Annabeth vestiu uma calça jeans de um azul bem escuro, pois podia se sujar bem fácil. Prendeu parte do seu cabelo para poder não atrapalhar seus olhos durante a cavalgada e pôs um casaco marrom comprido por cima, pois estava um pouco frio lá fora. Ela olhou pela janela para o campo no quintal da casa e viu Percy, encarando ela de metros abaixo com seus olhos verde mar, segurando duas correias com um cavalo marrom em uma, e um negro na outra. Bultter e Jack, lembrou-se ela, pois os conheceu em seu primeiro dia lá. Isso a fez lembrar da aversão que de cara ela teve com Percy... “Caramba, como ainda não nos matamos?” Ela riu em seu pensamento, até que ouviu um pigarreio.

– Ó donzela lenta, os cavalos não esperarão para sempre! – Ele gritava por Annie do quintal.

– Eles esperaram, mas você, duvido que não! – Ela sabia como entrar em harmonia com ele.

– Ah, você sabe que te esperaria por mil anos. Agora desça antes que eu morra parado! – Percy fazia gestos desesperados para que Annabeth descesse, e assim ela fez.

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–Nossa como você é exagerado. – Annie ria enquanto se aproximava dos cavalos.

–Você se acostuma. – Ele riu junto. – Então, você monta no Bultter e eu montarei no Jack. –

– Ah, por que não posso montar no Jack? – Ela havia mesmo gostado daquele cavalo.

– Jack é um cavalo de corrida. Bultter é mais calmo, melhor para iniciantes. – Disse ele com ar de vitória. – Vai montar ou não? –

– Isso é um desafio, Jackson? – Ironizou Annabeth.

– Talvez. Você vai montar? –

– Assim que você me mostrar como. – Disse ela com segurança.

Percy então aproximou Bultter e começou a explicar.

– Está bem, presta bastante atenção. Você vai por o pé na correia da cela e impulsionar seu corpo pra cima. Vou mostrar como... – Num movimento rápido, Annabeth subiu no cavalo e lançou um olhar orgulhoso a Percy. – É, acho que você entendeu. –

– Pode continuar. – Disse ela sorrindo.

– Ok. Agora, com a corda que você usa para controla-lo, você vai dar um impulso leve para ele começar a andar se segurar firme. – Percy montou em Jack para acompanhar Annie, que fez o que menino falou e assim o cavalo começou a se mexer.

– Assim? – Perguntou Annabeth. Ela exibia um sorriso esperançoso e um brilho tão intenso no olhar, que não era difícil de ver mesmo numa noite escura como aquela. Ele não podia mais guardar, ela o encantava.

– Isso é incrível! – Ela estava quase gritando de tanta empolgação.

– Você está indo bem! Tente ir mais rápido! – Incentivou Percy. – De um impulso mais forte com sua corda. –

Sem nem perceber, os dois estavam cavalgando em círculos, no mesmo ritmo, um ao lado do outro. Annabeth não segurava sua animação. Sorria de orelha a orelha, com os cabelos ao vento e a maior energia, parecia até que ia voar. Percy a observava de canto de olho, e ria discretamente, pois nunca havia visto ela assim.

Dando 23h00, os pais de Percy chegaram. Entraram em casa estranhando o silêncio, largando suas pastas em cima da mesa e procurando por sinais de vida na cozinha.

–Percy? – Perguntou Sally, sem resposta.

– Percy? Annabeth? – Paul ia andando pelo corredor chamando pelos dois.

– Ah meu deus Paul, o que será que... –

– Amor, venha ver isso aqui. – Sally juntou-se a ele na porta de vidro e teve uma visão que mesmo com os próprios olhos, ela não podia acreditar.

Entre risadas e felicidade, Percy e Annabeth cavalgavam lado a lado.

–... Inacreditável. – Sally se encontrava boquiaberta.

– Totalmente impossível. – Completou Paul.

–Será que nós... –Ela começou, mas Paul a abraçou, deu um beijo em seu pescoço e disse com calma.

– Eles já são bem grandinhos Sally, vão saber a hora de por os cavalos para descansar. – Ele pegou sua mão. – Vamos subir, precisamos dormir. –

– É, você tem razão. – Ela não pode conter o sorriso. – Mas eles ficariam lindos juntos não é? –

Ele confirmou com a cabeça e os dois subiram, e também não demorou muito para Percy e Annabeth ficarem exaustos e dormirem.

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Percy acordou sem vontade nenhuma de sair da cama. 6 horas da manhã e ir pra escola não eram o forte de Percy. Após levantar com o som de seu despertador (musica Happy- Pharrell Willams), foi fazer sua higiene matinal e arrumar seu material. Droga! Ele pensou. O dever de casa! Na noite anterior, ele ensinou Annabeth a andar a cavalo, e em troca ela o ajudaria com o dever de casa. Porém, eles cavalgaram até muito tarde, até mesmo por que os dois estavam se divertindo muito, pelo menos ele estava. Foram dormir direto, pois os dois dormem cedo pelas aulas de manhã, então esqueceram o dever de casa. Desesperado, ele foi até sua escrivaninha para pelo menos tentar fazer metade do dever antes de dar a hora da escola, porém encontrou um dever totalmente pronto, com as questões digitadas e as contas completas, e por cima num papel de bloquinho pardo, um bilhete, que dizia assim:

“Percy,

Há essa hora você provavelmente já entrou em pânico achando que estava sem o dever. Depois que subimos, eu digitei e refiz as contas, assim você podia apresentar o trabalho e outro dia, se você quiser, eu o ajudo com a matéria. Obrigada pelas aulas de equitação.

–Annabeth. “

Ela havia feito todo seu dever... Uau. Será que ela realmente não gosta de mim como parece ou... É, vou me aproximar mais dela, preciso tirar essa dúvida. Pensou Percy, colocando sua camisa social da escola. Preparando-se para descer e tomar seu café, Percy faz uma pausa por uma mensagem que chega em seu celular:

Depois da aula, me encontre no Mercer’s Café. Depois, vamos dar uma volta no shopping e decidir qual filme veremos no nosso segundo encontro, e eu não aceito não como resposta! Beijos, Rachel.

Percy deu um sorriso após ler a mensagem. Quer dizer que ele tinha um encontro. Tudo bem, que assim seja. Desceu distraído para o café da manhã preparando-se para mais um dia de aula, e as milhares de piadas que serão feitas pelos seus amigos ao descobrirem que ele está prestes a sair com Rachel Elizabeth Dare. É isso aí Perce, estamos de volta! Disse para si mesmo e caminhou até a cozinha.