New York, Jungle of Love. escrita por Clary07pmore


Capítulo 31
Capítulo 30 - O Infinito é Real?


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo, ai meu core! Ahahahah.
Desculpem a demora, saindo de semana de provas.
Eu devo admitir, esperava mais retorno do outro capítulo. Não sei se a continuação vai ser muito necessaria, mas de qualquer jeito ja comecei, e no próximo capítulo terá um agradecimento muito especial e o link da parte 2. Aproveitem o cap!!



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O casamento começaria as 18:30, e desde as 16:00 tudo já estava mais do que arrumado. O altar do lado de fora estava pronto. As longas mesas no salão de festa já possuíam todos os talheres, pratos de acrílico, taças de vidro desenhadas e todas suas coisas no lugar. O salão de dança estava totalmente decorado, e a casa toda se encontrava enfeitada. Agora eram 18:00 e a casa estava na maior correria.

Dentro do hall estavam todos os padrinhos e madrinhas, que conversavam nervosos, sem conseguir conter sua ansiedade. Annabeth usava seu vestido bege, com seus cabelos loiros soltos com apenas uma parte presa por um delicado enfeite preto todo feito a pedras coladas a mão. Seu estômago se revirava procurando espaço para se expandir até não poder mais. Ela deu uma espiada pelas cortinas da enorme janela no canto do hall: As cadeiras estavam quase completamente cobertas, o coro que cantaria estava ao lado dos músicos e bem no meio um enorme tapete que levava ao padre e ao Pietro. Ele sim estava bem mais nervoso que qualquer padrinho ou madrinha... Talvez até mais que a noiva.

– Não importa quantas vezes mais você usar esse vestido Annie, você tira ainda mais meu fôlego cada vez. – Percy apareceu atrás de Annabeth surpreendendo a e beijando seu pescoço. Annie se arrepiou.

– Ah Percy... – Ela riu e segurou suas mãos firmes. – Me deixa ver como você está. – Ela virou-se para trás e ele se afastou.

– Olha só você! – Percy tinha as mãos no bolço, e balançava o corpo para os lados meio sem graça. – Está ainda mais lindo de terno. E até controlou os cabelos, isso ai! – Ele riu e ela se aproximou, beijando-o. Eles podiam fazer aquele beijo durar uma eternidade, mas ambos sabiam que começariam a olhar e precisavam de ar, então logo se separaram. Percy parecia que ia dizer algo, mas apenas recuou e continuou a observar Annie.

Todos conversavam animados, riram e se preparavam pra hora que estava para chegar. Lá pelas 19:15 a atenção de todos se voltou para a escada, onde uma bela e graciosa moça ruiva descia lentamente exibindo seu vestido longo e branco, com pedras coladas uma a uma formando maravilhosas imagens. Seu cabelo caía como uma cascata de fogo em cima de um fino tecido branco. Seu véu parecia que flutuava, e seu rosto, com quase nenhuma maquiagem, parecia o de um anjo. Ela virou-se para trás, e de perto de uma das meninas que segurava seu véu Karma apareceu, num lindo vestidinho branco, com seu cabelo solto com uma pequena trança feita de cabelo em formato de arco e um salto de provavelmente dois cm.

– Ela não está linda? – Karma comentou enquanto descia correndo, quase derrubando as alianças que estavam numa almofadinha vermelha em suas mãos.

– Karma, cuidado! – Daniella disse rindo, tentando não mostrar o quanto nervosa ela estava, ou o quanto ansiosa. É, não estava dando certo.

– Vamos rever a ordem! – A organizadora do casamento apareceu com uma prancheta e com os cabelos para o alto. – Quero todos os casais aqui! Annabeth e Theodore, vocês entram como ultimo casal, antes da noiva bem atrás da Karma. – A moça que agora estava puro estresse colocou uma cesta com pétalas de rosa na mão de Annabeth. Ela virou para Theo, que também olhava para ela, e os dois riram. – Está na hora! –

Durante a cerimônia, os olhos da Annabeth se controlavam para não encher d’agua. Ela agora estava no canto do altar, envolvida pelo braço de Theo, que parecia perceber que ela estava quase chorando. Logo atrás, num pequeno degrau, metade dos padrinhos, inclusive Percy, que segurava a mão de Diana que já estava em prantos.

A entrada havia sido perfeita. A musica que era entonada pela banda era uma musica francesa, Quelqu’un M’a Dit, de uma famosa cantora francesa chamada Carla Bruni. Era uma das musicas mais lindas que Annabeth já ouvira. Enquanto ela passava no meio de todas aquelas pessoas, com todos os olhos centrados nela e em Theo, ela fazia força para não cair. Assim que Daniella entrou logo atrás dela, ela pode ouvir sua risada, sincronizada com a risada de Pietro. Eles eram felizes, eles são felizes e sabem disso. O casamento é um jeito superficial de selar essa felicidade, coisa que fizeram provavelmente por simbolizar. Eram muito felizes, e seriam felizes sempre.

