheceu a voz do outro lado da linha. Luke, pensou ele. Mas os dois não estavam juntos ainda agora? Percy não estava gostando nada disso. Ao perceber sua presença, Annabeth logo desligou o telefone.

– Percy! Como foi o almoço? – Annabeth talvez tenha soado animada demais.

– Ótimo. – Disse ele sem muita expressão. – Como foi o passeio?

– Ótimo. – retrucou ela, com convicção. – Já o seu almoço parece ter sido bem romântico. – Percy ergueu as sobrancelhas para ela, que apontou a flor na mão de Percy.

– Ah isso! – Ele riu. – Isso é... É pra você. – Ele estendeu a flor, um pouco acanhado. Os olhos de Annabeth brilharam.

– Nossa Percy – Riu ela, ficando bem vermelha. – Obrigada! Você quem fez? –

– Não – Disse ele sorrindo ao se lembrar de Mel. - Uma pequena menina loira de olhos tempestuosos. Muito sabida. –

– E deve ser parecida comigo! Mas se ela é a sabida, serei sabinha então. – Annabeth ria enquanto colocava a flor como novo marcador de página do livro que estava lendo. Percy ficou muito feliz com isso.

– O.k. então, sabidinha. Vamos ao shopping? Preciso comprar um presente pra Piper. – Percy gostou de chama-la assim.

– Ah claro! Terá uma festa dela, amanhã, não é? – Annabeth foi até o closet de casacos pegar o que ela havia guardado e sua bolsa.

– Como você sabe? – Indagou Percy.

– Luke contou. – Ela respondeu.

– Ah claro... – Ele serrou os dentes. – Se você quiser ir, seria uma honra acompanha-la. – Ele ofereceu sua mão a ela. Annabeth sentiu o coração acelerado, e ao tocar na mão de Percy sentiu um arrepio subir a todo corpo.

– Se você se comportar até lá, eu ia adorar. – Ela pegou a mão dele e começou a puxa-lo para fora, que foi com ela sem nem contestar.