Se todos fizessem silencio era possível ouvir os batimentos acelerados de Pietro e Daniella, que de frente um para o outro com sorrisos bobos e envergonhados faziam jurar de amor eterno enquanto colocavam suas alianças.

A cerimônia acabou e foi um banho de arroz em cima de todos, todos compartilhando da alegria e do amor dos noivos, e aquilo se tornou um dos maiores sonhos de Annabeth.

Percy procurava por Annie entre os aglomerados de pessoas na festa. Era um numero incontável que jantava e um maior ainda que dançava, mas ele finalmente a encontrou, sentada numa mesa com Theo. Ao se aproximar, Theo levantou.

– Eu vou... Procurar Karma. Volto já. – Ele virou-se e saiu andando antes mesmo de Annabeth ou Percy poder protestar. Ele puxou então uma cadeira e sentou-se ao lado dela.

– O que está achando da cerimônia Annie? – Ele perguntou distraído, mas ao olha-la percebeu que havia algo muito sério que ele ainda não sabia. – O que foi? –

Annabeth respirou fundo. Ia contar agora mesmo.

– Percy eu preciso te contar... – Ela começou, e segurou na mão de Percy. – Mas eu juro que eu não quero. Eu nunca quis magoar você. Eu não quero te ver mal, e muito menos te deixar. –

– Como assim Annie? – A tensão invadiu Percy também.

– O meu pai... Ele arranjou um bom emprego. Minha mãe está adorando tudo, meus... – Ela começou a gaguejar, tentando controlar o nó que agora ocupava sua garganta. -... Meus irmãos terão estudos ótimos... Eu tenho que ir Percy. –

Percy costumava ser bem lento, mas ele com certeza entendeu. Ele ficou totalmente sem reação naquele momento. Ele estava quebrado.

– Onde? – Ele perguntou, depois de um tempo.

– Sidney. – Ela respondeu de cabeça baixa.

– Sidney... – Percy coçou a cabeça e depois de pensar um pouco quase engasgou. – Austrália Annabeth?! –

Os olhos de Annabeth não foram persistentes dessa vez. Começaram a ficar vermelhos e as lagrimas surgiam queimando seu globo ocular. Ao ver aquilo, Percy se arrependeu totalmente da ponta de raiva que apareceu nele, vê-la triste era pior que qualquer coisa no mundo.

– Annabeth, não chora, por favor, se não eu choro também! – Ela riu e ele sorriu para ela. – Eu gostaria que você me contasse antes, claro, mas isso não importa agora. –

– Eu vou assim que chegarmos a NY. Mesmo você sendo o melhor namorado do mundo, namoro a distância não cola mesmo. – Dessa vez Percy foi quem riu, e Annabeth respirou fundo, tirando um peso do ombro.

– Eu não quero que você se preocupe agora. Vamos esquecer. Mas pode me prometer uma coisa? – Ele a olhou nos olhos e não sabia se o que sentia mais forte era a felicidade de ter ela ou a saudade que já estava sentindo. Annabeth fez sinal para que ele continuasse. – Não vamos pensar nisso até você ir. Vamos aproveitar ok? – Ela fez que sim com a cabeça.

– Qual a segunda coisa? – Ela perguntou, e Percy levou as mãos a seu rosto, acariciando-o.

– Promete que, mesmo que nunca se esqueça de mim, o que espero que não esqueça mesmo, não vai ficar mal? Não vai sofrer, ou chorar, nem nada? Só quero ver você feliz Annabeth. –

Ela beijou a mão de Percy e a segurou firme. Antes que pudesse dizer que promete, Percy já sabia que ela tentaria, tentaria por ele. Ele então se levantou e puxou a para dançar, e dançaram a noite toda.

Deviam ser 03:00, mas todos estavam bem acordados. Ainda dançavam com a mesma animação de horas antes.

Percy e Annabeth agora dançavam abraçados, ao som de uma musica bem lentinha, que foi posta em homenagem aos noivos.

– Annabeth. – Percy a chamou, e ela levantou os olhos para ele.

– Hm? – Ela estava distraída com a musica. Tocava “Say Something”.

– Eu te amo. – Ele falou, com a maior sinceridade, com a maior simplicidade. – Eu não posso te dar uma definição do amor. Eu não posso te dizer a cor do amor, ou o cheiro do amor. Eu não posso de dizer como sei que amo, mas sei te dizer o que o amor traz. O amor me trouxe sentimentos bons. O amor me trouxe minha família e meus amigos. O amor me trouxe você, e eu te amo. –

Annabeth o abraçou forte e sem fôlego. Ele riu. O coração dela nunca batera forte assim, e o dele também não.

Aquela era uma noite que foi gravada permanentemente, aquele amor, com distancias e brigas, separações e desentendimentos, aquele amor ia durar para sempre.


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Notas finais do capítulo

Meu coração virou pó escrevendo esse cap ahahah
Não se esqueçam de gostar, recomendar e comentar, é muito importante!
Reta final, semideuses! Amo vocês!